SAVE-ME GIRL escrita por Moon


Capítulo 6
Capítulo 6- Não confie na enfermeira do 301




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Jeon Jungkook.

Respiro tranquilo enquanto ando pelas várias tendas que estavam espalhadas no pátio, atrás do prédio tinha virado totalmente um local maluco e conturbado. Agentes de um lado para o outro, pessoas estudando dentro do galpão, alguns treinando fora do local.

Procuro com os olhos a garota que tinha me desafiado e me assusto levemente.

—Cadê ela?-Escuto Yoongi falar e respiro fundo, pondo a mão no peito.

—Não achei, nem ela nem aquele que vive do lado dela.- Falo e vejo abrirem a porta do galpão, revelando a moça de óculos redondos e jaleco branco. Sorrio concordando e me aproximo dela.- Doutora?

Ela se virou e me olhou de cima abaixo depois riu fraco.

—Não tenho idade pra ser doutora, mas serei um dia.- Falou modesta e arrumou o Jaleco- Lyunn, me chame de Lyunn delegado.- Levou a mão para me comprimentar e sorrio a pegando, beijando a superfície, vendo o rosto assustado dela.

—Me chame de Jungkook.- Falo a olhando e solto sua mão.

—Você...não é o que a Amanda falou…-Soltou baixo e depois tapou a boca.

—Sou educado com quem merece e se você se sentiu desrespeitada, me desculpe, perdi o jeito com as mulheres.- Falo a olhando e ela riu fraco negando.- Fora as brincadeiras, gostaria que me acompanhasse, estou indo no necrotério e creio que gostaria de analisar comigo, certo?

Vejo o rosto dela animado e rio fraco. Ela era uma pessoa legal, diferente de muitos ali, ela tinha um sorriso o tempo todo.

—Adoraria De...Jungkook.-Falou e eu concordei.

—Futura doutora Lyunn, me acompanhe.- Peço e me viro vendo Yoongi me olhando irritado.- O que você tem é fome ou problema intestinal?

—Oh Cientista, viu a morena dos cabelos pretos?-Perguntou e ela arrumou os óculos no rosto.

—Ela está no campo que foi doado para treinarmos, no centro.- Falou e ele concordou.

—Vai comigo Jeon?-Perguntou e eu neguei.- Tudo bem, vou pegar ela e vamos para o Norte.

—Mas ela está treinando com os agentes…- Lyunn falou e notei que ela tinha ficado atrás de mim.

Ela tá com medo desse idiota?É como dizem, cientistas são uma espécie não catalogada.

—Pois ela e os agentes vão comigo.- Falou a olhando e ela se calou, olhando para baixo.

Vejo Yoongi se afastar e a olho por cima do ombro.

—Com medo dele?-Pergunto e ela não responde.- Não fique, Tem uma mulher menor que você que manda nele, ele parece ser mal mas não é.- Falo e ela me olha, forçando um sorriso.- Vamos.- Falo acenando com a mão, vendo ela voltar a andar do meu lado.

—Ainda estou me acostumando com isso tudo- Falou e tirou o óculos, o limpando no jaleco.

—Fala como se nunca tivesse trabalhado.- Solto rindo e depois me toco do que estava falando, a olho vendo ele coçar a nuca e engulo a seco.- Eu...não sabia.

—É diferente pra todos nós...a nossa primeira missão.- Falou e cruzou os braços atrás das costas.

“Temos que dar as boas vindas para os agentes”

Paro por um tempo e respiro fundo. Sentia remorso por ter mandando o Yoongi ter feito aquilo? Era a primeira missão dela e eu a mandei para a Evie.

Merda Jeon.

Olho para cientista e sorrio forçado.

Já tinha acontecido, eu não podia fazer nada.

Min Yoongi.

Desço do carro e escuto os gritos no campo. Era um local com o muro alto e dois policiais no portão do local. Mostro meu distintivo e entro, vendo os agentes treinando.

Procuro com os olhos pela moça que eu procurava e a vejo pular, se jogando pra frente e girando. Cruzo os braços enquanto vejo o que ela estava fazendo.

Desviou de um agente que tinha lhe golpeado e o derrubou. Correu e pulou sobre alguns obstáculos, chamando a atenção de quem estava próximo. Ela corria livre pelo local, parecia que perseguia alguém. Correu mais rápido e pulou sobre uma elevação. No ar abriu as pernas, chutando com cada pé um agente, derrubando os dois e parando em pé, voltando a correr.

—AMANDA!- Escuto o cara gritar. Ele estava na frente dela, se virou e abaixou.

