Sherlock - Season 5 escrita por TinaS


Capítulo 21
O Jogador desaparecido - Final


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal mais um capítulo para vocês.
Espero que gostem
Boa leitura



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As investigações foram mais longas do que Holmes imaginou, pois as horas se passavam e ele ainda não sabia o paradeiro do atleta. Já havia se passado um dia depois que falaram com o Dr. Armstrong e nada de suspeito estava acontecendo. O detetive já estava disposto a tomar aquela atitude filosófica e meio cômica que adotava quando os negócios iam mal. Molly e John tentavam não irritá-lo falando coisas desnecessárias já que só piorariam a situação. A legista não estava tentando uma aproximação devido como as coisas estavam indo naquele caso. Um ruído de carro fez com que Sherlock se erguesse e fosse espreitar à janela do quarto de Hotel que dividia com o Watson. Molly estava lá apenas para ajudar com o caso e depois iria para seus aposentos. Um carro estava à porta do médico.

Esteve fora durante três horas – observou Holmes – saiu às seis e meia e está de volta. Isto nos dá uma área de dezesseis a vinte quilômetros, e ele faz a viagem uma ou duas vezes por dia.

Nada de extraordinário, para um médico que esteja clinicando – John disse.

Mas Armstrong não é propriamente um clínico. É conferencista e consultor, e não gosta de clinicar, pois isso o afasta de seus trabalhos literários – o detetive retrucou.

Então por que então faz essas longas viagens, que devem irritá-lo, e a quem vai ele visitar? – Molly completou o raciocínio dele.

O motorista!

John, duvida que eu o tenha procurado em primeiro lugar? – Sherlock estava pensando rápido – o homem não quis falar. Tudo o que sei consegui por intermédio de um rapaz amável, que trabalha no jardim de nosso hotel. Foi quem me falou dos hábitos do médico e de suas viagens diárias.

Não poderia segui-lo? – Molly disse como se aquilo fosse óbvio.

Excelente! – o Holmes a encarou com os olhos em chamas – você está brilhante hoje. A ideia me ocorreu, mas como o homem é esperto precisamos de um plano mais elaborado – ele caminhou em direção a porta – encontro vocês mais tarde.

John e Molly se olharam confusos e sabiam que naquela noite o detetive ficaria fora até o amanhecer.

—x-

Mycroft estava em sua sala sentado na poltrona em frente a lareira com um copo de Whisky na mão. Lidar com Moran o tirava do sério já que ele achava saber algo dele e isso irritava o Holmes mais velho. Precisava descobrir o conteúdo da carta e se aquilo colocava o país em risco. E mesmo sem querer admitir sabia que queria poder proteger seu irmão e a mulher que o deixara mais humano.

 

Se quiser um trato eu sou todo ouvidos – Moran disse com um sorriso no rosto.

Você pode ter uma TV na sua sela se me entregar a carta – Mycroft ainda estava de pé diante do homem.

TV? – Sebastian riu – acha que isso me interessa?

Então o que quer Sr. Moran? – o Holmes mais velho queria acabar logo com isso.

Você – ele disse e seu sorriso se intensificou.

 

Tomou mais um gole da bebida para acalmar seu cérebro com aquelas lembranças da conversa com o ex amante de Moriarty. Quem acreditaria naquilo? Mycroft apenas queria respostas e ele começa a fazer jogos com ele. Mas não se deixaria afetar já que tinha outros meios de conseguir respostas.

—x-

Na manhã seguinte Sherlock estava diante da lareira, com uma seringa na mão. John saiu do banheiro já vestido um tanto curioso com a cena e o detetive não pôde deixar de notar a expressão do amigo. Três batidas na porta do quarto se ouviram e Molly entrou pronta para continuar o dia com eles, mas assim que viu o objeto nas mãos do amado sua expressão mudou radicalmente.

O que pensa que está fazendo? – ela já estava furiosa.

Não é o que está pensado – Sherlock tratou de se explicar – antes que me bata eu explico.

Acho bom ser uma ótima explicação – ela cruzou os braços.

Esta seringa será a chave que abrirá as portas do misterioso caso. Nela estão minhas esperanças pois pretendo seguir o Dr. Armstrong hoje – ele disse confiante – melhor tomarem logo o café da manhã.

Ainda não foi claro – a ruiva arqueou uma sobrancelha.

Pessoal melhor corrermos – John disse ao olhar pela janela – médico está saindo!

Não se incomode – Sherlock estava calmo – será muito inteligente se conseguir chegar aonde eu não o possa seguir. Vamos descer e eu apresentarei a vocês um detetive, que é eminente especialista no trabalho que está à nossa frente.

Molly e John se olharam confusos, mas resolveram seguir o detetive já que não tinham muita escolha. Depois de descerem, o Holmes abriu a porta de uma caixa e dali saiu um cão atarracado, de orelhas caídas.

Mais o que é isso? – John disse assustado.

Permita que o apresente a Pompey – Sherlock estava sorridente – ele é o orgulho dos cães de fila, não grande corredor, como seu corpo indica, mas um cão firme, que nunca abandona uma pista. Bem, rapaz, venha mostrar do que é capaz.

Holmes levou-o até a porta do médico sendo seguido pela legista e John. O cão farejou por um instante e depois, com um ganido excitado, saiu pela rua, puxando a correia, esforçando-se para ir mais depressa. Em meia hora, tinham deixado a cidade e seguiam por uma estrada rural tudo isso a pé.

Que fez você, Sherlock? – John queria respostas.

