Gêmeas que Atormentam - o Retorno escrita por Janus, Lexas


Capítulo 7
Capítulo 7




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     A primeira surpresa do dia ela teve ao ver aquele dois lindões na sala, sentados sob a mesinha que ficava no centro, de olhos fechados, pernas cruzadas e um de costas para o outro.
     Ela dá um leve sorriso e um beijo na bochecha de cada um, antes de se retirar para a sua aula. Realmente, ainda bem que a outra não estava ali, do contrário iria ter um acesso de ciúmes ao vê-la beijando seu namorado.
     No entanto, a matriarca da família tinha opiniões diferentes do que estava acontecendo. Longe de ambos estarem apenas meditando no meio da sala, seus olhos percebiam coisas que a filha ainda não podia fazer. Como por exemplo, as auras de ambos alternando seu fluxo, pulsando quase em perfeita sincronia
     Era algo que ela e sua irmã faziam no antigo Milênio de Prata. Equalizavam suas auras para depois treinarem seus dons únicos. Mas o que a surpreendia era que um deles não era venusiano. Tinha certeza disto agora. E eram primos... hum... ela levou a mão até o queijo e sorriu imaginando o motivo de serem primos. Talvez Rita fosse mãe de um deles, afinal de contas. Talvez não de Josh, embora não tenha muitas certezas a respeito, mas de Roger, talvez. Havia sim uma boa possibilidade.
     De qualquer forma, não adiantava ficar imaginando possibilidades. Nenhum dos dois lhe diria qualquer coisa a respeito do assunto. Ela saberia no tempo certo e ponto final.
     Enquanto seguia para a cozinha, ela se maravilhava com a harmonia que as auras deles espalhavam pela sua casa. Quase como se estivessem fazendo uma faxina espiritual nesta. Talvez estivessem fazendo isso. Talvez fosse uma forma que encontraram para pagarem sua estadia ali.
     Mas a perícia deles a surpreendia. Claro, não se comparava a técnica e perícia de seus sobrinhos, Seiza e Hoshi. Nem um pouco. Mas era interessante observar que, embora tão novos, já tivessem tanta perícia. Não era muito difícil saber a real idade deles, só precisava entrar em contato com as almas dos mesmos para saber, mas decidiu deixar isso para lá, esperar as coisas acontecerem naturalmente.
     Era engraçado isso... observar aqueles dois, fazendo aquilo, de forma tão... natural. Como se fizessem aquilo todos os dias.
     Ou a cada instante.
     Aqueles dois... não estavam só treinando. Estavam compartilhando suas experiências e compreendendo mais e mais do mundo espiritual. Não usavam seus dons como uma ferramenta que podiam acessar ocasionalmente, na verdade, era essa a maneira que viviam, no mundo dos homens e ligados a sua empatia.
     Como sua jóia sempre fazia.
     E, de certa forma, sentia uma pontinha de orgulho ao ver aqueles dois ali, fazendo aquilo. Havia ensinado tudo o que sabia a sua jóia sobre seus poderes empáticos, tudo. Mas sabia que ele era muito mais habilidoso, que tinha um potencial bem maior, em vista do seu modo de ver as coisas.
     E não duvidava que fora ele quem havia treinado aqueles dois, de uma maneira ou de outra.
     Não duvidava, mesmo.
     Já estavam ali há mais de uma hora. Pelo visto, deviam praticar isso constantemente, não com o intuito de lutarem, mas como hábito diário mesmo, por gostarem. Exatamente como uma certa pessoa que conhecia - seu eterno aluno, na verdade - que lutava por gostar, pura e simplesmente.
     Claro que nem todos compartilhavam tal gosto. E muitas vezes ele causou mal entendidos por causa disto. Mas em contrapartida, outras de suas características já renderam muitos louros para a cultura de seu povo...
     - A senhora está muito feliz, vovó.
     - Apenas uma lembrança feliz, meu neto. Só isso.
     - Sei muito bem de quem é essa lembrança feliz...
     - É telepata também? - perguntou ela brincando.
     [[Sou]]
     Ela se virou lentamente para ele, impressionada e até um pouco assustada. Ele... ele era um telepata? Mas... como?!
     - Como é possível?
