60 Minutos de Paixão escrita por Lara


Capítulo 12
A Festa de Aniversário


Notas iniciais do capítulo

Oii Cupcakes ♥! Demorei, mas voltei. Eu ando tão atolada na faculdade e no trabalho que quase estou sem tempo para escrever minhas histórias. Peço perdão por isso. Mas espero de verdade que gostem desse capítulo. Muito obrigada Nick10 e Juliana Lorena pelos incríveis comentários no capítulo passado. Boa leitura...



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CAPÍTULO XI - A FESTA DE ANIVERSÁRIO

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 Os olhos de Max brilhavam intensamente enquanto ele encarava a tela do computador com sua mais nova descoberta. Eu não sabia bem o que ele tinha achado, mas a sua alegria era contagiante. Apenas o fato de saber que Max tinha uma chance de provar sua inocência me trazia paz e um grande alívio.

Estranhamente, tudo que tenho pensado desde que descobri sobre a acusação de assassinato é em como provar que Max é inocente. Não sei ao certo o motivo. Quer dizer, nem somos tão próximos e nem nos conhecemos há tanto tempo para que eu me sinta tão ligada ao rapaz que exala perigo. E, covardemente, assim como tenho tentado ao máximo ignorar a intensa atração que há entre nós, tudo o que tenho feito é fingir que isso é apenas uma ilusão e que apenas não estou acostumada com a beleza de Max.

— E então? O que foi que você descobriu? – Pergunto, curiosa, enquanto me aproximo ainda mais da tela de Max para ver a tela do computador. Ouço Kiara miar alto e suspiro, vendo-a mexer na minha colcha de cama. – Quietinha, Kiara!

— Lembra quando você me perguntou se não havia câmeras de segurança no local onde a festa ocorreu? – Questiona Max, sorridente. Assinto, incentivando que ele continuasse sua explicação. – Como eu te disse, a casa realmente não tinha câmeras, então não posso provar que eu não matei Nathan. Mas, depois de conversar com Júlia no escritório do seu pai, eu vi pela janela que um dos postes da rua de vocês possui uma câmera que grava a rua inteira. Lembrei então que muitos dos subúrbios de Star City possuem câmeras nas ruas. O grande problema é que a maior parte delas estão quebradas, então raramente são usadas. Mas, exatamente na rua onde está a casa, há cinco câmeras de segurança. Comparada a outros pontos da cidade, esse é o local onde há maior vigilância, porque é uma das regiões mais perigosas de Star City. Então, se uma dessas câmeras estiver funcionando e tiver a filmagem do dia que tudo aconteceu, pode ser uma grande chance de ao menos reabrir as investigações.

— Max! Isso é incrível! – Exclamo, animada. No entanto, paro para pensar na situação e o encaro confusa. – Mas essas câmeras vão conseguir mostrar o momento em que o assassinato ocorreu?

— Eu não sei. Pode ser que as câmeras não estejam nem mesmo apontando para a casa onde tudo aconteceu. Mas se ao menos eu conseguir provar que uma garota com as mesmas características que eu lembro, entrou e saiu da casa, talvez meu padrinho consiga encontrá-la. Existe a possibilidade de uma dessas câmeras ter captado o instante em que ela deixou a casa. Se ela realmente matou Nathan com a faca, com certeza, ela sairá suja de sangue. Isso pode provar que eu não estava sozinho no momento do assassinato. E a alternativa que mais desejo que esteja correta é que ao menos uma câmera esteja virada para o quarto e tenha filmado o assassinato ou algo que comprove que eu realmente não o matei. - Explica o rapaz, voltando a encarar a tela do computador com esperança brilhando em seus bonitos olhos azuis. Max então esbarra no livro que estava ao seu lado e o faz cair no chão. Ele então se abaixa para pegar e ler o título.

— Meu Romance Perfeito de Jenny Moon? Você é escritora?

Por impulso, tomo o livro da mão de Max e o abraço como um valioso tesouro. Max me encara confuso e intensamente, como se esperasse por explicações. Afasto-me do rapaz, nervosa demais para ser capaz de dizer qualquer coisa. Eu não sabia dizer o motivo de tanto desespero. Eu nunca me importei que as pessoas lessem minha história. Mas eu não queria que ele visse meu lado sonhador e fantasioso. 

— Esqueça isso. - Digo, guardando o livro em minha prateleira, junto a outros romances clichês e açucarados nos quais eu sou apaixonada. - Eu tenho certeza de que ele não faz o seu estilo. 

— Ah, qual é? Eu gosto de ler. Isso inclui livros de romance. Você viu a quantidade de livros que tenho em meu quarto? Por que não me contou que já escreveu um livro? -Questiona Max, aproximando-se de mim.   

— Não é nada demais. Isso é apenas uma versão que quero enviar para uma editora avaliar. - Respondo, intimidada com a aproximação de Max. - Por que não voltamos a falar sobre a chance de provar a sua inocência?

— Jenny, me deixa ler seu livro. - Pede Max, sorrindo como uma criança animada.

— Eu realmente acho que devemos pensar sobre a sua situação, Max. - Digo, desviando do rapaz para pegar Kiara, que continuava a lutar com minha colcha de cama.

— Jenny, por favor. - Insiste Max, aproximando-se de mim.

