Angel with a shotgun escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 13
Lua má se aproximando




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P.O.V. Alec Lightwood.

Uma legião de bruxas começou a ficar numa formação estranha. Um círculo só que todas estavam de costas umas para as outras. E haviam tochas que formavam um círculo enorme ao redor da propriedade.

Até a mãe da Nina veio ajudar.

—Pra que tudo isso?

—Alguns selos impedem que vampiros e outros seres sobrenaturais entrem, este impede que eles saiam.

—Como uma gaiola?

—Pode se dizer que sim.

—Porque estão fazendo isso?

—Hoje é lua cheia cara. Os lobos vão se transformar. E á menos que queira que a cidade seja devastada é melhor a gente calar a boca e deixar as bruxas fazerem o feitiço.

Disse um dos vampiros. Era diferente dos feitiços do Magnus.

P.O.V. Jace.

O feitiço era diferente dos feitiços de feiticeiro, era em outro idioma e as chamas das tochas iam nas alturas.

—Phesmatos Salve Nas Ex Malom. Tare More vantes quo encandes. Et passa quo erum signus.

Elas se deram as mãos e as chamas aumentaram de um jeito que eu nunca vi na minha vida.

—Pronto. A barreira está erguida. 

Disse Hope. Nina olhou bem pra nós e disse com ironia:

—Espero que tenham trazido seus pijamas, meninos. Nenhum sobrenatural sai daqui esta noite.

—Ainda bem que não somos sobrenaturais.

Tentamos sair, mas batemos numa barreira.

—Você tem sangue de anjo lembra? E isso te torna sobrenatural. Te torna igual a nós. Bem vindo ao Instituto Salvatore, metidinho.

Nina arrumou o quarto de hóspedes para nós e jogaram os cobertores em nós.

—Ela nos odeia.

—Não. Ela te odeia.

—Odeia vocês dois.

—E quem é você?

—Penélope.

—O que foi que nós já fizemos para vocês nos odiarem tanto?

—Não é sobre vocês! Chocante. Eu sei. Guardiões do submundo. Você nem sabe o que ou como é o submundo. Vampiros, lobisomens, híbridos, bruxas, feiticeiros... pra vocês não importa quem é o que. Vocês colocam todos no mesmo balaio e nos chamam de submundanos. Devo dizer a vocês que isso é preconceito ou já sabem disso? Não é sobre vocês. É sobre como vocês tratam todos nós. Será  que vocês pensaram em nos perguntar se estamos contentes com os "acordos" que impuseram á nos, antes de presumirem que era o que nós queríamos?

—Os acordos mantém a Paz.

—Os acordos mantém a Clave no poder. E você, loirinho... isso é sobre como você trata a Nina.

—Eu amo a Nina.

—Não. Você ama a tal Clary. Só que a Nina te ama, mas você a deixou sem espaço para si mesma. Desde que te conheceu e conheceu a sua gente, ela gasta toda a energia dela, cuidando de você. Ela não tem tempo para um relacionamento de verdade, porque vocês são um buraco negro de tempo e energia e amor, só sugando tudo e nunca devolvendo nada. Mas, como ela te ama... nunca vai colocar o seu mundinho de fantasia á baixo, então vamos fazer isso por ela.

Ela saiu.

—Vamos? No plural? Acha que estão planejando uma revolta?

—Não sei, Alec. Mas, ela parecia com raiva.

Logo, o lugar virou um inferno. Só se ouvia os gritos de dor. Ativei a minha runa de visão e minha runa nix e o que eu vi foi... horrível.

—Credo.

Os ossos deles se quebrando de forma grotesca e quando acabou eles eram lobos. Corriam a sei lá quantos quilômetros por hora.

Uivos enchiam o ar.

—Velocidade sobrenatural? Eles correm tão rápido quanto um vampiro.

—Nem tanto.

—Oi Nina.

—Oi Jace. Quer chá?

—Não.

Ela estava sentada na bancada bebendo chá numa xícara verde.

—Eu tenho uma pergunta. 

—Fala.

—O que eu sou pra você? Quem eu sou pra você?

—Você não é a Clary. Não é mais. 

—Que reconfortante.

—O que eu quero dizer é que... não tenho intenção de te transformar na Clary. Você é a mulher que eu amo. E aceito que seja como é e quem é.

—Bom. Ótimo na verdade.

Logo o sol nasceu. E os alunos filhos da lua voltaram pra dentro.

—É incrível saber que há um local como este.

—Tenho que...

