Não era exatamente fácil para Luke Alvez ver alguém tentando se aproximar mais de Garcia.

Então ver alguém flertar descaradamente com ela na sua frente, era fora de questão. Ele só aceitou vir para esse bar estupido porque ela estaria aqui. Mas seu sorriso se foi logo que ele a viu flertar com um cara.

Ele era fofo e tinha o cabelo loiro. Ela estava rindo feito uma colegial. Dizer que ele sentiu ciúmes era eufemismo do século. Ele estava possesso.

Penelope era dele e de mais ninguém. Mas por hora, ele ficaria olhando de longe.

— Sabe que ela pode flertar com quem quiser, não sabe? – Reid o alertou. – Além do mais, você tem Lisa agora.

— Ele pode ser um suspeito. – Luke tentou argumentar. – Quantos homens nós prendemos que atraiam mulheres embriagadas em bares?

Reid apenas revirou os olhos. Ele já havia visto isso antes, com Derek. Ele fazia a mesma coisa cada vez que alguém tentava flertar com Pen, mesmo depois de ter Savannah. Porém, nas ocasiões era um comportamento de irmão mais velho.

— Apenas a deixe viver. – Reid disse a Luke. – Ela merece ser feliz.

Ele olhava de canto e Penelope estava ficando mais bêbada. O homem pagava bebidas em sequência e Luke sabia o que aconteceria em seguida.

— Deixe eu levar você para casa. – O homem a puxou. – Você não parece bem.

— Não quero ir. – Penelope tentou argumentar. – Eu tenho amigos aqui.

— Eu insisto. – Ele a puxou mais forte. – Vamos loirinha.

— Deixe a moça em paz. – Rossi interveio antes de Alvez estrangular o homem. – Se você quer ser preso por tentativa de sequestro eu sugiro que você a largue.  

O homem apertou o aperto nos ombros de Garcia e ela gemeu pela pressão.

Em segundos, todos os homens da equipe e Emily estavam parados cercando o homem. Penelope estava tonta demais para pensar em algo.

Luke chegou por trás, devagar e tirou as mãos do homem dos ombros dela. Matt e Rossi a seguraram antes que ela caísse no chão.

Reid e Emily apenas afastaram o homem de Luke. O agente parecia pronto para estrangular alguém.

— Você está bem? – Matt a ajudou a se sentar. – Pen, você está bem?

— Hã? – Ela não parecia nada bem. – Disse algo?

— Você está bêbada Garcia. – Rossi atirou punhais com o olhar para o homem. – E provavelmente esse filho da mãe colocou algo na sua bebida.

— Luke. – Emily chamou o seu amigo. – Leve Penelope ao hospital e faça um teste de drogas. Eu e JJ vamos levar esse traste para a cadeia.

Luke ajudou Garcia a se levantar. Nem vinte segundos de pé, Penelope desabou.

Os olhares dos agentes se voltaram para o homem na sua frente e Emily agora parecia pronta para dar um tiro no homem a sua frente.

Colocando Garcia em seus braços, Luke a levou para a SUV em espera. Rossi os acompanharia até a emergência.

Penelope foi colocada em repouso depois de ser verificada e ter sangue coletado. Luke torcia para que ela não estivesse drogada, mesmo que significasse perder seu cara.

O real motivo era que ele não deixaria de se culpar por permitir que ele fizesse isso na sua frente. Segurando a mão dela na sua, ele nem se preocupou com Lisa.

— Ela acordou? – Um Rossi preocupado entrou. – Ou ainda está dormindo?

  - Ainda não acordou. – Luke perdeu o contato com a mão de Pen. – Os exames?

— Estou indo buscar. – Rossi olhou para o agente e depois para Penelope. – Quando ela acordar, apenas diga o que sente por ela. Vai ser mais fácil.

E ele saiu. Todo mundo parecia saber sobre seus sentimentos por Penelope.

Pegando o telefone, ele discou para Lisa. Ele terminou qualquer que fosse o relacionamento deles e ficou livre para amar Garcia.

Rossi voltou depois de 30 minutos com uma expressão de choque.

— Temos que mandar isso para Emily. – Rossi passou o resultado. – Aquele filho da puta tentou sequestrar Garcia a drogando na nossa frente.

— GHB? – Luke ficou assustado. – Como ele fez isso sem ela perceber?

— Não temos certeza. – Rossi estava furioso. – Eu mesmo vou me certificar que ele nunca mais veja a luz do dia.

Luke ficou atônito. Penelope fora drogada na sua frente e ele não conseguiu ver. Fazendo uma promessa sincera, ele não deixaria que ela fosse outra vez.

Quando Pen acordou, ela não tinha certeza de como havia chegado ao hospital.

