O futuro da fênix escrita por CrushHP


Capítulo 4
Capítulo 3




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— Então para onde vamos levá-los? — perguntou Harry após se recuperar.

Sentados agora defronte um para o outro, ele tentava se manter calmo e agir o mais racionalmente possível.

— Não sei — respondeu Hermione cansada — Não faço a menor ideia. Isso é tão frustrante! — exclamou jogando os braços para o ar enfatizando seu estado de espírito.

Harry tentou pensar em lugares para hospedar a antiga Ordem da Fênix. Nos arredores do Ministério, existiam várias residências bruxas, mas nenhuma longe o suficiente dos olhares de jornalistas do Profeta.

— Quando isso vazar, Hermione…

— Eu sei, eu sei. Já providenciei isso. Vou mandar uma declaração amanhã ao Profeta Diário. Os jornais vão anunciar amanhã cedo. Já pedi para o Ron avisar Molly sobre os irmãos dela. Vou mandar uma coruja para Minerva para deixá-la ciente que sua _eu_ mais nova está aqui assim como Dumbledore. E vou tentar organizar tudo o mais rápido possível porque segunda começam as férias de verão e quero buscar Hugo e Rose na estação em Hogwarts — explicou rapidamente a Harry.

O amigo sorriu.

— Você sabe que é impossível fazer isso tudo não é? — Perguntou gentil. Hermione assentiu.

— Mas vou tentar.

— Deixe que eu mando a carta para Minerva. Se as coisas ainda não estiverem resolvidas, Ron e Ginny podem buscar as crianças.

— É uma boa ideia. Mas eu preferia ir junto.

— Eu também.

Os dois suspiraram. Então Hermione comentou:

— Também tenho que descobrir como eles vieram parar aqui e quais as consequências disso. Mesmo que não tenhamos dito quase nada, eles sabem de quem você é filho, que é próximo a Dumbledore e que Voldemort está morto… E todos estranharam seu comportamento. Então devem estar pensando porque você reagiu desse modo. Logo saberão que eles estão mortos.

— Vamos ter que contar a verdade, não é? — disse Harry ligando os pontos.

Hermione novamente assentiu e explicou seus planos. Harry ouviu atentamente cada parte do que Hermione havia planejado desde que ficara sabendo sobre os viajantes do passado.

— Agora — disse ela depois de um tempo. — Precisamos de um lugar para eles.

— Eles poderiam ficar no Largo Grimmauld… — Harry falou pensativo. Então desistiu: — Melhor não. Eles fariam perguntas demais…. — Hermione assentiu. — Casas do Ministério estão fora de questão. A burocracia é lenta até para você resolver Hermione.

— Tem razão, Harry — suspirou Hermione. — Então vou mandá-los para uma das casas Weasley. É mais simples. Vou falar com o Ron e ele me arranja uma…

— Não precisa. É melhor levá-los para a minha casa de praia. — resolveu Harry. — É longe e reservada. Além disso, a casa está limpa já que íamos para lá no próximo fim de semana e tem comida. Posso mandar Lusses cuidar deles. E a casa está cobertas de feitiços. Simples, rápido e fácil.

— E quando contaremos a eles o que decidimos? Eles não podem ficar no futuro sendo da década de 70. —Hermione disse preocupada.

— Amanhã. Vamos deixar eles descansarem e amanhã à tarde eles vão saber do necessário — Harry disse decidido. Quando olhou em seu relógio, assustou-se ao perceber que já passava das três da manhã. — Vou mandar Teddy embora e amanhã temos que conversar com Dennis sobre isso. Temos que descobrir como eles vieram parar tão longe em uma viagem temporal, mandá-los de volta e impedir que haja novas viagens. — Disse levantando e andando até a porta. — Peça a Quim para levá-los até minha casa. Vou chamar Lusses e escrever para Laurency.

— Laurency? O Flint? Aquele seu amigo… Inominável? — perguntou Hermione confusa. — Mas eles são proibidos de falar sobre seu trabalho… — Hermione parou abruptamente — Harry Potter, você está corrompendo meus funcionários? — perguntou estreitando os olhos.

Ele levantou as mãos em sinal de rendição.