— E como você fará para ter acesso as imagens das câmeras mesmo? - Questiono, desviando de Max mais uma vez.

O rapaz pega em meus ombros e me faz encará-lo. Há uma certa gentileza em seus olhos, que me instigam e me prendem. Suspiro, condenando-me por me tornar tão manipulável. Porque eu não consigo dizer não para ele? Parece que minha boca desaprendeu a negar qualquer pedido feito pelo garoto de olhos curiosos e sorriso ladino. 

— Por que você quer ler? Você realmente gosta tanto de livros assim? 

— Sim. Eu gosto. Mas a sua reação só me faz querer ler ainda mais essa história. Por que está escondendo tanto? Por acaso é uma história com romances quentes e cenas de sexo? Ou será que tem um segredo ainda mais sombrio por detrás dessas páginas? – Supõe o rapaz, sorrindo malicioso. Ele se aproxima ainda mais de meu rosto e prendo minha respiração por estarmos tão próximos. Aquilo era perigoso demais. – São tantas possibilidades.

— Não seja idiota! – Repreendo o garoto, afastando-me dele para pegar o livro na estante e tentar acalmar meu acelerado coração. Estendo o exemplar, ainda receosa e ele o pega com excitação. – É a história de amor dos meus pais. Eu gosto de escrever desde criança e a forma como eles ficaram juntos me incentivou muito a escrever histórias de amor. Gostaria de colocar o romance deles em um papel e por isso fiz esse livro.

Max assente e começa a ler a sinopse, enquanto eu acaricio o pelo de Kiara, em misto de ansiedade e nervosismo. Se o rapaz havia lido realmente todos os livros que havia em seu quarto, ele com certeza possui bastante conhecimento sobre a literatura. Ao mesmo tempo, como autora, eu desejava uma crítica construtiva do rapaz, que pudesse me fazer descobrir o que tanto me impedia de enviar o livro a editora.

— Parece uma história clássica dos livros de romance, mas quero ler. Você me deixa levar o livro para casa? – Questiona Max com seriedade. Eu jamais havia imaginado que ele realmente gostasse de ler.

— É sério? – Pergunto, apenas porque estava surpresa demais para assimilar que aquele cara bonito, bom nos esportes e incrivelmente sexy gostasse realmente de ler. Só parecia surreal demais. – Você realmente vai ler esse livro?

— O quê? Surpresa de que além de bonito, rico, inteligente, atlético, eu também sou um entusiasta e apreciador dos livros? – Ironiza Max com um sorriso presunçoso no rosto.

— Não. – Minto, apenas por não querer dar o braço a torce. Ele ri, deixando claro que não havia acreditado em mim.

— E então? Vai me deixar ler?

— Tudo bem. – Respondo, dando-me por vencida. – Mas não deixe ninguém além de você ler esse livro. Isso é realmente pessoal.

— Certo. – Concorda Max, observando o livro com atenção.

Batidas na porta nos alarmam. Se alguém descobrisse a presença do Queen em meu quarto, isso poderia causar grandes mal-entendidos.

— Jen! Sou eu. Abre aporta. – Pede Júlia, para o meu alívio. Suspiro e, após uma rápida troca de olhares com Max, corro para abrir a porta. – Vocês precisam descer. Seu irmão está ficando desconfiado da demora de vocês dois.

— Então é melhor nós irmos. – Concorda Max, aproximando-se de nós, mas antes que ele deixasse o quarto, Júlia espalma o peito do garoto, impedindo que ele continuasse. – O quê?

— Jenny precisa trocar de roupa, porque acabou de tomar banho e você precisa estar com dor de barriga nesse momento. Corra para o banheiro e só volte, quando Jenny e eu começarmos a conversar. – Orienta a ruiva, cruzando os braços. – Se Josh ao menos desconfiar que eu estava mentindo, vocês dois terão sérios problemas.

Seguindo as orientações de minha cunhada, Max e eu descemos e tentamos agir com a máximo de naturalidade possível. Obviamente, sendo minha melhor amiga, Mel não demorou ame encarar desconfiada, mas não comentou nada, afinal, tínhamos uma festa da piscina para terminar. Quando finalmente conseguimos finalizar os preparativos da festa de aniversário surpresa de Daniel, os convidados começaram a chegar.

Max não demorou muito para ir buscar o primo, enquanto todos conversavam e se divertiam com a música. Essa era a primeira vez que convidávamos nossos colegas de classe para nossa classe, então Josh e eu estávamos tensos.

Não queríamos que ninguém descobrisse sobre a identidade de nossos pais. Por outro lado, seria ainda mais complicado realizara festa na casa dos Queen com a tentativa de Max de manter seus problemas em sigilo.

— Festa legal. – Ouço uma voz feminina atrás de mim e logo o aroma adocicado e enjoativo invade meu olfato. Não precisei me virar para saber quem havia chegado. – Oi Jenny.

— Oi Alexia. – Cumprimento, sorrindo forçado. Eu não sabia o motivo, mas eu não conseguia gostar da linda garota de lábios pintados em um batom vermelho intenso. Ela segurava um copo de bebida e sorria angelicalmente. – Não sabia que você viria.

— Eu não perderia essa festa por nada festa. É aniversário de Daniel, afinal de contas. – Comenta Alexia, tomando um gole de sua bebida em seguida, enquanto me analisava de cima abaixo. – Você está muito bonita. Adorei o seu vestido.