     [[a pergunta correta seria como não é impossível. O que impede que isso aconteça? Não preciso ser filho de alguém com poderes psíquicos para tê-los, não é mesmo? E o inverso é válido. Da mesma forma que alguém sem nenhum antecedente na família possa tê-los, alguém com muitos na família com tais poderes pode também não ter. Só por que meu pai não tem tais poderes não significa que eu não possa tê-los]]
     - Está desconversando!
     [[Apenas fui sincero]]
     - Pois sim... Fique sabendo que seu pai fazia a mesma coisa quando queria contornar um assunto.
     - Faz parte - Roger comentava casualmente - nosso sangue nos denuncia, de uma maneira ou de outra. Assim como a senhora.
     - Mas você não é venusiano...
     - Meu povo e os venusianos são originários da mesma raça ancestral...
     - Mesma... raça? - Minako ficou em dúvida. Como assim, a mesma raça?
     - Se a senhora não sabe - ele sorria com o canto dos lábios - então é melhor eu não explicar. Mas um dia a senhora vai entender.Bom, se me dá licença, vou tomar uma ducha.
     - Ei! Espera por mim - disse Josh se levantando e indo atrás dele.
     - Um momento, mocinho - Minako o segura pelo braço - não precisa inventar uma desculpa para fugir de mim. Não vou ficar te perturbando, tudo bem? Mas também não precisa fugir de mim, netinho...
     - Depende, a senhora vai continuar a me pressionar a falar coisas que eu não deveria?
     - Não!
     - Bom, então não fujo mais.
     Ele se vira para seguir seu primo, quando a pergunta vem.
     - O que Rita foi fazer no quarto de vocês ontem a noite?
     - Uma visita. Batemos papo, ela nos mostrou uns cubic music, dançamos um tiquinho... nada demais.
     - Hum...
     - E ela beija muito bem.
     - O... QUE?!
     - Algum problema?
     - Bem... quer dizer... ela... ela é sua... o que ela é sua mesmo?
     - Eu não disse - ele sorriu.
     - Vai acabar me enlouquecendo assim!
     - Eu? Mas o que foi que eu fiz?
     - Você sabe muito bem o que fez!
     - Bem... os melhores presentes vem nos menores embrulhos.
     - O que quer dizer com isso?
     - Uma frase que eu vi por ai... nada demais. Nada demais mesmo. Não estou lhe dando indiretas, apenas não posso lhe contar qual o parentesco que tenho com ela. Ainda não.
     - Mas, mas... Josh! Qual o motivo de fazer tanto segredo? Ela é sua mãe? Sua tia? As duas coisas?
     Josh reprimiu um riso quando ela disse aquilo. Realmente ela estava desesperada para saber.
     - A senhora prometeu que não iria mais me pressionar...
     - Não estou lhe pressionando, só quero saber se fui uma boa mãe ou não.
     - Acredite em mim, vovó - ele segura nas suas mãos e lhe dá aquele lindo sorriso - a senhora foi uma das melhores mães que já existiu. E se ainda está em dúvida... lembre-se de tudo o que passou, e faça essa pergunta. Mas antes de fazê-la, lembre-se de todas as vezes em que você magoou a ambos. Cada momento, cada instante... as vezes em que uma decisão sua afetou os dois... lembre-se disso... e lembre-se se em algum momento eles a culparam, e terá sua resposta.
     Ela abaixa a cabeça. Ele... ele tinha razão. Não precisava relembrar o passado para ter a resposta. Em todos os momentos, em todas as ocasiões, para o bem e para o mal... eles nunca a culparam, mesmo quando sua culpa, sua responsabilidade fora óbvia
     - Certo Josh. Eu... entendi o que quis dizer. Não vou mais incomodá-lo com isso.
     - Obrigado, vovó.
     - Mas foi um beijo de língua?
     Ai, ai... mas como o instinto materno dela era forte. Forte mesmo!
     - Acreditaria em minha resposta?
     - Acho que não. É que eu me preocupo muito com Rita. Ela é diferente... especial como todos as outras filhas e filhos de minhas amigas, mas no caso dela, eu sinto que tem uma coisa especial a mais...
     - Sei o que quer que eu diga, e eu não posso responder. Só posso dizer que ela ainda vai lhe trazer muito orgulho, e muitas, mas muitas dores de cabeça também. Agora - ele se aproxima de seu ouvido, quase sussurrando - quando criança, ouvi histórias bem interessantes, quase lendas, sobre MUITAS coisas que ambos tinham em comum...
