Calíope perdeu a noção do tempo, do espaço. Não lembrava-se dos detalhes da vida que teve, sequer o nome da mãe.

Não lembrava-se de como foi adequar-se ao mar, como foi conhecer os palácios no oceano que abrigavam os espíritos. Espíritos que, como ela, perderam-se no mar e ganharam uma nova vida.

Uma nova vida vazia, imutável e desbotada.

Pela noite, ela sentava-se sobre as pedras e cantava seu arrependimento, lembrando-se do elã que era estar apaixonada por James.

Era letal.

Seu cântico clamava pelo lorde e atraía os navegantes, levando à loucura e morte os homens de coração corrompido.