True Love escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Divagações de uma mente confusa


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/rmt9XtMrEnk-Jean toca piano.



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P.O.V. Jace.

Eu nunca tinha ouvido falar de nenhum outro vampiro diurno se não o Simon. E menos ainda dessa família Original.

—Me diz o que está te incomodando.

—Nada.

—Qual é Jace, eu te conheço desde que éramos crianças e somos parabatai.

—A cópia da Clary. Jean.

—É a semelhança é incrível.

—Eu fui procurar mais informações.

—Você disse que ela era vampira. Acha que a Clary virou vampira e mudou de nome?

—Não. É mais complicado que isso.

—Complicado como?

—A cópia da Clary, é membro de uma família muito importante do mundo vampiro. Um tipo de realeza. Os Originais. Os primeiros vampiros do mundo, a Jean não virou vampira Alec, ela nasceu vampira. Ela é uma híbrida.

—Vampiros não podem procriar.

—Parece que esses podem. Eu fui falar com o Raphael e ele me deu algumas informações, o tio da Jean, pai da Hope é parte vampiro parte filho da lua.

—Impossível.

—Raphael disse que a magia o fez vampiro, mas ele nasceu filho da lua.

—E você acreditou?

—Alec, a garota é a cópia fiel da Clary. E ela tem a visão.

—Tem razão. Mas, apenas outros Shadowhunters podem nos ver quando estamos encantados.

—Eu sei. Entretanto, nós sabemos que todas as lendas são verdadeiras então, o que impede essa de ser também?

—Um bando de híbridos.

—Não. Pelo o que eu entendi, só o Klaus é híbrido. Os outros são apenas vampiros, mas o Raphael falou que eles são todos diurnos.

—Nossa! O único diurno que eu já conheci foi...

—O Simon. Vou fazer uma busca no banco de dados, ver o que encontramos sobre a família Original.

Nós procuramos de vários jeitos. Vampiros Originais, Mikaelson, Klaus... mas não obtivemos resultado nenhum.

—Podíamos ir direto á fonte.

—Fonte?

—Jean.

—Eu não posso simplesmente aparecer na casa dela fazendo perguntas.

—Talvez o Magnus saiba de alguma coisa.

—Talvez.

Nós fomos até o apartamento do Magnus e fizemos uma descoberta incrível.

—Tem sua magia de volta!

—Sim. Eu estava louco para te contar Alexander.

—Como?

—Todo feitiço tem uma brecha. Só precisamos encontrá-la. E eu conheço uma pessoa que é especialista em encontrar brechas.

—Ahm, parabéns pela magia, mas... o que você sabe sobre a família Mikaelson?

Ele parou de andar, derrubou o copo de uísque no chão e então se virou para nós. A sua expressão era de total e completo pânico.

—Onde ouviu esse nome?

—Eu perguntei primeiro.

—Você não quer se envolver com essa gente. Os Mikaelson não vivem pelas regras de ninguém além das suas próprias. Tudo o que se aproxima acaba morto ou pior. Os Mikaelson são alguns dos vampiros mais sanguinários do mundo. Eles não podem morrer. Se você enfiar sua lâmina serafim neles, eles curam, se os estacar, eles sobrevivem. Eles não podem morrer. Não há arma no mundo que os mate.

Magnus até tremeu e chacoalhou a cabeça como se quisesse espantar uma coisa ruim.

—Existem alguns clãs de vampiros com os quais vocês não querem se meter.

—E quais são esses clãs?

—Volturi. Um clã italiano, eles são... extremamente letais, um dos clãs mais sanguinários que eu já conheci. Eles tem poderes que colocam até o mais poderoso Shadowhunter de joelhos. Alec e Jane, eles não são guerreiros... eles são armas. Incapacitam você de um jeito horrível. O único Clã que pode contra eles, é a família Cullen. E agora que uma Cullen casou com um Mikaelson em um casamento cerimonial que unificou as famílias, eles criaram o Clã de vampiros mais poderoso do mundo.

—Os Volturi são um dos Clãs e quais são os outros?

—Volturi, Corvinos, Cullen e Mikaelson.

—Unificaram? O que quer dizer?

—Casamento cerimonial, é coisa de bruxa. Quando Elijah Mikaelson casou com Renesmee Cullen, eles não simplesmente trocaram alianças. Houve todo um ritual e eles... dividiram o seu poder. Compartilharam seus poderes um com o outro e com todos os membros de suas famílias. Agora, os Mikaelson tem acesso aos poderes dos Cullen e visse versa.

—E quanto aos filhos?

—Não. As crianças não se aplicam. O ritual envolveu apenas os pais e tios e tias. Apenas a primeira geração.

—Porque essa unificação?

—Uma linha de defesa. Uma aliança. 

—Linha de defesa contra quem?

—Todos os muitos inimigos da família Mikaelson. Eles dizem que fizeram isso para proteger as crianças, mas eu duvido muito. O Elijah ama a esposa, ele beijaria o chão onde ela pisa. Ele a adora. Esse é problema de se ser vampiro. As emoções ampliadas.

—Emoções ampliadas?

—É. Quando eles sofrem, sofrem mesmo. A tristeza vira desespero, eles tem problemas sérios de depressão, mas quando eles amam, eles amam mesmo. Fazem qualquer coisa pelo objeto de sua afeição. Qualquer coisa. Eles matam por ele e morrem por ele. É bastante trágico e poético.

—E quanto ao Klaus? Ele é mesmo parte vampiro, parte filho da lua?

