When Night Comes escrita por Bia


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltoooouu!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/769195/chapter/8

Pov Brenda

Eu estava tremendo desde quando havia chego na escola. Descobri que havia passado na Universidade no sábado e passei o restante dele e o domingo inteiro comemorando e tendo crises de felicidade, como chorar, gritar e beber horrores, mas hoje é segunda e falaria com a Senhora Boyle hoje sobre isso! Espero que tudo continue dando certo!

Peguei o celular e vi uma mensagem de minha mãe, onde ela falava que iria voltar mais cedo para casa, pois estava passando um pouco mal e concordei, dizendo que voltaria logo depois de falar com a Senhora Boyle. Ia bloquear o celular, mas recebi uma mensagem no celular de um número desconhecido, mas pela voto vi que era Lumía, franzi o cenho a abri, ignorando as cutucadas em minha nuca, provavelmente de Mota, que sentava atrás de mim.

O número havia me mandado uma foto, com uma legenda que li enquanto meu celular lerdo baixava a imagem: uma ótima pessoa para se obervar. A imagem carregou e franzi o cenho, pois eram duas, a primeira uma pessoa estava de costas, mas reconheci... Nevena. Ela estava de costas, uma calça preta, botas, braços expostos por uma regata, a outra era ela virando, parecendo vir na direção da foto, com uma expressão nada boa, mesmo, ela aparentava pura raiva... Seus dentes estavam a mostra e seus dedos fechados em punho.

O que será que isso significa? E como será que elas se conhecem? Se bem que... Lembrando de minha teoria de conspiração, se Lumía é um lobo e Nevena uma vampira, faz todo o sentido a raiva que Nevena parecia estar. Bom, eu não sabia de fato, então decidi fazer a pêssega.

“Quem é? Parece estar com raiva”

Realmente fiz a desentendida, voltando a prestar atenção na aula ao mesmo que sentia um puta cutucão nas costelas que me fez saltar, depois a risada de Mota atrás de mim. Virei para ele com raiva, mas antes de falar, o professor interveio:

—Algum problema, Mota? – Me virei, mas não antes de ver meu amigo parar de rir e ficar sério, ajeitando-se na cadeira. Olhei para o lado de vi Jessie sorrindo com graça para a situação. – Percebi que anda perturbando a Senhorita MacDonald a um tempo. Quer falar algo para ela?

—Não, Senhor. Tudo bem.

—Ótimo, então preste atenção na aula. – Sua expressão era séria. – Você também, Brenda!

Assenti e ele voltou a explicar a matéria, mas pouco tempo depois o sinal bateu e todos saímos com Jessie rindo de nós dois, porém já comecei a me afastar, explicando que iria falar para Senhora Boyle de meu ingresso na Universidade no próximo ano! Realmente estava animada, meus amigos sorriram e despediram-se, desenhando-me boa sorte.

Caminhei meio trêmula ainda até a sala da diretoria e bati duas vezes, recebendo a informação para entrar. Adentrei e fechei a porta atrás de mim, sorrindo para diretora em minha frente, que mexia em alguns papéis.

—Boa tarde, Brenda. Como vai? – Saldou sorrindo minimamente. – O que lhe trás em minha sala?

—Boa tarde, Senhora Boyle. Vou muito bem! Vim lhe trazer uma novidade que me fez ficar inquieta dois dias inteiros até chegar e contar para você! – Ri no final, denunciando, também, em meu tom de voz minha animação.

Ela sorriu.

—Deve ser algo muito bom mesmo! – Disse risonha. – Vamos! Me conte! Quer me deixar ansiosa?

—Passei no processo seletivo para ingressar na Robert Gordon! Começarei ano que vem!

Senhora Boyle ficou animadíssima! Ficamos conversando sobre os detalhes, porque ela também me avisou que o corpo docente me “aceitou” como nova estagiária no próximo ano, então tudo estava certo! O que me deixou mais feliz ainda! Tudo realmente estava dando certo e eu estava adorando, dava até vontade de chorar de felicidade, mas também me dava um friozinho na barriga, afinal, quando tudo ocorria bem em todos os sentidos da vida, algo ruim iria surgir para abalar tudo, de uma forma bem ruim mesmo. Mas vamos continuar na positividade!