— Não, Ministra. Apenas preciso marcar uma reunião com Os Inomináveis e com a Ministra. Tenho uma ideia de como eles vieram parar aqui e, se o que eu estou pensando for verdade, estamos com mais problemas do que imaginamos.

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Ginny tinha chegado em casa exausta emocionalmente. Sentou-se no sofá da sala e, sem perceber, adormeceu ali mesmo.
Acordou no outro dia deitada sobre sua cama e, ainda um pouco sonolenta, se espreguiçou ativando seus sentidos. As lembranças vieram como água corrente.

Sempre sonhou em conhecer seus tios, James Potter e, principalmente, Lily Potter que morrera por Harry. Mas nunca pensou que isso fosse se concretizar.

Sua sogra ali? E muita mais jovem do que ela mesma? Chegaria a ser cômico se Ginny não tivesse visto o terror no olhar de Teddy por ter visto o pai vivo ou no desespero de Harry por causa daquela situação.

Harry.

Pôs as mãos na cama e vasculhou por ele já sabendo que não estava ali. Mas ele a trouxera para o quarto, não?
Levantou-se e viu que também estava de camisola. Não pode deixar de sorrir. Sempre atencioso.

Desceu as escadas sem se importar em estar descalça e o viu com a cabeça deitada sobre a mesa. A respiração constante indicava que estava dormindo.

Olhou no relógio da pia e viu que não passava das sete da manhã. Era domingo e, no dia seguinte, a crianças voltariam de Hogwarts, sem imaginar que os avós tinham viajado no tempo. Teria que avisá-los. Suspirou pesadamente e mexeu gentilmente o braço de Harry.

— Amor? — nada. — Meu bem… vai pra cama, sim? — Harry abriu os olhos e o brilho verde que ele tinha em suas pupilas agora estavam cansados. Ele bocejou e sorriu sonolento.

— Hermione me expulsou para casa. Eram cinco horas da manhã. — levantou e se esticou. Bocejou cansado. — Tenho que voltar para o Minist…

— Não, não, não. Você vai subir tirar essa roupa e se deitar. E não me venha com Ministério agora. Vá dormir. Às dez eu te acordo. — E saiu o empurrando escada acima.

— Mas… Ginny, a Ordem… meus pais… — tentou argumentar, mas Ginny o cortou.

— Nada de mas! Você vai precisar estar bem para resolver isso, não morrendo de sono. Suba e durma que depois eu o acordo. Escutou? — diante de tais argumentos Harry soube que não adiantava discutir com sua esposa. Bocejando, pôs-se a subir as escadas.

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Assim que Hermione saiu pela porta, Gideon assobiou.

— Que mulher! — Fabian disse completando os pensamentos do irmão.

— Seus pervertidos! — Lily exclamou indignada. — Ela é bem mais velha que vocês e é casada com algum de seus sobrinhos!

Gideon fez casa de ofendido.
— Eu não estou dando em cima dela. E não sei se ela é casada com algum sobrinho meu. Tem vários Weasley por aí e meu cunhado é um pobretão. Sem ofensas contra isso; eu adoro o Arthur, mas ela deve estar casado com um cara rico.

— E como você sabe? Pare de julgar os outros pela aparência —Lupin o repreendeu.
Gideon continuou a falar.

— Se o nome dela fosse Potter… juraria que era casada com seu filho, James. Eles se parecem dar muito bem e seu filho parece um cara que tem muita grana, mais que você. — Disse atraindo atenções de Minerva que lhe mandou um olhar severo.

— Prewett, isso é idiota. A mulher foi gentil. E Harry Potter... Bem, o que importa o dinheiro deles? Estávamos falando que você está babando por uma mulher que você mal conhece e isso é tão ridículo quanto julgar alguém pelo dinheiro que tem. — Minerva disse severamente e Lily concordou com ela.

Eles ficaram em silêncio depois disso.

Alvo Dumbledore continuava perdido em seus pensamentos. Sirius resmungava baixinho:

— Presos e sem varinhas, não sei o que faria.

Remus conversava discretamente com James e Lily e Minerva continuava a dar bronca no Prewett emburrado.

