Oneshots Criminal Minds Parte 2 escrita por Any Sciuto


Capítulo 15
I'll Always be here.


Notas iniciais do capítulo

Pos- Lauren. Acontece depois da cena do hospital.



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— Ela não sobreviveu. -  JJ anunciou e todos quebraram. – Spence?

— Eu nem me despedi dela. – Reid estava inconsolável.

JJ viu Penelope levantar e sair de lá antes mesmo que ela ou qualquer outro a detivessem. Ela estava quebrada demais para ouvir alguém chamar seu nome.

Seu coração parecia ter sido jogado no chão e chutado com força. Ela andou pelos corredores do hospital, de uma cidade quase desconhecida e chegou a saída.

Era uma noite chuvosa e ela nem se preocupou em se proteger dela. Sua melhor amiga, sua irmã estava morta por causa de um bandido qualquer, que deveria estar naquela sala ao invés de sua amiga.

Se afastando para longe, ela se sentou em um banco do lado de fora. Ela estava completamente ensopada, suas roupas completamente perdidas, a maquiagem desfeita e o cabelo escorrido. Um raio cruzou o céu e mais chuva caiu.

Ouvindo passos, ela não se importou em fugir. Quem quer que fosse, ela preferia morrer a viver sem Emily. Ela e Emily foram amigas e podiam dividir seus segredos. Ela estava com ela depois que ela levou um tiro ou quando tentou se ajustar ao trabalho de JJ.

Derek seguiu Penelope e a perdeu na escuridão do temporal. Ele andou até onde ela poderia estar. A chuva que caia parecia aumentar e logo ela ficaria doente se não saísse dela.

Ele a encontrou, quebrado em um banco, alheia aos perigos. Tirando seu caso, meio seco, meio molhado, ele a cobriu.

— Você deveria estar lá, Baby Girl. – Derek beijou sua testa. – Hotch estava preocupado com você.

— Eu não quero voltar. – Ela sussurrou. – Por favor, me deixe aqui.

— Eu entendo, menina. – Ele a abraçou. – Eu poderia levar você ao hotel.

— Me deixe em paz Derek. – Ela suplicou. – Eu não quero ir a lugar algum sem Emily.

Derek sentiu seu coração quebrar ao ouvir Penelope dizer aquilo. Não era com ele. Era pela amiga que acabara de partir.

— Vou caçar Doyle. – Ele prometeu a ela. – Eu prometo, menina. Vou fazer ele pagar por tudo que ele fez a Emily.

— Mas ela ainda vai estar lá, Derek. – Pen o abraçou. – Se eu fechar meus olhos ela vai voltar?

— Não. – Derek confessou. – Mas ela iria querer você bem. Ela iria querer ver você feliz como sempre foi.

Ela deixou Derek a levar de volta ao hospital. A equipe ainda estava lá, esperando a volta dos dois, mas ao entrar na sala de espera, Garcia se sentiu doente e desmaiou.

Derek correu até ela enquanto Rossi o ajudava a colocar no sofá da sala de espera. A adrenalina do momento aparentemente caiu e Garcia desmaiou.

— Ela está bem? – Uma enfermeira veio checar o alvoroço. – Leve-a para uma sala de exames. Vamos arrumar roupas quentes e um soro de hidratação.

Derek pegou Penelope em seus braços e Hotch e JJ olhavam a troca a sua frente. Reid não tinha expressão, enquanto Rossi e Ashley olhavam com ternura para Penelope.

Reid saiu em direção a Derek e Penelope. Ele não perderia outra irmã hoje. Ele viu uma IV sendo feita em Penelope e alguns médicos a checando. Ele se sentou ao lado de Derek e observou.

— Ela vai ficar bem? – Reid perguntou. – Eu não posso perder outra pessoa hoje.

— Os médicos acham que a adrenalina despencou rápido demais. – Derek explicou. – Como você está, Reid?

— Estou me sentindo horrível. – Ele confessou. – Perder Emily foi difícil. E saber que ele ainda está por aí, é pior.

