Venha Comigo. vol 2: Onde Está o Doutor escrita por Cassiano Souza


Capítulo 9
Meu amigo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Demorei um pouco, e odeio isso. Mas o que importa é que está aqui mais um novo capítulo! BOA LEITURA.



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E com a sua orbita cercada por legiões Minocrisas tipicamente armadas com o que mais se usaria em uma guerra, a Terra além disso focava agora na sua última hora, e aquela talvez seria também a sua última tarde, sendo marcada por uma contagem já em seu início. Mas para evitar a propagação do mal que se aproximava, tentava agora Grace conseguir algum resultado positivo, iniciando uma conversa com o tão arrogante senhor Felix.

Felix ironiza: 

— Como é que é? Conversar?! Por acaso isto é uma piada?

— Não, isso não é uma piada. - Nega Grace. 

— E o que é então? Pensei que teria vindo colaborar. Viu, garoto? Ela não se importa com você. - Dizia a Tim.

— Errado. Eu me importo muito com ele, e por isso vim salva-lo, e salvar você também.

Félix sorria largo:

— Você está tentando ser engraçada?

— Não, nada de gracinhas agora. O que eu farei é te mandar a real, e olha que eu nem uso essa expressão!

— Não usa mesmo. - Diz Tim desconfortável.

— Mas continue então, mande “a real”. - Pede Félix.

— Os Minocrisos querem o Juiz, mas eu não posso entrega-lo, e você quer ele também, mas não pode ficar.

Felix suspirava impaciente. Grace conclui:

— Você terá que entrega-lo a mim.

— A você?!

— Sim, a mim. E eu entregarei à polícia.

— Ah não, agora tenho certeza de que está tentando ser engraçada.

— A polícia, mas a do espaço. Eles mesmos poderiam vir aqui agora, mas eu não quero isso, te matariam, e eu não quero isso também. A Dodo está agora em algum lugar por aí com o sinalizador criminal e um amplificador de sinal e mensagens, que por acaso ela roubou dos chefes do Doutor. E com isso, os Judoons nos achariam bem depressa.

— Não estou impressionado.

— Tudo bem, fique com essa atitude, e depois escolha entre esperar aquela contagem acabar. - Apontava para alguns monitores de computador. – E depois veja o mundo ser fuzilado, ou... Espere até amanhã e veja o que sobrou de São Francisco ser de novo arrasado, mas agora por um furacão. O cardápio está na mesa, o que vai escolher?

— Eu voto na Grace. - Votou Tim.

— Obrigada, Tim!

Felix encarava Grace completamente relutante, ele parecia ser completamente egoísta e ganancioso, mas o Ditador significava muito mais para ele do que Grace poderia imaginar, e seria através daquilo que ele conseguiria realizar os seus desejos até agora não compreendidos pela doutora.

— Eu não vou lhe entregar nada. - negou o velho. 

E ouvindo isso, Grace cruza os braços relutante. Felix despreza: 

— Está blefando.

— Não estou blefando, e você sabe, você sente. E com certeza também ouviu aquelas vozes estranhas na TV ou no rádio.

Félix desvia o olhar. A doutora continua:

— Sim, você ouviu. E aquela contagem faz parte disso, mas ela vai acabar, estão tendo paciência, mas ela também vai acabar.

— Repetirei só mais uma vez, não irei lhe entregar nada.

— Você tem que entregar! Por que essa obsessão estupida? Não ouviu o que eu disse? Existem muitas coisas em jogo.

— O artefato é meu! Meu! - Gritou. – O-escavei e o-achei, e preciso dele.

— Está bem, imagine que ele é seu então. Mas me diga... Por que ele é realmente tão importante? Você já viu o que ele faz, viu o estrago. Quer sumir mais pessoas? Para quê? É essa a conversa que eu quero ter com você.

— Acham que eu sou só um homem mal, não acham? 

Tim e Grace trocavam olhares confusos. Felix continua:

— Isso mesmo, é esta a cara que me fazem. Todos acham. Mas sabem o porquê?

— Não, não faço a menor ideia. Tim?

— Não, também não. - Responde Tim. 

— Mudar o mundo, é isto o que eu quero, e é isto que eu respondi ao seu amigo extraterrestre. - Revela Felix. - Por que é tão difícil, por que não me entendem?

— Porque ninguém muda o mundo sendo um hipócrita, Felix. Olhe só para isso. - Apontava para Tim. – Como quer fazer algo de bom tratando pessoas assim?

Félix permanecia calado. A ruiva continua:

— Acha que é sequestrando e maltratando pessoas que conseguirá um mundo melhor? Obviamente a resposta é... Não.

— Eu sei, nem sempre os fins justificam os meios, mas neste caso é completamente justificável. - Defendeu-se o velho.

