When Night Comes escrita por Bia


Capítulo 15
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Falei que eu podia demorar e.e me conheço já kkk E ainda fui escrever isso era tipo, 23h de ontem kkkk Tentei postar, mas meu note da umas travada monstra sametimes e ocorreu ontem, então cá estou eu postando hoje e indo começar o próximo!!

Inclusive peoples! Vocês andam acompanhando alguma original ultimamente? Se sim, recomendem please, to sem nada pra ler ultimamente :c

Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/769195/chapter/15

Pov Brenda

Com toda a certeza eu estava perdida.

Estava na faculdade, disso eu sei, mas ainda sim estaca completamente perdida. Comecei a andar pelos corredores, entrar em salas, abrir e fechar portas, mas ainda sim não parecia nada certo. Fiquei andando por vários andares e corredores, o lugar estava com poucas pessoas, mas ainda era o suficiente para esbarrar em alguns e cambalear desajeitadamente.

Quando estava começando a ficar mais desesperada, entrei na sala certa (de alguma forma eu sabia disso) e me sentei em uma das carteiras mais para o fundo da sala, aparentemente, eu estava com uma mala esse tempo todo e a coloquei em cima da mesa, começando e pegar alguns materiais, mas obviamente eu esqueci meu estojo no armário (eu tinha um armário?).

Levantei-me com pressa e literalmente corri para fora da sala, eu sentia que a aula logo iria começar, porém com a presa não olhei para os lados e senti um corpo chocar-se contra o meu e ainda tropeçando em alguma coisa que levou-me ao chão.

Gemi e me virei sentindo dor pelo corpo, mas não tanta quanto imaginei.

—Você está bem?

Levantei o olhar e vi uma garota olhando-me de maneira curiosa, mas uma sombra surgiu em seus olhos cristalinos! Pude perceber, um sorriso surgiu em seus lábios avermelhados... Ela esticou a mão para, provavelmente, ajudar-me a levantar, mas com isso desci os olhos pela mesma e notei seu corpo, mas com vergonha, balancei a cabeça e estiquei a mão.

Quando nossas mãos se tocaram senti uma forte onda relativamente dolorosa passar por meu corpo, senti-me pular e abri os olhos de imediato, sentindo minha respiração muito descompensada. Olhei ao redor e me vi em meu quarto, pisquei algumas vezes e notei que estava de dia e pelo barulho, alguém batia na porta.

—Filha! Vai se atrasar para o encontro com a diretora do Instituto! Levante! - Era a voz de minha mãe do outro lado da porta.

Suspirei e me sentei na cama. Sentia-me tonta, meu corpo parecia dormente e fraco.

—Melhor tomar um banho. – Falei comigo mesma, levantando-me com um pouco de dificuldade, eu realmente não acordei muito bem.

Fui para o banheiro no quarto e despi-me, entrando debaixo da água quente, sentindo seu poder de relaxamento. Respirei fundo e comecei a banhar-me com calma, mas a imagem daquela garota em minha mente não se dissipava... Seu rosto, nunca o havia visto, mas ainda sim parecia-me conhecido, não era reconfortante, muito pelo contrário, parecia mexer comigo de uma maneira totalmente desconhecida, era estranho, mas... Deixava-me curiosa, ansiosa por revê-la e ter mais do mínimo que ela poderia dar-me.

Balancei a cabeça, tentando afastar tais pensamentos! Suspirei e terminei o banho, afinal eu realmente me atrasaria para reunião com Sra.Boyle se continuasse assim. Sai do banheiro e sequei-me rapidamente, colocando as roupas intimas e por fim ajustando um vestido preto por cima, peguei uma sapatilha e coloquei nos pés, depois peguei um colar e sequei meus cachos, deixando-os perfeitos! Por fim, passei um perfume e desodorante rápido e desci com a bolsa com meus pertences.

—Bom dia. – Saudei sentando-me a mesa já posta.

—Bom dia, querida. Como vai? – Perguntou meu pai lendo seu jornal rotineiro. Ele me olhou e sorriu, mas logo voltou a ler. – Quer carona para o Instituto?

