catch up with the sun (but it's sinking) escrita por houdini


Capítulo 1
I: prismáticos são os feixes que você abstraciona.


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bom? Então, eu não me imaginava escrevendo com mudad/jonadad, mas aí a ideia foi fluindo e pá, estamos aqui, çlsakdlçsa. Eu to bem feliz por conseguir terminar antes da week acabar. ♥ Faz um tempão que quero postar algo deles, então eu me sinto vitoriosa, hahaha.

O Giorno apareceu aqui não só como parte do história, mas também para me lembrar de que o momento é dele e que, por isso, preciso postar minhas fics de Vento Aureo logo. E elas aparecerão. Algum dia.

Prompt: "Sol e lua". Boa leitura!



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c o r r e r a t r á s d o s o l — I

Nunca que Dio pensaria que, um dia, constituiria uma família. Não é como se ligasse para esse tipo de coisa, afinal, tudo o que laços familiares poderiam trazer para si são fraqueza e dor. E ele recusa ambas.

Entretanto, ali está, com uma criança nos braços — fruto de um pequeno caso que teve no passado. A notícia de que a mulher não queria mais cuidar do filho que sequer sabia a existência ainda é fresca em sua memória, assim como o pedido da própria para que Dio o criasse ao invés dela.

Naquela ocasião, a resposta negativa estava na ponta da sua língua, porém Dio conseguiu se deter ao se dar conta de que Giorno era muito pequeno; e que, por esse motivo, não sobreviveria sozinho naquele vasto mundo.

Por isso, seguiu o exemplo que nunca recebeu de ninguém e decidiu cuidar da criança. Responsabilidade sua, afinal. Pelo menos não sentiria culpa por uma decisão não tomada.

Logo, para sua alegria, Dio descobre que Giorno é um garoto quieto — são raros os momentos em que seus choros são altos, diferente das crianças de outras famílias que por vezes passam por aquela mansão. Não demora muito para que perceba que isso se deve ao fato de que seu filho se tornou independente cedo por causa do descaso de sua mãe.

Não há dúvidas de que observar Giorno é quase como observar a si mesmo quando criança. A diferença é que ele teve tempo de ser salvo.

No mais, uma vez cuidando do garoto, Dio gostaria de sair logo daquele lugar. Se torna estranho continuar morando ali enquanto está vivenciando aquela situação, e não há perigo real em sair dali; contanto que os status quo não fossem abalados, herdaria a herança dos Joestar mesmo que estivesse longe.

Depois de alguns dias procurando por um novo lugar para morar é que a decisão de se separar da família que o recebeu anteriormente é feita. Assim como a mansão ao qual passou sua adolescência, seu novo lar é espaçoso, rico e aconchegante; muito pela cortesia de seu pai adotivo que qualquer outra coisa.

Ele parece feliz e triste por toda aquela ocasião, mas sabe que com o diploma de direito em mãos, não precisaria se preocupar com Dio. Jonathan parece compartilhar do sentimento, mas a animação parece superar qualquer coisa e aquilo faz as entranhas de Dio se revirarem em desgosto.

O que o faz se perguntar: Como seria viver longe de Jojo depois de tanto tempo convivendo sob o mesmo teto? Ele não chega a descobrir realmente.

Ele não chega a descobrir porque, antes que isso aconteça, Jonathan — Jonathan, Jonathan, Jonathan — lhe pergunta se poderia partir com ele.

A primeira coisa que passa pela sua cabeça é uma profunda denegação.

Contudo, ao esticar seus pequenos braços em direção ao outro, Giorno afirma gostar dele. Não é a primeira vez que isso ocorre desde que o garoto apareceu ali. É como se seu filho tivesse se afeiçoado àquele imbecil durante aquele tempo.

Independentemente da resposta do garoto, entretanto, alguma coisa dentro de si lhe diz que aquilo poderia não ser tão ruim. Não bom, afinal se trata de Jonathan, mas depois de tudo, Dio se realiza de que a ligação entre eles é algo difícil de se observar com um olhar impassível — mais resistente que um diamante, mais raro que ástato.

Dio se surpreende com a sua tomada de decisão, e não são muitas coisas que o surpreendem, de fato. E para a emotividade de George, quando os dois embarcam na carruagem que os levaria àquela nova moradia, ele se despede daqueles que criou.

Já sentado no banco, Giorno ri para si, como se tudo fosse divertido. Jonathan faz o mesmo. O motivo daquela comoção toda, Dio não entende.

“Eu nunca pensei que você realmente aceitasse, Dio.” Jonathan o observa com um olhar intrigado.

“Não me faça me arrepender dessa decisão.” É tudo o que Dio responde.

Ao ouvir isso, por alguma razão, ele se sente aliviado. “É claro que não.”

O sol se põe no horizonte quando a carruagem começa a se mover, dando lugar à lua depois de um tempo. Um dá o lugar ao outro, assim como sua ganância por poder dá lugar à uma ínfima expectativa de que, pela primeira vez, pertenceria a um lar.

O sentimento é inesperadamente tranquilo, como a noite que prefere ao invés do dia — e não há problema nisso; pois, afinal, sentado ao seu lado seu sol está.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!



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