Ela pulou, apoiando o pé nas costas dele e girou no ar, tirando a arma do coldre e atirando contra o alvo.

Abro a boca ao ver aquilo e concordo fraco com a cabeça.

Ela caiu abaixada, com a mão para cima. Noto somente que ela tinha deixado a arma no ar, quando a arma caiu na sua mão.

—OH YEAH!- vejo Aurora comemorar batendo palmas.

Encaro a menina que estava ofegante, sentada no chão e bebendo água. Me aproximo dela e a cutuco com o pé, a vendo levantar o rosto.

—Parabéns…-Falo a encarando.

—Faço isso desde os 14 anos.- Falou simples e eu ri fraco.- O quê você quer?Delegado mandou você vir brigar comigo por quê eu inflamei o ego dele?

—Não, vim te levar para trabalhar.-Falo e a vejo mudar de expressão.- Chame seus agentes e venha.

—Onde vamos?-Perguntou se levantando rapidamente.

—Vamos ao sul.- Respondo enquanto ando tranquilamente.

—Eu….eu vou sozinha.- Falou e eu a olhei depois dei os ombros.

De uma forma ou outra, isso terminava com os dois ferrados, ela provavelmente sangrando e eu ouvindo a Evie resmungar e brincar de tiro ao alvo comigo.

Triste.

Entro na viatura e ela entra comigo. Passo o cinto e vejo pelo vidro ela comemorando algo.

—Minha primeira missão de verdade.-A ouvir sussurrar e travei no banco.

O que eu tava fazendo?
Eu ia mandar essa menina pro Sul.

“Temos que dar as boas vindas aos agentes”

Eu estava seguindo o rumo da mente do Jeon, cobrinha manipuladora, ele me paga.

O que eu iria fazer agora que era meu problema. Giro a chave na ignição e respiro fundo, dando partida.

Como eu sei que tem alguém ai em cima que me ajuda, por favor me dá uma luz.

—Como é o sul?-Ouvi ela perguntar e respirei fundo.

—Caótico, quase toda a criminalidade da metrópole está lá.- Respondo enquanto tamborilo os dedos sobre o volante.

Vejo de longe uma outra viatura e leio a placa, agradecendo a Deus e tudo que estava lá em cima.

Era o Taehyung.

Desacelero o carro e ele também, parando do meu lado na via.

—O que foi?-Pergunto o olhando.

—Parece que mataram mais uma pessoa no Sul.- Falou e eu encarei Thalia que estava olhando fixamente para algo atrás de mim, provavelmente Amanda.- Vou levar Thalia para a Delegacia, ela é testemunha.

—Eai- a cumprimento e ela sorri- Vamos lá, vou acompanhar vocês.

—Mas e o Sul?-Escuto Amanda falar e respiro cansado.

—Mataram uma pessoa, quer ir pro Sul ou quer por a sua teoria em prática e mostrar pro Jeon que ele não sabe o que tá fazendo?

Pergunto e sinto aquela agonia de alguém lhe encarando, provavelmente Thalia me olhando com ódio.

Falar Mal do Jungkook era como dar um tapa nela.
Ela ficava irritadíssima.

Esperei ela por um tempo e bati a mão no volante.

—Rápido, Amanda.

—Vamos para a Delegacia.- Falou baixo e eu relaxei.

—Menina prodígio- Taehyung a cumprimentou e ela acenou com a cabeça.

Obrigada Deus...de verdade. Eu nem sou fã dessa moça mas obrigada.

Quebra Tempo.

Kim Taehyung

Encaro Thalia que abraçava o mais novo de forma possessiva.

—Você comeu?Meu filho comeu?-Perguntou apertando o rosto dele, o deixando vermelho. Passou a mão nos cabelos dele e o abraçou novamente.

—Noona, na frente dos policiais e dos agentes?-Perguntou e ela deu os ombros, começando a ajeitar a roupa dele.

—Ultimamente anda vestindo umas roupas tão folgadas...ou você está emagrecendo?-Perguntou.

Encaro Amanda que olhava para aquilo confusa e respiro fundo.

—Sempre acontece?

—Depende do Humor dela, as vezes ela espanca ele por não estar se cuidando direito.- Respondo e Thalia sorri pra mim.

Ela é encantadora.

—Já teve o depoimento?-Amanda perguntou e eu neguei fraco.

—Taehyung!Ele está fedendo!- Thalia falou e eu prendi o riso e belisquei Amanda que estava do meu lado pra não rir também.

—Não pode rir. -Falei a olhando e ela me olhou, com as maçãs do rosto vermelhas pela vontade de querer rir- ele fica mal se der risada.

