SAVE-ME GIRL escrita por Moon


Capítulo 7
Capitulo 7-Você...Está tão linda como no dia que eu te perdi.




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Amanda Leal.

Me assusto quando a porta é batida e ouço a chave ser girada na maçaneta. Encosto as costas na parede e deslizo até o chão, sentindo meu corpo queimar de ódio.

—Vagabundo.- Cruzo os braços e assopro minha franja que caía sobre meus olhos. Reviro as orbes e me levanto, andando no corredor rapidamente.

Se alguém falasse comigo naquele momento eu juro que mataria o infeliz.

Aquele delegado de meia tigela estava me deixando com os nervos a flor da pele. Como uma pessoa conseguia ser tão insuportável, metido, chato, nojento, sem prestígio, sem respeito, sem vergonha e bonito ao mesmo tempo?

Isso não tinha o melhor equilíbrio possível!

Rosno enquanto desço as escadas , indo em direção ao galpão onde Lyunn estava usando para pesquisas. Abro a porta e vejo uma cena estranha.

Alguns agentes estavam abaixados e tinha um rapaz agachado , com a camisa branca social.

Lyunn destrambelhada como era, se afastou de costas e acabou tropeçando em uma das caixas, caindo para trás ou quase, porque o rapaz de camisa branca tinha a segurado pela cintura, sem deixar ela cair.

Encaro a cena e pisco várias vezes, sem acreditar naquilo.

—Tudo bem, doutora?- perguntou e empurrou o óculos dela, o deixando de forma certa em seu rosto.

Isso é igualzinho aos filmes.
Que nojo.

Vejo que ela está extremamente corada e cruzo os braços. Ele a deixou na posição certa e relaxou.

—Park Jimin, senhorita- Falou educado e ela sorriu fraco, pondo uma mecha do cabelo atrás da orelha.

Você está me envergonhando, Lyunn.

—Lyunn- Falou e sorriu fraco.- O-obrigada.

Bato a mão na testa.
Eu não acredito que  estava presenciando aquilo.

Parecia a Nerd e o Popular, que merda.

Saio dos meus devaneios quando ele se afasta dela e anda na minha direção.

—Senhorita Leal.- Me cumprimentou e depois saiu.

Alguém é educado aqui, que coisa boa.

—Chispa!-Bati as mãos vendo os outros agentes que saíram apressados e encaro Lyunn-Tá dando bandeira.

—Óbvio que não estou.- Falou arrumando o óculos e cruzou os braços.- Conseguiu ir para o Sul?

—Mataram outra pessoa- Falo me sentando e passo a mão pelos cabelos, frustrada.- Tem dois dias que estamos perdendo tempo e nada de agir, Lyunn.

—Eu estou trabalhando.- Falou arrumando o jaleco e encarou o telão.- Qual o morto da vez?

—Empresário da Ahio News, Jung-Lee- Falo e nego fraco tombando a cabeça pra trás e puxando o zíper do meu uniforme.- Isso é uma grande perda de tempo.

—Olhe pelo lado bom, tem mais tempo para treinar.- Falou enquanto se afastava, indo para os computadores.

—Eu treino desde os 9 anos- Respondo a olhando.

—Treine mais nove anos.-Falou simplista e me olhou por cima do óculos.- Amanda entenda, se não aprender a esperar as coisas na sua vida, como é que você vai ser alguém bem sucedida e com tudo que você quer conquistar?

—Saber esperar eu sei, perder tempo é o que não me agrada.- Falo a olhando e olho para os lados, verificando se estávamos sozinhas.- É impossível se concentrar aqui, as pessoas agem como se isso fosse….cola….?

—Escola-Falou e eu concordei.

—Tem uma ruivinha aqui, coisa que eu achei estranha. Parece que ela é namorada de um deles e ela tem um cuidado tão grande pelo delegado. Ele nem parece ser delegado, Lyunn.

—Mas é muito bonito.- Falou me olhando e passou por mim, me deixando pensativa.

Lembro das feições do delegado e respiro fundo.

—O demônio é traiçoeiro, Lyunn.- A encaro e ela ri me encarando.

Lyunn era uma pessoa que conseguia ser chique até na risada. A risada dela era baixa e controlada, eu rindo lembra uma hiena.