Fui embora da escola quase duas horas! Mas fiquei feliz da mesma forma, peguei o carro de meu pai, já que mamãe havia o levado para o trabalho cedo e depois ido para o seu. Parti para minha casa e no meio do caminho vi que o número de Lumía havia me respondido:

“Tem certeza que não sabe quem é? Acho que sabe sim”

“De qualquer maneira, é bom saber de algo que a enfraquece. Nos veremos em breve, professorinha”

Não gostei das palavras e posso ousar que até senti um calafrio, mas decidi não responder mais nada. Rumei para casa e quando cheguei vi o carro de minha mãe, estacionei e desci, mas assim que fechei a porta notei que o céu escurecia em que uma possível chuva viria. Entortei os lábios e caminhei para a porta, abrindo-a enquanto franzia o cenho, pois ouvia uma barulheira.

—Eu realmente quero um tempo para digerir tudo isso, John.

Era a voz de minha mãe, mas me preocupei ao perceber que ela estava com a típica voz de quem chorou e está chorando horrores.

—Yara, por favor. Vamos conversar!

Entrei na sala batendo a porta atrás de mim. Meus pais estavam frente a frente no corredor que dava para o restante da casa. Os olhei e assim que se fez o barulho eles me encararam, minha mãe pareceu perder o ar e começou a enxugar os olhos, meu pai ficou pálido, abrindo a boca algumas vezes para falar.

—Filha. Tudo bem? Como foi na escola? – Minha mãe sorriu, vindo até mim abraçando-me rapidamente enquanto sorria discretamente e se afastava, tudo de maneira rápido acho que para eu não perceber que ela chorava. Ideia errada, pois eu já havia percebido.

—Boa noite, mãe. O que aconteceu? – Perguntei olhando dela para meu pai. – Sobre o que estavam conversando?

—Não é nada, minha linda. – Falou meu pai vindo rapidamente até mim, colocando-se entre eu e minha mãe. Suas mãos seguraram meu rosto e senti seus lábios em minha testa. – Que tal você ir dormir na casa da Jessie hoje, sim? Que tal? Eu e sua mãe, nós vamos... Resolver alguns assuntos sozinhos hoje a noite.

Franzi o cenho e olhei para minha mãe quando ele se afastou, ela estava claramente sensibilizada, seus olhos marejaram novamente, mas um sorriso singelamente falso pairava em seus lábios. Engoli em seco, não sei se ficar ali ajudaria alguma coisa... Realmente acho que ocorreu algo sério, principalmente para papai estar aparentando tanto desespero assim e minha mãe estar tão chorosa e desestabilizada.

—Você vão me contar depois. – Falei olhando para os dois, vendo-os assentir depois de um tempo. - Vou lá, mas não vou dormir, vou voltar para casa mais tarde! – Avisei.

—Tudo bem, querida. Só nos avise quando chegar lá e quando sair, tudo bem? – Falou meu pai e eu assenti.

—Qualquer coisa vocês me liguem. – Olhei mais séria para ele, que sorriu minimamente e assentiu, mas fixei meu olhar em minha mãe, que encarava o sofá com a mão na boca e os braços parcialmente cruzados. Percebi quando ela respirou fundo e tampou os olhos. – Fiquem bem...

Sai da casa meio relutante... Sei que aconteceu algo grave, talvez algo realmente grave entre eles, mas se tem uma pessoa consegue ajudar minha mãe a melhorar é meu pai, então acho que tudo ficaria bem no final.

Olhei rapidamente no relógio e notei já ser perto das 15h, o que me surpreendeu muito, porém ainda entrei no carro e parti para a casa de Jessie que era relativamente perto. Enquanto avançava devagar para lá, pensava na mensagem de mais cedo... Queria saber o que Nevena estava fazendo com Lumía e se realmente Lumía seria o que eu constatei que ela seria: uma loba. Isso explicaria muita coisa, mas ainda sim é algo que eu precise provar, até para mim mesma acreditar nisso. Nunca vi Nevena fazendo nada que a relacione como vampira mesmo, já a vi fazer coisas extraordinárias, mas nada como chupar sangue de algum animal ou humano. Não que eu também queira ver isso, acho que iria me traumatizar completamente.

Suspirei e continuei o caminho até o cruzamento que antecedia a casa de Jessie a poucos metros, obedeci o farol e depois avancei até a casa dela, diminuindo a velocidade para parar, mas observei algo que me deixou intrigada e surpresa: na porta da casa de minha amiga estavam duas pessoas, ela e uma que eu conhecia, mas não sabia que ela conhecia. Astrid.