Teria se passado meia hora? Uma? Não saberiam dizer. Se o fuso horário de uma viagem de seis horas de diferença mexia com o organismo de qualquer um, imagine então uma viagem de quarenta anos?!

Um tempo depois, Quim Shacklebolt, o antigo Ministro da Magia, entrou pelas portas da Sala C e sorriu ao rever os velhos amigos. Estava ansioso para saber como poderia ajudar naquela situação e então Hermione lhe pedira para levá-los para a casa de praia do Potter e ele faria isso com prazer, pois queria muito rever os amigos.

— Kingsley? — Sirius perguntou. — É você?

Quim sorriu nostálgico.

— Olá, Sirius. — Disse e virou-se para ver todos ali. Tão jovens, pensou. — Vocês vão ter que me acompanhar. Já são quase quatro da madrugada.

— Para onde vamos? — perguntou Minerva.
— Não podemos deixar vocês em Londres, a imprensa vai cair em cima de vocês como urubus. Vão para a praia próxima daqui. Me sigam, por favor.

Saíram da sala e seguiram os corredores até o Átrio, todos em silêncio. Antes de chegarem às lareiras, Shacklebolt os guiou até uma mesa próxima de lá e pegou suas varinhas e lhes entregou. Pegou também um pontinho contendo Pó de Flu e explicou o que eles deveriam fazer:

— Digam: Bournemouth, Casa dos Potter.

— Mas eu não tenho casa em Bournemouth. — James disse confuso. — As casas lá eram uma fortuna, principalmente as bruxas.

Kingsley sorriu. Tão lerdo, às vezes.

— Tenho certeza que hoje em dia, as casas lá são bem mais caras, James — contou Quim risonho estendendo o potinho para Gideon ou Fabian, ele não sabia dizer. O gêmeo pegou o pó mágico enquanto Quim explicava: — Mas lá é a casa de férias do seu filho. E ele me pediu que os levassem para lá. Vamos.

Mais confiantes, todos pegaram um pouco de Pó de Flu e um a um entraram nas várias lareiras e sumiram em um mar de chamas verdes.

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Era um casa linda. Minerva teve que admitir. De frente para uma praia, devia ter uma varanda. Tinha uma sala grande com alguns aparelhos trouxas, mais modernos do que ela lembrava.

— Vamos às regras. Como conheço vocês, Sirius, Gideon e Fabian. Eu peço que não saiam até amanhã… Não quero que se percam no mundo trouxa. Isso é sério. Estão quarenta anos à frente e muita coisa mudou nesse meio tempo. E se os perdermos aqui, nossa ministra ficará bem zangada. — disse Shacklebolt muito sério saindo da sala e subindo as escadas. — James e Lily vocês vão dormir no quarto no final do corredor. McGonagall, no da direta. Alvo no da esquerda, se permitir professor. Sirius e Remus no primeiro e Vocês dois… vão ficar no quarto de hóspedes, Aqui. — Disse indicando cada porta — Tem um banheiro, no quarto de vocês — Quim disse olhando para Lily e James — E outro no andar de baixo. Tem comida na cozinha e, por favor, não mexam em nada que não souberem como usar. Alguma pergunta?

Pipocaram perguntas, mas nenhuma ele estava autorizado a responder.

— Sinto muito. Estava me referindo à sua estadia aqui. Amanhã Harry virá com algumas pessoas para explicar o que for possível, então só descansem tudo bem? Eu tenho que ir para casa. Logo nos veremos novamente.

Depois de mais algumas recomendações por parte de Shacklebolt, ele foi embora deixando a Ordem sozinha na casa.

Alvo Dumbledore, que tinha um semblante impassível no olhar, virou-se para subir as escadas, mas foi impedido por Sirius, que se jogou no sofá da grande sala, e reclamou:

— Então, Dumbledore. Não estamos sendo vigiados, estamos?

— Creio que não, Sr. Black. Estamos sozinhos. — disse o senhor prontamente.

— Ótimo. Como a gente veio parar aqui? Essa é a questão, não é? Tudo gira em torno disso.

Dumbledore suspirou e continuou a subir as escadas.

— Tivemos uma noite longa. Descansem. Amanhã vamos ver o que vai acontecer. Na verdade, o que já aconteceu.


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