—Pode deixar que a levo, John. – O tom que minha mãe usou foi deveras grosso, o que me fez olha-la estranhando a situação. – Bom dia, filha. – Beijou minha testa e sentou-se longe de meu Pai, ao meu lado.

—Hm... Tudo bem? – Perguntei olhando de um para o outro. – Aconteceu alguma coisa?

—Não. Eu e seu pai precisamos resolver algumas pendências, só isso, filha. – Mamãe falou.

Levantei uma sobrancelha, estranhando muito isso, mas também lembrei de quando cheguei em casa a um tempo atrás e os vi brigando, até hoje não soube o motivo.

—Está bem. – Meu pai se levantou, dobrando o jornal. – Nos vemos de noite. Bom dia a vocês duas.

Estranhei mais ainda. Meu pai não costumava ser assim! Deus, o que esta acontecendo? Pensei em perguntar, mas sabia que ela não falaria nada para mim, então apenas terminamos de comer em silêncio, escovei meus dentes e dirigi-me para o carro, mas minha mãe ainda não estava lá, então apenas fiquei esperando-a enquanto lembrava de algo melhor ainda, ou em partes.

Na noite retrasada, no Baile, eu e Nevena nos beijamos, realmente nos beijamos. Fechando os olhos, eu conseguia sentir tudo aquilo novamente, todas as sensações que ela me proporcionou tendo seu corpo colado ao meu e seus lábios friccionando nos meus. Aquilo realmente foi um beijo! E um beijo muito bom! Sorri pensando nisso, mas ao mesmo tempo lembro que ela não me contatou até agora, nem veio me ver e isso talvez não seja um sinal bom.

—Vamos? - Olhei para trás e vi minha mãe caminhando até mim.

Assenti e entrei no carro junto dela. A mesma ligou o rádio enquanto eu colocava o cinto, ela fazer isso é um sinal claro que ela não quer conversar e suspirei notando isso. Eu não sabia o que acontecia entre meus pais e tampouco saberia, aparentemente.

Agora beirava as dez da manhã, mas todo o trajeto fora feito em silêncio. Minha reunião com Angelie estava marcada para as onze horas, obviamente chegaríamos a tempo, mas já estava com um mau humor considerável com esse assunto dos meus pais e Nevena não vindo falar comigo depois do Baile! Claro que ela tem o dia todo hoje, mas ela também teve o dia todo ontem e não veio falar comigo.

Talvez ela não tenha gostado.

Suspirei com esse pensamento. Ela não vir falar comigo depois do beijo é um sinal claro de que não gostou, certo? Isso é mais do que óbvio, eu que sou tapada e não percebi antes! Balancei a cabeça e cruzei os braços. Mesmo ela não gostando, tinha que ter vindo falar comigo para por um ponto final! Não fugir dessa maneira!

Resolvi deixar isso para lá quando chegamos ao instituto e minha mãe se despediu de mim, falando que nos encontraríamos em casa, apenas assenti e sai do carro. Logo caminhei para dentro e direcionei-me para a sala de Boyle, encontrando-a sentada com alguns papéis ao seu redor.

—Com licença, Senhora Boyle. Posso entrar? – Bati na porta, ficando parada na mesma.

—Oh! Claro, Brenda! Pode entrar. Feche a porta, por favor. – Ela acenou parar que entrasse e vi começar a organizar os papéis. – Gostou do Baile ontem? Soube que os formandos adoraram.

Ela riu e eu acompanhei enquanto fechava a porta.

—Gostei muito. – Falei agora me sentando. – Os eventos que o Instituto proporcionam sempre são muito bons.

—Nisso eu concordo com você. – Falou rindo e eu a acompanhei de novo. – Bom, lhe chamei hoje para avisar que começaremos o período escolar no começo de Fevereiro, mas fazemos uma reunião geral com o corpo docente uma semana antes para apresentar nossas regras e muito mais. Compreende?

—Sim! Acho interessante da parte de vocês fazerem isso, é um ótimo respaldo aos novos integrantes do corpo docente. É algo bom para a organização de todos. – Complementei sorrindo. Realmente era algo bom.