— Obrigada. Você também está bonita. – Respondo com sinceridade. Não era à toa que ela havia se tornado a garota mais bonita da escola.

— Sabe, Jenny, você e Daniel fazem um casal muito bonito. – Comenta a garota, observando o pessoal pular na piscina. Ela se vira de novo para mim. – Mas vocês são tão distantes. Estão passando por algum problema no namoro?

Encaro a garota, tentando entender o motivo de sua pergunta. Eu não sabia dizer o que, mas há algo em Alexia que me incomoda. É como se ela sempre agisse de forma premeditada. A forma como ela sorri e encara as pessoas me dá a sensação de que ela pode nos atacar a qualquer momento e que devo ter muito cuidado perto dela.

— Não. Nós apenas somos tímidos demais para ficar fazendo demonstrações em público. - Minto, desconfortável pela forma como era encarada pela ruiva.

— Mesmo? Você e Daniel não parecem ser tão tímidos assim com as outras pessoas.

Vejo um brilho perigoso nos olhos de Alexia e eu não sabia o que dizer. Meus instintos mandavam sinais de que eu deveria me afastar ao máximo da garota. Diferente do que eu sentia quando estava perto de Max, o perigo que parece emanar de Alexia é aterrorizante. Os olhos verdes eram frios e analíticos, quase como uma serpente pronta para dar o bote.

— Jenny, eu finalmente achei você! – Exclama Júlia, aparecendo de repente, assustando tanto Alexia quanto a mim. – Desculpa. Eu assustei vocês?

— Não. – Respondo, sorrindo aliviada encarando a minha cunhada. Ela me encara intensamente e sorri, compreensiva. Como era de se esperar de minha cunhada, ela veio me salvar. – O que houve?

— Acho que Dan está para chegar. Você se importa se eu a levar por alguns instantes, Alexia? Nós precisamos preparar os últimos detalhes da surpresa. – Justifica minha cunhada, forçando um sorriso.

— Não se preocupe comigo. Eu irei procurar pelos amigos enquanto o aniversariante não chega. – Responde a garota, dando um sorriso gentil, antes de me cumprimentar com um assentir e ir embora.

— Eu amo você. – Declaro, abraçando minha cunhada com força.

— Você parecia tão tensa. Eu imaginei que estivesse com problemas. – Explica Júlia, correspondendo ao abraço. Nós nos afastamos e ela me encara preocupada. – O que aconteceu? Ela te fez alguma coisa?

— Não. Ela não fez nada. É só que... – Suspiro, sem saber como explicar.

De repente a música para e vejo Melissa e Ian pedindo silêncio a todos. Josh faz sinal para que Júlia e eu nos aproximássemos. Sorrio cansada para minha cunhada. Aquela conversa teria que esperar. Daniel havia chegado a sua festa de aniversário.

Respiro fundo, tentando dispersar qualquer pensamento negativo. E assim como o combinado com Max, sigo para a sala de estar no exato momento em que os garotos tocam a campainha. Abro a porta e vejo Daniel com um sorriso no rosto. Correspondo ao sorriso e abraço o rapaz com intensidade. Mesmo tendo mandado mensagem à meia noite, eu realmente queria celebrar aquela data com ele.

— Parabéns, Dan! – Digo, apertando-o ainda mais. Ele ri e corresponde ao abraço. – Continue esse príncipe encantado lindo, inteligente e amoroso.

— Obrigado, Jenny. – Responde, deixando um beijo em minha testa.

— E então? Não vai nos chamar para entrar? – Questiona Max, cruzando os braços. – Eu quero ver a minha filha.

— Hoje não é o seu dia. Você a verá daqui a quinze dias, conforme a lei. – Brinco, afastando-me de Daniel, que nos encara confuso.  

— Filha? O que foi que eu perdi? Sobre o que vocês estão falando? – Questiona o garoto, ajeitando os óculos.

— Kiara. – Conta Max, dando de ombros. – Ela é a nossa princesinha e eu tenho direito a vê-la quando eu quiser, já que eu sou o pai.

— Eu continuo sem entender. – Afirma Daniel e eu dou espaço para que eles entrassem. Meu namorado de mentira é o primeiro a entrar na residência, enquanto Max e eu trocamos sorrisos ansiosos. – Quem é Kiara?

— Vem. – Digo, puxando Daniel pela mão. – Eu vou te apresentar a Kiara.

Sem esperar por mais questionamentos por parte de Daniel, guio o garoto até a área da piscina, onde todos esperavam em silêncio pela chegada do aniversariante. Assim que aparecemos, todos gritam “surpresa” com placas e confetes em mãos. Daniel se encolhe surpreso, mas não demora a ri, entendendo o que estava acontecendo.

— Vocês armaram para mim! – Grita, acusando tanto Max quanto a mim, que gargalhávamos com a reação do garoto.

E não demorou muito para que ele recebesse abraços e felicitações dos convidados da festa. Sendo guiado pelos garotos do time de basquete, Daniel se aproxima da mesa do bolo e todos nos posicionamos ao redor dela. Acendo as velas e o coro com a música de parabéns logo se inicia, obviamente, com muitos gritos e assovios.