Grace permanecia boquiaberta. Felix prossegue:

— Sim, fique com esta cara, combina bastante. E saiba que eu nem sempre fui assim, tive que me forçar a ser.

— Sei.

— Não, não sabe. Mas saiba que no começou eu era assim como vocês, cheio de justiça e bondade, lutando pelo certo com o poder dos diálogos. Porém, diálogos não eram nada para os que me cercavam, nunca foram, nada de conversas e nada de reflexões. Haviam tantas coisas que eu queria que entendessem.

— E foi por isso que você se tornou tudo o que é? Cientista, pesquisador, professor, e um arqueólogo... Blá, blá, blá.

— Sim, sempre procurei funções que pudessem ressaltar as minhas idéias e opiniões, mas sempre foram rejeitadas, sempre. E sabe das quais idéias e opiniões estou falando? As mesmas que qualquer ativista e defensores da paz pregariam, porém, já cansadas de tantos tapas na cara. E acabei como isto, um velho rabugento e sem a menor vontade de continuar falando com os burros.

— Queria ter conhecido a sua juventude, esse Felix sim seria alguém capaz de mudar o mundo. Mas mesmo te escutando... Eu nunca conseguirei te entender. Desculpe... Mas você ainda está errado.

— Não estou, e irei convence-la de uma vez por todas. Primeiro, imagine alguma coisa.

Grace não entendia o pedido. Felix continua:

— Alguma coisa da qual você ache errado, e que nunca deveria ter existido no mundo.

— Pode ser você? - Pergunta Tim.

— Não!

— Tudo bem, as guerras, a fome, qualquer coisa. - Diz Grace. 

— Ótimo, agora imagine que isto poderia ser eliminado da história.

— Não! E sabe que o Puritano não faz isso. Ele não elimina acontecimentos, elimina pessoas, e por isso você está mais errado ainda.

— Mas e quem causa esses acontecimentos infortúnios? O homem, o ser humano, somos nós a maior praga que já pisou na Terra, e é eliminando um por um que o mundo se tornará um lugar melhor.

— Isso é terrorismo! - Diz Tim.

— Cale-se, moleque!

— Moleque?! Sabe quantos anos eu tenho?

— Calado!

— Continuando! Felix. - Dizia Grace. – Você sabe que a máquina é aleatória, ela não recebe as nossas ordens, pode escolher qualquer um no mundo e na história, mas não aqueles que você quiser.

— Eu sei disso, mas eu sou inteligente, e tenho os meus meios.

Dois dos homens de Felix traziam agora para a sala o Juiz e uma outra máquina estranha, muito semelhante a uma cadeira de rodas.

— O que é isso? - Pergunta Grace.

— Um indutor telepático. - Responde Felix. - Transfere as informações neurais da consciência de um indivíduo para a mente de outro. O Puritano é semi-consciente, posso então enfiar qualquer pensamento em sua cabeça. Pense nisso, eu poderia me concentrar em um sujeito especifico e o Ditador limparia ele da história.

— Isso é errado!

— E por que é errado? Qual argumento bom o-suficiente teria para defender a sua opinião? Apenas pense... Segunda guerra, milhares de mortos, e para quê? Poderíamos eliminar o Hitler. Poderíamos eliminar vários homens maus, e fazer da vida um paraíso. Varrer completamente todas as injustiças, todos os erros do passado.

— Não vai me convencer.

— Escravidão... Nunca teria existido, e é algo que a humanidade pratica desde os seus alicerces. E o voto político das mulheres? Por que final do século 19? Poderia ser na idade média, que tal?

— Não existia voto político na idade média!

— Sim! E é isso que eu quero lhe mostrar, a mudança... Para que serviu a monarquia?!

— Mesmo com o Castigador lhe possibilitando todos os seus sonhos... Você não pode tê-lo, não pode pensar desta forma. Ninguém pode ter tanto poder, Felix.

Ele encarava sem respostas. Grace continua:

— E cada vez que um julgamento é iniciado e as pessoas são levadas o mundo ao redor delas é alterado, mas a natureza não aceita isso, e o mundo é prejudicado. Viu? Mil motivos para ficar longe desta coisa.

— Saiba que... “Esta coisa” tem sentimentos.

— É o quê?!

Felix tocava a coisa:

— Ela voltou para mim, e não precisava ter voltado. Ela poderia ter fugido de mim, e ter ido parar em qualquer lugar no momento da reorganização. - Se vira para Grace. – Mas ela voltou, deve existir algum motivo para ela ter voltado.

O Juiz realmente havia voltado, mas o significado que aquilo tinha para Felix era totalmente ao contrário do que significava aquilo para Grace, mas ela conseguia sentir o-quanto aquela coisa era importante para ele.

— Por que você quer mudar o mundo? - Pergunta Grace.

— Porque... - Parecia difícil responder.