Adotei um truque muito conhecido, mas útil. Fui ao quintal do médico hoje de manhã e injetei uma seringa cheia de essência de aniz na roda de trás do carro. Um cão de fila seguirá o cheiro de aniz até o fim do mundo – o Holmes se sentia vitorioso – nosso amigo Armstrong jamais conseguiria escapar a Pompey.

O cão saíra de repente da estrada principal, por um atalho. Oitocentos metros adiante, entraram em outra estrada larga e o cão virou à direita, em direção à cidade que eles tinham acabado de deixar. A estrada subiu para o sul da cidade, continuando na direção oposta àquela de onde tinham vindo.

Ele fez tudo isso para nos confundir – Molly disse e sentiu um puxão em seu pulso e seu corpo se chocou com o de Sherlock.

Os três entraram no mato, mas John estava mais na frente segurando Pompey que estava relutante em sair da trilha. Sherlock sentiu o perfume de flores vindo dos cabelos da legista e ele continuava abraçando ela e não tinha se dado conta de o quanto seu corpo ansiava por aquele contato enquanto Molly sentia que seu coração ia sair do peito por estar tão próxima dele. Mal tinham se escondido e um carro vindo em direção oposta. Era o Dr. Armstrong, de ombros caídos, cabeça entre as mãos, a verdadeira imagem do desespero.

Foi por pouco – Molly disse levantando um pouco a cabeça para olhar nos olhos do detetive.

Foi – a voz dele saiu fraca e ele encarava os olhos e depois os lábios dela.

Pessoal? – ouviram a voz de John e se separaram – tem um portão aqui.

Chegaram ao fim da jornada, sem dúvida. Pompey corria de um lado para outro e gania do lado de fora do portão, onde ainda se viam, no chão, as marcas das rodas da carruagem. Um caminho conduzia à vivenda isolada. Bateram na porta sem obter resposta, e tornaram a bater. Mas a casa não estava deserta, pois ouviam um som baixo como um gemido de desespero. Sherlock parou, assustado, depois olhou para a estrada ao ouvir o barulho de um carro.

O médico está de volta! – John disse assustado.

Temos de averiguar o que há antes que ele chegue – Holmes disse sem perder a calma.

Ele abriu a porta da casa e o gemido pareceu mais forte, até se tornar um grito de desespero. Vinha de cima. Os três seguiram o som que dava para um cômodo com uma porta semiaberta, os três ficaram surpresos com a cena.

Uma mulher, jovem e bela, estava deitada na cama. O rosto calmo, pálido, de olhos azuis completamente abertos, era emoldurado por cabelos dourados. Aos pés da cama, meio sentado, meio ajoelhado, um rapaz desesperado que não ergueu os olhos, até Holmes bater em seu ombro.

O senhor é o Sr. Godfrey Staunton? – perguntou.

Sim, senhor – ele respondeu afoito – o bebê vai nascer, vocês são os médicos?

Bebê? – John disse e se aproximou da mulher – ela está em trabalho de parto!

Sherlock tire o Sr. Godfrey daqui – Molly disse tirando seu casaco e se aproximando da mulher.

O que? – o homem protestou, mas Sherlock fez o que a ruiva pedira.

Estava tão fora de si, que quando ouviram passos na escada, e apareceu à porta o rosto severo e indagador do Dr. Armstrong.

Então, senhores, atingiram seu objetivo e escolheram um momento delicado para a intrusão – o homem disse com raiva.

Não temos tempo pra isso – Molly disse friamente – me dê essas coisas logo o bebê precisa sair antes que seja tarde!

Ela está perdendo muito sangue – John completou preocupado.

O homem se deu por vencido e ajudou Molly e John no parto. No andar de baixo Sherlock tentava acalmar o Sr. Godfrey e explicar o porquê de estarem ali.

Entendo – Godfrey disse ao entender tudo – vou lhe explicar tudo Sr. Holmes. Há um ano, passei uma temporada em Londres e me apaixonei e casei. Não tenho vergonha de minha esposa. Mas sou herdeiro do malvado de meu tio, e não há dúvida de que a notícia de meu casamento seria o fim da herança. Fizemos o possível para que o casamento ficasse secreto, graças a esta casa isolada nada foi descoberto. A gravidez era de risco, mas não tivemos tempo de leva-la ao hospital e sermos discretos, não conseguiria me concentrar no jogo e nem me ausentar sem uma boa desculpa então tive que desaparecer. É tudo, Sr. Holmes, e tenho a certeza de que posso contar com sua discrição e a de seus amigos.

Com certeza – Sherlock apertou a mão do homem.

Depois de horas o parto havia chegado ao fim, o bebê e a mãe estavam bem, mas teriam que ir a um hospital no outro dia para ter certeza de tudo. Molly desceu as escadas e foi lavar suas mãos no tanque da área de serviço. Estava com suas roupas cheias de sangue e seus braços também.

Conseguiram – ele disse enquanto a observava lavar as mãos.

Sim – ela sorriu sem encara-lo.

Sherlock se aproximou dela e a ajudou a esfregar suas mãos e braços. Molly o encarou por um tempo e se sentiu cuidada por ele, mas ainda se sentia culpada.

Por favor me perdoe – ela disse e ele a ignorou continuando a esfregar os braços dela – Sherlock...me perdoe.

Ele suspirou e a olhou nos olhos vendo as lágrimas em seu rosto. É claro que ele a perdoaria e saber que ela finalmente tinha percebido seus erros o fez ver o quanto queria estar sempre com ela. Ele se aproximou e beijou a testa dela sem dizer nada, apenas lhe dando um leve sorriso e ela havia entendido que tudo estava bem outra vez.

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E o casal finalmente se reconciliou haha
O que acharam pessoal?
Não esqueçam de comentar
Bjos
TinaS



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