     Ela sente uma grande vontade de coçar a orelha. Muitas coisas? Bem... ambos fazem o que lhes dava vontade... mas Rita era muito mais avoada. Sempre foi.
     - Quase lendas?
     - Sim. Especialmente o de Rita conseguir uma paquera em cinco minutos. E eu tenho que admitir que isso não deve ser lenda.
     - Ela fez isso com você?
     - Comigo, com o Roger, com mais dois rapazes que ela cruzou o caminho quando nos separamos... pelo menos, foi o que ela me disse.
     - Eu vou botar essa menina em uma gaiola!
     - Não sei se vai adiantar muito... mas por que tanta preocupação? Sabe muito bem que é o jeito dela. O que o vovô diz atualmente a respeito?
     - Ele não fala nada! Ou melhor.. - ela fica levemente corada - me lembra do que eu fazia na idade dela.
     - Mas afinal, vovó, agora sou eu quem estou curioso! Ela é uma venusiana. A senhora também. O que a preocupa tanto?
     - Coisas de mãe, Josh. Só isso. Tenho medo que ela se machuque muito ou pior, machuque alguém agindo desta forma.
     - E acha que outros não se machucaram passando pela mesma coisa? Isso acontece, vó. Até eu costumo passar por isso, mas não vamos falar de mim, ok? O que ela precisa é de alguém que mostre a ela que ser um venusiano é muito mais do que ser um guerreiro da sedução, como tem sido estereotipado.
     - Ela seduz as pessoas?
     - Não, ela se atira para cima delas mesmo. O que quero dizer é que muitos generalizam, sabe. Venusianos são guerreiros lindos e burros, marcianos só sabem incendiar e serem nervosinhos, mercurianos são gênios frios como gelo e isolados... todos eles são muito, mas muito mais do que isso. Muito mais.
     - Sua vez, Josh - Roger chegava na sala, terminando de secar o cabelo - sua avó ainda está te pressionando muito?
     - Não, chegamos a um acordo. Com licença, vó - ele se retira, indo até o banheiro.
     Roger o observa e depois a dona da casa ali, o observando com cuidado. Pelo visto, a curiosidade da filha tinha de onde ter vindo.
     - Tudo bem com a senhora? - ele dava um belo sorriso.
     - Tudo... e você, meu rapaz?
     - Ah, de novo não, dona Minako. Por favor!
     - Roger... - ela sorria - sabe como seu teimosa e insistente. E se não sabe, agora vai descobrir isso. Estou impressionada com sua capacidade empática e por não ser um venusiano.
     - E dai?
     - Quem são seus pais?
     - Vai descobrir um dia.
     - E que tal agora?
     - Não estou com vontade.
     - Por favor...
     - Não!
     - Pelo menos... me diga se eu os conheço.
     - Hum.... Bem... o meu pai a senhora conhece...
     - QUEM É?
     - Isso não fazia parte do acordo... se me der licença...
     - Meu acordo foi com meu neto, Não com voc... espera um pouco... Roger, volte aqui! Vai ter que me explicar isso detalhadamente!
     Quando ela vai toca-lo para o segurar, ela para abruptamente. Ela... ela sentiu... algo vindo dele. Algo... algo... diferente.
     Fogo?
     Não sabia. Foi só por alguns instantes, talvez uma impressão, ou não. Mas ela achava que tinha sentido que ele de repente ficou coberto de chamas, mas só por uma fração de segundos.
     Fogo... que estranho! Seja como for, isso a fez o deixar em paz.
     Por enquanto...
    

-x-

 

     Era de manhã cedo. Bem cedo.
     Allete abriu os olhos, bocejando. Estava quebrada. totalmente! Nunca trabalhara tanto em sua vida. Se não tivessem anunciado o fim do expediente, provavelmente ainda estariam servindo refeições no restaurante.
     Ela se ergue, vestindo uma peça de roupa mais condizente, ao passo que vai ao banheiro, fazendo sua higiene bucal.
     Minutos depois ela caminha até a sala, desejosa de um revigorante café da manhã.
     A mesma chega, observando as pessoas na sala. Mamãe, Papai, Marina, Joynah e... e...
     Onde estavam aquelas duas que passaram a noite em sua casa e que sua mãe havia dito que eram parentes?
     - Mãe...
     - Já era hora de acordar, dorminhoca. Até Marina acordou mais cedo.