—Que bom que concorda! – Ela mexeu em algumas gavetas. – Trouxe os documentos para mim? - Lembrei dos documentos da faculdade e os retirei da bolsa, como havia arrrumado ela ontem, os havia colocado ali justamente para não esquecer hoje! Coloquei-os sob a mesa e Boyle os pegou, analisando. – Ótimo! Muito obrigada! Agora sim podemos prosseguir com a documentação de contratação.

Angelie Boyle me explicou tudo o que eu precisava fazer! Desde como eles lidavam com a educação do Instituto, coisa que eu sabia, mas ainda sim foi novo ver os bastidores! Foi excitante ver como eles se programavam para dar toda assistência para nós, todo o auxilio fora das paredes do ambiente escolar. É realmente gratificante pode ajudar as pessoas assim e tenho certeza que irei gostar muito disso, irei dar o meu melhor para que tudo saísse bem!

Também soube que eles pagavam uma bolsa auxilio de estágio e que eu começaria dando essa aula extra durante a semana, tirando dos finais de semana como era antes, e agora seria para todas as séries em dias e horários específicos! Eu receberia também um vale transporte e alimentício, mas disse que eles possuem um refeitório próximo a sala dos professores, que eu conheceria na semana da reunião geral com o corpo docente, mas já sabia onde ficava, mesmo nunca entrando lá.

Ficamos conversando por um bom tempo, então quando a hora do almoço a muito se passou, decidimos encerrar a reunião comigo assinando os papéis de contratação. Sai da sala completamente extasiada e feliz! Eu consegui um emprego e consegui entrar na faculdade para começar em breve! Não tem como tudo isso ficar melhor ainda!

Sai de lá de maneira animada, mas desanimei lembrando que havia vindo de carona e agora não tinha como ir embora. Bati a mão em minha testa. Droga!

—Brenda? – Olhei para frente e vi Jessie estacionando o carro, me aproximei dela. – O que está fazendo aqui?

—Vim ter uma reunião com Boyle! E você? – Falei encostando-me na porta, vendo-a pela janela.

—Ter uma reunião com ela. – Minha amiga riu e saiu do carro. – Mas acho que vim é cancelar.

—Por quê? – Perguntei rindo como ela. – Cancelar o que exatamente?

—Ah, ela me deu a mesma oportunidade que você, mas eu não achei uma faculdade ou algo assim, tampouco acho que vou fazer com tudo isso de ser bruxa e tal. – Falou e compreendi, mas ainda sim não achei tão válido.

—Mas não pode ser bruxa e humana ao mesmo tempo? Digo, sei que tem que aprender os feitiços com Astrid e tudo mais, mas não pode fazer uma faculdade e construir algo aqui? – Questionei.

—Hm... Acho que sim, mas não me interesso muito no momento, na verdade. – Falou rindo, mas não acompanhei. As pessoas são diferentes mesmo, afinal. – Prefiro ficar com o mundo dos feitiços, não deixa de ser um estudo.

—Nisso eu concordo. – Ri levemente. – Mas então se tem tanta certeza e desejo, continue com isso, vai lhe fazer bem.

—Também acho! – Ela sorriu. – Mas então, acho que vou deixar para falar com a Diretora outra hora, melhor!

—Sim, também acho melhor até porque ela saiu para almoçar agora pouco. – Falei entrando no carro dela. – Vamos! Me de uma carona, estou faminta.

—Folgada! – Riu e entrou no carro, dando partida e voltando a avenida. -  Vamos para minha casa? Temos muito o que conversar e tem comida lá.

—Agora sim eu vou. – Falei rindo.

ʘ

—Ah não! Então eu vou ter que dar aula para a sua peguete? – Exclamei rindo.

—Não é peguete poxa. – Falou meio aborrecida. – Eu estou realmente gostando de sair com ela.

—Sério? – Perguntei rindo enquanto entrávamos em sua casa. -  Eu acho que é fogo de palha.

—Como você é ridícula. – Comentou com cara de brava e eu ri. – Só porque seu namorico está dando certo, ninguém pode é?

—Quem disse que está dando certo? – Revirei os olhos lembrando dos pensamentos de antes. – E não é isso! Para com isso! Eu me importo contigo e com essa treta toda que envolve esse mundo sobrenatural.