—HUM PRINCESA!-Olho pra trás vendo um rapaz que era parecido com Amanda falar, o meu esforço para não rir tinha sido em vão.

Gargalho alto e olho para Jungkook que encarava Thalia, que me olhava como se fosse me matar.

Uma das coisas que eu não gosto de ver no meu dia a dia rotineiro.

Minha mulher com raiva.

Paro de rir no exato momento que encaro a menor e ela olha para o rapaz que tinha gritado, o vendo ficar quieto assim como Amanda.

Se virou novamente pro Jungkook e sorriu fraco.

—Querido, poderia pegar um copo de agua pra mim?-Perguntou e ele concordou fraco, se afastando. Ela se virou e me encarou.- Kim Taehyung…

Engulo a seco a encarando e olho Amanda de canto de olho, que observava a ruiva perplexa.

—Em casa a gente conversa.

Eu tinha me ferrado.
Que ótimo.

—Aqui sua água- Jungkook entregou o corpo pra ela que sorriu meiga.- Eu estou bem, Thalia.

—Não...não está. Principalmente quando está arrodeado de pessoas que o Intelecto não passa de limite de barata.- Falou me encarando e eu abaixei a cabeça.- Vamos a sala, sim?-Ela perguntou e ele concordou, a olho por baixo e a mesma acena para que eu vá junto.

Os sigo para a sala do Jeon e noto que Amanda seguia. Jeon bateu a porta com tudo na cara dela quando entramos.

—Jungkook!-Thalia o repreendeu e ele trancou a porta.

—Noona, você não compreende o tanto que essa gente é problemática.- Respirou fundo e se aproximou da mesa.-Sinto muito por seu paciente.

—Uh...eu já chorei muito por isso...Taehyung teve que parar o carro.- Falou sem graça e eu me sentei do lado dela no sofazinho que tinha próximo ali.-Jungkook eu estou preocupada com você, querido.

Falou e eu fitei o rapaz que tinha posto o óculos e aberto o notebook.

—Noona, sabe que eu estou bem, fique tranquila.

—Mas você não está bem.- Ela disse e se levantou do sofá.- Vejo em seus olhos isso, outra coisa: Você emagreceu demais, Taehyung me mandou uma foto sua usando o uniforme branco, você estava literalmente dançando dentro da roupa.

Ele suspirou e encarou Thalia por cima do óculos.

—Eu sei que é chato ficar falando pra você se cuidar, mas eu me importo com você.- Falou e puxou uma das cadeiras que ficava na frente de sua mesa.- Olhe pra mim, eu sei o que eu estou falando, você está doente.

—Amor…-A chamo e ela nega.

—Amor coisa nenhuma.- Falou e encarou Jungkook, ele respirou tranquilo e estendeu a mão por cima da mesa, pegando na mão dela.

—Noona, agora que chegou essa gente que é chata, eu vou me cuidar mais, ok?-Perguntou e ela concordou respirando cansada.- Você é a única pessoa que cuida de mim dessa forma e eu agradeço muito por isso tudo, viu?-Perguntou e sorriu calmo.

Ele era muito respeitoso com a Thalia, e querendo ou não era comigo, ele sabia os limites que ele tinha para poder interagir com ela.

—As pessoas não merecem sofrer tanto, Jungkook.- Falou e fez carinho na mão dele.

—Obrigada, Noona.- Falou e sorriu fraco.- Agora eu preciso que me conte exatamente o que aconteceu hoje.

Thalia Goméz

Flashback

Encaro a prancheta com as informações do paciente e sorrio fraco. Aquele paciente era muito importante para mim, ele tinha sido designado para mim pela Doutora Megan. Ela era incrível, uma cardiologista de primeira.

Infelizmente eu gostava mais da ortopedia.
Mas isso era relevante.

Entro na sala e sorri ao ver o paciente. Ele me olhava como se eu fosse uma aberração, para mim era algo engraçado.

Ser ruiva e ter os olhos azuis e redondos  por aqui é motivo de briga. Eu me importo com isso?Não mesmo.

—Senhor Jung-Lee - Falo e aperto sua mão.- Meu nome é Thalia Goméz, como está hoje?

Pergunto o olhando.

Meu trabalho era uma das coisas que eu mais amava no mundo. Era viver para salvar as pessoas, era algo que eu admirava tanto que sentia emoção a cada acontecimento.

Sigo com o procedimento padrão e depois me retiro da sala. Já era bem tarde e eu precisava dormir. Tinha alugado um apartamento e eu fazia essa rotina, semana inteira indo dormir no apartamento e final de semana em casa.

