Asas do Pecado escrita por Sasazaki Akemi


Capítulo 3
Capítulo 3




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“Mas sabe de uma coisa? Eu gostaria de ter lhe conhecido antes mesmo daquele dia” era as últimas palavras ditas ao Ban, o homem que ela nunca mentira dentre os anos de angústia e sofrimento, pois ela não queria o mesmo final a ele e por ter apenas ele ao seu lado. Crow sempre soube do falso pecado de Ban, a injustiça por ser incriminado de assassinar a guardiã da fonte da juventude do Reino das Fadas, mas ele não precisava saber da verdade por trás dela.  

Na noite em que despedira do humano, ela largava para trás seu fiel cargo como Cavaleira Sagrada e tornava-se uma fugitiva apenas pela promessa em que ambos fizeram. Caminhou para a floresta mais próxima e finalmente largou-se de sua pesada armadura e de sua enorme espada, trocando-os pelo kimono e a katana em sua cintura, e logo mudando sua aparência com o corte de cabelo para o habitual e que fizesse-a lembrar de sua irmã mais velha. Esta era a nova Crow, ou melhor, esta era a Crow que sempre deveria estar. 

Viajou por várias cidades em busca de respostas para a anulação de magias e maldições, mas nada lhe serviu. Diariamente escondia-se dos Cavaleiros Sagrados que já estavam à procura da Cavaleira traidora, conseguindo um pouco de paz ao afastar-se de locais movimentados e ao chegar na vila onde estava a entrada para a Capital dos Mortos. 

Este era seu objetivo, reencontrar com as pessoas amadas. 

Encontrara duas crianças em que lhe disseram a forma de entrar ao Outro Lado e coincidentemente a pessoa que menos queria encontrar: 

—Pensei que estivesse embriagado – Ela já sentira a presença de Ban. 

—O que esteve fazendo durante este tempo, Crow? – Ele pergunta com o mesmo tom de voz de sempre. 

—Fugindo, como havia lhe dito – Dava-lhe satisfação com um tom de voz fria, não ousando olha-lo. Ela não queria, não podia. A dor que sente desde o dia em que conhecera o mais alto, o dia em que começara sua angústia, era como de uma espada fincada em seu peito que se amplificava cada vez que olhava para o rosto de Ban – Por que está aqui? 

—Eu que lhe pergunto – Ele convida-a caminhar ao seu lado, aceitando após hesitar por alguns instantes. 

—Eu quero ir a Capital dos Mortos – Respondia parando de andar. 

—Por quê? 

—Não importa... Adeus Ban – Ela não queria lhe dizer, ele não precisava saber de seu passado. Não queria ser odiada por ele. 

Ela dava-lhe as costas e retornava a afastar-se dele. 

Caminhou pensativa sem nenhuma direção específica com apenas as lembranças boas de seu passado, relembrando de que tudo aquilo fora destruído por apenas sua culpa, mas estas memórias alcançaram o outro lado e lhe deu passagem. Quando percebera, já estava na Capital dos Mortos. 

Queria encontrar sua irmã mais velha e o homem em que lhe libertou, pedir desculpas pelos sofrimentos que ambos sofreram por egoísmo dela. Procurou por eles, mas nada. Apenas parou de procura-los ao tocar-se de uma luta que estava ocorrendo em algum lugar daquele mundo. 

Correu em direção a batalha, chegando no momento em que Ban havia sido atingido pela explosão de Guila, a Cavaleira Sagrada em que estava à procura dela. 

—Perdão, mas isto já está me entediando. Estou à procura de outra pessoa, seu nome é Crow. 

—Droga... – Via Ban murmurar ensanguentado, aguardando seus ferimentos se fecharem. 

—Não os machuque mais Guila – Crow dizia aproximando-se de Ban, abaixando-se para ver o rosto surpreso do homem – Não fugirei mais, por favor, não os envolva. 

—Hades estava realmente correto, você fará qualquer coisa para manter Ban a salvo. 

—Não, ele está errado – Diz levantando-se e caminhando em direção de Guila – Eu apenas estou procurando formas de morer. 

“Formas de morrer...?! O que é que... “Ban pensava inconformado, tentando levantar-se aos poucos. 

—Formas de morrer? Que divertido – Guila dizia com um largo sorriso nos lábios finos, não hesitando em lançar uma esfera explosiva em Crow. 

—Crow! – Ban grita ao vê-la sendo atingida. 

—Então é verdade – Guila comenta ao ver a fumaça em volta de Crow desaparecer – A maldição de Hades. 

Crow havia saído ilesa com apenas suas vestimentas rasgadas, deixando-a amostra a roupa que ocasionalmente estava vestida por baixo: uma regata e um short branco. Fora com esta imagem que Meliodas lembrou-se de quando ele dera um chute em Crow, sendo que ela também saíra sem nenhum arranhão. 

—Por isso que você nunca desviara de ataques inimigos durante as batalhas – Guila assimilava as ações passadas de sua antiga companheira. Todos estavam em choque, principalmente Ban que nunca havia visto uma outra pessoa com a imortalidade. 

—Vamos Guila, não precisamos causar mais feridos – Insistia Crow a partirem imediatamente, deixando os Sete Pecados, aproximando cada vez mais da Cavaleira. 

—É mentira, não é? – Ban estava furioso com o que acabara de ver, fazendo-o avançar em Guila. Acabando com sua garganta perfurada por sua rapieira. 

“Crow... Imortal?” Ban não raciocinava direito, apenas estava irritado por nunca souber deste fato da mulher que sempre confiou. 

Ban fora salvo por King, que lutou sozinho contra Guila para cumprir a promessa que fizera com sua irmã: “Proteja o Ban”. 

—Harlequin... – Crow murmura espantada, sabendo de sua verdadeira identidade: Rei das Fadas, irmão mais velho de Elaine. Crow se juntaria ao rei para derrotar Guila, mas fora impedido por Ban: 

—Já chega – Dizia, impedindo-a segurando seu braço para que não desembainhasse sua katana. Observando apenas a derrota de Guila. 

Com o fim da luta, Guila que vinha apenas com a alma para a Capital havia desaparecido, logo todos os outros membros tinham seus membros brilhando. Eles estavam retornando para o mundo normal por não pertencerem a aquele local. 

—Não... – Crow murmurava para si mesma. 

—Como? – Ban perguntava ao ver que ela estava inquieta. 

—Eu não quero voltar... – Ela já não se segurava mais, caíra ajoelhada e deixava as lágrimas rolarem discretamente – Irmã... Me perdoa... 

Após dizer isto, todos retornaram de onde vinham. Encontrando primeiramente o corpo semimorto de Guila, que havia se colocado em estado de morte temporariamente, tomando a decisão de prende-la antes que retornasse à consciência. 

—Crow... – Ban chamava-a. 

—Eu apenas queria... – Ela dizia. 

—Ora Crow, não fique triste – A voz masculina vinha de trás de Guila, o homem que se vestia com uma armadura dourada. Seu cabelo curto e negro e seus olhos da mesma cor eram ofuscados pela enorme asa negra em suas costas e pelo largo sorriso que preenchia seu rosto – Eu vim lhe buscar. 

—Não... – Murmurava Crow. Quando Ban pôde finalmente ver o rosto da morena, ela estava paralisada, estava apavorada. 

—Você é... – King perguntava. 

—Desculpe minha falta de educação... 

Eu sou Hades” 


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