—Amanda, meu bem.- Passou a mão nos meus cabelos.- Não seja tão dura consigo mesma, vai dizer que não o achou bonito?

—Ele é, com toda certeza.- Falo e sorrio fraco sentindo o carinho nos meus cabelos.- Todos são, mas é trabalho pra se jogar fora e nome para ser sujado se envolver com essa galera.

—O trabalho fica bom quando você tem uma motivação.- Passou o dedo na ponta do meu nariz.- Só porque não foi criada não significa que não possa aproveitar as coisas que a cidade lhe oferece, não seja como eu.

—E porque você não faz isso?

—Porque na ciência existem duas regras básicas, a primeira e ter pé no chão e a segunda é que nós somos pessoas solitárias. Isso é normal- Falou e se sentou atrás de mim, começando a trançar meu cabelo.- Agora você, bonita da forma que é, deveria procurar se divertir, Balada e essas coisas é bom.

—Eu não gosto de barulho, tirando o dos tiros.- Falo e começo a brincar com os dedos.- Lyunn...por quê eu sou diferente?

—Justifique sua pergunta- pediu enquanto desfazia as tranças- Eu esqueci, espera.

—As coreanas...elas tem olhos puxados, corpo sem curvas, são bem brancas e tem…menos...dotes?

—Dotes?-Ela perguntou.

—Lyunn, você já me viu sem roupa pra saber do que eu estou falando.- Falo irritada com a sua lerdeza.

—Oh!....isso é normal.- Falou calma.

—Não, não é.- Me viro a encarando.- Olhe pra você, ok, ai olhe para mim. Você acha que eu sou...normal?

—A sua cara não nega que você é meio doida- Falou simples e respirou fundo.- Amanda, você sabe que o seu corpo e que o seu D.N.A é diferente, e isso é bom.

—As pessoas me olham estranhas, como se eu fosse um bicho.- Falo a encarando.

—Você é, você é bonita, princesa em mundo de bruxa é discriminada.- Falou e eu comecei a rir.- Sou coreana, mas isso não me faz mais normal que você, até porque eu sou uma pessoa diferente do normal. Entenda Amanda, nesse mundo somos como super heróis.

Rio negando e a olho.

—Sinceramente?Isso não fez o menor sentido.

—As vezes não faz.- Falou e se levantou pondo as mãos nos bolsos.- Um dia, vamos achar pessoas como você, e eu vou te provar que você não é diferente demais.- Falou e eu sorri, indo a abraçar.- Não se preocupe criança.

—Não conte a ninguém isso.- Peço e me aconchego em seu ombro.- Isso é… chato, se eu falasse isso para o Marcelo , ele…

—O Marcelo tem uma coisa no meio das pernas que a população feminina adora, mas as vezes é um problema.- Falou e eu comecei a rir.- Eu sei como é, você me escuta e eu te escuto, é a regra.- Falou e se separou de mim.- Agora vá tomar um banho e vista alguma outra roupa...Normal? Vamos sair para comer em algum lugar.

A olho animada e sorrio, girando os pés e correndo até a porta. Me assusto quando a abrem de uma vez e engulo a seco ao ver Mitsuri.

—Correndo do Diabo, Amanda?-Perguntou e eu neguei.- Está feliz assim por quê?

—Eu vou levar ela para sair e comer algo.- Lyunn levantou a voz e eu a encarei.

Pra ela levantar a voz dessa forma era complicado.

—Como é?-Mitsuri perguntou.

—É que eu convidei a Senhorita Lyunn para conhecer a cidade, General.- Escuto uma voz masculina e encaro o rapaz que estava encostado na porta. Mitsuri se virou e o encarou.- Bom...se me permite…

—Um minuto, Kim.- Mitsuri falou e encarou Lyunn por cima do Ombro.- Vai escoltar elas?-Perguntou e ele sorriu fraco.

Um sorriso retangular?
Que fofo.
Mas por que ele estava fazendo aquilo?

— Com a minha vida.- Sorriu e a encarou.- Fique tranquila.

—Traga elas antes do horário previsto, e vocês duas…-Nos encarou antes de sair.- Estou de olho.-Falou e bateu a porta.

Encaramos o rapaz esperando alguma explicação.

—Nunca se deixa a porta aberta dentro dessa delegacia, a última vez que fizeram isso aqui, interrompemos um casal que estava tendo um momento que deveria ser feito em uma cama mas estava sendo feito em uma grade de cela empoeirada.

