Sherlock - Season 5 escrita por TinaS


Capítulo 11
O encontro dos Jogadores.


Notas iniciais do capítulo

Quero muito agradecer minhas leitoras fiéis que sempre estão comentando e me incentivando a continuar com a história.
CQCRASH
Jessica Lemos
Saky Farron
Boa leitura ^^



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Tem certeza? – John perguntou ao detetive.

Os dois estavam no convés de barcos em uma parte afastada da cidade, a ilha de Chiswick Eyo ficava a poucos quilômetros dali. O detetive iria sozinho e John se limitou a acompanha-lo apenas até ali. Não poderia esperar mais tempo ainda mais depois de ver a imagem do rosto de Molly naquela foto, o que fez seu sangue ferver.

Eu vou conseguir salva-la – Sherlock disse e subiu no barco.

Só não faça nada imprudente – John desamarrou o barco.

Ora John você me conhece – o Holmes se permitiu um mínimo sorriso – eu não vou mais deixar ele, eu ou qualquer outra pessoal machucar Molly.

O Watson observou o amigo por alguns minutos, ele se sentia culpado por tudo aquilo e jamais se perdoaria se Molly se machucasse ou morre-se por sua causa. Ao que tudo indicava a prioridade era a segurança dela e não a dele.

Acredito em você – John suspirou – nos vemos quando isso acabar.

Adeus John – Sherlock disse e deu partida no barco rumo aquela ilha.

Que Sebastian estivesse preparado para as consequências daquela situação já que mesmo ele pensando que tem um controle absoluto ele cometeria o mesmo erro de todos que desafiaram Sherlock para um jogo. Subestima-lo.

—x-

Sra. Hudson estava preparando o jantar enquanto Jane brincava com Rose na sala da casa dos Watson. Depois que Sherlock saiu com John, Mycroft também sumiu por um tempo e ela ficou designada para cuidar da filha de John e da Sra. Hudson. Ela estava preocupada já que o Watson não respondia suas mensagens e muito menos atendia o telefone.

Você se acostuma – Sra. Hudson disse sentando no sofá.

Eu só – Jane sorriu fraco – estou com um mal pressentimento.

Eu sempre sinto isso quando vejo aqueles dois saindo pela porta rumo a desvendar um novo mistério – Sra. Hudson sorriu – saiba que mal pressentimento nenhum se aplica aqueles dois.

Então me ensine a me acostumar – Jane levantou e foi até a janela olhar o movimento da rua.

Seu treinamento na CIA foi de boa serventia, mas eles não te preparavam para lidar com situações que envolviam as emoções humanas, como conseguir ignorar a preocupação com pessoas com as quais se importa? Difícil. Jane estreitou os olhos e viu uma luz vermelha.

Sra. Hudson – ela disse sem tirar os olhos da janela – pegue rose e vá para o porão seguro agora.

A loira sacou a arma sem nenhum alarde e Sra. Hudson desceu as escadas, mas foi impedida por um homem que arrombou a porta e a puxou pela blusa.

Sra. Hudson! – Jane apontou a arma para o homem – Parado aí!

O homem pegou Rose a força e empurrou Sra. Hudson para perto de Jane. A pequena começou a chorar.

Larga ela agora – Jane disse firme com a arma apontada para ele.

Vai correr o risco de atirar nela? – o homem disse.

Eu nunca erro – a loira disse com o olhar firme – e você está sozinho.

Não me subestime, o Sr. Moran sabe o que faz – ele respondeu.

Mycroft também – Jane respondeu com um sorriso de canto e outros agentes entraram na casa cercando o homem.

Droga – o homem disse – não vou entregar!

No minuto seguinte ele jogou uma bomba de gás na sala sumindo da vista de todos. Jane por sua vez correu e o enxergou na rua enquanto Rose chorava e estendia o braço na direção da loira.

Já chega! Pare agora! – Ela gritou mais uma vez e atirou acertando a perna do homem que caiu no chão – Rose!