Era chato?Bastante.
Eu não nasci para morar em uma caixa de fósforos.

Minha casa tinha a minha horta, minhas coisas com cheiro de antigo e a minha lareira.
Eu amava aquele local e viver na cidade não me deixava em paz.

Ando tranquilamente em direção ao vestiário, rezando para poder ir pra casa em paz. Ao passar pela ala das enfermeiras vejo uma enfermeira que eu nunca tinha visto antes, ela não parecia ser coreana.

Eu conseguia perceber isso mesmo com ela de costas pra mim.

—Olá?

A vejo virar pra vim e sorrio.

—Turno da noite?

—Sim.- Falou delicada.- Fiquei com o paciente do leito 301.

—Eu cuido dele também. Fique tranquila, é um homem muito respeitoso.-Falo a encarando.- Novata?

—Não, transferida. De qualquer forma, obrigada.- Falou e se virou, saindo dali.

Era estranho mas eu meio que estava acostumada com aquilo tudo.
Estava aqui a mais de cinco anos, não iria ficar depressiva por causa de pessoas que não gostam de mim pelo meu cabelo, meu corpo, meu rosto ou minhas roupas.

Posso necessitar de pessoas para viver.
Mas não as necessito delas para sobreviver.

São coisas totalmente diferentes umas das outras.
Geralmente as pessoas tentam derrubar você, ou elas te amam ou te odeiam, é rídiculo esse jogo.

Ou era oito ou era Oitenta.
Eu não sou assim e não preciso me adequar as pessoas, se elas estão incomodadas que se adequem a minha pessoa.

Saio dos meus devaneios quando entro no vestiário. Sozinho.

Ainda Bem.

Retiro meu uniforme e o guardo em meu armário, logo depois vestindo uma roupa normal. Saio do Hospital ouvindo música no último volume.

Precisava descansar pois hoje eu tinha trabalhado bastante na emergência.

(...)

Entro em casa e bato a porta, fechando os olhos.

Eu precisava descansar mesmo, ando e me jogo no sofá com tudo, afundando o rosto em uma almofada.

Escuto meu celular tocar e o tiro do bolso, atendendo.

—Foguinho, já chegou em casa?

—Foguinho é o que está na sua bunda, Taehyung.- Falo ouvindo ele rir.-Já cheguei sim.

Risada gostosa.

—Boa noite, meu bem. Como foi seu dia?-Perguntou e eu sorri abraçando uma almofada.

—Cansativo mas produtivo. E o seu?-Pergunto enquanto brinco com o tercinho que tinha em meu pulso.

—Uh, Hoje foi um pouco estranho. Com a chegada dos agentes, a delegacia virou um inferno, tem uma mocinha aqui que deve ter uns 17 anos no máximo, Querida.- Ele falou de forma engraçada.- Amor, aquela menina não é normal, você tem que conhecer ela.

—Kim Taehyung.-O repreendo.

—Você sabe que eu só tenho olhos para você, né foguinho?-Ele perguntou e eu sorri.- Tô com saudade de você.

—Eu também, Querido.- Suspiro cansada e relaxo as costas contra o estofado.- Sabe que é complicado, pros nós dois.-Fecho os olhos e fecho a mão com força.

—O que você acha...de irmos na sexta-feira a tarde pra nossa casinha e desligar todos os celulares e computadores e aproveitarmos juntos?-Perguntou e eu sorri boba.

—Só com uma condição.

—E qual seria, Pitanga?

Eu amava esse apelido.

— Que você não perca seu tempo.

Ele riu baixo e de forma rouca falou, me arrepiando toda.

— Eu nunca perco tempo, Boneca.

Mordo a boca sorrindo.

Esse idiota me deixava maluca.

—É bom que cumpra sua própria regra.-Falo e dou risada-Amor, eu vou dormir.

—Tudo bem, Querida. Cuidado ok?Tranque as portas e qualquer coisa me ligue, se não der tempo tem um revólver aí, eu escondi ele.

Franzi o cenho e arqueei a sobrancelha.

—Onde está?

— Eu não lembro, mas você não vai precisar porque nada vai te acontecer.

Rio fraco e concordo.

—Durma bem, Eu te amo.

Sorrio e me aconchego no sofá.

— Eu também te amo…

—Vá dormir na cama.

Ouço a ligação desligar e me sento no sofá preguiçosa.

Ainda precisava tomar banho e dormir.

No outro dia…

Abro meus olhos lentamente e me sento na cama. Procurava pelo som insuportável que ecoava pelo quarto e vejo meu celular vibrando.

Nota mental:Desligar o demônio eletrônico antes de apagar na cama.