Sinto meu rosto esquentar e o encaro.

—Você é o namorado da…

—Ruiva?Uhum, ela tá deitada dormindo agora.

—Por que você…?

—Sou amigo dela- Olhou pra Lyunn depois pra mim.- Mitsuri tem algumas...coisas comigo. Trocamos favores.


Encaro Lyunn por um tempo depois ele.

—Kim Taehyung, uma honra lhe conhecer, menina prodígio.- Falou e eu estendi a mão pra ele, apertando a sua.- Tudo bem, hoje eu tenho que resolver uns problemas e vou ficar fora da delegacia a noite, vocês vão aproveitar e para todos os sentidos, menos o perverso.- Me encarou de forma engraçada- Eu estava cuidando das duas.

Sorrio fraco o encarando.
Pessoa louca e legal, gostei.

—Me avisem quando for sair, vamos sair ao mesmo tempo e eu deixo vocês no ponto de táxi.- Falou e piscou, saindo do local.

Encaro Lyunn, abrindo a boca e negando fraco.

—Eu também não sei, só agradeço. Vá se arrumar.- Mandou e eu sorri saindo do local.

Mitsuri Sakama.

Encaro a porta e respiro fundo, batendo ali.

—Entre.- Escuto e fico com receio em pegar na maçaneta.

Estava prestes a me encontrar com uma pessoa que eu tive que deixar no passado.
Não era algo tão bom como parecia...simplesmente eu…

Fecho os olhos e os abro novamente, tomando coragem e abrindo a porta. Encaro o chão de madeira e subo o olhar lentamente, até encontrar seus olhos que me encaravam incrédulos.

Ele não tinha mudado exatamente nada.
O rosto.
A boca.
Os cabelos.
Os olhos.
Tudo Igual.

Engulo a seco e dou um passo a frente, depois outro e mais outro. Até poder fechar a porta atrás de mim.

O encaro e respiro, mantendo o ar no peito, o vendo se levantar lentamente e andar, rodeando a mesa e andando na minha direção. Parou no meio da sala e eu me aproximei lentamente dele, parando a sua frente.

—Mitsuri…- Soltou me olhando e eu senti vontade de chorar.

A grande Mitsuri Sakama querendo chorar.
Que coisa linda não é?

—Eu sei...Eu sei que eu fui embora e que você provavelmente me odeia.- O encaro e grito mentalmente por sentir meu rosto molhar- Eu sei exatamente o que aconteceu e e-eu sinto muito mas…

Por que eu estava tão abalada daquela forma?
O que aquele homem fazia comigo?

—E-eu….- Abro a boca tentando puxar o ar rapidamente de volta para meu peito.

Minha cabeça estava um caos total e ele só tinha dito meu nome.

Meu coração parava e batia com força total, depois parava novamente. Me deixava tão tonta que o chão eu não sentia mais, eu não sentia meu corpo direito,  sentia somente o desespero se alastrando pela minha matéria.

Fecho os olhos e me assusto ao sentir suas mãos em minha cintura, me puxando pra perto e me abraçando. Afundo o rosto em seu peito, deixando as lágrimas escorrerem rapidamente e soluço ao sentir suas mãos , que subiram da minha cintura, fazendo carinho em meus cabelos.

—N-namjoom...por favor.

—Fique quieta- Mandou e andou ás cegas comigo, indo para trás.

Fecho os olhos quando sinto meu corpo pesar, sentindo o estofado em baixo de mim. Deduzo que estou sentada em um sofá pequeno. Ainda estou com os olhos fechados e o rosto escondido em seu pescoço, com as lágrimas descendo não tão violentamente como antes mas...desciam de forma controlada.

Respiro fundo, inalando seu perfume e o encaro, o vendo tirar os fios rebeldes que estavam em meu rosto.

Ele ia me meter um pé na bunda tão grande agora.
Era a hora de ouvir bastante.

Eu merecia, eu tinha ido embora quando tive a proposta do governo, sumi na mesma noite em que recebi a proposta. Sinto sua mão no canto do meu rosto e olho em seus olhos, sentindo um formigamento pequeno em minhas pupilas.

—Você...está tão linda como no dia que eu te perdi.


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