—Sei. O que aconteceu no paraíso?

—Tá falando do que? De mim e da Nevena? – Questinei olhando sobre o encosto do sofá, já que me joguei ali quando o assunto começou.

—Óbvio. – Ela foi para a cozinha. – Vou pegar algo para comermos.

Ajeitei-me no sofá para começar a falar. O sofá da casa de Jessie sempre foi um dos melhores que já me deitei, sentei, joguei e tudo mais, é realmente muito confortável! Até hoje não sei como não falei para meus pais comprarem um desse.

—Desde o dia do Baile ela não falou comigo ainda. – Comecei olhando para a televisão desligada, alternando minha visão de lá para minhas mãos. – Sei que ela não tem celular, então tenho que esperar para vê-la pessoalmente, o que é complicado porque não posso ir lá do nada, pelo menos eu acho, e ela não vem até mim todos os dias! É foda! Muito ruim! Nós nos beijamos muito no Baile e agora ela sumiu, pensei que tinha sido bom para ela também, mas aparentemente não foi.

—Você sempre foi dramática. – Jessie surgiu com dois baldes de pipoca e suco de caixa. Ri levemente. Este seria nosso almoço? – Cala a boca e come, não to afim de fazer comida. Mas então, voltando ao assunto... Você é muito dramática e tem que entender que Nevena é uma pessoa bem ocupada. Por acaso você sabe que ela está tentando resolver várias coisas lá na Vila? Eu mal a vejo, ontem mesmo ela ficou trancada no quarto praticamente o dia todo e eu fui descobrir só hoje que ela ficou lendo livros antigos sobre os povos e seus costumes, rixas e tudo mais. Sua namoradinha é foda, Brê! Ela é bem ocupada, mas tem uma dedicação fora do normal para tudo que faz.

Ela me trocou por livros?! Puta merda.

—Ah eu sei que ela tem toda essa coisa para fazer, toda essa história de ser a chefe do povo dela e tudo mais, mas mesmo assim. – Comecei a comer a pipoca avidamente, só parando para falar. – Nós estamos tentando começar um relacionamento que esta predestinado, pelo menos é o que Astrid diz, e ela nem se esforça para vir até mim e tal? Eu que tenho que ir atrás dela?

—E porque ir atrás de alguém que corresponde seus sentimentos é ruim? – Perguntou com cara de estranheza, mas quem estranhou foi eu. Aparentemente Jessie percebeu e bufou revirando os olhos. – Pelos deuses! As vezes você é muito infantil, sabia? E daí que ela não pode vir aqui?! Vai até ela, menina! Para de ser besta! Nevena ta de quatro por você e você ainda fresca, puta merda. Você é burra? Não sabia disso.

Dei um tapa em seu braço e ela riu, mas eu não achei graça.

—Não to achando graça não! Ridícula! – Revirei os olhos, voltando a comer minha pipoca bem emputecida. – Você é muito besta, sabia?

—Sabia, mas você sabe que estou certa, então tudo bem para mim. – Falou comendo algumas pipocas logo depois. – O que eu sei que quebra sua justificativa dela não ter gostado do que fizeram no Baile é a ocupação que ela tem com a Vila, realmente é algo que aparenta sugar bastante de quem a governa, essa pessoa é a sua possível namorada. Seja mais compreensiva e menos orgulhosa, a vida fica mais fácil assim, acredite em mim.

Não falei mais nada sobre o assunto, mas uma parte de mim sabia que minha amiga estava certa.

ʘ

Pov Astrid

—Está atrasada, queridinha. – Falei assim que vi Jessie passar pela porta principal do Castelo Ancião. – Estou nesta posição a mais de uma hora.

E realmente estava. Jessie havia se atrasado uma hora para nosso treino noturno, o que me resultou ficar nesta posição até ela chegar. Sim, eu poderia ter saído, mas não quis por um motivo que não convém agora.

—Ah, não se irrite com isso. Eu estava fazendo uma boa ação afinal.

—Essa é sua justificativa? – Levantei-me começando o caminho junto dela para o fundo do Castelo. – Qual boa ação?

