P.O.V. Freya.

Estou completamente perdida, mas a minha intuição está sempre certa.

—Porque estamos todos aqui? Porque a reunião de família, Freya?

—Eu tive um sonho ontem a noite. Não foi um sonho normal, foi um sonho de bruxa. No meu sonho tinha uma criança. Um bebê. De macacão deitado no berço e eu me senti ligada á aquele bebê... de uma tal maneira. A criança é sangue do nosso sangue.

—Hope...

—Não era a Hope. A criança era Mikaelson. Juro por Deus ela é Mikaelson. Verdadeiramente Mikaelson, me senti mais ligada á aquele bebê do que eu me sinto á Hope.

—Isso é impossível.

—Eu não mentiria sobre uma coisa dessa! E se o Klaus engravidou a Hayley... sei lá né? E tinha algo pintado na parede, eu acho que era um brasão. Estava logo acima do berço.

Peguei um papel e desenhei mais ou menos o brasão.

—Eu sei, não sou artista mais...

—Ainda mais impossível. 

P.O.V. Elijah.

Eu reconheceria aquele brasão em qualquer lugar. Os dois leões, a torre, a coroa e o enorme P.

—E se não for?

—O que? Do que está falando Elijah?

—Da última vez que eu estive em Mystic Falls, eu estive com ela. Katerina. Mas, havia algo diferente nela. Pouco antes de partir ela me agradeceu.

—A Katherine agradecendo alguém?

—E se eu não estive com Katerina aquela noite? E se foi outra?

—Elijah, a linhagem acabou. A Katherine tá morta.

—Como pode saber?

—Eu tenho visto gente morta ultimamente. Não apenas visto, sentido. Posso tocar neles.

—E como isso é possível?

—Eu não sei.

—Mas, eu sei.

—Davina?!

—Chocante não é? Mas, ela me mostrou coisas... coisas que eu não pensei que fossem possíveis.

Ela estava descalça com um poncho.

—Melhorou a vestimenta?

—Cale a boca!

—Ela quem?

—A pessoa de quem estão falando.

—Existe outra duplicata?!

—Existe. E existe mais de um tipo de duplicata também.

—Davina.

Ela pegou na mão do Kol.

—Estou aqui. Estou de volta.

Eles se abraçaram. Se beijaram.

—Davina, eu sinto muito mas...

—Você quer alguma coisa. Estou chocada. Sim. A criança existe. Um bebê verdadeiramente Mikaelson.

—Você sabe onde está a criança?

Ela largou do Kol e foi andando devagar até o Elijah, o olhar era de cólera.

—Aquele bebê, foi a única coisa verdadeiramente boa e nobre que você já fez! Verme.

Davina virou um tapa na cara do Elijah.

—Eu tenho pena de vocês. 

—Davina, se sabe onde está a criança. Por favor, me diga.

—Não. Da última vez que eu te ajudei, vocês me jogaram no nada! Eu era uma sombra no meio de um monte de sombras!

—Davina, eu sei que está com raiva...

—Não estou com raiva. Estou furiosa! E porque eu trairia a mulher que me salvou, que me tirou do nada! Literalmente o nada. Pra ajudar você?

—Então porque você veio?

—Eu amo seu irmão, tanto quanto eu te desprezo. Eu estou indo embora desta merda de cidade. Vem comigo.

—Vou se trocar essa roupa.

—Feito. E o Marcel sabe que eu estou viva. Vou na casa dele pegar as minhas coisas.

—Sabia que te encontraria aqui D. Trouxe suas malas.

—Obrigado.

—É bom te ter de volta.

Davina subiu, trocou de roupa, Kol fez as malas e eles iam embora.

P.O.V. Elijah.

Eu tenho um filho. Eu tenho um filho.

—Davina, por favor eu sei que não me deve nada.

—Tem razão. Não devo, mas você deve. Me deve a vida da Hope, me deve o retorno do Kol, me deve a vida da Hayley. Eu posso continuar. Eu te ajudei. Eu salvei aquele bebê. E em troca, vocês me sacrificaram. Não é surpresa que todos odeiam vocês.

—O Kol matou você.

—Ele estava sendo controlado. Não sabia o que estava fazendo, mas vocês sabiam.

—Eu sinto muito.

—É meio tarde pra isso.

Ela pegou as malas e eles foram embora.

P.O.V. Kol.

É tão bom tê-la de volta. E estar fora de Nova Orleans. Aquela cidade é tóxica. É veneno puro.

—Pra onde estamos indo?

—Pra um lugar onde ninguém vai nos achar.

Viajamos por quilômetros até que eu vi a placa de BEM VINDOS Á RIVERDALE.

—Riverdale?