Frutos Proibidos São mais Gostosos escrita por Blustar-san


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora! Tô tentando não ficar pendurada de novo no fim do ano, e quando eu tava passando a limpo, notei q ficou um lixo! Não dava pra ler! Mas agora eu editei e tá melhorzin! XP Obrigada a todos q esperaram! Aqui está o cap!



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            Respirei fundo e respondi com a voz mais normalizada que pude, enquanto tentava parecer calma.

            -Entre, por favor.

            Era o senhor Natanael. Ele abriu a porta, entrou devagar no quarto e fechou-a atrás de si.

            -Bom dia, Senhorita.

            -Ah... Bom dia, senhor Natanael.

            -Só Natanael já basta – Ele parecia tranquilo como de costume. Talvez não soubesse de nada – Está na hora do desjejum. Vim lhe chamar mais cedo, mas como não houve resposta, fui me ocupar com outras atividades, que tomaram mais de meu tempo do que pude planejar. Agora estamos em cima da hora. Perdoe-me.

            Ele curvou-se, humilde. Ele realmente levava hierarquia a sério. A diferença de tratamento entre mim e os serviçais era evidente.

            -Não precisa se desculpar. É que eu estava dormindo – Foi a desculpa que me veio em mente e que logo formada já me escapuliu dos lábios.

            Ele sorriu levemente em resposta. Abriu novamente a porta e fazendo sinal para que eu o acompanhasse, falou:

            -Venha. Te levarei até a sala de jantar.

            Ele me guiava pelo corredor, andando pouco á frente. Eu estava nervosa pelo ocorrido e não sabia esconder muito bem. Fiquei encarando-o, sem saber se falava algo ou não. Comecei a me distanciar dele acidentalmente. Ele percebeu isso e parou. Eu parei junto. Ele se virou para mim, cabisbaixo.

            -Gostaria que me perdoasse se fiz algo indevido ontem.

            Seu tom de voz estava baixo, e seu rosto estava corado. Ele se curvou humilde.

            -Perdão?

            -Perdoe-me se me descuidei durante o exame. Sei que é uma dama e...

            -Espere! – Gritei ao notar onde queria chegar – Não é isso! O senhor é a pessoa mais cuidadosa que conheci em minha vida! Me tratou muito respeitosamente!

            Ele endireitou sua postura e disse, me olhando nos olhos com uma expressão súplice:

            -Então, me trate normalmente, por favor.

            Notei que ele estava realmente preocupado com meu comportamento para com ele.

            -Desculpe-me. O tratarei normalmente.

            Ele sorriu lindamente em resposta. Meu coração deu um salto. Ele novamente fez sinal para que eu o seguisse e me guiou até o fim do grande corredor, onde uma grande porta, que estava aberta, levava até a sala de jantar. A sala era grande, e em seu centro, havia uma longa mesa coberta por um belo tecido e por pratos variados. Enquanto contemplava aquele banquete, algo me roubou a atenção. Olhos de um vermelho vivo, escondidos sob cabelos prateados mal penteados, se destacavam no rosto claro do homem que me fitava do fim da mesa. Ao notar que este me olhava, um arrepio percorreu todo meu corpo.

            -Venha! – Ele fez sinal para eu me sentar numa cadeira próxima a ele – Sente-se ao meu lado, Anjo! O Julian nos servirá! – Ele dirige o olhar para Natanael – Certo, Julian?

            -Claro, Mestre. – Ele ignorou solenemente a provocação.

            -Você é uma graça, Julian!

            Christian sorria largamente. Natanael me acompanhou até a última cadeira do lado direito da mesa, ao lado de seu mestre, que estava na ponta. Ele estava puxando a cadeira para mim quando Christian fez sinal para que parasse. Ele se levantou e puxou a cadeira ele mesmo. Quando me sentei, ele empurrou-a gentilmente e andou em direção de sua cadeira, mas ao invés de se sentar, olhou para Natanael, que estava encarando-o.

            -Mestre, o senhor ao menos escovou os cabelos?

            -Não. Estava ansioso para ver meu anjo o quanto antes... – Sua expressão se tornou séria – Mas... Vocês demoraram...

            Ele puxou a camisa de Natanael e o encurralou com os braços na mesa, ao meu lado. Eu fiquei surpresa. Não fazia ideia do que estava acontecendo. Fiquei emudecida.

            -O que vocês estavam fazendo?

            Christian passava seu dedo sobre o peito de Natanael, que permanecia calmo como de costume.