Franzi o cenho e parei o carro um pouco mais distante, torcendo para que elas não tivessem me visto. Queria poder ter um ouvido super desenvolvido para ouvir o que falavam, mas a única coisa que eu notava eram as expressões atônitas de minha amiga e as irônicas de Astrid, ambas gesticulando bastante e até pareciam brigar uma com a outra, mas logo se acalmavam. Por fim Astrid começou a se afastar, mas antes estendeu a mão para Jessie e a mesma segurou sua mão, vi que parecia ser um colar que ela havia dado para minha amiga, pois um cordão estava pendurado sendo segurado apenas por algo dentro da mão de Jessie.

Para piorar tudo, Astrid deu-lhe as costas e murmurou alguma coisa, fazendo alguns gestos e estralando os dedos na frente da casa dela onde uma luz arroxeada surgiu com símbolos em volta dela, símbolos estranhos que nunca havia visto antes, mas prestei muita atenção... Pareciam rabiscos, mas duvido que seria, era algo mais parecido com riscos mesmo, como essas escritas asiáticas, mas não era isso ainda... Por fim Astrid entrou na luz e os símbolos brilharam mais forte, fechando a luz pouco a pouco até que os símbolos se juntaram em uma linha e sumiram.

Pisquei algumas vezes e soltei o ar que eu nem percebi ter prendido. Olhei para frente, focando meu olhar em nada antes de piscar novamente, jogando minhas costas no banco, olhando para o teto do meu carro. Por que Jessie estava com Astrid em sua casa? Eu deveria ir lá tirar satisfação? Como que elas se conheciam?

—Elas não são nem amigas normais, porque... Astrid fez magia na frente dela, não tem como ela não saber o que Astrid é! – Falei comigo mesma, ainda olhando para o teto.

O que é que está acontecendo com a minha vida, Deus?.

Avancei o carro e estacionei na frente da casa, desci e caminhei para a porta. Respirei fundo e fixei meus olhos na porta, pensando no que se consistia tudo o que se passava na minha cabeça, tudo que ocorreu comigo e o que vi nos últimos tempos. Se fosse outros tempos eu não agiria como estou agindo, o que me fazia pensar ainda mais, há algo que ocorreu, ou ocorre agora que me fez mudar... Que me fez não agir como de costume.

Parei em frente a porta, olhando para o carvalho marrom envernizado... Não entrei. Não sei o que eu quero fazer em relação a isso, ao que vi hoje, ao que já vi antes, em relação a tudo o que andou acontecendo por causa de Nevena. Desde quando ela surgiu minha cabeça virou de cabeça para baixo!

Fechei os olhos, respirei fundo e me afastei, passando a mão no rosto.

—Brenda? – Olhei para trás e vi Jessie abrindo a porta. Ela estava com a mesma roupa que antes. – O que está fazendo aqui? Por que não tocou a campainha?

Fiquei olhando para minha amiga, pensando no que ela tem a ver com Astrid, no que elas conversavam.

Pisquei, tentando voltar.

—Nada. Cheguei a pouco tempo, pensei que estavam me ligando quando ia tocar a campainha. – Menti, ela pareceu acreditar.

—Ah, tudo bem! Entra, quer almoçar? – Sorriu dando-me passagem.

—Seus pais não estão? – Perguntei parada no mesmo lugar.

—Eu te falei lembra? – Neguei, não lembrava. – Meus pais viajaram faz uns dois dias, não fui por causa das aulas.

—Ah, sim. Entendi. – Lembrava vagamente disso, mas esse fato só tornava as coisas mais conflituosas na minha cabeça. – Você... Estava com visitas?

Não sei se ela entendeu, mas acho que sim, pois seu rosto empalideceu e seus olhos arregalaram levemente. Jessie não falou nada, mas seu olhar fixou-se em mim, talvez pensando em algo que eu não fazia ideia, ou até fazia, como inventar uma mentira para distorcer, inverter o assunto!

—Sim! Recebi uma amiga. – Seu tom era direto, forte, seu olhar sustentava o meu.

—Qual o nome da sua amiga? – Questionei encarando-a fixamente.

De momento ela não respondeu, o que deixou ruim para ela e ótimo para minha mente inventar mais coisas!

—Astrid. – Seu tom abaixou, mas ela ainda me encarava.

—Onde conheceu ela?

—Você a conhece?

Nenhum de nossos tons eram realmente surpresos, as perguntas poderiam ser, mas agora não, agora nós fazíamos as perguntas apenas para coletar a resposta, não por estarmos surpresas de ambas conhecerem a mulher de alguma forma ou algo assim.

