I like me better when I'm with you escrita por Sereny Kyle


Capítulo 6
Capítulo 6 - Sessão de Filmes


Notas iniciais do capítulo

Esse é outro dos capítulos que eu ADOREI escrever!
Não vou enrolar, podem ir ler ♥
Ny-chan



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Nós dois continuamos indo e voltando juntos da faculdade, conversando sobre músicas e filmes. Eu consegui surpreendê-lo novamente ao me revelar apaixonada por filmes de terror e nós combinamos de passar um dia na casa dele, assistindo meus preferidos.

Takanori foi me buscar em casa, no sábado de manhã e, da mesma forma que eu fazia sempre, sai correndo, antes que alguém percebesse. Por mais que ainda fosse receio de quererem convidá-lo para entrar, o entusiasmo que eu tentava demonstrar se tornava menos fingimento com o passar do tempo.

— Bom dia, querida! — ele me saudou, alegremente, beijando meu rosto, como de costume.

— Bom dia — eu dei risada de seu jeitinho. — Pronto para nossa maratona de terror e suspense? — indiquei os filmes que tinha trazido comigo.

— Mais do que pronto! — ele parecia animado. — Eu só tenho uma pergunta.

— O quê?

— Você gosta de cachorros? — eu senti que era uma pergunta importante, pelo tom da voz dele.

— Eu amo cachorros! — respondi com sinceridade e ele pareceu aliviado.

— Ufa! Porque tem alguém lá em casa que está bem ansioso pra te conhecer! — eu dei risada, achando-o adorável demais para seu próprio bem

— Que gracinha! — exclamei, animada e ele ligou o carro e guiou para sua casa. Tive a impressão de que ele estava um pouco corado.

Ele não morava muito longe e logo que nos aproximamos da porta, antes mesmo de ele destrancá-la, pude ouvir as patinhas correndo e os latidinhos ansiosos para nos recepcionar.

— Koron, fica! — ele disse, antes de abrir a porta e nós logo entramos.

Sentadinho, super fofo, um chihuahua preto e caramelo nos aguardava com os olhos brilhantes de expectativa.

— Carolina, esse é o Koron-chan. Koron, essa é minha Chi-chan — eu abaixei, esticando meu braço e o cachorrinho se aproximou e cheirou minha mão, antes que eu lhe fizesse carinho. — Ele gostou de você! — Takanori comemorou. — Ele raramente se aproxima das pessoas logo de primeira!

— Ele é tão fofinho! — disse, encantada.

Nós dois ficamos um tempo sentados no chão com Koron, brincando e fazendo carinho e eu fiquei super feliz quando o cachorrinho se sentiu à vontade até pra subir no meu colo.

— Vamos começar nossa sessão de filmes? — ele perguntou e eu concordei. — Eu tenho outra pergunta, então.

— O que é? — eu achei graça e aceitei sua mão pra me ajudar a me levantar.

— Eu tenho uma TV aqui na sala e uma no quarto. A do quarto é muito melhor e o DVD já está conectado nela… Mas a da sala não exige que você assista na minha cama… O que você prefere? — eu dei risada de sua preocupação, mesmo que eu estivesse encabulada com a ideia de que ficaríamos horas lado a lado, dividindo a cama dele.

— Se você prometer se comportar, não acho que tem problema assistirmos no quarto — respondi, tentando parecer brincalhona e tranquila, mas tinha certeza de que estava completamente vermelha.

— Não precisa se preocupar — ele garantiu, sério. — Vamos pegar as comidas pra levar pra lá?

— Vamos! — respondi, animada.

Na cozinha, tinha uma variedade de doces, salgados e lanchinhos que fizeram meu coração acelerar. Ele tinha se dedicado bastante naquela tarefa e eu achei aquilo muito fofo.

O quarto dele era bem legal, com pôsteres nas paredes, um computador incrível, uma cama confortável e a TV que eu já tinha me avisado que era sensacional. Nós nos ajeitamos e ele deixou água e ração para o Koron, perto da caminha dele, do nosso lado.

— Que invejinha — eu disse e ele se virou pra mim, pra que eu explicasse. — Você morando sozinho aqui parece que está “living the good life”, sabe? Parece bem legal! — ele se sentou do meu lado na cama, pegando um cobertor e me oferecendo outro, porque estava bem frio.

— É com certeza um bom pedaço de liberdade — ele concordou. — Tem seus contras, como lavar a louça e a roupa ou fazer compras. Sabia que, pra casa ficar limpa, você mesmo tem de limpar? — ele brincou e eu gargalhei.

— O pior é que eu sei e vivo esses contras, só que sem os prós — ri, mas não era tão engraçado quanto eu tentei fazer parecer e ele percebeu. — Tem vezes que eu só gostaria de… Fugir, sabe? — ele assentiu. — Eu amo minha família e minha casa, só que…

— Não o tempo todo — ele completou, me surpreendendo e eu assenti. — Bom, agora você tem pra onde fugir, se quiser — ele gesticulou, sorridente para nossa volta. — Koron e eu sempre teremos espaço pra você!

Eu sorri, acanhada, sem saber o que dizer.

— O que você trouxe de bom pra nós? — ele perguntou, também parecendo ter ficado constrangido e tentando mudar de assunto e restaurar o clima.

— Só os meus favoritos — retirei da sacola os DVDs e mostrei. — “Babadook”, “Sexto Sentido”, “Uma Noite de Crime”, “A Entidade” e “Imagens dos Além”!

— Uau! Eu só assisti “Sexto Sentido” há muito tempo e já ouvi falar sobre “Babadook” e “Uma Noite de Crime” — ele pegou os DVDs pra olhar.

— Eu espero que você goste! — falei, empolgada e ele sorriu lindamente pra mim, mordendo seu lábio inferior.

Ele arrumou os filmes enfileirados sobre a cama, com alguns dos nossos lanchinhos e pegou o celular.

— O que você vai fazer? — eu ri e sua mão enlaçou a minha, me fazendo perder o fio de pensamento. Ele aproximou nossas mãos, enquadrando com o resto e tirou uma foto.

— Montando evidências — ele me mostrou, ainda sem soltar nossas mãos e ficou uma foto muito bonitinha. — Vem cá — gentilmente, sua mão soltou a minha e ele passou seu braço por meus ombros, enlaçando novamente nossas mãos e deitando em meu ombro, pra tirar outra foto.

Ele postou as duas no Instagram, com a legenda “se for andar pelos caminhos do terror, leve sempre um parceiro de coração forte”. Eu tentei me concentrar e agir normalmente, mas depois disso foi bem difícil. Ainda bem que Kouyou não tinha redes sociais nenhuma e Takanori nunca foi próximo da minha irmã, eu não saberia explicar o que significava aquilo…


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews???



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