— Vamos pegar Doyle. – Derek prometeu. – E vamos fazer ele pagar.

— Senhor Morgan? – O médico chamou a atenção dele. – A senhorita Garcia precisa de uma noite em soro. Mas ela será libera pela manhã.

— Ela está bem? – Derek precisava saber. – Porque ela desmaiou.

— A adrenalina dela baixou rapidamente. – O médico o tranquilizou. – Me chame se ela ter febre pela noite. Ela esteve na chuva por longos minutos.

— Você ouviu Spencer? – Derek tranquilizou o amigo. – Ela vai ficar bem.

Reid não disse nada. Ele apenas ficou olhando para Penelope adormecida. Ele não queria voltar para a sala de espera.

Rossi e Hotch estavam ainda na sala de espera. Eles não tiveram coragem de sair. Mesmo Hotch e JJ serem os únicos a saberem do plano, algo martelava neles.

— Vamos simplesmente ficar em silêncio? – Rossi disse de repente. – Posso pensar em outro lugar para estar. Como lá dentro, com nossa equipe. Com nossa analista.

— Desculpa. – Hotch parecia culpado. – Eu só.... Sei lá. Acho que vou ficar aqui.

— Vai ser difícil nas primeiras vezes. – Rossi tentou consolar Hotch. – Eu vou lá com eles.

— Dê minhas melhores para ela. – Hotch abaixou o olhar. – Eu vou verificar o corpo da Emily.

— Claro. – Rossi deu um tapa nas costas do amigo. – Eu vou levar Ashley comigo.

Hotch viu o amigo levar a novata com ele. Apenas JJ e ele estavam na sala de espera agora.

— Eu acho que Pen vai sofrer ainda mais. – Hotch comentou. – Você sabe, ela tenta ser forte, mas no fundo, no fundo ela é uma garota frágil.

— É para o bem de Emily. – JJ comentou. – Mas eu estaria mentindo se eu dissesse que eu não prevejo Garcia em problemas.

— Temos que achar esse cara. – Hotch abriu a porta. – E ajudar Garcia.

Penelope foi liberada na manhã seguinte. Reid e Derek ao seu lado, ela evitou olhar na direção do necrotério, onde Emily possivelmente estaria.

O clima frio a fez chorar e Derek a abraçou forte. Reid não sabia como ajudar, então tentou acalmar suas costas.

Chegando o dia do enterro, Penelope não se sentia muito bem. Aliado ao clima triste do lugar, ela apenas ficou no fundo da sala, tentando falar o menos possível.

Hotch foi em sua direção e se sentou ao lado dela. Ele não falou nada, apenas pegou sua mão em conforto, enquanto Derek buscava alimento para ela.

— Vai passar. – Ele prometeu a ela. – Eu prometo.

— Não é justo. – As lagrimas dela caiam. – Nada disso é justo.

— Você precisa comer algo, Pen. – Derek a abraçou. – Você ainda está febril.

— Eu não quero ir embora. – Ela olhou para os sapatos. – Eu preciso estar aqui até o fim.

Derek a colocou em seus braços, a acalmando. Ian Doyle iria pagar por machucar Emily e Penelope no processo.

Quando a hora de levar o caixão até o cemitério chegou, Derek viu Garcia vacilar. Ela queria fugir, mas ele deixou sua mão presa a dele o tempo todo.

Ele não viu Kevin, o que fez ele suspeitar de algo. Se Kevin a tivesse largado, ele aproveitaria a chance.

Ele sutilmente pegou sua mão quando as flores foram depositadas no caixão da amiga.

E a levou para casa depois. Não o apartamento frio e solitário dela, mas a casa dele. Ela ficaria essa noite. Por ele, por ela e pelo amor que cada um sentia pelo outro.

Pela manhã ele falaria com ela sobre Kevin. E então eles começariam um relacionamento. Mas por enquanto, ele lhe ofereceu uma cama quente e bons sonhos, que se transformariam em pesados pesadelos mais para o futuro.

Eles precisavam se curar. E depois, curar as feridas que a falta de Emily faria.


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