Uma lição de amor - Dramione escrita por Srta Zabini


Capítulo 2
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Capítulo novo, espero que gostem!



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Terminou de borrifar seu perfume, indagando internamente o motivo de estar se arrumando tanto para cuidar de um bando de pirralhos. Deu de ombros, pegou sua bolsa e saiu apressadamente porque não gostava de atrasos. Encontrou com Malfoy no hall de entrada com ele já pegando as autorizações dos alunos.

 

— Bom dia, professor. – Cumprimentou formal, medindo sutilmente o homem.

 

Cabelos excessivamente platinados, levemente despenteados, calça jeans escura, coturno de couro de dragão e uma camisa de manga comprida verde escura. Ele parecia mais um estudante rebelde do que um profissional exigindo respeito. Hermione notou uma quintanista sonserina suspirar pelo loiro, fechou a cara.

 

— Bom dia, Profa. Granger. – Respondeu sem a encarar. - Todos os documentos estão corretos, entrem em trios nas carruagens. – Ordenou com a voz firme para os alunos. - Vamos? – Virou para trás com um sorriso de lado que sumiu ao observar a bruxa, pois ela estava bem apresentável em sua opinião. Tinha feito algum feitiço no cabelo que estava com cachos perfeitamente modelados caindo sobre as costas, uma calça jeans justa e um casaco caramelo finalizavam a produção.

 

A viagem até o vilarejo foi estranhamente silenciosa, ambos estavam perdidos demais em seus próprios pensamentos. Contudo a paz só durou até os adolescentes descerem das carruagens. Era realmente difícil supervisionar tantos jovens cheios de hormônios.

 

— Éramos tão terríveis assim? – Draco questionou perplexo, depois de socorrer uma sextanista da Lufa-Lufa que vomitava devido excesso cerveja amanteigada e lhe tirar 20 pontos pela irresponsabilidade. 

— Acho que a cada geração está pior. – Hermione afirmou sem sorrir. - Creio que devemos vigiar a Casa dos Gritos. – Sugeriu com um suspiro cansado, ansiando pelo fim do passeio.

 

Caminharam lado a lado num silêncio confortável até o lugar conhecido por ser mal assombrado, desde a reunião estavam comportando-se de maneira mais civilizada.

 

— Por que não se casou com o Weasley? – O bruxo quebrou a quietude do momento.

— Ronald queria rodar o mundo como goleiro de um grande time e eu queria permanecer na Grã-Bretanha, então nós seguimos caminhos diferentes e continuamos amigos. – Respondeu com um olhar distante, melancólico. - Acho que sempre fomos somente amigos. – Confidenciou sem saber de fato o porquê... Apenas, parecia certo.

— E o Potter? – Insinuou com um sorriso malicioso.

— O que tem o Harry? – Refutou indignada com a mente pervertida do ex-sonserino. - Ele é meu melhor amigo... como um irmão. – Expôs colocando um cacho atrás da orelha. - E você por que terminou com Pansy Parkinson?

— Ela queria mais que um ex-comensal da morte arruinado. – Respondeu com frieza. - Depois que eu recuperei minha herança ela regressou, entretanto eu já não estava interessado. 

 

O assunto morreu ali porque escutaram um choro agudo de criança. Pegaram as varinhas por precaução, então começaram a procurar a origem do som. Hermione soltou um grito que foi abafado pelas mãos de Draco enquanto observava jogado entre a cerca e um arbusto o corpo de uma mulher com uma criança chorando.

 

— Eu vou solta-la. – O loiro sussurrou. - Não grite porque vai somente assustar a menina. – Ponderou retirando a mão da boca de Granger. Caminhou devagar e com a varinha abaixada até a pequena de cabelos castanhos escuros enquanto a professora pronunciava um expecto patronum, já que precisava avisar a diretora imediatamente.

 

Draco abaixou-se, com cuidado, chamou a atenção da criança. - Olá pequenina, eu não vou te machucar. - Falou calmamente com um sorriso afetuoso. - Qual o seu nome? – A menininha parou de chorar, analisando com curiosidade o homem loiro.

