Miranda: Coven escrita por wickedfroot, mandyziens, HappyCookies


Capítulo 15
Bang! Bang!




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Minkis Mackenzie

Após o delegado ter ligado para a diretoria, eu, meus amigos e Gerda fomos encaminhados para a sala de comando, na EPF! Eu não acredito que estava lá, era tão lindo! Estávamos lá pois no local tem vários agentes a postos a todo momento.

Assim que chegamos, andamos em direção a uma mesa na qual se encontravam várias comidas, nos sentamos e começamos a nos alimentar. Com tudo aquilo acontecendo, era necessário estarmos fortes para qualquer ataque. A refeição foi tranquila, felizmente, ninguém tentou pedir para alguém entrar em um culto, nenhum grito foi escutado e o único barulho escutado era o de copos na mesa e garfos e facas nos pratos.

Depois, alguns agentes nos levaram até algumas celas, e elas eram protegidas a laser! Imagina como é participar da EPF? Deve ser incrível! Todos se sentaram, alguns em bancos de concreto, idênticos aos que havia na minha cela e outros na cama, no canto esquerdo do local.

O clima estava um pouco tenso, em um curto período de tempo muita coisa ocorreu. Estava com medo do que estava por vir, além disso, preocupada com Greeny, até porque ele é uma bruxa e o assassino está atrás dele e de sua mãe.

Um telefone tocou, e quem atendeu foi Greeny. Não conseguia escutar o que a outra pessoa dizia, mas a expressão da bruxa não era das melhores. A única coisa que disse foi “irei pensar” e desligou a ligação.

Após o fim da ligação, Greeny virou em direção a todos, que claro, estavam olhando para ele, curiosos.

— O Inquisidor me ligou, propondo um acordo. Ele disse para entregar Gerda para ele, e tudo voltaria ao normal, porém, eu criei um plano na mesma hora.

Fiquei surpresa, como ele conseguiu planejar algo em tão pouco tempo? O plano se tratava do seguinte: iriamos entregar a Gerda, mas existia um porém, assim que o assassino tocasse a bruxa mais velha, acabaria se envenenando. A mãe do pinguim concordou com tudo, e aceitou participar.

Esperamos até anoitecer, e enquanto isso, ficamos conversando, já que eu não estava com nenhuma pedra. E mesmo se tivesse, não era louca de desenhar nas paredes. Por dois motivos, começando pelo mais óbvio, eu estava na EPF! E o segundo, era que provavelmente seria muito difícil fazer um simples risco naquela parede.

Quando anoiteceu, escutamos um barulho e ficamos curiosos, o que seria? Nossa dúvida foi respondida quando vimos um pinguim em nossa frente. Em suas nadadeiras, se encontravam duas das esferas mágicas que os encapuzados utilizavam, e só de relembrar, minhas penas se arrepiaram! Era o assassino! Fiquei nervosa, com medo que o plano desse errado, e respirei fundo tentando me acalmar. O pinguim jogou uma esfera em nós, e imediatamente fechei meus olhos, relembrando a sensação de ser teletransportada por um daqueles objetos, aquilo era tão estranho, um verdadeiro déjà vu.

Abri meus olhos e estávamos na montanha, olhei para os lados, procurando Gerda, até que achei. A pinguim estava algemada e com veneno nas penas. Quando virei minha cabeça em direção à frente, onde estava ao assassino, vejo ele retirar uma arma do bolso do moletom e meu corpo congela. Minha respiração parou, por um momento e fiquei nervosa. O sangue começava a correr pelo meu corpo em uma velocidade inacreditável e conseguia sentir uma gota de suor descendo pela minha testa. O pinguim mirou sua arma na testa de Gerda, e antes de qualquer um conseguir reagir, o assassino atira, fazendo a bruxa mais velha cair no chão. Todos nós ficamos em estado de choque, estávamos paralisados, sem ter qualquer tipo de movimento. O pinguim chega perto da pinguim morta e toca em seu sangue, rindo baixo e dizendo, em voz alta:

— Era tudo que eu precisava, crianças idiotas.

O pinguim continua a rir, mas cessa sua risada para apontar a arma em direção a Greeny. Minha respiração parou novamente e o nervosismo estava presente novamente, mas dessa vez, mais potente. Minhas nadadeiras suavam e sentia meus pés escorregarem dentro do meu tênis. Quando ele pretendia disparar, algo inesperado ocorreu. Suas penas começaram a cair, lentamente. O veneno começou a agir! Com apenas algumas penas restantes, o pinguim caiu no chão, morto.

Eu estava chocada pelo o que havia acontecido. Eu acabei de presenciar duas mortes! Uma, da mãe do meu melhor amigo e a outra do pinguim que estava nos perseguindo. Estava parada no lugar, revisando meu olhar entre o corpo do assassino e de Gerda, com uma expressão assustada. Os outros não estavam diferentes de mim, apenas alguns detalhes eram distintos.

Hoje foi um dia de nervosismo total. Felizmente Greeny sobreviveu e por pouco não acabou se juntando a sua mãe. Não saberia o que fazer sem meu amigo ao meu lado. Seria apenas eu e Thay. Um quarteto que virou dupla, estranho. Mas felizmente, é um trio, graças a um plano que foi realizado com cinquenta por cento.

Não acredito que a Gerda morreu, não era para ela morrer! A culpa foi entrando dentro de mim lentamente, me fazendo ter algumas dores de cabeça e levar minhas nadadeiras a ela. Me sentei no chão, me abraçando. Eu não acreditava, eu não queria acreditar. Eu esperava a todo momento que acordasse daquele pesadelo, e que quando acordasse, pudesse chamar todos meus amigos, Greeny, Thay e Juan para meu iglu, para passarmos uma tarde inteira jogando e conversando. Mas não podíamos por conta do desaparecimento de Juan.

Bem, pelo menos, podemos nos dedicar cem por cento à busca por Juan. Espero estar junto a ele e com os meus outros amigos. Todos juntos, sem exceção de ninguém.

Em pouco tempo, que não consegui ter certeza por conta dos sentimentos dentro de mim, a EPF chegou. Com eles, estava presente uma equipe especial, os agentes levaram os corpos com a maior calma, um por um.

Vários sentimentos estavam presentes em meu interior. Me arrumei, ficando em pé. Comecei a chorar, não aguentando segurar todos os sentimentos. Era muita coisa!

Já conseguimos recuperar Juan uma vez, quando um encapuzado capturou ele, mas não tinha certeza se conseguiria ver ele novamente. Em carne em osso, na minha frente, falando comigo e tocando em mim. Queria vê-lo. Não quero que outro amigo meu desapareça, não mesmo!

Enquanto chorava, Thay se aproximou de mim e me abraçou. Depois, foi a vez de Greeny, e no final, Marc. Todos estavam chorando, tão abalados quanto eu. E foi assim, que passamos uma grande parte do tempo. Abraçados, no meio de uma montanha onde há alguns minutos, se encontravam dois corpos. Eu me senti amada e despedaçada ao mesmo tempo, seria tão bom ter Juan naquele abraço...


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