P.O.V. Renesmee.

Estou sonhando, sei que estou sonhando e sei também que não é um sonho comum. É uma visão.

Eu vejo Hayley e o marido. Estão amarrados, não acorrentados com um cateter enfiado no braço. Estão sangrando, muito.

De repente, aparece um homem de terno e ele arranca o coração do Jackson.

Acordei, suada, apavorada e preocupada. Tomei banho, sequei o meu cabelo, me vesti e desci. 

—O que foi?

—Alguém tem notícia da Hayley e do marido dela?

—Não. Porque?

—Eu tive uma visão.

—Uma visão?

Fui até o apartamento da Hayley e comecei a bater na porta.

—Se continuar assim, vai botar á porta abaixo.

—Boa ideia Klaus.

Que se lascasse eu derrubei a porta mesmo. E tava tudo detonado lá dentro.

—Jesus Cristo!

Peguei a Hope e a examinei, mas ela tava bem.

—Toma que a filha é sua. Eu preciso me lembrar do local.

P.O.V. Hayley.

Quando eu acordei estava acorrentada. Jackson estava do meu lado acorrentado também, ele estava sangrando muito.

P.O.V. Renesmee.

Vou ter que voltar á visão para poder ver melhor.

P.O.V. Elijah.

Está é a primeira vez que eu a vejo vendo o futuro.

—Canos, canos pra todos os lados. Canos velhos, a parede é de tijolo, a pintura está desgastada.

Os olhos se movendo de um lado para o outro.

—Luz do sol, pouca. Uma janela, ou um vitro. Tem um portão, verde, daqueles que sobe e desce. Como um armazém. A parede é metade verde, metade branca.

—E o homem de terno?

—Não consigo ver o rosto direito, está muito escuro.

—Tente!

Os olhos dela voltaram a se focar.

—Não é ciência! Estou fazendo o melhor que consigo!

Renesmee respirou fundo e voltou a se focar.

—O cabelo dele é loiro. Olhos azuis. Ele parece ter saído de um filme dos anos cinquenta. Parece um mafioso.

—Tristan de Martel.

—Temos que achar eles rápido. Se não...

Os olhos de Niklaus se focaram.

—Ai, é o Jackson?

—Sim.

Sem demora, Jackson atravessou Niklaus e Freya encontrou um pacote.

—O que é isso?

—Não conseguem sentir o cheiro? Que tipo de vampiros são vocês? Tem sangue ai dentro.

Havia um bilhete lá.

"Nenhuma dor dói mais do que dor de amor. Se não forem bonzinhos, eu ainda tenho mais um."

Quando abrimos o pacote, lá estava o coração de Jackson.

Renesmee tapou os olhos de Clary.

—Se não atendermos as exigências deles, o de Hayley será o próximo.

—Klaus, pergunte ao Jackson o que ele lembra do lugar onde estavam mantendo ele. Se tinha algum cheiro diferente, um barulho específico.

P.O.V. Klaus.

Com a descrição de Jackson logo descobrimos que eles estavam numa doca.

—Vou com vocês. Sou rastreadora. Sou a melhor chance que vocês tem.

—Rastreadora?

—É um dom específico. Não sei explicar direito, mas eu acho qualquer coisa. Eu vou pegar uma das roupas da Hayley.

Usando nada além de uma camiseta, ela encontrou o local certo.

—Aurora e Tristan Martel.

Ela fez uma jogada de Mestre. Enganou Tristan, fazendo-o entrar num contêiner.

—O que é isso?

—Vocês são vampiros com os sentidos fracos. E eu me aproveitei disso. 

Logo, Aurora era Cami.

—Sabe o que eles dizem, o que vai, um dia volta.

—Como isso é possível?

—O serrtor cria um selo impenetrável, Freya e Vincent me ajudaram. E a Cami também. O selo é tão forte que nada vivo ou morto vivo pode passar.

—E nem eu graças a sua irmã lunática.

—Não. Não. Não!

—Fique perto de mim.

—O que estão esperando acabem com eles! Agora.

—Esperem. Ninguém mais tem que morrer. Olhem em volta! Esse é o lugar escuro e sombrio pra onde o caminho do ódio nos trouxe. Eu mato seu pai, você mata minha irmã, eu mato a irmã da sua irmã. Isso tem que acabar.

—Acabar?

—Não acaba nunca! Matar a gente, não vai trazer os seus entes queridos mortos de volta e matar vocês não vai trazer o Jackson de volta! Vocês não entenderam ainda?! Nem vocês, nem os Originais. Se vingar é tomar veneno e esperar o outro morra no seu lugar.

—Recuem.

—Você não vai me abandonar!

—Que os fantasmas dos nossos caídos estejam com você.

Aya fechou a porta do contêiner.

—E o que acontece agora? Vamos largar ele ai?

—Vamos jogar no mar.

—O que? Mas, o que acontece se jogarmos no mar?

—Ele vai se afogar por toda a eternidade.

—Não! Isso é inaceitável! Vocês estão piorando tudo! Ou matam ele ou largam esse contêiner tipo no meio do nada. Hayley?

Renesmee segurou Hayley pouco antes dela desmaiar.

—Segura a Hayley, Elijah que eu vou cuidar do contêiner.

Ela deu Hayley no meu colo e lançou um encantamento no Contêiner que o fez ficar invisível. E ela o carregou como se fosse uma bandeja e sumiu.

Logo ela voltou.

—Onde ele está? Onde colocou o contêiner?

—Não se preocupe. Ele vai definhar de fome até o ponto de dissecação e vai virar uma estátua. Já é sofrimento suficiente. Agora temos que voltar pra casa, se a Hayley não se alimentar logo, sei lá o que acontece com ela.

Depois de retornamos para casa, Renesmee deu sangue intravenoso para Hayley até que ela estivesse forte o suficiente para se alimentar sozinha.

—Obrigado.

—Disponha.

E eu fui me deitar com Cami. Era noite, mas então comecei a sentir, o sangue.

—Não. Não. Não!

—Ai Meu Deus! Cami.

Ela estava morta. A garganta cortada, o sangue manchando a cama.

—O que aconteceu?

Ela perguntou, mas eu não estava em condições de responder.

P.O.V. Renesmee.

Fui examinar o cadáver. Senti o cheiro do sangue dela, mas não só o dela.

—Aurora. Puta merda! Ela deve ter usado aquela coisa de controle da mente na Cami, enfiado o sangue dela pela goela a baixo da coitada e compelido ela a se matar.

—Ela não está morta. Está em transição.

—Eu sei.

Quando Cami acordou se recusou a se transformar.

Mas, nem tudo são más noticias. A nossa filhinha começou a andar.