—Fazer Brenda tentar entender mais o lado da nossa chefona aqui.

—Interessante, conte-me mais.

Nos posicionamos na grama e logo lhe ataquei com uma lufada de vento controlado, mas ela se protegeu e mando-o de volta. Projetei uma rajada mais forte surpreendendo-a, mas a mesma logo voltou ao chão profetizando um feitiço que descobri ser cipós que enroscaram minha perna rapidamente. Grunhi e tentei pensar em algo para me soltar, mas senti algo cobrindo minha boca, pegando-me de surpresa.

—Aparentemente Brenda e Nevena tiveram um desentendimento completamente besta graças a minha amiga perdida, mas acho que já resolvi. – Eu ouvia o que ela falava, mas o desespero de não sair dali estava começando a me tomar sem que ela percebesse. – Obviamente ela não entende muitos os afazeres de um ancião vampiro.

Fogo!

A tempos eu não tentava aquele feitiço, mal lembrava do mesmo, mas mesmo assim o profetizei em minha mente, movimentando a boca o máximo possível e segundos depois as raízes começaram a pegar fogo e a virarem cinzas! Rapidamente me desvencilhei e saltei para longe do fogo.

Mal respirei e já senti uma rajada de vento tirar-me do chão, içando-me em direção a uma árvore cujas costas eu bati. Cai no solo da floresta completamente desajeitada e dolorida, olhei para Jessie com raiva.

—Desgraçada. – Levantei-me. - Volantem Cultro! - A menina sorriu e desviou minhas facas, porém lancei novas conforme ia me aproximando da mesma, aumentando a quantidade também. Jessie tinha mais dificuldade de defender-se conforme eu avançava. - Leva in terra!

Sorri ao ouvir seu grito quando um pedaço do solo da floresta se ergueu levando-a consigo de forma violenta e rápida! Fazendo-a voar e cair no solo com força, confesso que doeu até em mim.

—Nossa! Foda!

Ri vendo a mesma se levantar, mas comecei a admira-la, pois realmente ela havia evoluído muito e isso era ótimo... Afinal iríamos precisar.

 ʘ

Eu e minha pupila ficamos treinando horas a dentro, parando apenas quando a noite se tornou escura demais e a fomo se tornou avassaladora. A mesma me falou um pouco mais sobre o que aconteceu com Brenda e sua casa e acabou por me confidenciar seu envolvimento com uma humana, o que não incentivei em nada, afinal humanos são imensamente sem graça e ainda são complicados! Como se fossem crianças malcriadas e mimadas! Não tenho paciência, sinceramente, mas cada um com suas escolhas, afinal.

Jessie rumou para a casa dos pais postiços dizendo que eles estavam começando a desconfiar de algo já que ela não dormia em casa a tempos e também não estava dormindo na casa de Brenda, sim, eles foram perguntar para os país da outra. Inacreditável. Apenas a deixei ir na promessa que amanha começaríamos cedo, a elogiei sobre como estava se saindo bem nos treinos e a mesma já ficou toda animadinha, o que me trouxe um enjoo que só melhorou quando ela se retirou.

Agora cá estava eu, apoiada na bancada da cozinha comendo uma maça enquanto lembrava de algumas coisas incomodas do passado, mas tudo parou quando ouvi um barulho de pigarro, fazendo-me levantar a cabeça e deparar-me com os olhos multicoloridos de Eco.

Instintivamente, como se respondesse a algum estimula, meu corpo se arrepiou por completo. Meu coração disparou e eu soube que não era bom sinal.

—Ainda acordada?

Sempre fria e distante, puxando assuntos nada interessantes para mim. Suspirei, voltando a comer minha maça enquanto suspirava.

—Fome. – Respondi sem olha-la. – E você?

Notei sua aproximação, mas ela foi rumada à geladeira.

—A mesma coisa.

Não em contive e arrisquei em olha-la, arrependendo-me quando comecei a reparar em seus detalhes como sempre... A química que pairava entre nós, esse ar que pesava nos pulmões fazendo a respiração ficar entrecortada, esse calor que se apoderava do meu ser... Tudo isso era culpa somente dela, por ser tão perfeita para mim! Incrivelmente compatível com todos os meus parâmetros. Completamente excitante com o jeito superior e difícil! Fodidamente perfeita para mim.