Cambaleio até o eletrônico e atendo, bocejando em seguida.

—Thaly-Escuto a voz de Yumi que chorava desesperada ao telefone- Thaly me ajuda pelo amor de Deus.

—Yumi?O quê está acontecendo? Que horas são?-Pergunto e olho para o celular, vendo que eram 05:54 e respirei cansada.

—Thaly, preciso que v-venha para o Hospital!Agora!-Mandou e eu fiz careta.

—Tudo bem, eu só vou me vestir.- Falo e desligo a ligação, me olhado no espelho.

Eu não tinha tomado banho nem tirado a roupa do dia anterior. Que nojo, vamos pelo menos tomar um banho morno antes de sair de casa.

(...)

Ando rapidamente pelo corredor e vejo Megan de longe, ela parecia morta de cansada.

—Doutora Phills?-A chamo e a mesma me puxa pelo braço.- O que está acontecendo?

—Sorria para quem você ver e me acompanhe.- Pediu e sorriu forçado.

A mesma me levou para um dos dormitórios e eu encontro Yumi chorando desesperada.

—Yumi!-A chamo e me aproximo dela, a abraçando forte.- Hey princesa, o que aconteceu?

—Ela deu uma droga para o paciente.-Megan falou e eu a olhei assustada.

—Thalia!Eu juro que eu não fiz isso!-Falou desesperada e eu me assusto quando batem na porta, Megan abre e eu vejo o delegado, Kim Seokjin entrar no dormitório.

—D-delegado?

—Se afaste dela.- Ele mandou e tirou as algemas da calça.

Encaro Megan assustada e me assusto quando Yumi gritou, tentando fugir.

—Yumi!Não!

Ele tinha a imobilizado no chão. Dois policiais entraram e o ajudaram, facilitando para que ele pudesse por as algemas nela.

Encaro Megan assustada, sentindo meu coração batendo com força.

Quando eu era criança, policiais entraram na minha casa e levaram meu pai de uma forma bem pior. Nunca soube o que aconteceu com meu pai depois daquilo...também nunca mais o vi.

Policiais me davam medo.
E sabe o que era engraçado?Eu era apaixonada por um e tinha um delegado como irmão mais novo de consideração.

Taehyung me ensinou a perder esse medo.
Mas eu ainda ficava nervosa com aquilo tudo.

Eles a levaram e Seokjin tinha dito algo para Megan antes de sair.

A encaro por um tempo e me sento lentamente na cama, tentando absorver tudo.

—Quem é o paciente?

—Jung-lee, 301.- Respondeu tentando se aproximar e eu neguei com a cabeça.

—C-como ele está?- Sinto minha voz falhar com a vontade de chorar.

—Ele morreu, Goméz.

Flashback

—...E depois eu fiz o procedimento padrão que era falar com a família do paciente junto da doutora, saí de lá antes que eu pudesse desabar e eu liguei para o Taehyung.- Falo os olhando.

Jungkook me olhava de forma triste, como se pedisse desculpas pelo Seokjin. Sinto um braço passar por meu ombro e me encosto em Taehyung, deitando a cabeça em seu ombro.

—Eu sinto muito, Noona.-Jungkook falou e respirou cansado.- Eu vou ver isso sobre sua amiga, até parece que Seokjin não conhece nosso protocolo. Taehyung, leve ela para o dormitório, não parece que descansou muito.

—Eu estou morrendo de sono- confesso e rio fraco, sentindo Taehyung beijar minha cabeça e passar a mão pelos meus cabelos.

Ele me surpreende a cada dia que passa.

—Vão lá, obrigada por tudo Noona. Depois quando algumas coisas voltarem ao normal, lhe mandarei para descrever o rosto dessa enfermeira. Precisamos de um retrato falado dessa mulher.

Concordo e me levanto junto de Taehyung, saindo da sala. Respiro cansada e bocejo fraco.

Meu corpo estava dolorido e a minha cabeça doía tanto que chegava a me tontear. Meu emocional era muito fácil de ser abalado e eu era uma pessoa extremamente sensível.

Sinto Taehyung me parar e me assusto levemente quando ele se abaixou, passando o braço por trás dos meus joelhos e o outro pelas minhas costas, me pegando no colo.

—T-taehyung!

—Desculpe, vou te levar pra descansar.-Falou e começou a andar comigo.

—Mas eu sei andar.

—Eu sei que sabe, mas eu quero fazer uma delicadeza com a minha mulher, será que não posso?

Minha mulher.
Homem, para de me fazer me apaixonar ainda mais.

Relaxo e fecho os olhos, sentindo o sono começar a me dominar.


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