 

— Rose. – A voz baixa estava trêmula. - Ajude a minha mamãe, por favor. – E voltou a chorar compulsivamente, o bruxo virou para Hermione que também se ajoelhava próximo ao corpo.

— Oi, Rose. – A mulher falou suavemente. - Nós cuidaremos de você... Não se assuste, querida. - Era um tom indiscutivelmente doce. - Posso te pegar no colo? – Perguntou, gentil.

A garota levantou os bracinhos, aninhando-se no colo da professora de Transfiguração que se levantou com os olhos repletos de lágrimas. - Draco... –  Chamou tentando não tremer na voz.

O professor levantou e virou de costas para o corpo morto da desconhecida, não tinha nada que pudesse fazer por ela. Analisou como a colega de profissão abraçava a menina, suspirando, abraçou a ambas. - Vai ficar tudo bem, Granger. – Murmurou, beijando carinhosamente o topo da cabeça da bruxa.

 

Após dez minutos, Minerva McGonagall aparatava junto de Harry Potter e dois outros aurores. A professora separou-se do mestre de poções e caminhou ainda com a menina em seus braços para diretora. Rose tinha sucumbido num sono exausto. Draco, rapidamente, foi conversar com os outros dois oficiais do Ministério da Magia.

 

— Harry,... Eu acho que ela testemunhou a morte da mãe. – Hermione contou tristemente. - Precisamos leva- la ao Saint Mungu’s para examina-la.

O moreno beijou a testa da amiga, concordando com a mesma, era realmente uma cena triste. - Vocês não mexeram na cena do crime, não é? – Perguntou, profissional.

— Apenas a retiramos. - Revelou encarando a menininha adormecida. - Rose estava exatamente sobre a mulher. – Informou séria. - Minerva, por favor, pode reunir os alunos? Eu vou para o Saint Mungu’s.

— Espere... – Draco a interrompeu. - Vou contigo quero garantir que ela será bem atendida. - Percebeu o olhar ligeiramente desconfiado de Potter, revirou os olhos. - É apenas uma criança, seu idiota. – Reafirmou. 

 

Rapidamente chegaram ao hospital, já havia uma equipe preparada esperando, a criança passou por diversos exames e nada de anormal foi encontrado, Draco e Hermione aguardavam com ansiedade no corredor.

 

— E agora o que acontece com a menina? – Malfoy inquiriu com seriedade.

— Será levada para um abrigo infantil, onde procurarão algum familiar ou será direcionada para adoção. – Hermione respondeu com um brilho diferenciado no olhar. - Acho que eu vou me candidatar caso não encontrarem nenhum parente. – Confidenciou levemente insegura. - Rose vai precisar de alguém que a apoie e entenda o trauma que ela viveu.

— Granger, você é solteira e mora num colégio. – Informou, objetivo. - Não acredito que aceitarão sua candidatura.

— Se necessário eu compro uma casa em Hogsmead, também posso usar minha influência e a do Harry. – Sorriu convicta de seu novo plano.

— É uma grande responsabilidade. – Comentou sem arrogância. - Granger, essa decisão vai mudar a sua vida.

— Estou ciente, Malfoy. – Confirmou ainda sorrindo. – Sinceramente, não consigo esquecer o medo nos olhos dela, uma criança não deveria passar por esse tipo de tragédia.

 

Christopher Boot, oficial do Ministério da Magia se apresentou aos professores e informou que cuidaria de encaminhar a pequena testemunha dali em diante. O experiente auror percebeu no mesmo momento que a famosa heroína de guerra estava determinada a proteger a garota.

 

— Eu permito que a menor passe a noite com a senhorita. – Ofereceu comovido com o semblante dela. - Ela precisa comparecer amanhã no Ministério da Magia para testemunhar, ok?

Hermione sentiu um alívio imenso em seu coração. – Claro Sr. Boot, com certeza, Rose estará lá.

 


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Notas finais do capítulo

N.B.: Que mistério será esse???? Estou curiosa.... Bjs bjs, Ártemis Stark