Aquela noite ficamos deitados de lados, pra frente do outro, falando várias besteiras, divagando sobre o futuro. Era esses momentos de paz, que eu amava. Era uma bolha onde ninguém poderia mexer conosco.

No meio de uma frase ele parou de falar e olvido. Sua respiração acalmou-se e seus olhos fecharam.

A luz do abajur iluminava seu rosto e o encarei sem decência, decorando cada detalhe, contando as sardas. Velei pelo seu sono até que enfim também dormi.

Estar nos braços dele era viciante, um sentimento de poder contar com alguém que por muitos anos não tive esse prazer.