            -Não estava fazendo nada de perverso com ela, estava?

            -Ele não... – Tentei falar, sobressaltada.

            Christian cobriu meus lábios com seu indicador ternamente e falou sorrindo:

            -Os adultos estão conversando! Não seja malcriada!

            Ele tirou o dedo de meus lábios e se voltou novamente para Natanael, repetindo a expressão séria.

            -Sabe que se tiver feito algo à minha princesa eu te matarei, não sabe?

            Natanael suspirou, um pouco irritado. Endireitou as costas, se mostrando pouco mais alto que Christian, coisa que eu não havia notado até então. Encarando-o afirmou:

            -Nunca faria mal a ela. Não estávamos fazendo nada e você sabe disso.

            -Eu até acredito, já que você me disse...

            Christian se afasta um pouco de Natanael e põe as mãos na cintura, deixando-o livre. Então, olha para mim e fala:

            -Mas o que vem a ser este corte na mão dela? Não estava aí ontem, e não me lembro de ter deixado nada cortante em seu quarto.

            Corte? Meu sangue gelou. Olhei minha mão direita. Estava lá, um pequeno inchaço, menor que uma unha, avermelhado, ao lado de meu dedo menor. Eu não o havia notado até então. Enquanto fugia para meu quarto, arranhei minha mão num espinho das roseiras. O nervosismo não me deixou vê-lo ou senti-lo e seu tamanho não ajudou. Como ele o havia notado? Emudeci novamente. Abria a boca para falar, mas não saia nada. Fiquei desnorteada. Comecei a olhar para várias direções, como se a solução para aquela situação estivesse flutuando pelo cômodo. Voltei meus olhos para Natanael e não os tirei dele. Ele já estava mais calmo. Vendo meu nervosismo, voltou-se para Christian e disse:

            -Ela se cortou nas roseiras.

            Senti minha cabeça ficando leve. Ele sabia? Desde quando? Ou ele estava apenas arrumando uma desculpa?

            -Como não a vi passar por aqui? Este é o único caminho que leva de seu quarto até os fundos. E ela não poderia ter dado a volta, pois a porta principal da mansão está trancada.

            -Ela saiu pela janela de seu quarto, embora eu não saiba o motivo.

            Ele respondeu imediatamente. Ele sabia.

            -É verdade? – Agora ele se dirigiu a mim – Sair pela janela é incomum...

            -Sim – Respondi sem pensar – Eu temia te acordar...

            Ele mudou sua expressão de raiva para manha. Relaxou os ombros e disse:

            -Oras... Acabei de bronquear meu velho amigo por nada! Como sou baixo! Desculpe-me por agir assim, Julian!

            -Se eu me importasse com cada pequena coisa que o senhor faz, já teria enlouquecido. – Ele responde calmo como de costume.

            -E você – Disse para mim em tom de desaprovação – Não faça sandices! Meu sono é pesado. Não deveria se preocupar com tamanhas futilidades! Olhe o resultado! Você está ferida!

            Ele pegou minha mão delicadamente, destoando de sua expressão enraivecida. Inclinou-se em minha direção e depositou um beijo perto de meu corte. Era a primeira vez que um homem me beijava. Meu corpo sentiu um arrepio inimaginável. Tentei soltar minha mão da dele, mas ele a segurava com muita firmeza. Constrangida, desviei meu olhar.

            -Peço as minhas mais sinceras desculpas pelo ocorrido! Assumo a responsabilidade deste infortúnio.

            Fiquei constrangida e confusa. Como Natanael sabia? Quando havia descoberto? E principalmente: Por que fingiu não saber? Tentei me acalmar, enquanto Christian voltava para seu lugar, tirando os cabelos bagunçados do rosto pálido. Depois disso, Natanael nos serviu e tomamos o desjejum em silêncio. Tudo estava delicioso, mas não pude aproveitar completamente, pois Christian me encarou durante toda a refeição, me fazendo ficar desconfortável. Quando estava para me levantar, Christian me interrompeu, fazendo um gesto com a mão.

            -Espere.

            Então se virou para Christian e disse:

            -O curativo. Refaça-o. Depois leve-a aos meus aposentos, quero conversar com ela.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por tudo! Conto com o apoio de vcs! Sem meus leitores, eu sou só uma doida q posta uma história macabra num site! Com vocês, eu sou uma escritora! Amo todos q comentam, mesmo sem conhecê-los^^