P.O.V. Félix.

Imagine a nossa cara quando todo o Clã Cullen aparece. Um Isabella esbaforida sai de dentro do elevador e entra correndo no quarto vizinho.

—O que foi que aconteceu?

Carslile Cullen carregava uma maleta médica e todos pareciam preocupados.

—Eu vou examinar o banheiro. Me avisem se ela acordar.

—Examinar o banheiro?

Ficamos todos chocados quando vimos aquele banheiro que mais parecia uma cena de crime. Tinha sangue para todos os lados.

—O sangue parece normal. Com certeza não é sangue dela. Ela vomitou apenas o que ingeriu.

—Não dava pra vomitar só no vaso?

—Você já vomitou Félix?! Não é algo que se possa controlar.

Disse Edward Cullen irritado.

—Emmett, vá buscar materiais de limpeza para limpar isso aqui.

—Porque eu?

—Apenas vá, filho. Por favor.

—Tudo bem.

Emmett Cullen saiu contrariado. E Carslile se voltou para a híbrida.

—Ela demonstrou algum comportamento incomum antes disso? Algum sintoma?

—Ela comeu, se alimentou, dormiu...

—Dormiu?

—Sim dormiu.

—Ela já não dorme mais a quase um ano. Vou coletar um pouco de sangue, para fazer uns exames.

O Doutor tirou quase um laboratório inteiro de dentro daquela bolsa.

—Como é que cabe tudo isso ai dentro?

—Agradeça a ela quando acordar. Ela fez um feitiço na maleta.

Emmett voltou com esfregões e vassouras e baldes.

—E agora?

—Limpe o banheiro, filho.

—Ah...

—Emmett, a minha filha tá inconsciente e vomitou sei lá quantos litros de sangue! Limpe a droga do banheiro!

Vociferou Isabella.

Enquanto o maior servia de faxineiro, a mãe segurava a mão da filha inconsciente e a olhava com genuína preocupação.

—A quanto tempo ela está inconsciente?

—Desde ontem. Tentamos tudo para acordá-la, mas não funcionou.

Foi o Alec fechar a boca que ela começou a acordar.

—Ah, graças á Deus.

—Ótimo. Ela está recobrando a consciência.

Quando ela finalmente acabou de acordar, Carslile começou a interrogá-la.

—Oi querida.

—Vovô? Você está mesmo aqui?

—Estou.

—E a mamãe e o papai e todo mundo?

—Sim. Qual é a última coisa de que se lembra?

—De acordar com ânsia de vômito e vomitar. Ai eu vi todo aquele sangue, tinha muito sangue. Acho que entrei em pânico, por isso desmaiei.

—Tudo bem. Vamos medir a sua pressão sanguínea.

Ele colocou o equipamento envolta do braço dela e começou a apertar a bombinha.

—Onze por dez. Normal.

Ele escutou o coração dela com o estetoscópio.

—O batimento está normal.

Colocou uma luz na cara dela.

—Pupilas estão normais.

Bateu com um martelinho no joelho dela.

—Reflexos normais.

—Então, porque eu vomitei?

—Deve ter sido alguma coisa que você comeu. Os exames estão prontos.

O Doutor foi passando de uma folha para a outra e outra até que parou.

—Meu Deus!

—O que foi? É alguma coisa grave?

—Ela não está doente.

—Então porque essa cara Carslile?

—Está grávida!

—O que?!

Passado o choque da notícia, ela falou:

—Mas, eu nunca nem fiquei menstruada!

—Mas, o exame diz que está grávida. Qual foi a última vez que teve relações sexuais?

Ela ficou rosa, olhou pra baixo e disse:

—Ontem.

—Com quem?

—Comigo.

Disse Alec com cara de quem queria ser engolido pela terra enquanto Edward Cullen olhava para ele com os olhos coléricos.

—Bom, agora temos que ir ao hospital e fazer uma ultrassonografia.

Fomos todos para o hospital, mas apenas Alec, o Doutor e a paciente entraram na sala.

P.O.V. Alec.

Vou ser pai. Vou ter um filho. Meu Deus, vou ter um filho! Depois de todo esse tempo, séculos.

—Pra que serve isso ai doutor?

—Para fazer o exame.

Respondeu enquanto embrulhava o equipamento num plástico.

—Pode abrir.

—Abrir?

—Oh! Ainda é muito cedo para fazer pelo abdome, vou ter que fazer pela sua vagina.

—Vai enfiar essa coisa na minha... puta merda!

—Olha o linguajar.

—Se imagine no meu lugar. O seu avô vai enfiar um palitinho nas suas partes íntimas.

—Eu sou médico. Tenho muitas especializações e ética profissional.

—Mas, ainda é o meu avô.

Respondeu ela abrindo as pernas para que Carslile colocasse a coisa dentro dela.

—Vai doer?

—Não. Vai ser um pouco desconfortável.

Logo a coisa já estava lá dentro e dava para ouvir um barulho.

—O que é esse barulho?

Perguntei e ele respondeu:

—É o coração do seu bebê. Parece estar de sete semanas de gestação. Espere.

—O que? Tem algo errado com o bebê?

—Ouço um segundo coração.

—Ele tem dois corações?

—Não. Mas, vocês tem dois bebês.

—Awn! São gêmeos.

—Gêmeos univitelinos.

—Uni o que?

—São gêmeos idênticos Alec!

Disse ela como se estivesse me esclarecendo o óbvio.

—Oh!

—Deixe-me ver o seu abdome.

Ela se levantou foi para trás do biombo e saiu de lá, de calcinha e sutiã.

—Já começa a aparecer. Neste ritmo em breve estarão prontos para sair.

—Se eu soubesse que estava grávida, eu não teria intoxicado os bebês aliens na minha barriga.

Mesmo numa situação dessa ela faz piada.

—Não, sério. Se soubesse que estava grávida teria me alimentado mais, comido melhor. Eu comi muita porcaria.

—Parece que a nossa ida ao cinema vai ter que ser adiada.

—Porque? Eu to grávida, não morta.

Então, ela se lembrou que éramos...

—Tá, foi mal. Eu só, to meio de mau humor.

Quando saímos da sala o mau humor dela foi pro espaço e ela gritou alegremente:

—São gêmeos!

E todo mundo quase teve um ataque. O papai Cullen deve estar querendo me esganar agora.

—Você nem faz ideia.

—Eu quero ir pra casa.

—Pra casa?

—É. Pra Califórnia.

—Não é aconselhável viajar na sua condição.

—Estou grávida! Não inválida! E se eu vou ter que empurrar dois bebês híbridos milagrosos pra fora de mim, quero fazer isso na América.

—Ela não vai mudar de ideia Carlisle. Quanto antes enfiarmos ela num avião melhor.

—Eu não estou de acordo com isso.

—Quero os meus bebês o mais longe possível do Aro e dos outros dois idiotas. 

—Tudo bem.

Voltamos para o hotel, fizemos as malas e embarcamos junto com a gestante desequilibrada para os Estados Unidos.

Jane ficou chateada de ter que cancelar o seu encontro, mas Renesmee disse:

—Você é bonita e vai ser jovem pra sempre. Vai encontrar outro cara.

Os dias foram passando e ela foi ficando maior. Mais grávida.

A tutora bruxa dela veio para tentar descobrir o sexo das crianças.

—Eu acho que são meninas.

Disse a bruxa Bonnie, que segurava um pêndulo sob a enorme barriga de Renesmee.

—Como você sabe?

—Se o pêndulo girasse para esquerda indicaria energia masculina, mas está girando para a direita o que indica energia feminina.