Em um espasmo de irrealidade, saltei da bancada e me aproximei de suas costas, ficando a centímetros de toca-la. Por sua regata de alças finas pude ver seus poros arrepiando-se com minha respiração tocando em seus ombros e pescoço. Sorri.

—Nós duas sabemos qual é a melhor comida nessa cozinha.

Pousei minhas mãos em sua cintura sentindo a pele sob a minha incendiar-se.

—Astrid... Por favor. – Seu tom de voz era pesado assim como o meu. Mordi o lábio e colei em suas costas, inspirando o perfume forte de seu pescoço, perfume que apenas ela tinha. Um cheiro característico de terra molhada e orvalho, refrescante. – Por favor, se afaste.

—Por que? – Minhas mãos escorregaram por sua cintura e coxas enquanto meus lábios trilhavam um caminho casto e simples de selos para sua orelha. – Eu sei que você quer, Eco. Eu sei. – Sussurrei e a ouvi suspirar.

Meu corpo estava anestesiado com todo aquele desejo, mas nada se comparou quando a vampira virou-se e com sua incrível velocidade e força pegou-me pela cintura e correu comigo para o outro lado da cozinha, pressionando-me enquanto encaixava o corpo no meu.

—Você é impossível. – Esbravejou com a voz grave que bem já conhecia. Sorri. – Impossível!

Mordi o lábio sentindo seus lábios se apossarem do meu pescoço com voracidade, arrepiando-me novamente. Suspirei e cerrei minhas pernas em sua cintura, aproximando-a de mim. Mergulhei minhas mãos em seus cabelos claros, deixando-me levar por todas aquelas reações que apenas ela me fazia sentir.

Senti minhas costas desprendendo da parede e depois um sopro de vento, percebendo que ela havia saído da cozinha para o quarto em velocidade. Meu corpo foi jogado na cama e quicou duas vezes fazendo-me rir antes de parar e me dar a visão dela com um controle na mão, mas logo ela o jogou na poltrona perto da cama e tirou sua regata.

Meus olhos desceram sedentos pelo corpo dela. Totalmente maravilhosa! Completamente perfeita! Se possível, meu corpo esquentou ainda mais e toda essa emoção parou em meu ventre que se contraiu quando ela veio para cama, puxando-me com rapidez para cima, fazendo-me ajoelhar enquanto tirava minha roupa.

Uma batida começou a tocar no quarto e sorri enquanto minha camiseta era retirada segundos depois o restante das roupas já estavam no chão. Meu corpo recebia completa atenção da vampira, sendo beijado e acariciado por todos os lados, causando-me ótimas sensações que eu bem já reconhecia! Potencializando tudo com a música que tocava, fazendo-me imaginar loucuras que eu bem sabia que poderiam se tornar realidade.

Senti seus lábios descerem pela minha barriga, tomando o caminho tão desejado, mas dessa vez eu queria algo diferente. Com força e rapidez inverti as posições e a puxei para a beirada da cama, fazendo-a sentar e quando sua cara de confusa passou para impaciente e raivosa eu sentei-me em seu colo, sentindo minha intimidade tocar sua pele, causando-me ondas indescritíveis em meu corpo.

Suas mãos delicadas porém firmes prenderam-se em minha cintura enquanto incentivava-me a me mover em cima dela, roçando para cima e para baixo, rebolando para os lados e agarrando-me aos seus ombros e pescoço enquanto suspirava e gemia levemente em seu ouvido. Eu conseguia sentir debaixo de mim a temperatura de sua pele que quase igualava-se a minha, mas naturalmente os vampiros são mais frios que o comum, nada extraordinário, mas alguns são realmente mais frios que o comum e esse era o caso de Eco, mas não quando se tratava de sexo.

Senti suas mãos espalmarem em minhas nádegas, forçando-me a seguir o ritmo que ela queria e não me opus, já que estava realmente bom e não queria que nada estragasse isso!