     Ela olha para a irmã e esta apenas lhe mostra a língua, fazendo pirraça. Que belo começo de dia este.
     - É, milagres acontecem. Escuta! Onde estão...
     Um som seco e surdo no jardim chama a sua atenção. Na verdade, chamou a atenção de todos. Pelo barulho, parecia que um carro tinha atingido um poste!
     Allete se aproxima da janela e observa o seu jardim sendo pisoteado por aquelas duas, que pareciam se digladiar como se uma quisesse matar a outra.
     Hum... de onde veio aquele barulho?
     Belos golpes, ela pensava. Muito bons, na verdade.
     Na verdade, ela chega a arregalar os olhos por alguns instantes. Podia jurar que elas acabaram de utilizar um golpe que nem ela sabia - na verdade, parecia ser um golpe mais avançado que só viu sua mãe utilizar algumas vezes e as mesmas não tinham aprendido.
     - Vai tomar seu café, Allete?
     - Hã? Sim mãe, eu vou. Escuta... porque elas está praticando ai fora?
     - Para ficar em forma - respondeu ela displicente.
     - Em forma? Mas... mas... eí, elas estão usando as minhas roupas! Vão acabar rasgando-as dessa forma!!!
     - Se o fizerem - respondeu o seu pai - elas lhe compram outras.
     - Há quanto tempo estão ai?
     - Antes de eu e da sua mãe acordar. Vai tomar café ou não, filha?
     - Já vou... - ela se senta a mesa, olhando de soslaio para aquelas duas.
     - Porque está tão preocupada, mana? Quando Maya esteve aqui, ela também acordava cedo.
     - Eu sei! Mas ela morava em uma fazenda, tinha uma boa desculpa. Bom, deixa para lá. Mas eu ainda Não entendi, mãe. Elas são nossas primas também? A cor do cabelos delas... parecem um pouco com Maya - ela aponta para sua irmã - e com Marina... e com a senhora, também. Tem até seu nome!
     - Qual o problema?
     - Bem.. eu apenas estou desconfiada. E elas ontem estavam com uns gatos...
     - EI!!! - disse Marina olhando para ela - o de cabelo preto é meu!
     - Sem problema, desde que deixe o loiro para mim. Se bem que, do jeito que a Rita é,  já deve tê-lo dispensado.
     Makoto ergue as sobrancelhas e observa as duas discutindo ali. Elas... elas estavam gamadas em dois visitantes do futuro? Só faltava esta agora.
     - Meninas... vocês tem treino hoje, lembram?
     - É daqui a meia hora - disse Joynah enfiando um pão na boca - tem tempo ainda.
     - Treino? - disse uma das gêmeas entrando na cozinha - podemos participar?
     - Olha - Marina comentou com a voz meio seca - é coisa particular...
     - Elas sabem que vocês são sailors - disse Sohar de forma tranqüila - podem levá-las com vocês. Mas.. - ele as olhou fixamente - sem gracinhas, as duas, entenderam?
     - Claro - Mako-chan respondeu angelicamente - podemos levar nossos namorados?
     - O que quer dizer com "nossos", Mako-chan?
     - Correção, posso levar o MEU namorado e mais um amigo que está totalmente disponível para quem der e vier?
     - Se é o loiro - adiantou-se Allete, se levantando da cadeira - eu levo ele.
     - Se for o de cabelos escuros, eu levo - levantou-se Marina.
     - É o loiro - dizia Mako-chan com um sorriso diante da cara que Marina fez.
     - Oba, então eu vou...
     - Pode parar ai, ruivinha - Haru-chan continuava sentada preparando seu lanche - ele já tem coisas demais para fazer e se preocupar além de ter que ficar ao seu lado.
     - Ruivinha? - Allete parou subitamente diante do comentário que Haru-chan fez. "Ruivinha"? Estranho... era tão estranho alguém chamá-la assim...
     - Sim - ela olhou para ela e dobrou a cabeça - algo errado?
     - Ninguém me chama assim.
     - Mesmo? - ela estava intrigada agora - bom, eu vou chamar.
     - Bom, seja como for, eu vou levar o loiro. E que história é essa de coisas para fazer?  O que ele tem para fazer, por exemplo?
     - Muitas coisas - ela continuava a fazer seu lanche da manhã, mas era evidente que não estava conseguindo manter a controle total de antes. Estava com dificuldades para por o leite no copo.
