Conte as estrelas. escrita por Amanú


Capítulo 1
Prologue: A Mother´s Love.




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Eu sorri para ele e ele retribuiu, fazendo-me ficar ainda mais boba por ele. Por que tão bonito Frey Njördson?
Thor olhava para mim e para ele, fazendo caretas, que eu suponho que seja de ciúmes. Será que ele não sabe que eu irei me casar, mas nunca deixarei de ser sua irmã?
— Por que tanto sorri? — perguntou me olhando, parecia incomodado.
— Me deixa Thor, só hoje irmão. — Eu murmurei me virando para olha-lo, coloquei minha mão em seu rosto e então dei um beijo em sua bochecha.
— "Me deixa Thor, só hoje irmão!" — Loki tentou imitar minha voz, falhando miseravelmente.
— Eu também o amo Loki. — falei baixo me virando para o outro lado, olhando meu irmão caçula.
— Fala isso como se fosse sua obrigação. — Discordou.
Eu revirei os olhos, me arrumando na cadeira de frente novamente para o meu futuro marido, que agora conversava com seu pai e sua irmã. Não tinha nada para falar com Loki, eu já estou cansada de repetir as mesmas palavras quase todos os dias.
— Nem negar, você consegue Yla! — falou irônico.
— Cala boca, Loki, por favor! — eu disse e ele se calou imediatamente me olhando com raiva.
Quando o jantar de noivado acabou, Frey se ofereceu para me levar até o meu quarto, mesmo com Thor e meu pai dizendo que não precisava, ele o fez mesmo assim.
Sorri para ele quando ele me deixou lá, seus lindos olhos azuis faziam-me entrar em delírio. Ele me encarava e eu fazia o mesmo, me aproximei aos poucos até beijar seus lábios rosados.
— Yla… — sussurrou meu nome, como era bom escutar isso.
— Desculpe-me por isso. — Me afastei rapidamente.
— Por favor, não se desculpe… Eu que peço desculpas! — sorriu envergonhado e se afastou. — Eu não deveria ter levado adiante! — pegou a minha mão e a beijou.
Eu assenti e o vi se distanciar. Entrei no meu quarto toda boba, tirei meu próprio vestido e me deitei na cama; tentei miseravelmente dormir! Eu não consegui infelizmente!
Fechei meus olhos e mordi meus lábios, eu não posso fazer isso! Me levantei e fui até seu quarto. Hesitei algumas vezes, até que finalmente bati na porta.
Frey abriu e se espantou quando me viu, ele colocou a cabeça para fora e viu se tinha alguém nos vigiando e então me puxou para dentro.
— Não deveria estar aqui. — falou calmo, segurando delicadamente meu braço.
— Eu… Eu não consigo dormir! — falei fechando os olhos e balançando a cabeça.
— Eu também não. — Revelou. — E sabemos que o que queremos não é certo! — completou.
— Vamos fazer o errado pelo menos uma última vez! — pedi me aproximando
Ele fechou seus olhos e colocou sua mão em minha cintura, e me beijou. Posso dizer que esta noite foi uma das melhores de toda a minha vida.
Alguns dias depois...
Thor desconfiado, pediu para que meu pai colocasse criadas para me vigiar, eu não fiquei muito contente com isso; mas fazer o que?
Eu comecei a me sentir totalmente enjoada de uns dias para cá, e eu desconfio de algo e eu realmente espero que eu não esteja certa. Já era para as minhas regras ter descido.
— Eu vou ir até a minha casa de banho! Acredito que não precisam me seguir até aqui, não é mesmo? — falei para minhas damas de companhia, que assim que eu me levantei, fizeram menção de me seguir.
Elas assentiram e voltaram a se sentarem. Eu ergui meu vestido e nada. Droga, por favor não!
Quando voltei para o meu quarto, eu estava mais pálida do que eu já estava. Pedi para uma de minhas damas ir buscar uma erva para mim. Quando a mesma me perguntou o porquê, eu a respondi que era para meu ciclo mensal.
Eu esperei com as outras, eu estava tão assustada! Eu realmente não sabia o que fazer, eu sou uma desonra para minha família. Thor irá me odiar para sempre!
Eu escutei o barulho da porta sendo aberta, me assustei assim que vi minha mãe Frigga entrar com a dama.
— Aqui está minha senhora... — me entregou a erva, peguei com as mãos tremendo.
— Se vocês puderem dar licença, eu ficaria muito agradecida! — Frigga disse as minhas criadas, que fizeram una reverência e saíram. — O que aconteceu? Por que essas ervas Yla? — perguntou se aproximando, ela tomou as ervas das minhas mãos e sentou ao meu lado na cama.
— Eu sou uma desonra, eu sou uma burra e idiota! — falei com os olhos marejados.
— Por que? — perguntou colocando as malditas ervas em cima da cama.
— Me desculpe mãe… — eu a abracei. — Eu e Frey… Eu não sei como dizer!
— Você sabia que era errado uma moça se deitar antes do casamento e o fez! — disse me puxando para fazer-me a olha-la. — Agora lide com as consequências, não é para fazer algo tão irresponsável com uma criança que não tem culpa, os errados for você e Frey!
— Você está certa, eu sou realmente uma irresponsável! — abaixei a cabeça envergonhada. — Eu sou uma pessoa horrível!
— Você deve contar para o seu pai e o pai da sua criança. — Ela disse e eu me assustei. Tudo menos isso!
— Não, eu não posso! — me afastei dela.
