Deturpado Amor escrita por Crystal


Capítulo 1
Capitulo único


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus consagrados!

Essa one veio do nada em um dia chuvoso e triste, e eu me senti mal pelo final ser não tão feliz assim.
Deturpado Amor estará sendo postado no SocialSpirit também no meu perfil de mesmo nickname.

Espero que gostem! *------*

Boa Leitura!



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—Você tem vergonha de mim. - Foi a primeira coisa que ele disse quando jungkook colocou os pés dentro da casa da arvore. Jimin não havia nem olhado para ele ainda, mas seu subconsciente lhe dizia que a merda que tinha feito fora muito maior do que pensara. -Você tem vergonha de mim. E mesmo que eu já soubesse disso e tenha plena certeza de que você é o errado, eu.... Eu só queria saber o que há  de errado comigo. - A voz dele quebrou, seus olhos se encheram de lagrimas e ele encarou Jeon. -O que é que eu tenho de tão estranho para você se envergonhar? Foi algo que eu fiz? Algo que eu disse? Eu realmente não tenho nenhuma ideia do que seja! - Uma lagrima escapou e molhou a bochecha rosadinha, fazendo o peito do maior se comprimir.

—Não, Jiminnie! Você não tem nada de errado, nada! Me perdoe, eu fui um babaca com você! O único que tem o direito de se envergonhar aqui é você, por ter um grandessíssimo idiota como namorado. - Se aproximou de onde Jimin estava sentado e tentou tocá-lo, mas foi prontamente afastado. O Park se arrastou para trás, ficando distante dele que suspirou, cabisbaixo. Sabia que merecia aquilo, que havia machucado seu pequeno pedacinho de paraíso e isso lhe corroía como fogo.

—É isso o que você é? Meu namorado? - JungKook empalideceu quando o pequeno riu amargo, seus olhos magoados eram mais afiados que navalhas. -Pensei que eu era só o filho da empregada da família. Alguém nada importante, totalmente descartável para o herdeiro dos Jeon. Afinal, um herdeiro como você não namoraria um pobretão sem sal como eu. Você mesmo disse.

Sentiu seus próprios olhos molharem após a voz dele vacilar na frase. A dor de machucá-lo fazendo seu coração despedaçar.

—Jimin, não. Não diga isso.

—Eu te entendo, sabe? Talvez nós merecemos algo compatível com a nossa classe, não é? Eu aqui, escondido e vivendo minha vida furreca, e você lá, casado com uma bonitona milionária curtindo a vida cheia de regalias que foi destinado a usufruir.

—Não aja como se não tivesse significado nada para mim. Amor, eu...

—Amor? Amor... Essa palavra é forte demais para se usar levianamente, Jeon. O seu amor é deturpado, ele machuca. Você não sabe amar.

—Para, não fala isso. Eu nunca quis te machucar, acredita em mim. Eu vou dar um jeito, o que posso fazer para compensar?

Jungkook odiava aquele sorriso quebrado, odiava. Não combinava aquela expressão distante com o seu Jiminnie alegre, não, nunca. Jimin era verão ensolarado, quente e acolhedor, era felicidade dourada e explosão de amor, de vida. Entretanto, agora, era como se todo o amarelo berrante de sua aura estivesse camuflada, escondida em uma espessa camada azul turquesa. Sombria e fria, angustiante. Congelava Jungkook, mantinha-o longe.

—O problema, Jeon, é você querer compensar tudo. Você erra, e erra, e erra de novo, e depois pensa que um pedido de desculpas ou uma recompensa vão poder curar o estrago que você fez. E o culpado disso acaba sendo eu, sabe? Por nunca ter dado um basta e acatado a todos os seus deslizes com afagos. Você se acostumou a ser assim, aquele que machuca. E eu me acostumei a ser machucado. Mas hoje, depois do que eu ouvi eu não me senti mal como pensei que me sentiria quando tudo acabasse. - Jungkook prendeu a respiração, as palavras do rosado tocando fundo em seu coração. Ele sangrava por dentro, tamanha era a magoa que sentia escorrendo de cada palavra que ouvia. -Me dilacerou, sim. Me arrebentou, mas eu levantei mais rápido do que imaginei. Eu quero terminar o que seja que tivemos. A partir de hoje, você não vai me ver mais, nem vai me procurar, ou vai saber de mim.

—Jiminnie, por favor, reconsidera. Eu juro que... Eu... Eu te amo! - O lamento desesperado do outro abalou as estruturas do menor, o choro silencioso o fez perceber que não amava sozinho. Era reciproco, e sentir isso fez o rasgo em seu coração se fechar um pouquinho. Mas só reciprocidade não era o bastante. A base do relacionamento nunca havia sido construída. Eram um castelo de cartas prontos para desabar.

—Eu amo você, Jungkook. - Se declarou pela ultima vez. Seu corpo pesava como se pedras estivessem em seu estomago, o puxando para baixo, para o chão sujo da casa da árvore. -Mas eu não quero te amar.

Foi como uma apunhalada certeira. O grito engasgou na garganta e formou um nó doloroso de choro enquanto seus olhos acompanhavam o Park se levantar e sair. Seu coração gritava por ele. Fique, Jiminnie! Por favor, me perdoe! Mas sua mente simplesmente travou, não permitindo que corresse em direção ao mais velho. Observou o contorno bonito de seu corpo uma ultima vez iluminado pelo laranja do por do sol, e logo se viu sozinho. Ele saíra sem olhar para trás sequer uma vez, como se dissesse sem palavras que era realmente um fim. O Jeon sentiu seu coração bater mais rápido, em um rompante de adrenalina, como se fosse um aviso para se preparar para uma vida inteira de tristeza pelo seu pedaço que faltava. 


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