— Você está acordada. – Luke se aproximou assim que percebeu. – Graças a deus.

— O que houve? – Pen não conseguia se lembrar bem. – Parece que eu levei uma pá na cabeça.

— Você foi drogada. – Luke viu a confusão nos olhos dela. – GHB. Esctasy liquido.

— Por que todos os homens tentam me matar? – Pen estava triste, mas não chocada. – Todos com quem eu estive tentaram me matar ou terminaram porque eles não conseguiam aguentar meu trabalho.

— Ei. – Luke limpou uma lágrima. – Talvez seja porque você tem o céu nos olhos.

— Por que você está agindo assim? – Pen deixou mais lágrimas caírem. – Se você não sente o mesmo que eu sinto por você.

— Você me ama? – Luke sorriu com a confissão. – Deus, Garcia. Nunca ache que eu não te amo. Porque tudo o que eu quero com você, eu não quero com mais ninguém.

— O que quer dizer? – Ela estava confusa. – Você sente algo por mim?

— Sim. – Ele chegou mais perto dela. – Sinto vontade de beijar sua boca, de sentir sua pele. Sinto vontade de adorar cada centímetro do seu corpo e te ver na luz do luar.

— Eu sinto quase a mesma coisa. – Pen o olhou com malicia agora. – Eu tenho vontade sentir sua barba no meio das minhas pernas. – Ela corou fundo. – Me diga que espécie de mulher eu sou por fantasiar isso?

— Uma mulher bem gostosa. – Luke mordeu sua orelha. – Você tem sorte de estar aqui agora. Ou te levaria para cama e te mostraria como você deveria ser tratada.

— Não me tente Luke. – Ela suspirou no ouvido dele. – Eu odeio as coisas que ficam na promessa.

— Desculpe. – Spencer entrou de repente. – Eu, hum, só vim ver como você está Garcia.

— Entre, menino gênio. – Penelope viu Luke se afastar um pouco. – Estávamos conversando apenas. – Ela fingiu uma tosse. – Não é, Luke?

— É sim. – Luke piscou de volta. – Apenas uma conversa inocente. Se importa se eu for pegar um café?

— Não. – Penelope fingiu. – Apenas não demore, novato.

Luke a olhou chocado. Ela era uma boa atriz, apesar de Spencer parecer um pouco chocado demais.

— Eu realmente acho que interrompi algo. – Reid disse, com culpa. – Emily mandou avisar que o cara, que se chama Mark está preso por drogar uma funcionária federal.

— Obrigado. – O sorriso vacilou. – Eu não sei se fico aliviada por não ter sido levada ou se fico triste por mais um tentar me matar.

— Ei, não fique assim. – Reid a abraçou. – Não é sua culpa. Provavelmente estou me intrometendo, mas Luke gosta muito de você. Ele estava agindo com ciúmes la no bar e ele precisou ser contido quando ele viu você cair.

— É? – Penelope corou. – Talvez eu deva dar uma chance para ele.

— Sério? – Spencer a olhou indignado. – Talvez considere esperar até sexta para contar.

— Vocês fizeram uma aposta. – Era uma afirmação. – Que tipo de colegas fazem isso?

— A idéia foi de Emily. – Reid levantou as mãos. – Ela disse que se vocês não percebessem que se amam, ela trancaria vocês dois em um armário e jogaria a chave fora. Mas eu escolhi a sexta feira, então se puder, eu vou ganhar 500 dólares.

— A aposta foi de quanto? – Pen levantou a sobrancelha. – E quem apostou?

— Cem dólares. – Reid viu a expressão dela. – Eu, Rossi, JJ, Emily e Matt.

— Vocês. – Pen fingiu estar chateada. – Alvez sabe disso?

— Sim, ele sabe. – Reid engoliu em seco. – Eu precisei contar a ele.

Nos próximos vinte minutos, Reid e Pen ficaram conversando sobre qualquer assunto que viesse a mente.

Quando Luke voltou, ele tinha uma caixa de anel em suas mãos.

— Luke. – Pen suspirou ao abrir. – É tão lindo.

— Eu sei. – Luke respondeu. – E é seu. Se você quiser. Eu esperei demais para te tornar minha.

— Eu te amei por tanto empo. – Ela confessou. – Mas você está querendo filhos? Porque eu quero.

— Eu quero uma versão minha e sua em tamanho pequeno. – Ele mordeu seu pescoço. – Logo que sair daqui em dois dias.

Penelope sorriu e o beijou. Eles tiveram que se controlar por causa do ambiente.

Logo que eles chegaram na casa de Luke, eles se uniram pela primeira vez. Não demorou mito para Penelope ficar grávida de seu primeiro filho.

E quando a segunda filha nasceu, eles estavam tão juntos que nem um psicopata os separaria.