Quando o aniversariante assopra as velas, todos gritam animados. Max, que estava ao meu lado, e eu trocamos olhares, felizes por nossa surpresa ter dado certo. Não havia sido fácil preparar tudo sem que o rapaz desconfiasse, principalmente, porque ele e Max nunca se desgrudam, mas, no fim, tudo havia dado certo.

De repente, alguém grita para que Daniel me beijasse e não demora muito para que um coro se iniciasse. Sinto meu coração acelerar e o nervosismo toma conta de mim. Daniel também parecia preocupado e trocava olhares com o primo, como se pedisse socorro.

Sem aviso, sou empurrada em direção ao meu namorado de mentira, que me segura, preocupado que eu caísse. Vejo Max me encarar insatisfeito e, por alguns instantes, tudo que eu desejava era que ele me salvasse, assim como ele fez inúmeras vezes desde que Dan e eu contamos para a escola que estávamos namorando.

— Podem parar com a palhaçada. Eu não sou obrigado a ver minha irmã beijando. – Grita Josh, enciumado. E pela primeira vez na vida, eu estava realmente feliz por meu irmão ser tão protetor.

— Ah, deixa de ser careta, Josh! – Grita Bryan, um dos jogadores do time de basquete. – Eles já namoram há algum tempo. Se brincar, já fizeram mais do que dá uns beijinhos, se é que vocês me entendem.

— Cala a boca, Bryan! – Repreende Josh com tanta fúria, que parecia fazer um grande esforço para não pular em cima do colega.

— Eu acho melhor você tomar cuidado com o que fala, Bryan. Não queremos problemas essa noite, certo? – Sugere Max com o olhar duro. O ar se torna pesado e mesmo tendo falado em um tom de voz baixo, a forma como o garoto agia parece ser o suficiente para que todos se calassem.

— Certo. - Concorda Bryan, engolindo em seco, diante do olhar perigoso de Max. - Me desculpa, Max e Josh.

— Não é a nós que você deve desculpas. - Responde meu irmão com frieza. Bryan então encara a Daniel e eu e sorri forçado. 

— Desculpa, Daniel e Jenny.

 - Tudo bem. - Respondo, suspirando cansada. Viro-me para Daniel, que sorri compreensível e damos as mãos, aliviados por termos conseguido escapar de mais uma situação complicada. - Apenas vamos aproveitar a comemoração do aniversário de Dan.

A música volta a tocar, quebrando o clima desconfortável que havia se formado. Sinto Daniel beijar a minha testa. Encaro-o sem entender o que havia acontecido, mas logo vejo o brilho de culpa em seus olhos. Mesmo o conhecendo há pouco tempo, eu conhecia o rapaz o bastante para saber o que se passava em sua cabeça. Sorrio e o abraço, tentando transmitir em silêncio que eu estava bem.

Depois da distribuição do bolo, a festa não demorou a ficar animada novamente. Sozinha no canto da casa, observo Mel que se autoproclamou madrinha de Kiara, brincando com a gatinha, enquanto Ian tirava fotos, sem esconder o quanto se encantava com o momento. E, estranhamente, eu realmente não me incomodava mais com essa situação. Pelo contrário, eu realmente estava muito feliz por ver que eles estão se dando tão bem.

— Por que está aqui sozinha? - Pergunta Daniel, sentando-se ao meu lado. Ele bebe um gole de sua bebida e me encara curioso.

— Eu apenas não me encaixo em festas. - Admito, sorrindo envergonhada. 

— Então aquela é a famosa Kiara? Pensei que fosse invenção, depois do susto que vocês me deram com essa festa surpresa. - Comenta o rapaz, rindo, enquanto encara meus melhores amigos brincando com a minha gatinha.

— Sim. Max e eu a adotamos depois ontem, quando saímos para comprar os preparativos para o seu aniversário. Eu não faço ideia de como vou me sair cuidado dela, mas eu já a considero minha filha, ainda mais lembrando a forma como Max e eu a encontramos. - Conto, sorrindo ao relembrar daquele momento. Automaticamente, procuro por Max no meio a grande quantidade de convidados. E meu sorriso se fecha ao encontrá-lo conversando de forma animada com Alexia.

O ciúme não demora muito a tomar meu peito. Mesmo não querendo admitir, Max e eu estávamos mais próximos que qualquer amigo que eu já tive antes, inclusive Ian. Vê-lo tão à vontade com a garota que eu menos gosto na escola, não me deixa nada satisfeita.

— Você gosta dele. - Afirma Daniel, chamando a minha atenção. Desvio o olhar para o rapaz e noto que ele encarava o primo.

— O quê? É claro que não! Ficou louco? - Nego veemente. Daniel me encara sem acreditar em minhas palavras. - É sério! Max e eu somos apenas amigos.

— Não é uma pergunta, Jenny. Eu consigo ver que vocês se gostam, mas continuam ignorando seus sentimentos. Você, porque acha que ainda gosta do Ian e tem medo de se machucar de novo. Max, porque acha que você merece alguém melhor do que ele. - Responde o garoto, dando de ombros.

— Nós... nós temos um acordo. - Sussurro, sem saber como reagir às declarações de Daniel. Porque ainda que eu saiba que o que Max e eu temos vai além da amizade, ouvir alguém de fora dizer com todas as letras o que tenho evitado nos últimos meses é assustador. 