— Foi por causa da sua infância, não foi, Arthur?

— Como?! O que sabe sobre isso, e como sabe o meu nome?!

— Porque eu e a Dodo fofocamos bastante sobre você. Ela tem a biografia completa de cada um dos caras que ela pretende derrotar!

— E o que sabem sobre mim?

— Muito do que você já nos disse, e que foi uma criança órfã desde bebê, e que nunca foi adotado.

Felix apenas encarava sério. Grace prossegue:

— E que lutou por tudo o que acreditava de cabeça erguida, tentando trazer um futuro melhor para qualquer outra criança que tenha sido como você, mas depois... Se cansou. Tomou raiva das pessoas. Por quê?

— Por que as “pessoas” não merecem nada para mim. São injustas e insensíveis, nunca fizeram nada para merecerem a minha gratidão. - Contou cheio de amargura. - E foi por elas que nunca tive um pai ou uma mãe. Eu era uma criança muito inteligente, todos tinham medo de mim, conversava sozinho, e todos aqueles animais me encaravam feito um monstro. 

— Eu sinto muito.

— Mentira.

Grace não conseguiu debater. O velho prossegue:

— A única criatura que já me amou foi essa. - Acariciava o Puritano.

— Ele está te usando.

— Não seja idiota!

— Não estou sendo, ainda não! Mas é isso mesmo, ele está te usando. Deve ser como um parasita, usa você ao máximo... Julgando todos os que você quiser, porque é isso que ele gosta de fazer, é este o objetivo da sua existência. E correu para aqui para não ser detectada pelos Minocrisos, porque talvez os planos que você tenha para ele sejam melhores, e esta é a Terra... Planeta dos humanos, criaturas sentimentais, e o Ditador gosta de tortura emocional.

— Você fala demais, parece aquele seu amigo!

— Eu? - Pergunta Tim.

— Você não, idiota!

— O Tim não é idiota! - Defende Grace. - Fale direito com o meu amigo, Arthur.

— Eu não me chamo mais assim!

— E por que não? 

— Por que eu não gosto!

— Mentira.

Felix encarava firme a Grace. Ela revela:

— “Pedra”, é isso que significa Arthur. Poderíamos dizer que representa a sua força, mas, não... Significa apenas que você era alguém muito bom e que acabou sendo afogado nas suas próprias lagrimas. “Pedra” é isto que você é hoje.

— Errado. Hoje eu não sou “pedra”, sou “bem sucedido”, Felix.

— Ser infeliz não é ser bem sucedido. E “feliz” também é o que significa Felix. Mas não acho que você seja isso. E é apenas infelicidade que você trará para todos nesse mundo se não me der logo o Puritano.

Felix encarava calado, e ele realmente não era nada feliz, nunca havia sido de verdade, mas, no fundo sempre tentou ser, mas, os problemas da vida sempre lhe afastavam disso, ele também estava de certa forma em uma tortura emocional.

— Já estou cansado de ouvir você falando, e questionando tudo. - Diz Félix, com olhos distantes. – Vamos acabar com isso, podemos eliminar esses alienígenas.

— Nem pense nisso. - Grace já entendia o que ele queria.

— Penso.

Um dos homens de Felix apontava um revolver para a cara de Tim. Felix ordena:

— Ponha a sua mão sobre a abóboda do Juiz, eu cuidarei da concentração no alvo.

— Não! Eu não vou fazer isso! - E dois dos homens de Félix vinham puxar Grace à força por seus braços.

— Colabore, doutora, será melhor para todos nós, e é só assim que todos me ouvem.

— Soltem ela! - Grita Tim. – Deixem a Grace!

— Me soltem! - Exigia a médica. - Tenho que avisar mais uma coisa! - E é jogada no chão.

— Então fale logo, o que é dessa vez? - Indaga Felix impaciente.

— O meu telefone. - Grace retirava ele de seu casaco. – Sabe o que tem o meu telefone?

— Algum truque? O que você fez?! - Tomava o aparelho.

— A Grace não fez nada! - Respondia a voz de Dodo, ecoando pelo objeto. – O telefone apenas estava com uma ligação aberta, ouvi tudo o que disse, e vou chamar a polícia! Sempre fiz isso, mas no geral em também acabava correndo.

— O que quer?!

— Um click, é tudo o que eu preciso para trazer os Judoons até aqui. O que vai ser? Colaborar ou continuar me estressando? Última chance.

Felix na maioria dos casos era quem sempre estava ameaçando alguém, e ele era teimoso e estava disposto a lutar até o fim, avisos não iriam para-lo. Então, disse:

— Quer saber? Pode clicar, chame a sua polícia estupida. Até de eles chegarem aqui eu já terei mandado todos os alienígenas para o inferno! - E encerrou a ligação. – E talvez também mande uma certa doutora idiota, e o namorado idiota dela também.