—Rebola pra mim, Astrid. Rebola! – Ela sussurrou antes de se deitar na cama enquanto suas mãos deslizavam para minha cintura e seios, apertando e incentivando os movimentos.

Olhei para ela e depois para seu corpo abaixo do meu, uma de suas mãos acariciando meu seio enquanto a outra dava-me um apoio mínimo de equilíbrio. Umedeci os lábios e arfei aumentando a velocidade, caindo levemente para frente, apoiando as mãos no colchão enquanto roçava ainda mais minha intimidade em seu monte de Venus, vez ou outra indo mais para trás afim de acariciar um pouco seu clitóris com o meu.

Minhas unhas fincaram no colchão e pressionei minhas pernas ao redor do seu quadril, sentindo-me perto de gozar. Estremeci e passei a gemer mais alto enquanto esfregava-me nela com mais vontade, ouvindo seu suspirar e sentindo seu corpo e suas mãos quentes tocando-me em lugares estratégicos.

—Minha vez! - Senti meu corpo ser jogado de bruços na cama segundos depois, o que me causou certa frustração, mas logo depois senti seu quadril encaixar na minha bunda, pressionando-a. – Você tem que aprender a parar de ser tão impulsiva. – Vociferou em meu ouvido, roçando sua pélvis em mim que sorri.

—Você gosta. – Foi a única coisa lógica que veio em minha cabeça no momento, mas não foi de todo ruim.

Ela nada respondeu, mas me puxou para ficar de quatro na cama enquanto gemi com a entrada de seus dedos em minha entrada. Minha boca ficou aberta apenas emitindo gemidos e arfares enquanto meu corpo era provocado com suas estocadas velozes e fortes! Lado bom de transar com um vampiro, não é mesmo?

Senti meu ventre contrair fortemente e foi impossível não gemer alto e empinar ainda mais para ela, quase deitando-me na cama novamente com a força que surgiram os tremores e o gozo que sujou sua mão com toda certeza. Mordi o travesseiro (única coisa ao meu alcance) e fiquei assim por um tempo, apenas sentindo meu corpo se acalmar ao mesmo tempo que Eco ainda me estimulava calmamente, trazendo-me leve tremores vez ou outra.

Quando seus dedos saíram de mim, joguei-me na cama exausta de tantas emoções, mas ainda sabia que havia mais uma coisa a se fazer. Sorri, virando-me para cima e abrindo os braços.

—Vem. – Falei, chamando-a.

Eu e Eco já tivemos um relacionamento no passado que infelizmente não prosseguiu para o futuro que hoje é nosso presente, mas passamos tempo suficiente juntas para conhecermos nossos limites, tanto os nossos próprios como uma da outra, então eu sabia que ela só gozaria se fizéssemos isso e sempre fizemos, não seria hoje que não aconteceria, definitivamente.

Ela deitou-se em cima de mim, abrindo mais minhas pernas para encaixar sua intimidade na minha. Confesso que estremeci de leve, mas contive-me pois sabia que esta era sua vez.

—Tem certeza? – Perguntou olhando em meus olhos.

Estremeci.

Os olhos de Eco eram multicoloridos, as vezes estavam verdes outra hora estavam amendoados, quase mel! Mas além da cor que estonteava qualquer um, a intensidade de seus olhares pegavam qualquer um desprevenido e faziam todos os muros e barreiras ruírem, pelo menos foi assim comigo desde quando nos conhecemos e começamos a nos envolver.

—Absoluta. – Acariciei levemente seu rosto e lhe dei um selo casto, afastando-me enquanto tirava meu cabelo do local. – Sou toda sua.

Notei quando sua respiração ficou mais rápida e suas pupilas mais dilatas. A cor de seus olhos passou para uma tonalidade mais escura e próxima do vermelho vinho, mas ainda sim não o era completamente. Seu hálito quente tocou meu ombro e senti quando a mesma inspirou profundamente e começou a rebolar contra mim segundos antes dos dentes firmemente afiados perfurarem meu ombro em busca de meu sangue.

Foi impossível não gemer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido e-e pelo menos um pouco



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "When Night Comes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.