— Isso não impede em nada que vocês se gostem. Na verdade, acho que vocês sempre se sentiram atraídos um pelo outro e esse acordo para não haver nada entre vocês é o que faz com que esse desejo fale ainda mais alto, se transformando em um sentimento ainda mais intenso. – Supõe o outro, olhando sugestivo para mim.

— Para de falar bobagens, Dan. – Respondo, encarando Max, que parece me nota e me lança uma piscada e sorri. Alexia ao seu lado não parece ficar nada feliz por estar sendo ignorada pelo rapaz. Sorrio e aceno. – Nós somos apenas amigos.

— Isso. Continua falando isso para si mesmo, vai que você consegue se convencer. – Ironiza Daniel e eu, em uma atitude totalmente infantil, admito, dou língua para ele, porque não queria continuar naquele assunto. – Tão madura!

— Dan, você é um anjo. Um cara perfeito. Mas nesse momento, eu juro que queria que você calasse a boca. – Digo, encostando minha cabeça no ombro do rapaz.

— Tudo bem. Se vocês querem continuar negando, tudo bem. Mas depois não digam que eu não avisei. – Responde o outro, encostando a cabeça na minha. Ele suspira e se afasta. – Eu só quero que vocês sejam felizes. Quando Max está com você, ele parece tão... vivo. Desde que... desde que Nathan morreu, ele tem pesadelos todas as noites. Está sempre assustado e se sente culpado por tudo que aconteceu. Meu primo tem a irritante mania de sofrer calado e eu odeio não poder fazer nada. Pelo contrário, por causa de quem eu sou, eu só tenho causado problemas para ele. Às vezes eu acho que sou um peso para ele. Se eu fosse...

— Não. Não continua! – Interrompo Daniel, sabendo exatamente o que ele iria falar. - Isso não é verdade, Dan. Você é perfeito e Max acha o mesmo. Seu primo te ama e tem muito orgulho de quem você é. E eu também tenho.

— Obrigado. – Sussurra o rapaz, dando um sorriso envergonhado. – Você é mesmo uma pessoa tão incrível quanto Max. Não tenho dúvida que me darão lindos sobrinhos.

Pego uma almofada que estava ao meu lado e começo a bater várias vezes nele, que gargalha, divertindo-se com os meus ataques. Ele implora para que eu parasse, provavelmente sentindo dores na barriga de tanto ri.

— Ah, eles são tão fofos! Não é mesmo, Max? – Ouço Alexia exclama próxima de nós. Paro de brincar com Daniel e encaro a garota.

— Pois é. Tão fofos que me dão diabetes. – Comenta Max com um leve tom de ironia na voz. – Não há casal mais fofo que esses dois.

— Cínico. – Sussurro, mal-humorada por ter que ficar perto de Alexia. Max dá um sorriso malicioso, encarando-nos com sarcasmo.

— O que você quer, Max? – Pergunta Dan e tenho a impressão que meu namorado de mentira estava se divertindo com esse momento.

— Está na hora da gente ir. Prometi para minha mãe que jantaríamos em família. Se não sairmos agora, pegaremos a hora do rush e chegaremos atrasados. – Explica Max, dando de ombros.

— É verdade! Preciso me arrumar. – Relembro do jantar de aniversário de Dan com os pais de Max. E de repente começo a ficar nervosa. – Droga! O que eu deveria vestir?

— Não se preocupe com isso. Você ficará incrível em qualquer roupa. – Afirma Dan, sorrindo compreensível.

— Obrigada. Mas é sério. O que eu deveria vestir? – Pergunto, preocupada. Max ri de meu desespero e eu lanço um olhar repreendedor ao rapaz, que levanta as mãos em sinal de redenção.

— Eu posso ajudar você se quiser, Jenny. – Oferece Alexia, sorrindo simpática.

Olho em volta, procurando alguém que pudesse me salvar, mas Mel continuava a brincar com Kiara e Ian. Josh e Júlia pareciam estar em uma nova discussão e, ao que parece, mais uma vez meu irmão estava fazendo minha cunhada chorar. Obviamente não poderia contar com Daniel para me ajudar a escolher minha roupa, mesmo que o rapaz parecia gostar de Alexia tanto quanto eu.

— Tudo bem. Obrigada, Alexia. – Concordo, forçando um sorriso. Max me encara confuso, provavelmente tentando decifrar o motivo de meu olhar desesperado. Respiro fundo e me levanto. Daniel também parecia preocupado comigo. Sorrio para os dois, tentando transmitir um pouco de calma aos rapazes. – Vamos?

— Claro. – Concorda a garota, alargando seu sorriso.

Aceno rapidamente para os primos Queen e guio Alexia até o meu quarto. Felizmente, ninguém havia reparado em nós e todos pareciam se divertir na piscina. O silêncio entre a ruiva e eu era pesado e constrangedor. Eu não via a hora de me afastar daquela garota. Meus instintos gritavam que eu deveria me manter ainda mais longe de Alexia, ainda que eu não entenda bem o motivo.

Abro a porta do quarto e dou passagem para que ela entrasse. Ao fundo, conseguia ouvir o som alto da festa que ocorria na piscina e os gritos dos adolescentes se divertindo no lugar. Alexia observa meu quarto com curiosidade, analisando cada detalhe com atenção. Eu não sabia bem o que fazer, então opto em procurar alguma roupa que pudesse usar no jantar da família de Daniel.