—Perguntei primeiro. – Falei de forma dura, cerrando os punhos. – Onde você a conheceu, Jessie?

Minha amiga ficou encarando-me por um tempo, nada falou, mas seus olhos falavam muito, como sempre. A morena parecia nervosa, até mesmo irritada, mas não falou nada até que ouvimos um barulho, alto e nos viramos.

—Quem é você?

Nevena caminhou para longe de um carro luxuoso, mas sua expressão não era nem um pouco amigável. Seus olhos estavam escuros, tornando o verde lindo um tanto tempestuoso, sua roupa esvoaçava conforme o vento forte, sua expressão extremamente dura e seu andar forte e rápido.

Ela parou em frente a nós, a olhei e ela me olhou... Por um momento quis apenas... Deixar-me ser entorpecida por aquele olhar, pelo que ele poderia em trazer e proporcionar. Eu poderia fechar os olhos e deixar meu corpo ser amparado pelo seu, mas é claro que isso não ocorreria agora e muito menos depois.

Seus olhos desprenderam-se dos meus para focar em Jessie.

—Quem é você? – Tornou a questionar, mas seu tom fora um tanto grosso. Mesmo que Jessie e eu estivéssemos um tanto “afastadas” ou até “desentendidas”, falar assim com minha amiga não era uma coisa boa.

Abri a boca para responder, mas ouvi mais um barulho alto vindo da avenida. Olhei e franzi o cenho por ver Astrid surgir com um sorriso enorme no rosto.

—Astrid. – Era a voz de Jessie. Olhei para ela e depois para Astrid, que avançava sorrindo grande, olhei para Nevena e vi a transformação de seu olhar, agora ele estava frio e até mesmo bravo, nervoso.

—Ai, como eu adoro essas reuniões! – Astrid sorriu tão grade que achei que seus dentes pulariam para fora. – Como vocês estão? – Acho que a pergunta foi para eu e Nevena, pois ela olhou de uma para outra. – Vejo que já conheceram meu tesouro. – Agora sim ela olhou para Jessie.

—Tesouro? – Levantei uma sobrancelha. – Desde quando você a conhece? Por que ela seria seu tesouro?

Astrid me olhou de soslaio, sorrindo de lado, depois voltou-se para mim.

—Sua amiga tem uma história para participar. Lembra do que falei? Eu sei coisas que nem sua digníssima aqui sabe. – Falou se referindo a Nevena. – Sou portadora de informações que ninguém tem e ajo de acordo com o que me é passado e com o que ocorre no presente.

—E o que Jessie tem com isso? – Tornei a perguntar, encarando-a. Seus olhos negros pareciam buracos que me sugariam a qualquer momento para um lugar nada agradável.

—O que acha que ela tem com isso?

—Não me diga que...  – Nevena atraiu nossa atenção, mas ela olhava para Astrid, que sorriu mais. – Você SABE que isso é impossível! Astrid! Você não tem um pingo de noção do que faz?! – Seu tom era grave, alto e forte, como seu corpo contivesse algo para que ele não saísse. – Você SABE as consequências e mesmo assim age!

—Senão eu para agir, que seria? Você? – Ergui minhas sobrancelhas pelo tom da bruxa. Sua expressão agora se tornou séria, até mesmo irritada. – Eu ajo de acordo com as informações que eles me passam! – Apontou para cima. – Ajo de acordo com minhas tradições, com a história do meu povo, de minhas ancestrais! Eu as honro continuando nosso destino e você, Nevena? Você faz o que além de se esconder! Temendo que seja muito mais do que todos esperam, que ninguém esteja preparado para você! – Eu estava começando a me assustar, pois as duas pareciam nervosas e com expressões nada boas... – Seu pai foi assassinado na mão do homem que também feriu sua mãe e ainda é obrigada a segui-lo! Agora quando tem a chance de tira-lo do poder, de fazê-lo pagar você faz o que? Se esconde como um verme! – A última frase saiu como um cuspe na direção da morena, que parecia querer explodir de raiva. – Você fiz para mim que não penso nas consequências? Deve achar que só faço coisas erradas, mas deixa eu avisar para você uma coisa, vampirazinha de merda! – Um dedo foi erguido, parando a centímetros da cara de Nevena. – Eu sei a consequência de cada ato meu e se eu o faço é que não tenho medo delas como você! Covarde!

