De Repente Tudo Muda escrita por Mizi


Capítulo 2
Diamantes e Esmeraldas


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu fiquei muito tempo sem escrever... mas tenho me dedicado a essa fic nas férias, no que eu me dediquei é surpresa ainda, mas espero que quando ficar tudo pronto vocês gostem (se é que tem alguém lendo isso aqui porque eu não ganhei nenhum review).Sem mais delongas, aqui vai o capítulo 2!



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Sakura POV

E eu estava lá, parada em frente à árvore em que estava descansando alguns minutos atrás. Antes de a minha vida ter luz. Antes de algo bom acontecer de novo.

Eu estava lá parada apenas olhando para a direção em que o portador da minha luz se foi. Foi tudo tão rápido, mas parece que se passaram séculos desde que eu vi o seu olhar negro e iluminado ao mesmo tempo. Como pode olhos tão escuros como a noite trazer tanto brilho como a lua, as estrelas ou até mesmo o sol nos dias de chuva? Não sei, só sei que isso era possível naqueles olhos.

*Flashback On*

- ... Sakura.

Assim que abri a boca o garoto sumiu sendo puxado por outro, loiro energético.

- Vem que a gente tem que achar a nossa casa ainda!

O ser magnífico apenas olhou para trás e tudo o que viu foi uma garota estática e sem ação.

*Flashback Off*

E agora? O que fazer? Como vou descobrir o nome dele eu não sei, na verdade nem sei se ele ouviu o meu depois daquilo... Mas isso não precisa ser feito imediatamente, além do mais está tarde e... Minhas malas! Minha colega de quarto!

Corri para o meu novo quarto em Nova York, dessa vez eu prestei mais atenção no caminho e em tudo a minha volta. Apesar de esbarrar em alguém aqui ter me feito muito bem, não quero que aconteça de novo.

Cheguei ao quarto e... nada de novo. Minhas malas estavam exatamente no mesmo lugar que as deixei perto da porta e minha colega ainda não chegara. Tudo bem, ainda é cedo, agora são apenas quatro e meia da tarde, ela deve chegar a qualquer momento. Acabei percebendo que não tinha observado o quarto mais detalhadamente e como tempo não me faltava decidi me perder na descrição.

Parecia um quarto simples pra quem apenas ouviu falar, mas era realmente muito deslumbrante. Ao lado da porta estava uma das duas camas de solteiro, a outra cama estava do outro lado do quarto sendo que entre elas estavam uma mesinha de cabeceira ao lado de ambas as camas e no meio uma mesa grande encostada na parede, provavelmente para estudos. Nesta parede estava uma ampla janela de vidro com venezianas.

Bem no centro do quarto havia uma mesa redonda e baixa que poderia ser usada para praticamente tudo nos tempos de folga dos alunos, do outro lado do quarto estavam os armários embutidos que continham três portas, duas para as alunas e mais uma menor que as outras e mais próxima da porta de entrada, que continha os DVDs, vídeos, rádios e os outros aparelhos eletrônicos. O chão era de madeira, coberto por um tapete enorme, de cores claras que cobria quase todo o chão do quarto. As paredes tinham duas cores, sendo lilás com alguns detalhes em rosa na parede da janela e brancas nas outras três.

Seguindo para o banheiro vi que tinha um toque muito elegante, principalmente no piso e nos azulejos das paredes. A pia se localizava logo a frente com um espelho oval bem em cima, do lado esquerdo se encontrava o chuveiro e o vaso sanitário em si, ambos separados por uma porta de vidro desenhado e uma cortina. Apesar de conter apenas isso era muito espaçoso.

Realmente a escola não parecia uma... escola. Sentia-me de férias, num acampamento chique com um quarto luxuoso e um banheiro magnífico. Só teria que dividir com alguém que não conheço.

Espero que minha colega de quarto seja legal...

Ao pensar isso eu ouvi um barulho leve. Parecia alguém entrando, pelo som deu pra perceber que, assim como eu, carregava muitas malas. Olhei para trás e vi uma menina muito bonita e delicada, tinha feições meio infantis, mas não em um sentido ruim, elas lhe traziam inocência, essa inocência era mais acentuada por sua pele branca e seus olhos perolados. Os cabelos preto-azulados e compridos favoreciam a sua pele. Ela parecia ser simpática, e estava com problemas com as malas.

Ela parecia olhar várias e várias vezes para o número da porta e o número do papel que estava em sua mão. Parecia bem confusa e perdida, assim como eu quando cheguei aqui.

-Ah, oi! Deixe-me ajudá-la com as malas, parecem bem pesadas. – disse-lhe, sorrindo amigavelmente.

- Obrigada... – disse a menina numa voz suave e tímida.

Carreguei algumas de suas malas e as trouxe para dentro, não parecia ser muita coisa.

- Meu nome é Sakura. Qual é o seu nome? – perguntei colocando uma das malas perto da cama mais perto da porta.

A menina olhou pra mim com um sorriso simpático no rosto depois de colocar o resto de suas malas perto do lugar que eu coloquei:

- Hinata.

- Lindo nome. Bom, parece que você e eu seremos colegas de quarto, estava esperando você chegar para decidir com qual das camas ficaremos.

- Obrigada. Perdão ter feito você esperar tanto.

- Não precisa se desculpar, eu cheguei faz pouco tempo também.

- Pode escolher sua cama primeiro, Sakura.

- Bom, como deixamos as suas malas perto da cama mais próxima da porta porque não fica com ela?

- Tudo bem.

Sendo assim, arrumamos tudo. Hinata parecia ser uma pessoa muito gentil, e, apesar da vária quantidade de roupas e acessórios caríssimos, ela era muito simples também.

Já estava tarde quando terminamos a arrumação. Eram nove horas da noite e estávamos mortas de cansaço! Mas foi divertido. Durante a arrumação Hinata me contou um pouco sobre ela, de como adora lilás, que é muito tímida, gosta de musicas clássicas e que sonha em ser uma artista plástica desde pequena porque a mãe fazia pinturas lindíssimas.

Quando ela falou da mãe tive que me segurar para não fazer nada que demonstrasse o meu incômodo e tristeza.

Eu era muito apegada à minha mãe, fazíamos tudo juntas, ela sempre me mostrava programas de escavação e dizia que meu pai era uma daquelas pessoas. De fato, meu pai era um arqueólogo muito conhecido, dava aulas na faculdade para ajudar a nos sustentar, ficava vários e vários dias fora, mas sempre que voltava passava todo o tempo conosco, como se nunca mais tivesse que voltar ao trabalho. Depois do incidente ele deixou de ser arqueólogo, trabalhava só na faculdade, mesmo assim ele passava menos tempo em casa, não só por causa do trabalho, mas porque a casa e o meu rosto o lembrava dela.

Os cabelos eram de um rosa mais escuro que o meu, beirando quase ao vermelho. Papai dizia que mesmo sendo arqueólogo, as verdadeiras riquezas estavam em sua casa, junto com seu diamante e sua esmeralda. Era como nos chamava por causa dos olhos. Os dela eram azuis, seu diamante e os meus verdes, sua esmeralda.

Infelizmente ele havia perdido uma de suas pedras preciosas. Eu também perdi a minha.


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Notas finais do capítulo

Ficou meio depressivo no final eu sei, e todo mundo já sabe quem é quem na história, não preciso nem dizer o nome... com o tempo eu vou esclarecendo mais sobre a história da Sakura, como era a vida dela e tudo mais.Me deixem reviews please! Gostaria de ter algum leitor. >



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