— Está cego! - Diz Grace. – Consegue ver apenas o poder, e mesmo sabendo das consequências não se importa com isso?

— “Consequências” é aquela arma apontada para a cabeça do Tim Stiff, agora! - Gargalhava. – Tim Stiff, que nome mais patético ele tem.

— Foi a minha avó quem me deu! - Justificou Tim. 

— E preciso saber também, onde a sua colega está? Fale para mim.

— Não! - Nega Grace. 

— Fale!

Grace mesmo relutante, reparava os olhos amedrontados de Tim, e assim, revelava a localização de Dodo:

— Ela está dentro de uma van de cor cinza, nos gramados Crissy Field.

— Ótimo. Chame outros e vá atrás dela. - Ordena Felix para um de seus homens, e ele sai da sala conforme a ordem. – E agora, vamos continuar, ponha a sua mão sobre a abóboda.

E mesmo que plenamente contrária com este pedido, estendia agora Grace a sua mão até a abóbada esféria do Ditador, mas, fitando os olhos tristes de Tim, porém, que logo em seguida se desfaziam em um olhar descarado. E com uma voz bem mais firme e cheia de arrogância e malícia ele consequentemente interrompia a ação, dizendo:

— Acho que eu já posso parar com isso. Pare também, sua humana patética.

Grace e Felix apenas encaravam estranho para Tim. Ele questiona:

— O que estão olhando?

— Tim, por que você está falando desse jeito? E essa voz?! - Grace estava completamente confusa.

— A culpa é deste fantoche. - Se levantava normalmente, e de mãos livres das algemas.

— Como você fez isso?!

— Sou eu quem devia perguntar! - Diz Felix. – Como você fez isso?!

— Não acharam que aquele brinquedo conseguiria prender as minhas mãos para sempre, ou acharam? - Erguia o seu relógio de pulso, mas, que não era o que aparentava ser.

— Não importa, ainda é meu refém. Peguem ele! - Ordena Felix, aos seus dois homens.

Porém, são todos surpreendidos, pois, mesmo com os homens de Felix sendo todos fortes e treinados para combates físicos, acabam sendo rapidamente detidos por Tim, um simples estagiário de medicina que nunca havia entrado em uma só briga em sua vida, Grace conhecia ele. Imagine uma briga de filmes de ação, foi assim que aconteceu. E agora os dois capangas de Félix se encontravam estirados no chão, de pescoços estraçalhados, e Grace e Felix totalmente boquiabertos.

— Acho que ele não é mais o seu namorado idiota. - Supõe Felix.

— Ele não é meu namorado! - Reavisa Grace. - E ele não é idiota!

— Gosta dele?

— Cala a boca!

— Parem de tagarelar, o tempo de vocês está se acabando, e já chega para mim. - Diz Tim, olhando para os monitores já em 15 minutos restantes. – Esperei o momento certo, agora já sei que a polícia não vai voltar.

— Talvez não volte mesmo. - Dizia Grace apreensiva. – Mas e o meu amigo? Ele pode voltar? - Encarava o homem. — Pois sei que você não é ele. Cadê o meu amigo? 

— Hum.

— Onde está o Tim?

E o misterioso e brutal homem apenas sorria provocante. Aquele era Tim, o amigo de Grace, mas, que de alguma forma acabou entrando na enxurrada de desastres que infernizavam aquela tarde.

 

 


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Notas finais do capítulo

É isso aí, o Tim agora é um vilão, mas não é exatamente ele, e acho que isso não foi um Spoiler. E sim... Stiff é rígido em inglês, mas é o nome que combinou nele para mim, queria que fosse engraçado. E quem se rebelaria nos meus antigos planos não seria ele, seriam aqueles vizinhos da Grace, também seria interessante, talvez até mais engraçados, mas descartei, o que você achou?
E Arthur realmente significa pedra, e tem origem incerta, e pode até significar também urso. E Félix também tem aquele significado, na verdade tem muitos significados, como “felicidade”, “sorte”, “bem-sucedido” ou “bem-aventurado”.
E o Crissy Field existe de verdade, é um antigo campo de aviação do Exército dos EUA, mas agora faz parte da Área de Recreação Nacional Golden Gate. E pelas fotos que vi ele é lindo.
E realmente foi nas últimas décadas do século XIX onde as mulheres conseguiram o direito do voto direto, “voto político” como chamei.
E sobre a questão da idade do Tim já que eu não disse até agora, seria no caso na mesma faixa etária que a da Grace, que acho que nesse tempo era algo entre 30 há 40. MAS SE NÃO ME ENGANO, vi em um post do facebook uma vez que seria 36.
E o relógio do Tim não é só um relógio, é coisa alienígena, é claro.
Tem mais alguma coisa para explicar? Não lembro de mais nenhuma. Obrigado pela leitura.