Eu pisquei e levei um susto com a corrente de ar que jogou meu corpo alguns centímetros para trás. Olhei para o vulto a minha direita e pulei por ver Nevena erguendo Astrid pelo pescoço com um braço, tendo-a contorcendo-se sob sua mão, esta que estava recendo atenção das mãos da bruxa, tentando soltar-se.

—Você acha que pode falar o que quiser, quando quiser? – Sua fala foi extremamente perfeita, seu tom frio e baixo, mas ainda sim irritado. Sua expressão contorcia-se e seus lábios cuspiam, ora movendo-se para fala, ora abrindo para fazer uma espécie de rosnado, mostrando os dentes que eu já havia visto, porém de uma forma mais temerosa. – Ao invés de ficar fazendo joguinhos como sempre fez! Prejudicando pessoas por elas não saberem onde estão se metendo. Trazendo morte para onde não deveria haver! Trazendo desordem, caos! – Nevena cuspia as palavras com pura raiva. – Você é podre, PODRE! Acha que pode fazer melhor? – Sua mão largou o pescoço da mulher que caiu com um baque no chão. Jessie correu para o seu lado, ajudando-a a levantar. – Então faça.

—Astrid, não. – Jessie segurou o braço da morena que parecia ter os olhos feito de fogo, por tanta raiva que demonstrava. – Sabe que não pode...

A bruxa puxou o braço do de minha amiga com força, ainda encarando a vampira ao meu lado. Pelo menos agora eu tinha a confirmação mesmo de que ela era uma vampira... Acho que a única parte boa disso tudo e sim, eu não sabia como agir diante das duas brigando assim e sim, também estava com medo de apanhar, mesmo sabendo que Nevena não faria isso comigo e se Astrid fizesse, realmente não sei o que ela faria com a bruxa.

—Vamos nos ver mais cedo do que gostaria, Nevena. - Dito isso, Astrid murmurou algo e estalou os dedos, ela e Jessie sumiram em nossa frente.

Fiquei olhando para onde elas estavam poucos segundos atrás, mas acabei por lembrar da mulher ao meu lado e me virei para ela, percebendo que ainda estava deveras irritada. A olhando, percebo que está abalada, mas não sei ao certo como agir...

—Você...

Nevena me olhou e eu parei de falar, engoli em seco e sustentei seu olhar. Essa mulher é linda até mesmo brava e mostrando esses dentes que fariam qualquer um tremer na base, mas eram completamente charmosos para mim. Pensando nisso eu entendi e percebi o que mudou para que eu não agisse como costumaria agir em situações como essas, tipo: chamar a policia, gritar e sair correndo, bater nela por medo, não querer mais vê-la, fugir dela, denuncia-la, essas coisas loucas.

Essa... Vampira, para mim é encantadora. Eu não sei nada sobre ela e sobre seu mundo, o pouco que eu sei é o pouco que foi revelado para mim, mas ainda sim não acho isso um problema, pois talvez, apenas talvez, eu visse nela a humanidade além do fato dela ser uma vampira. Eu a admirava sim, impossível não se encantar.

—Brenda, tome cuidado. Não fique sozinha, eles querem você, eles... – Seu tom mudou de irritado e frio para um tom preocupado e sôfrego. Seu olhar tornou-se “amolecido”, como se recebesse um abraço quente e acolhedor. Sua expressão de dor estava voltada para mim. A mulher se aproximou, pegando em minhas mãos, olhando em meus olhos, tendo os meus como espelho. – Eu não quero que nada aconteça com você. – Suas mãos apertaram as minhas delicadamente, fazendo minha boca salivar e meu coração saltar dentro do peito. Encarei sua boca. – Tome muito cuidado, por favor. Não sei como eu reagiria se acontecesse algo com sua pessoa. Vou tentar te proteger sempre, mesmo de longe.

—Por que longe? – Questionei, voltando a olhar para seus olhos. Vi neles um brilho desconhecido até então, brilho do medo. – Não pode ficar perto de mim?

—Agora não. – Falou com pesar, fechando os olhos por um momento. – Mas prometo sempre estar por perto quando der. Prometo te salvar de todo o mal que lhe assolar, prometo estar com você. – Ela sorriu minimamente e beijou minhas mãos, se afastando sem esperar uma resposta minha.

Deu tempo apenas de vê-la entrar no carro e partir, sem falar mais nada, sem olhar mais para mim, apenas partir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

VOLTEI MAIS CEDO!!
Por pressão de uma amiga, confesso kkkkk
Espero que estejam gostando = >.< =



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "When Night Comes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.