Jane correu e pegou a garotinha no colo a acalentando, mas o homem se levantou mesmo com dor pronto para ir pra cima dela. Jane correu e colocou Rose sentada na calçada e se virou para atirar novamente, mas o homem estava próximo a ela e a desarmou.

Você é um incomodo – ele disse e os dois começaram a lutar corpo a corpo.

Jane era boa nessa luta e se movimentava bem rápido, mas ele era mais forte e num segundo de distração a socou no estomago. Ela tossiu e urrou de dor caindo no chão.

Não vou decepcionar o Sr. Moran – o homem disse e piso no peito dela – vou matá-la e levar a menina.

 

Eu vou cuidar bem dela prometo – Jane disse para John assim que ele se despediu dela.

Obrigado – ele sorriu – fico mais tranquilo sabendo que ela está bem e segura, não sei o que eu faria se algo acontecesse com minha filha.

Minha prioridade é a segurança dela confia em mim – Jane o olhou nos olhos.

Eu confio – John sorriu.

 

Ela não podia decepciona-lo aquilo foi uma promessa e ela nunca iria falar com John, nunca. A arma estava perto e ela esticou o braço para pega-la e em segundos ela conseguiu dar um tiro certeiro no homem que caiu no chão desacordado.

Rose – Jane correu e abraçou a pequena que já tinha parado de chorar e que abraçou forte a loira – está tudo bem minha pequena.

Os agentes chegaram e levaram o homem enquanto Sra. Hudson pegou Rose no colo. Jane pegou o celular e digitou uma mensagem para Mycroft, era melhor se apressarem.

—x-

Sherlock desceu do barco e encarou a ilha que parecia abandonada e na realidade estava mesmo. Andou um pouco, mas logo ouviu o barulho de carros e em um caminho entre as árvores um carro surgiu e dois homens desceram dele.

Sr. Holmes – um homem disse, ele estava armado – o Sr. Moran o espera.

Sherlock apenas assentiu com a cabeça e entrou no carro. Sebastian estava em vantagem ali e o detetive sabia que sua vida não corria risco, mas quem estava realmente por um fio era Molly. Mais fundo na floresta havia uma antiga mina abandonada e foi ali que pararam, o Holmes avistou muitos homens armados ao redor do local e que fugir dali seria uma tarefa um tanto complicada.

Seja bem-vindo Sr. Holmes – a voz de Sebastian ecoou pela entrada do local e sua imagem se viu no portão de entrada – vejo que realmente acatou minhas ordens, muito sábio de sua parte.

Eu não acho que devo temer por minha vida Sr. Moran – Sherlock o observou ele estava com Molly minutos antes de estar ali – já que não quer me matar.

Nisso não iremos discordar – ele fez sinal e os seus homens saíram de perto – siga-me.

Onde ela está? – o detetive perguntou num ato involuntário, estava ficando preocupado.

Melhor manter a calma – Sebastian se virou para encará-lo – eu mandei meus homens irem embora para a floresta só para garantir que você não trouxe reforços e também porque agora o jogo de verdade começa com apenas dois jogadores e um prêmio final – ele sorriu de forma confiante – a vida de Molly Hooper.

Acha que eu arriscaria a segurança dela trazendo alguém aqui? – Sherlock retrucou.

Mycroft é muito bom em passar despercebido, disso Jim me alertou muito bem – Moran continuou andando – estamos acima da mina onde há muitas salas – eles entraram numa sala grande – aqui Sr. Holmes estão as chaves das salas e em uma delas está Molly esperando para ser resgatada.

Sherlock analisou as chaves e pensou no mapa que havia visto da mina, tinham muito mais chaves do que salas. Moran iria dificultar muito aquilo.

Quanto tempo pretende me dar? – Sherlock disse chegando perto da chaves.

Como sou um bom homem te darei 15 minutos – Sebastian caminhou para a saída – enquanto isso eu e minha espingarda estaremos observando Molly porque assim que o tempo acabar eu vou matá-la.