     - Assuntos particulares - ela respondia, colocando o leite mas derrubando um pouco.
     - Sei...
     - Sei... - respondia Mako-chan.
     - Mana - podiam jurar que estavam saindo faíscas dela - nem vem!
     - Bom, eu vou buscar o lindinho... onde ele está mesmo?
     - Não dissemos. Mas pode vir comigo. Ele está junto de meu namorado. E.. acho que estou te devendo mesmo por usar suas roupas. Vem com a gente, mana?
     - Ainda não terminei de tomar meu café, depois eu te encontro.
     - Como é? Estou levando ela para conhecer seu amor não assumido e você não vai fazer nada?
     - AINDA ESTOU COM FOME!!!
     - Tá bom.. puxa! Vamos ti.. ruivinha.
     - Você também?!
     - É bonito chamar você assim.
     Ambas saem, deixando o resto da família para trás.
     - Escuta - Marina se dirige para Haru-chan.
     - QUIÉ??????? - ela dá uma forte batida na mesa, assustando Marina, e com uma expressão de que mataria a próxima que comentasse sobre Josh.
     - Haruka... - disse Makoto com a voz muito séria, quase a repreendendo.
     - HARUKA?! - disseram as outras duas, surpresas com o nome dela.
     - Algum problema? Foi o nome de okaasan me deu.
     - Nada... é que tem uma conhecida nossa com esse mesmo nome...
     - E nomes precisam ser originais, por acaso?
     - Não, mas... bem...
     - Desculpe - ela olha para Makoto e Sohar - me desculpem, mesmo. É que as vezes minha irmã me tira do sério.
     - Não acho que seja sua irmã que o faça não - disse Sohar a olhando com uma expressão de compaixão - acho que ela quer é ajudá-la...
     - Me empurrando para ele? - ela fica séria e emburrada - me desculpem, mas não é bem assim que eu quero fazer as coisas. Ainda não me decidi se quero ficar comprometida...
     - Josh... aquele rapaz loiro, certo?
     - Esse mesmo.
     - E deixou a Allete dar em cima dele? - Marina assobiou - xiiii.... acho que fez um mal negócio...
     - Ele não vai se envolver com ela.
     Ele não poderia. Não seria louco de fazer um paradoxo destes e nem suicida para fazê-lo na sua presença.
     Ela pensou mesmo nisto?
     - Qual é a de vocês? - Joynah se manifestava.
     - Somos da mesma banda. Josh é o tecladista, Roger o baterista, eu e minha irmã pegamos as  liras sônicas, Hipólita, entre outras coisas, é nossa vocalista. Ela tem uma voz muito bonita. E canta maravilhosamente bem.
     - Hipólita?!
     - Hã.. - ela olhou para seus avós e ficou um pouco apreensiva - ela é... prima daqueles dois...
     - Hum.. - Sohar olhou para Joynah e ficou pensativo. - Hipólita era uma guerreira amazona, que pela lenda grega seria filha de Ares, o deus da guerra. Será que...
     - Dinastia certa, mamãe errada - disse Haru-chan para ele.
     - Como?
     - Nada! Brincadeira nossa. Bem - ela terminou de tomar o leite - vamos indo ao templo para eu tosquiar estas sailors?
     Ela olhava com certa alegria de antecipação para as duas. E as mesmas acharam que ela devia estar meio maluca. Já foi surpresa ela saber que eram sailors. Só faltava ela ser como a prima Maya, ter poderes em tempo integral.
     Joynah e Marina se levantaram também, e, após uma olhada para os pais, se transformaram. Logo as asas brilharam nas costas da sailor Terra, e a mesma começou a flutuar.
     Haru-chan olhava aquilo impressionada. Tinha visto imagens de como era a antiga sailor Terra antes... antes dos eventos que a mudaram para sempre. E não podia deixar de ficar admirada com o poder que ela tinha.
     Bem como um detalhe... Ela sentia sua semente quando ela estava normal, mas deixou de senti-la agora que se transformou. Porque será? Não tinha nenhum registro a respeito disto.
     - Quer carona? - perguntou ela estendendo a mão.
     Não precisa - ela sorriu e começou a flutuar no meio da sala - tenho meu próprio transporte. Senhor Sohar, senhora Makoto... até mais tarde.
     Ela flutua pela janela, logo seguida por sailor Terra e Europa, que estava sendo carregada pela irmã.
    


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