— Eu soube que seus pais são Austin Moon e Ally Dawson. – Comenta a garota, olhando um porta retrato que havia em minha penteadeira. – Você é parecida com seu pai e seu irmão com a sua mãe. Agora faz sentido vocês serem tão diferentes, mesmo sendo gêmeos.

— Como soube que eles eram meus pais? – Pergunto na defensiva.

— Ouvi alguns boatos na escola. Por quê? Isso era segredo? – Questiona a ruiva, encarando-me com preocupação. – Quer dizer, você fez uma festa na casa da sua família, então imaginei que vocês não tivessem problemas com isso. Sinto muito se pareço estar invadindo a sua privacidade, Jenny.

— Não. Eu... – Respiro fundo, tentando me acalmar. – Não é um segredo. Apenas muitas coisas ruins aconteceram quando Josh e eu éramos crianças apenas por sermos filhos de nossos pais, então tentamos manter esse fato no máximo de sigilo possível.

— Entendo. – Responde Alexia, pensativa. – Bom, que tal procurarmos alguma roupa para você? Afinal, viemos aqui para isso.

— É. Você tem razão. – Concordo, aliviada por mudarmos de assunto.

Assim como dito, Alexia começou a olhar minhas roupas e a me avaliar. Ela era realmente boa com roupas, por isso não demorou muito para que o vestido preto de manga longa que ia até meu joelho fosse o escolhido. Segundo a ruiva, por se tratar de um jantar em um restaurante de comida italiana, não era necessário exagerar nos trajes.

— Você está linda. – Comenta a garota, assim que visto o vestido. – Use esses brincos e essa pulseira e ficará perfeita.

— Obrigada. – Agradeço, colocando os acessórios que ela havia estendido para mim. – Você foi realmente de grande ajuda, Alexia.

— Fico muito feliz por isso, Jenny. – Responde a garota, sorrindo, enquanto aponto para que eu me sentasse na minha penteadeira. Assim que eu o faço, ela pega uma escova e passa a pentear meu cabelo. – Sabe, às vezes eu acho que você não gosta de mim.

— Mesmo? Por que acha isso? – Pergunto, prendendo a minha respiração.

Será que eu sou tão ruim assim em esconder meus sentimentos?

— Você está sempre me evitando e parece ficar desconfortável quando estou por perto. – Explica Alexia, dando um fraco sorriso. – Eu realmente quero me dar bem com você, Jenny. Eu não tenho muitos amigos e me mudei recentemente para a cidade. E eu... eu... ah, deixa para lá.

— O quê? – Pergunto, curiosa.

— Não. Nada. Deixa para lá. – Alexia sorri, parecendo tímida, enquanto volta a se concentrar em meu cabelo.

— Fala. Pode confiar em mim. – Meu lado curioso estava falando cada vez mais alto, ao ponto de até mesmo deixar meus instintos de lado só para saber o que se passa com a Senhora Perfeição.

— Tudo bem. Eu vou falar, mas não conte para ninguém, por favor. – Fala a garota, sorrindo, enquanto encara meu reflexo pelo espelho.

— Claro. Prometo guardar segredo. – Afirmo, observando-a.

— Eu gosto do Max. – Confessa, sorrindo sonhadora. Permaneço sem reação por alguns instantes, antes de forçar um sorriso. – Ele é tão bonito, engraçado, gentil e inteligente. Acho que é inevitável não cair de amores por ele, não é mesmo?

— Você acha? – Questiono, ainda em choque pela notícia. Quer dizer, não que isso fosse novidade. Quase todas as garotas da escola se apaixonaram por Max. Mas algo dentro de mim me incomodou ao descobrir que Alexia está mesmo interessada pelo rapaz.

— Sim. – Suspira, levando a escola de cabelo contra o peito em um ar apaixonado. – E bom, vocês são amigos, certo? Afinal, você é namorada do primo dele e está sempre com ele.

— Bom...sim. Max e eu somos...amigos. – Respondo, um pouco incerta de minhas palavras. – Mas não entendo aonde você quer chegar, Alexia.

— Eu queria pedir sua ajuda para me aproximar de Max. Acho que você é a única pessoa que pode me ajudar. Você parece ser a única garota que ele realmente escuta. – Explica a garota, colocando as mãos sobre meus ombros para me encarar pelo espelho mais uma vez. – Então, mesmo que não sejamos tão próximas, você poderia me ajudar, Jenny? Eu ficarei eternamente em dívida com você.

— Eu... - Batidas fortes na porta acabam interrompendo a minha resposta. Suspiro aliviada, porque nem mesmo sabia o que dizer para Alexia. – Entra!

— Finalmente achei você! – Reclama Melissa, entrando no quarto com Kiara em seu colo. – Ah, oi Alexia. Não sabia que estava aqui.

— Oi Melissa. – Cumprimenta a ruiva, sorrindo sem graça. – Eu estava ajudando Jenny a escolher uma roupa para jantar com a família de Daniel.

— Traidora! Por que você não me chamou? – Questiona minha melhor amiga, fechando a porta do quarto. Ela me encara e sorri animada. – Jenny! Você está tão linda!

— Obrigada. – Sorrio, agradecida. – E eu não te chamei, porque você roubou minha filha e estava se aproveitando dela com o seu namorado.

