Capítulo 16- 

POV Felicity

O aniversário de Laurel ainda corria e já era mais de uma da manhã e eu já estava com sono, não que eu fosse uma velha chata nem nada, mas eu adoraria ir para o palácio descansar, sério muita gente me cansa. Estava em uma roda de conversa com Tommy, Laurel, Thea e Oliver e pelo menos estava tomando um bom vinho.

—Ei não vai beber mesmo?- eu pergunto para o Oliver e ele nega

—Não, é melhor me manter sóbrio para dirigir na volta- eu dou de ombros bebendo mais um pouco do vinho

—Você sabe dirigir Felicity?- Laurel pergunta

—Eu sei no lado certo, ou seja, o direito e não nesse lado estranho aqui o esquerdo, fico toda confusa- eu disse e eles riram

—Eu que fico confuso com o lado de vocês, uma vez quase bati no Canadá- Tommy diz e Thea começa a rir

—Quase? Você passou arranhando no carro e depois acelerou correndo- Ela diz e todos rimos

—Não é tão difícil quanto parece- Oliver diz e eu nego- É sério, se quiser eu posso te ensinar- eu pondero, mas seria interessante aprender a dirigir mesmo.

—Pode ser, mas não prometo nada- eu disse piscando e ele sorriu

—O Que acha de manhã atarde?- eu concordo

 -Ei o que está achando do aniversário? - Tommy me pergunta

—Bom- eu digo sorrindo

—Só bom?- Thea pergunta

—Sim, a comida e as bebidas estão ótimas só não é o tipo de aniversário que estou acostumada a ir- eu digo

—Como é o tipo de aniversário lá?- Laurel pergunta e eu dou de ombros

—Bom aqui está mais pra um jantar civilizado e tals, geralmente os aniversários que ia em Boston sempre tinha música alta, bebidas e salgadinhos- eu disse e eles riram

—Então é praticamente uma balada- Oliver disse e eu assenti

—Eu queria música alta, mas meu pai queria alto civilizado e sem graça- Laurel disse fazendo uma careta

—Eu me lembro do meu último aniversário foi um festão- Tommy disse com ar sonhador e Thea riu

—Foi bom enquanto durou porque depois o senhor ficou duas semanas de castigo por fazer uma festa no palácio e ainda quebrar uma escultura- Ela disse e todos rimos

—Ainda bem que estava em uma viajem para a Espanha porque assim nada sobrou pra mim- Oliver disse erguendo as mãos

—Sobrou pra mim não é?- Thea disse- Só porque eu estava curtindo a festa o pai chega bem na hora, muito sem graça.

—Sem graça foi os amigos de vocês quebrarem uma escultura de 200 anos- Laurel disse eu abri a boca.

—Céus! Como isso foi acontecer?- pergunto e Tommy me responde

—Bom estávamos todos muito alegres se é que me entende. Então decidimos fazer um trenzinho enquanto dançávamos e sem querer eu acabei tropeçando e empurrei o Martin pra cima da escultura que caiu com tudo, mais quebrou só o nariz nada de mais- Ele disse dando de ombros e Laurel bateu em nuca.

—Nada de mais que custou 50 mil libras pra restaurar né?- Ela diz e eu quase engasgo com o preço, CÉUS!.

—Eu fiquei sem salário três meses- Tommy diz reclamando

—Até aparece que passou dificuldade, você ganhava as coisas tudo de graça- Oliver diz e consigo plenamente imaginar Tommy pedindo as coisas e óbvio que ele ganhava, quem ia negar algo a um príncipe?.

—Nem me fale, foi uma vergonha sair com o Tommy nesses meses- Laurel disse revirando os olhos

—Ei! Eu disse que você podia pagar, mas você nunca levava dinheiro- Ele disse e todos rimos

—Eu levava cartão Tommy e alguns lugares só aceitavam dinheiro- ela diz

—Eu não quero nem saber os lugares, assim evito passar vergonha- Oliver diz e nós rimos da cara de bravo de Tommy.

