I like me better when I'm with you escrita por Sereny Kyle


Capítulo 1
Capítulo 1 - Primeiro Dia


Notas iniciais do capítulo

10 anos de Nyah!
Quem diria que chegaria assim tão rápido?
Pra falar a verdade, eu realmente não me lembro o que eu estava procurando quando cheguei aqui, talvez fossem fanfics do the GazettE, mas eu não tenho certeza... Eu sei que cheguei e aqui fiquei e continuei!
Aqui eu fiz amizades, por curtos períodos, pra vida toda...
Aqui, construí um dos lugares mais importantes da minha vida: A Casa das Hostesses!
Aqui, me refugiei todas as vezes que o mundo me maltratou e me fez me sentir menor e sozinha!
Fiquei no Nyah mesmo quando a categoria de bandas foi retirada!
Hoje, eu não entro mais aqui com tanta frequência como fazia no começo, mas, mesmo quando eu não posto nada o ano inteiro, no dia 19 de Setembro, eu venho aqui celebrar esse aniversário!
Muito obrigada pelos últimos 10 anos!
Não vou prometer que o melhor ainda está por vir, mas eu realmente espero que vocês gostem dessa aqui!

Boa leitura
Sereny Kyle

P.S. Serão 10 capítulos e eu vou postar um por dia! Aguardem por mais ♥



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Era o ano em que eu entraria pra faculdade e eu não me sentia preparada pra ser uma adulta, mas não tinha direito de escolher se estava pronta.

Quando amanheceu o dia e eu me forcei a me levantar, só o que passou na minha cabeça era que eu queria sumir. Mas eu fui resignada para o banheiro lavar meu rosto, escovar os dentes e pentear os cabelos.

Desci as escadas e fui para a cozinha, onde meus pais e minha irmã mais velha já tomavam café. Meu irmão estava no Ensino Médio ainda e não sairia com a gente.

— Bom dia — eu disse, sem convicção e os três me olharam.

— Bom dia — minha mãe sorriu e me deu um beijo estalado no rosto, que me fez rir.

— Bom dia — meu pai e minha irmã me responderam em uníssono.

— Preparada? — meu pai perguntou e eu fiz uma careta e sacudi a cabeça negativamente, fazendo-o rir.

— É uma droga! — minha irmã brincou. — Você vai adorar!

— Eu certamente duvido muito disso — respondi, mais azeda do que queria soar.

Nós escutamos uma buzina de carro soar lá fora e meu estômago deu uma cambalhota nada agradável.

— Nossa carona chegou - minha irmã disse, como se eu precisasse de explicação. O namorado dela passava todas as manhãs pra levá-la para o trabalho e agora também me daria carona pra faculdade. Antes, eu achava o que ele fazia super fofo; agora, talvez ele entrasse  na minha lista de pessoas menos favoritas!

Nós duas saímos, nos despedindo de nossos pais e entramos no carro de Kouyou.

— Bom dia, senhoritas! — ah! Ele é bem humorado de manhã? Talvez, eu já o odiasse e não sabia. — Ansiosa pro seu primeiro dia, Chi-chan?

— Ah, claro que não… — respondi, fazendo-o rir e apertar minha bochecha.

— Você vai odiar! — ele riu ainda mais. — É uma loucura!

— Foi o que eu disse pra ela — minha irmã assentiu e eu me afundei no banco, esperando que tudo acabasse logo.

Eu estava fazendo o curso que eu queria (ou que eu achava que queria, pelo menos) e tinha conseguido entrar numa boa faculdade… O que me desanimava era que eu ainda achava que minha vida era completamente vazia e eu não me iludiria acreditando que “tendo aulas”, mesmo que não tivesse mais física, química ou matemática, eu me sentiria mais inspirada.

A verdade era que eu sempre fui muito boa pra ouvir, ajudar e aconselhar os outros, isso meio que me empurrou para Psicologia como um caminho já traçado e, mesmo que eu tivesse escolhido aquele curso e todos me dissessem que era perfeito pra mim, eu me sentia na obrigação de fazer aquilo ser verdade… Mesmo que não fosse…

Eu entrei na faculdade e fui até minha sala, sem ser contagiada por aquele espírito estudantil que pairava a minha volta. Era meio estúpido acharem que seria diferente do que o Ensino Fundamental ou o Médio… Era aula! O que tinha de tão maravilhoso em ter aula?!

Os corredores estavam cheios de alunos se cumprimentando, se abraçando e se amontoando no meu caminho, o que não era  ótimo, mas eu já estava reclamando demais da minha própria vida naquela hora da manhã.

Num momento, eu estava lutando bravamente pra conseguir chegar na minha classe e, no momento seguinte, eu estava colidindo forte e dolorosamente contra a pessoa que seria responsável por me derrubar com tudo no meu primeiro dia, se não fosse também quem me segurou e impediu de ir de cara no chão.

— Cuidado aí — ele sorriu e eu amaldiçoei minha sorte. — Chi-chan?

— Matsumoto-senpai — respondi, desejando que o chão se abrisse ou que eu acordasse e tudo fosse só o pior pesadelo que eu já tive! Infelizmente, nenhum dos dois aconteceu.

Matsumoto Takanori era amigo do namorado da minha irmã e eu já o conhecia por um tempo, mas não era mais do que a “Chi-chan” pra ele…

— O que faz aqui? — ele perguntou, como se estivesse genuinamente feliz por me ver e nós já tivéssemos conversado mais do que cinco palavras. Na vida!

— Aula — indiquei minha sala, pra onde queria correr desesperadamente.

— Que sorte a minha! — ele piscou pra mim, como aqueles primos mais velhos costumam fazer quando conversam com a gente, quando somos crianças e eu só consegui sentir uma parte da minha alma se suicidando de tanta vergonha. — A gente então vai se ver mais?

— Tomara que não — disse, em tom de brincadeira, conseguindo me soltar e acenei pra ele, ainda mais envergonhada, tentando não correr pra minha sala.

Quando pude finalmente me sentar numa cadeira, afundei o rosto contra a mesa. Como é que eu podia ser tão tremendamente azarada pra entrar na mesma faculdade que ele? Eu nem ao menos sabia que curso ele fazia… Por maior que fosse a minha “crush” nele, eu realmente lutava contra qualquer tipo de desilusão e seria ridículo saber detalhes da sua vida sem nem conversarmos, então, eu não sabia! Toda vez que Kouyou começava a contar alguma história deles, eu parava de ouvir e me tornei muito boa nisso! Quem diria que eu perderia um pedaço realmente importante de informação como estar na mesma faculdade?

Eu fui quase bem sucedida em me concentrar nas primeiras aulas, mas a todo tempo, minha mente gritava que eu não conseguiria fugir de vê-lo porque ele sabia onde era a minha maldita sala!

Será que todo meu pé atrás com a faculdade era um sexto sentido com o que aconteceu? Eu talvez fosse um prodígio…


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews????



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