Capítulo 17 – 

POV Felicity

Era sexta-feira e eu estava mais que animada pra noite de hoje, decidir ir colocar uma roupa digamos assim ousada, eu estava sentindo falta de algo assim. Sempre que íamos para a balada em Boston Helena me arrumava de um jeito ousada e sempre funcionava no fim da noite se é que me intendem.

Estava com o cabelo solto pra completar o visual. Laurel já tinha me enviado uma mensagem falando que tinha saído de casa eu decidi descer e esperar ela na sala de entrada, eu não jantado com todos pois antes tinha feito um lanche reforçado.

—Uou! Onde vai assim americana?- Sorri com a voz de Tommy e me virei sorrindo e vi Oliver me olhando e quase corei.

—Bom eu irei sair com Laurel, vamos a uma noite das garotas- eu disse piscando

—Desse jeito? Olha a noite promete- Thea disse chegando e eu fiquei sem graça

—Hoje é minha folga sim? Então posso fazer qualquer coisa- eu disse dando de ombros e escuto uma buzina

—Cuida da minha ursinha Felicity e não faça nada que eu não faria- Tommy pisca pra mim que sorriu negando

—Aproveite a noite- Oliver me parece sincero e eu sorrio.

—Mostre a magia das americanas- Caro com a fala de Thea e já vou saindo antes que eu me afunde de constrangimento. Laurel está com um carro conversível preto e uma garota loira nos bancos de trás, eu sorrio e entro no caro, ela só pisca pro Tommy que estava na porta e liga o som saindo da propriedade.

— Felicity essa é minha amiga de longa data Sara- Ela diz e eu sorrio pra loira que pisca pra mim

—Prazer- ela diz- Hoje o clube é das loiras?- todas rimos

—Loiras e cada uma de um continente- Laurel diz e eu ergo uma sobrancelha.

—Eu nasci e morei na Austrália muitos anos- Sara disse tirando minha dúvida

—A mãe dela é embaixadora lá- Laurel explica

—Então você está de férias?- eu pergunto e ela assenti

—Por enquanto sim- eu sorrio.

POV Oliver

Não nego que quando vi a Felicity com aquelas roupas eu senti uma coisa estranha no peito, ela estava muito linda. Eu nunca a tinha visto desse jeito casual, ela ficava ainda mais bonita e isso me levou a pensar em todos que a olhariam e a cobiçariam eu apertei uma mão de leve. Que isso Oliver! Felicity pode fazer o que bem intender a vida é dela, meu lado racional me disse e eu tentei me concentrar nisso.

—Cuidado pra não babar- olho pra Thea com uma careta

—Oi?- fingo que não entendi

—Não sou boba Oliver e muito menos você- ela pisca saindo e eu balanço a cabeça. Era só o que me faltava, uma irmã enigmática.

POV Felicity

Assim que entramos na cidade eu reconheci o centro, já estava reconhecendo algumas ruas e sinais.

—Vamos em uma balada bem popular que tem aqui, nada de pessoas esnobes- Sara disse e eu sorri em alivio. Não me levem a mal, mas eu queria estar de cercadas de pessoas digamos assim “normais”.

—É nada de realeza ou políticos, precisamos de um pouco de ar e uma festa de verdade- Eu concordei com a Laurel que depois de alguns minutos estacionou e apesar da fila gigante na entrada bastou ela dizer seu nome que entramos é confusões da vida não é?.

O som estava alto como de qualquer boate, estava com um pouco de fumaça e luzes e sério quando eu escutei a música americana eu me senti em casa. Sara gritou e nos arrastou para o bar.

—Vamos começar essa noite com uma dose de tequila- Sara disse eu sorri e logo viramos umas duas doses de tequila com sal e limão. Eu comecei a me movimentar no bar mesmo e as meninas sorriram me puxando pra pista de dança.

—Ah boa e nova música americana!- eu disse e elas riram e começamos a nos mover no ritmo da música.

Vamos lá, vamos lá, ligue o rádio
É sexta à noite e eu não vou demorar
Tenho que fazer o cabelo, passar minha maquiagem
É sexta à noite e eu não vou demorar

Até eu cair na pista de dança
Cair na pista de dança
Já tenho tudo de que preciso
Eu não tenho dinheiro
Eu não tenho dinheiro
Mas eu tenho você, baby

Nós três cantávamos a músicas empolgadas, quando passou um garçom com uns drinks e não pensamos duas vezes em pegar e começamos a dançar enquanto bebíamos. Percebi uns olhares de Sara a algumas mulheres e sorri.

Querido, eu não preciso de notas de dólar para me divertir essa noite
(Eu amo emoções baratas)
Querido, eu não preciso de notas de dólar para me divertir essa noite
(Eu amo emoções baratas)
Mas eu não preciso de dinheiro
Contanto que eu possa sentir a batida
Eu não preciso de dinheiro
Contanto que eu siga dançando

—Espero que ninguém seja fraca pra bebidas aqui- Laurel disse e eu e Sara negamos

—Eu não sou fraco, porém não abuso muito- eu disse me defendendo na verdade nós estávamos é gritando pelo volume da música. Continuamos dançando e bebendo por umas três músicas ou mais até que Laurel saiu pra no banheiro.

—Olha aquela gatinha- Sara apontou pra uma menina morena e eu sorri intendendo.

—Nem tanto- eu disse dando de ombros e tomando um gole do meu drink ela sorriu me olhando

—Você sacou Felicity?- ela me perguntou e eu pisquei

—Se você se refere ao fato de você querer beijar mulheres sim- eu disse dando de ombros e ela me olhou bebendo um drink

—Acha que consigo coisa melhor?- eu sorri assentindo

—Com toda a certeza- eu nem hesitei e nós duas rimos e continuamos a dançar.

Assim como nos filmes
Começa a chover e nós
Nós somos os lindos e arruinados
Mentes vendadas colidem e nos apaixonamos

Quando a cortina fecha
Nosso toque é apenas um toque
Não é como nos filmes
Nossa história é depois do fim

—Ah eu amo essa cantora- eu disse apreciando a música e nós sorrimos e começamos a pular no ritmo da música e pra minha surpresa ela sabia cantar eu virei o resto do meu drink assim como ela e colocamos em uma bandeija que passava.

Como estranhos
Farsantes perfeitos
Estamos nos apaixonando loucamente
Por algo que não é real
Nunca poderia ser nós, eh
Apenas você e eu

Acho que temos algo, mas inventamos um sonho
Porque temos uma bela visão do que poderia ter sido, woh

— Felicity? – Olha pra Sara e ambas ainda estávamos pulando ao som da música.- Já beijou alguma mulher?- ela joga assim na lata e eu sorrio jogando a cabeça pra trás e depois a olho

—Sara sou Hacker gosto de coisas perigosos- eu pisquei acho que a bebida estava fazendo efeito, quando foi que eu confessei algo assim? Quer dizer eu era hetero até onde sabia eu só tinha beijado uma menina quando decidir fumar aquilo sabe? E mal me lembro.

—Quer me beijar?- eu parai de pular na hora e a olhei. Eu devia estar muito alegre pra considerar isso

—Só se não contar pra ninguém- eu disse e ela assenti e sorrimos nos aproximando. Não foi um beijo estava mais pra um selinho longo, assim que nós separamos ela piscou pra mim e eu neguei. Eu não achava isso nada de mais além do fato de que eu provavelmente mal me lembraria disso.

—Voltei!- Laurel disse e rimos pegando as bebidas que ela tinha trago. A noite foi regada e bebidas e danças e eu amei, tinha muito tempo que não me divertia tanto assim.