— Desculpa. Eu não resisti a fofura de Kiara. – Responde Mel, esfregando Kiara em seu rosto, que mia alto. – Tudo bem. Eu vou te entregar para sua mãe.

— Finalmente! – Reclamo, pegando a gatinha no colo de minha melhor amiga.

— Ela é tão fofa! – Comenta Alexia, levando a mão para acariciar Kiara, mas a gatinha parece não gostar da ação e arranha a ruiva.

— Kiara! – Repreendo a gatinha de pelugem branca, segurando o riso. – Sinto muito, Alexia. Você está bem?

— Sim. Eu estou. Não se preocupe. – Responde Alexia, acariciando a mão que havia sido atingida. – Parece que ela é um pouco temperamental.

— Você não faz ideia. – Afirmo, sorrido levemente, enquanto acaricio a felina em meus braços. – Acho que a única pessoa que ela realmente gosta é de Max.

— Eu te entendo, gatinha. – Responde Alexia, tentando se aproximar de Kiara, mas mais uma vez é repelida pela filhote. – Acho melhor eu ir embora.

— Tudo bem. Obrigada pela ajuda, Alexia. – Agradeço, segurando meu sorriso.

— Não foi nada. Até mais Melissa. – Despede-se a ruiva com um aceno, antes de deixar o quarto.

— Até logo, Alexia. – Responde minha melhor amiga, confusa. Assim que estamos sozinhas, ela me encara com um olhar questionador. – Tudo bem. Pode falar.

— O quê?

— Não tente se fazer de desentendida. Eu te conheço muitíssimo bem, Jennyfer Dawson Moon. Você odeia a Alexia. Eu quero saber o motivo. E você só vai sair desse quarto quando me contar a verdade. – Afirma Melissa, cruzando os braços.

— Eu não a odeio. Apenas não consigo confiar nela. Existe algo... tem alguma coisa nela que eu não consigo engolir. – Confesso, colocando Kiara no chão, que se debatia em meus braços. – É apenas isso.

— Sei. Não tem nada a ver com um cara de quase um metro e noventa, olhos azuis, sorriso malicioso e que exala testosterona onde quer que vai. – Ironiza Melissa, se jogando em minha cama.

— Não faço ideia do que você está falando, Mel. – Respondo, enquanto me sento de frente ao espelho para fazer uma maquiagem leve.

— Ah, por favor, Jenny. Eu sei que você está a fim de Max. – Acusa minha melhor amiga com um sorriso convencido.

— Parece que todos estão loucos! – Urro, cansada. – Pela milésima vez, eu não estou a fim do Max. Eu tenho namorado, que inclusive é primo dele. Eu gosto do Dan, então não viagem com essa história de que estou gostando de Max. Isso sequer faz sentido.

— Você pode enganar a todos, Jen, mas não a mim. – Responde minha melhor amiga, dando um sorriso triste. – A forma como você olha para ele é diferente. E a forma como ele te olha também é única. Tem horas que vocês parecem se perder no próprio mundinho de vocês, onde ninguém é capaz de entrar. Vocês até mesmo adotaram uma gatinha! Não tente negar, amiga. Você gosta dele. E o fato de você estar namorando Daniel é o que mais me preocupa nesse momento.

— Eu não gosto de Max. Nós somos apenas amigos e ponto final. – Digo, terminando de me maquiar. Pego minha bolsa e coloco meus documentos, celular e um batom. – Esse assunto está encerrado, Melissa. Eu estou falando sério. Não quero que você e nem ninguém fiquem falando esse tipo de coisa. Já pensou se Daniel ou Max escuta uma coisa dessas?

— Tudo bem. – Responde minha melhor amiga, suspirando. – Apenas tome cuidado. Eu realmente não quero que você ganhe mais uma coração partido.

— Eu vou ficar bem. – Afirmo e ela me abraça apertado.

— Eu te amo, princesa Jen. – Sussurra Melissa, apertando ainda mais o nosso abraço. Sorrio ao ouvir meu apelido de infância.

— Eu também te amo, fada madrinha Mel. – Sussurro, correspondendo ao aperto. Afasto-me da garota e sorrio. – Agora eu preciso ir. Tem dois garotos ansiosos me esperando para um jantar importante.

— Vamos lá! – Concorda Melissa, sorrindo animada, pegando Kiara no colo.

Assim que saímos do quarto, noto que não havia mais som ecoando pela casa. A festa provavelmente havia acabado, já que Daniel, Max e eu sairíamos. Suspiro aliviada por lembrar que tudo tinha dado certo e ninguém havia destruído minha casa, como em um filme adolescente.

Quando finalmente chego à sala de estar, encontro meu irmão, Ian, Max e Daniel assistindo a um filme qualquer na televisão, enquanto conversavam baixo com seriedade. Meu irmão parecia pensativo e triste. Procuro por minha cunhada, mas não havia nenhum sinal da minha ruiva preferida.

— Onde está Júlia? – Pergunto, chamando a atenção de todos.

Os garotos me encaram assustados e vejo diversas reações diferentes. Daniel sorri, parecendo aprovar minha aparência, assim como Ian. Josh suspira e dá um sorriso fraco, como se explicasse que a noite não havia saído como ele esperava. Max me encara intensamente com seriedade. Seus olhos brilham e parece engolir em seco, totalmente embasbacado. Sorrio tímida e coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha, apenas por não saber como reagir a sua expressão de encantamento.