Sherlock se virou para encará-lo, mas o homem já havia sumido se sua vista. Não importava quanto tempo ele teria e mesmo se chegasse a tempo ele sabia que Sebastian mataria Molly mesmo assim e só queria deixar as coisas mais interessantes enquanto esperava o detetive ter a sensação de vitória para no último minuto fracassar. Sherlock sabia de tudo isso e ainda que Sebastian se achasse no controle Sherlock estava um passo à sua frente.

—x-

Qual a sua posição? – Mycroft perguntou pelo comunicador enquanto estava escondido no barco.

Estou perto das alavancas – John disse e avistou os homens de Moran se aproximando – temos companhia.

Não se preocupe doutor Watson meus homens sabem o que fazer – o Holmes mais velho disse.

John correu e se protegeu atrás de uma árvore enquanto os agentes de Mycroft faziam o maior trabalho. Os tiros se ouviam dos dois lados e John detestou a sensação de estar novamente em um campo de batalha. Ele entrou na sala das alavancas e respirou fundo controlando seus nervos.

Esperando o seu sinal – John disse no comunicador.

Agora é sua vez caro irmão – Mycroft sussurrou para si mesmo.

—x-

Sherlock abriu diversas portas ao acaso já que precisava ganhar tempo para que Mycroft pudesse assumir o controle do local. A ordem era que ninguém interferisse no encontro dele com Sebastian até Molly estar devidamente segura. Após abrir mais uma sala se deparou com o vazio. O total de chaves era de 40, mas o total de salas era reduzido para um pouco mais que a metade sendo que cada uma se dividia em alas diferentes da antiga mina. Os números óbvios foram descartados pelo detetive. Sherlock parou um pouco e começou a pensar.

Se ele me deu várias chaves para me fazer perder tempo – Sherlock olhou para as chaves que faltavam – de acordo com a ordem que estavam só há um número certo.

Ele andou pelo corredor até a menor porta que tinha, aquela era a sala de número 25. Sherlock pegou a chave e ela entrou como uma luva na fechadura e quando ele ouviu ela destrancar torceu por sua intuição estar certa.

25 de agosto – ele disse para si mesmo – aniversário de Moriarty.

Quando enfim puxou ar para os pulmões entrou na sala que mais era um grande pátio a céu aberto onde haviam torres ao seu redor e a uma distância grande ele a viu com uma mordaça na boca e machucada. Seus olhos estavam marejados, ela estava de joelhos e com as mãos para trás amarradas assim como os pés. Sherlock sentiu uma agonia ao vê-la daquele jeito, se sentiu um inútil e mais culpado ainda.

Molly! – ele gritou atraído a atenção dela para si.

Molly arregalou os olhos e balbuciou algo impossível de se entender já que ela estava com um pano amarrado na boca. Sherlock tinha apenas mais 2 minutos para chegar até ela então seus pés se moveram. Sebastian poderia estar em qualquer torre daquela com sua espingarda pronto para atirar na legista.

Me perdoe – Sherlock disse enquanto apressava os passos – eu estava com medo Molly, medo da mudança que você traria para minha vida – ele parou por um instante ofegante e se apoiou nos joelhos – eu admito que fui um covarde, mas se eu a procurasse eu teria que confessar e eu não estava preparado – levantou seus olhos azuis que olharam para a legista – você é a última pessoa no mundo que eu quero que sofra e eu mesmo não quero ser o responsável pelas suas lágrimas – ele começou a caminhar dessa vez sem pressa em direção a ela – eu não posso mais esperar e espero que acabe com a agonia que estou sentindo me aceitando ao seu lado porque eu...

Sherlock respirou fundo como se sua vida dependesse daquele ato, ela estava tão próxima dele que mais um pouco conseguiria alcança-la, mas não poderia assustar Sebastian se não ele atiraria com toda a certeza.

Eu amo você – ele disse então se jogou em direção de Molly – AGORA!

E ouviu-se o som do tiro que foi em direção aos dois.

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E agora gente? Sebastian não está para brincadeira.
O que acharam?
Estou ansiosa pelos comentários.
Bjos
TinaS



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