—Se você disser reportar para a Clave, vou arrancar a sua língua e você nunca mais vai conseguir dizer nada. Não queremos a sua Clave se metendo onde não são chamados.

—Mas...

—Sem mas. Respira fundo, relaxa e seja flexível.

—Sou flexível.

—Não. Não é. Devo admitir que grupos grandes com a mesma mentalidade me assustam.

—Você falando assim é como se fossemos fanáticos.

—De onde veio Valentim Morgenstern? Ele é um fanático, mas não nasceu fanático, foi feito, fabricado. A Clave e sua lei absoluta é uma fábrica de monstros matadores de crianças. Só falta você me falar que existem Shadowhunters comedores de bebês.

—Uau!

—Não existem Shadowhunter comedores de bebês.

—Não que você saiba. 

—Lizzie!

—Já se olhou no espelho? Você parece um vampiro com a humanidade desligada.

—Como assim?

—Você consegue sentir alguma coisa?

O jeito que ela perguntou foi como se fosse sério.

—Tá brincando certo?

—É uma pergunta válida. Se tem um bando de sobrenaturais com lâminas brilhantes e sem emoções zanzando pelas cidades, cortando gente ao meio é bom saber né?

—Nós temos emoções.

—Então, não conseguem desligar o botãozinho?

—Desligar o botãozinho?

—Se negar a sentir.

—Não.

—Já é um avanço. 

—Ahm, pergunta rápida. Como descobriu sobre a ligação mística de Shadowhunter?

Perguntou Josie. Acho que essa é a primeira vez que a ouvi falar.

—Eu usei isso.

Disse Nina arregaçando a manga da blusa e mostrando uma...

—É uma runa.

—Eu sei. To tentando descobrir pra que serve cada uma.

Peguei o braço dela e olhei bem para a runa.

—Nunca vi nenhuma runa igual a essa. 

—Eu sei. Não vai ficar com ela, com nenhuma delas.

—Delas? Tem mais de uma?

—Considerando que eu as vejo e as desenho desde que era criança, sim. Tem mais de uma.

—Caramba! Eu posso ver?

—Não. E você menos ainda. Elas são minhas, eu as desenhei, eu as vi e tive que tomar remédio para alucinações por causa delas, sendo assim nenhum membro do seu culto maluco vai colocar as mãos nelas.

—Não é um culto.

—Fale por si mesmo.

—E o que a runa faz, Nina?

—Invisibilidade total.

—Temos runas de invisibilidade.

—Não igual a essa. Eu garanto.

Então, passou a estela sob a runa e...

—Caramba! Não estou vendo ela.

—Eu sei. Isso muda tudo. Uma runa de invisibilidade capaz de ocultar alguém até mesmo de pessoas que tem a visão.

—E como isso te ajudou a descobrir sobre a ligação parabatai?

—Usei outra runa. Primeiro a da invisibilidade e depois, acidentalmente abri um portal pra um lugar esquisito. Tinha Shadowhunter saindo pelo ladrão. Pensei que eles iam me atacar, mas não atacaram. Pulei, gritei, acenei e eles não me viram. Ai eu fui me esgueirando por aquele lugar.

—E como era o lugar?

—Parecia um reino de conto de fada. E por dentro era meio que o Instituto, o seu Instituto... só que maior. E tinham pessoas presas. Vi uma mulher ser queimada viva por um ceifador sinistro com os olhos e a boca costurados. Foi a coisa mais horripilante que eu já vi.

—Idris. Você foi para Idris.

—Como é?

—E o que mais você viu lá?

—Tinha uma biblioteca e comecei a ler os livros. Aqui. Eu tirei fotos.

Eram fotos de Idris com certeza. 

—Olha o ceifador sinistro.

—Credo! Que coisa horrível.

—É um irmão do silêncio. Um tipo mais evoluído de Shadowhunter.

—Se ele é o mais evoluído, não quero nem ver o menos evoluído. Aquilo era uma barbárie!

—Você viu alguém ser queimado vivo?

—Vi mãe. E que raio de lugar é esse que eu nunca ouvi falar?

—Idris é muito bem escondida. Submundanos não são permitidos lá.

—Não são permitidos? Então, não podemos nos alimentar, não podemos fazer magia e mais essa ainda? Porque não podemos entrar nesse lugar?

—Porque é proibido.

—Bom, se não podemos entrar no seu lugar especial, então vocês também não podem entrar no nosso! Caiam fora!

Nina praticamente nos enxotou.

—E se trouxerem o seu povinho da Clave aqui as cabeças vão parar nos portões!

 


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