— E quando sua barriga já estiver grande? Você vai falar o que? — passou. a mão na minha cabeça, me fazendo repensar tudo aquilo.
— Tudo bem! — falei chorando.
(…)
Quando eu entrei na sala do trono, estavam todos lá. Eu respirei fundo e tomei coragem para me aproximar de meu pai.
Loki ergueu uma sobrancelha e olhou para minha barriga, ele já sabia.
— Meu pai… — fiz uma referência.
— Eu já sei, Heimdall me informou de sua condição! — falou me olhando, eu não conseguia olha-lo de volta e então apenas abaixei a cabeça. — O que vocês fizeram foi errado, mas agora também não tem como consertar o erro! — ele disse e com isso eu ergui minha cabeça para olha-lo.
Frey estava ao lado de Freya, ele também estava de cabeça abaixada. Njörd estava do lado do filho e ele me olhava.
— O casamento será adiado, vocês se casarão semana que vem. — Pai de todos disse se sentando no trono, a única coisa que eu podia fazer era aceitar.
(…)
Eu olhava para o nada, sentada reta e ele não ousou me encostar. Havíamos nos casados a quatro horas, e agora era nossa Noite de Núpcias. Nenhum de nós dois não falava nada.
Eu o olhei e ele finalmente também me olhou.
— Me dê a sua mão. — pediu e eu o fiz. Ele pegou sua adaga e cortou minha mão, deixando cair três gotas de sangue no colchão.
— Pra quê isso? — sorri colocando meu cabelo para frente.
— Para meu filho não nascer bastardo! — disse se aproximando de mim. — Me desculpe se nessa última semana fui rude com você... É que, eu nunca imaginei que seria pai!
— Você não foi rude, nem falou comigo! — o olhei, o mesmo me abraçou.
— Mas mesmo assim, diga que me perdoa. — pediu.
— Eu te perdoou Frey.
Alguns meses depois…
A dor era insuportável, doía tanto. Empurrei e empurrei, até que senti um grande alívio depois de quase uma hora aqui tentando dar à luz está criança.
— Oh, é uma menina! — uma das parteiras disse enrolando minha filha em uma manta.
— Uma menina? — a peguei sorrindo. Ela tinha ralos cabelos dourados, me fazendo sorrir, os olhos eram do pai.
Quando olhei para porta, Frey estava lá, me olhando.
— Se aproxime. — Pedi sorrindo orelha a orelha.
— Eu sou pai de novo. — Se aproximou pegando a criança do meu colo. — Seja bem-vinda minha pequena. — Ele me olhou e sorriu. — Qual será o nome dela?
— Crystal.
— Obrigada por me dar esse presente que é Crystal. — Sorri ao ver seus olhos brilhando para a pequena bebê.
Eu estava tão feliz naquela noite, o nascimento de minha bebê foi comemorado no palácio inteiro. Loki que sentia desprezo por minha criança ainda na barriga, não queria deixar Thor pegá-la no colo, isso que é vira-casaca.
Mas como nada que é bom dura muito, duas noites depois Heimdall me contou que havia uma profecia e a minha pequena Crystal estava envolvida.
Seu coração era uma arma, e já tinha gente querendo essa "arma". Os Gigantes de Gelo foram os primeiros a se manifestar, Heimdall me aconselhou a mandar Crystal para Midgard. Pensei e pensei, até que decidi. Ela iria, eu me sentia péssima por isso, mas é melhor que ela não corra perigo algum. Frey e Odin haviam concordado, embora meu marido tenha ficado triste pois iríamos para Vanaheim em breve.
Eu fui até Heimdall, que me levaria até Midgard. Sorri triste assim que o vi.
— Não fique assim princesa, ela será feliz lá. — Ele disse e concordei com a cabeça, mesmo não estando certa com isso.
— E minha filha, por quem vai ser criada? — perguntei olhando-a, que dormia tranquilamente.
— Eu a levarei até Marie Greene, ela não pode ter filhos e deseja mais que tudo um. Acredito que ela será uma mãe carinhosa para a pequena princesa! — afirmou.
— Eu espero que sim. — falei angustiada colocando Crystal em uma cesta.
— Está pronta? — perguntou e eu assenti.
Em questão de segundos eu estava em frente a um… Como é que os mortais falam mesmo? É… Eu estava em frente a uma mansão. Deixei uma carta dentro da cesta de Crystal e toquei um botão, escutei alguém dizer algo.
Chorando coloquei a cesta no chão e me distanciei ficando invisível.
A mulher havia aberto a porta sorridente, assim que não viu ninguém seu sorriso morreu. Minha filha soltou um grunhido, fazendo essa tal de Marie olhar para baixo.
— Own, um bebê… — se abaixou e pegou Crystal no colo. — Víctor? — olhou para trás chamando alguém, que eu suponho que seja seu marido.
— O que? — veio até ela, assim que viu a minha filha sorriu. — Um bebê? Como…
— Encontrei ela aqui dentro desta cesta. Podemos ficar com ela? — olhou para ele, que pareceu pensar. — Parece que Deus está me dando uma chance de ser mãe, finalmente!
— Entre, vamos conversar sobre isso lá dentro. — pediu o homem dando espaço para ela passar, ele se abaixou pegando a cesta e depois olhou para os lados a procura de alguém; que era eu.
Me afastei da casa, eu olhei para cima e em segundos eu estava em Asgard novamente.
Ser mãe é difícil as vezes, temos que fazer escolhas e sabe? Essa é a pior parte!


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