[...]

POV Oliver

Eu tinha me oferecido pra ensinar a Felicity com a melhor das intenções, sério! Eu imaginava o quão difícil deveria ser ter que andar em outra mão. Eu nunca precisei dirigir em outro país, mas mesmo assim sempre estranhava oque para eles era normal para nós era estranho.

Decidi usar meu carro mesmo um SUV para que ela aprendesse.

—Olá- Me viro e vejo-a. Felicity estava com uma calça preta e uma regata branco com um casaco cinza, simples mas como sempre linda.

—Olá- eu respondo sorrindo.

—Então se eu bater o carro terei que pagar?- eu nego sorrindo

—Não senhorita, vamos andar na propriedade mesmo e será quase impossível bater porém se isso ocorrer não precisará se preocupar- eu digo e ela sorri- Vem entra no carro- Nós entramos e eu dirijo até um campo aberto gramado porém era mais fácil pra prender.

Nós trocamos de lugar como eu pedi.

—Tudo será diferente do outro ou seja ao contrário sim?- Ela pergunta

—Isso mesmo, até a preferência é ao contrário- ela assentiu e eu fui passando algumas instruções. Na primeira vez ela se atrapalhou toda e eu fiz um esforço pra não rir pois sua cara de frustação era muito engrada- Calma, respira. Você sabe dirigir só precisa treinar com outro lado.

—Não é tão fácil, eu me atrapalho toda, até pareço a Felicity de 16 anos quando estava aprendendo a dirigir.

—Bom de certa forma você está aprendendo a dirigir só que algo novo, já que é completamente diferente- Eu digo e ela assente- Vamos tenta de novo.- E assim foi o resto da tarde. Felicity demorou umas cinco vezes pra começar a acertar os movimentos das marchas e dos pedais e quando era fim de tarde ela tinha conseguido dar umas quatro voltas sem erras ou deixar o carro morrer.

Eu que levei o carro até o palácio ela tinha se recusado com medo que batesse ou quebrasse algo novamente. Thea nos esperava do lado de fora toda empolgada como sempre.

—Eai? Como foi?- ela perguntou e Felicity sorriu

—Foi bom por incrível que pareça eu consegui- ela disse e Thea pulou comemorando

—Eu sabia! Mal posso esperar pra quando for minha vez- eu sorri

—Dentro de poucos meses viu baixinha?- eu disse ela me mostra a língua por causa do apelido.

—Já cansei de dizer que não sou tão baixinha assim- ela me alfineta e Felicity e eu começamos a rir. Essas duas mulheres eram uma figura.

POV Felicity

Nem acredito que consegui dirigir na outra mão, eu estava tão nervosa pelo fato de aprender a dirigir pela esquerda e de ficar sozinha em um carro com Oliver, ainda bem que nada de mais aconteceu ele foi super simpático e prestativo e isso só aumentou essa coisa estranha que eu sentia em meu peito.

Depois do jantar fiquei na sala alguns minutos, mas todos tiveram que se retirar porque tinham compromissos logo mais.

Assim que abri meu celular via a mensagem de um número desconhecido.

“Ei Felicity aqui e a Laurel caso não tenha meu número de celular. Eu estava aqui pensando na nossa conversa da festa que não foi tão festa assim kkkkk. O que acha de sairmos pra uma balada depois de amanhã? Só nós duas e uma amiga minha sabe uma noite de garotas pra descontrair? Espero sua resposta.” Eu sorri, uma noite de garotas poderia ser uma boa.

“Oi Laurel, claro que aceito, estou mesmo precisando sair e me divertir um pouco, assim conheço mais de Belfast.” Não demorou muito e logo veio a resposta

“Ótimo, pode deixar que eu passo pra te buscar ”

“Estarei no aguardo ”.