— Você está linda, Jenny. – Comenta Daniel, aproximando-se de mim.

— Obrigada. – Agradeço timidamente.

— Júlia foi embora aos prantos depois de brigar com Josh. – Conta Mel com um tom repreendedor, enquanto encara meu irmão de forma acusadora.

— Josh! – Brigo com meu irmão, que se encolhe, culpado.

— Eu já pedi desculpas, mas ela não...

— Eu não quero nem ouvir. – Resmungo, cansada. – Apenas trate de se desculpar adequadamente com ela. Eu não sei o que aconteceu, mas tenho certeza de que a culpa é sua. Então conserte seu erro.

— Bela irmã você é. – Resmunga o garoto, levantando-se do sofá, chateado. – Eu vou tomar um banho e dormir. Não chegue tarde em casa.

— Tudo bem. Boa noite. – Despeço-me e ele deixa um peteleco em minha testa antes de sair. Bufo, irritada, massageando minha testa. – Idiota.

— Não liga para seu irmão. Você sabe como ele fica quando briga com a Juh. – Comenta Ian, sorrindo cansado. – Aproveite a noite.

— Obrigada, Ian. – Agradeço, suspirando. Viro-me para Daniel e Max, tentando não me preocupar muito com o jantar que está por vir. – Bom, é melhor nós irmos.

— Sim. – Concorda Max, parecendo finalmente ter alguma reação.

— Tchau Mel. Cuide muito bem da minha filha. – Peço, abraçando minha melhor amiga, que ainda segurava Kiara.

— Pode deixar. – Responde a garota, sorrindo. – Apenas se divirta. Eu vou cuidar muito bem da minha afilhada.

— Acho bom mesmo. Porque eu não aceito qualquer pessoa cuidando da minha filha. – Provoca Max, que recebe um olhar debochado de minha melhor amiga como resposta. – Se acontecer alguma coisa com ela, você não receberá nenhum pagamento.

— Para de falar besteira e vão se divertir, garoto chato. – Fala Melissa, dando um soco no ombro de Max, que se encolhe, rindo, antes de abraçar a garota em despedida. Ela então vai abraçar Daniel, mas ele se afasta imediatamente, apontando para Kiara. – O que foi, Daniel? Eu só ia me despedir de você.

— Ele é alérgico a gatos. – Respondo, sorrindo.

— Ah, sinto muito Daniel. – Lamenta Melissa, sentindo-se culpada.

— Não. Desculpa não ter falado antes. – Fala Daniel, sorrindo envergonhado.

A porta da casa é aberta de repente e vejo meu pai entrar. Prendo minha respiração, preocupada. Não que eu tivesse feito algo de errado. Meus pais sabiam que eu faria a festa de aniversário de meu namorado em nossa casa e que alguns amigos da escola viriam, mas eu não queria que o encontro de Austin Moon e meu suposto namorado acontecesse tão cedo assim.

Meu pai me encara sorrindo, mas logo sua atenção vai para Max. Eu não sabia o que se passava pela cabeça de meu pai. Ele parecia estar fazendo um esforço para se lembrar de onde ele conhecia Max, mas sua memória parecia não o ajudar. Logo me lembro da possibilidade de meu pai saber sobre o caso do assassinato de Nathan e o desespero me consome.

— Oi pai. Chegou cedo. – Comento, nervosamente.

— Oi tio Austin. – Fala Melissa, parecendo compartilhar de minha preocupação. Ela sorri inquieta. – Quanto tempo não nos vemos.

— Oi meninas. – Cumprimenta meu pai, voltando sua atenção para nós. – Bem, nós nos vimos hoje de manhã, Mel, então acho que não tem tanto tempo assim.

— É verdade. Que cabeça essa minha! – Brinca minha melhor amiga, rindo nervosa. – Mas você realmente voltou cedo hoje. Aconteceu alguma coisa?

— Ah, não. Eu apenas terminei o trabalho mais cedo e resolvi voltar para casa. – Responde meu pai, que não demora a voltar sua atenção para Max. – Boa noite, rapazes.

— Boa noite, Sr. Moon. – Cumprimenta Daniel, sorrindo desconfortável.

— Boa noite, senhor. – Responde Max, dando um leve sorriso em cumprimento.

— Não vai me apresentar seus amigos, filha? – Pergunta meu pai, sem desviar o olhar de Max. Essa reação estava me deixando cada vez mais incomodada.

— Ah, claro. – Concordo, tossindo para tentar chamar a atenção de meu pai. – Esse é o Daniel Harper, pai, meu namorado, e esse é o Max, primo dele.

— Eu sabia! – Exclama meu pai, encarando Max com intensidade. – Eu sabia que conhecia você, garoto. Você é Maximus Queen, não é mesmo?

Max prende a respiração e balança a cabeça concordando. Minha mente se enche de perguntas naquele momento. Como meu pai sabe o nome de Max? Por que ele está agindo de forma tão estranha? Por que parece que ele já conhece Max? E o mais importante para mim naquele momento: o quanto meu pai sabe sobre a acusação de assassinato de Max?    

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Notas finais do capítulo

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