—É. Ele passou séculos tentando quebrar a maldição que suprimia o seu lado lobisomem e conseguiu. Um lobisomem na lua cheia é super veloz, super forte e os vampiros bom, basta dizer que se um lobo corre, um vampiro corre mais rápido, se um lobo morde, um vampiro morde mais fundo. Um híbrido é muito mais letal do que os dois. Eles podem se transformar livremente, ou podem não se transformar.

—Nossa!

—Klaus Mikaelson é... paranoico. Ele tem um exército de híbridos protegendo a casa dele e a sua preciosa filha. Se vocês tentarem encostar um dedinho naqueles bebês, vocês vão morrer gritando.

—Bebês?

—É. Hope filha do Klaus e Jean filha do Elijah.

—Bebê? Magnus, a Jean tem dezessete anos.

—Não. Ela tem um dia de vida. Bom, parece que ela herdou o super crescimento da mãe dela.

—Super crescimento?

—A mãe da Jean é uma híbrida duplicata. Realeza bruxa, os ancestrais dela são os primeiros imortais do mundo. O pai é um vampiro da raça de Corvinos e a mãe era uma bruxa Petrova.

—Então, todas essas famílias... Mikaelson, Cullen, Petrova eles são tipo a realeza do submundo?

—Algo assim. E os híbridos são mais poderosos do que... o ser sobrenatural que os gerou. E essas duas meninas vem de linhagens poderosas, dos dois lados da família.

—Como assim mais poderosos?

—De algum jeito, os híbridos naturalmente herdam e amplificam os poderes dos pais. E como essas meninas tem dois pais sobrenaturais e as duas são primogênitas, bom... basta dizer que elas são mais poderosas do que vocês podem se quer imaginar.

—Mas, elas parecem tão... normais e aquele bebê é uma coisa fofa.

—Se você não fosse um Shadowhunter e cruzasse comigo na rua. Diria que eu sou filho de um demônio e o alto feiticeiro do Brookyn?

—Não.

—A ideia é essa.

—Quanto mais doce é o mel, mas mortal é a planta. 

—Por ai. Toda a beleza, a fofura e a doçura são... armadilhas. Engôdos para atrair a presa desavisada. Eles são predadores, os predadores mais letais do mundo.

Magnus me estendeu um copo.

—O que é isso?

—Uma bebida. Você parece estar precisando de uma.

—Parece que a cópia da Clary é uma assassina sanguinária.

—Cópia da Clary?

—Jean Mikaelson. Ela é a imagem cuspida da Clary. É de dar medo Magnus.

—É mesmo? Isso eu quero ver.

Magnus fez uma ligação e logo a híbrida estava na porta.

—Minha nossa! Realmente, é de dar medo.

—Ah, qual é Bane? Eu nunca machucaria você. Você sabe que eu nunca machucaria você. Não é?

—Você é uma Mikaelson querida.

—E o que isso deveria significar?

—Um Mikaelson sempre vai proteger outro Mikaelson.

—É. Nós protegemos a nossa família, sempre e pra sempre. E você falando parece algo horrível.

—Faz alguma ideia de quantos corpos o seu pai e os seus tios já deixaram pelo caminho por causa dessa promessa? Eles mentem, eles traem e ás vezes matam só porque acham engraçado.

—Eu sei que... os meus parentes são meio disfuncionais, mas eles são a minha família. Você! Você é amigo do Magnus?

—Sou.

—Além do mais Bane, você não pode me julgar pelas ações do meu pai ou pelas dos meus tios, porque se o fizer então posso julgá-lo pelas ações do seu pai.

—Touché minha cara.

—Eu tenho meus momentos.

—Apesar da impressionante semelhança física você tem um gosto bem mais requintado para moda do que a Clary.

—Quem é essa Clary afinal?

—Ela era minha namorada. E ela morreu, por minha causa.

—Por acaso você assassinou ela?

—Algo assim.

—Estava sendo controlado Jace. Era um prisioneiro dentro de sua própria mente.

—Você foi possuído?!

—Fui.

—Eu sinto muito. Mas, se tava possuído então, não tinha controle sobre si mesmo. Dizem que é horrível. Você vê o que está fazendo, sabe que é errado, mas não consegue parar.

—Parece conhecer a sensação.

—Eu conheço. Eu tinha uma amiga, Elizabeth. Então, um dia ela foi possuída. O demônio forçou ela a matar a própria irmã e a fazer coisas... horríveis. Ela era paciente da minha tia Rosalie, mas ela se deu um tiro em maio passado.

—Nossa!

—Então, você vai no espetáculo no sábado?

Perguntou Jean para Magnus, mudando de assunto.

—É claro. Você é uma ótima dançarina. O que é que você vai dançar mesmo?

—Balé clássico, depois sapateado irlandês e pra acabar vou dançar dança do ventre. Vai ser uma correria, mas não trocaria por nada no mundo.

—Eu não sei como você consegue. Aula de balé, sapateado irlandês, dança do ventre e aulas de auto-defesa com o tio Jasper.

—Ah, o tio Jas pega pesado, mas eu sei que ele quer o meu bem. E eu tenho aulas com o tio Klaus também.

—E o que o Klaus te ensina?

—A dar cabo de um híbrido e de um vampiro mais velho que eu. Mas, alguns golpes eu nem sei de onde eu tirei.

—Como assim não sabe de onde tirou?

—Ás vezes, quando estou lutando... o meu corpo meio que... vai sozinho. Sei lá.

—Vai sozinho?

—Não tem explicação. É tipo aquele filme da múmia.

—Filme da múmia?

—É. O Retorno da Múmia. A protagonista logo no começo do filme fica tendo visões, ela sabe como usar a chave pra abrir a tumba e sabe lutar com adagas Sai porque ela é a reencarnação de uma Princesa egípcia e o marido dela é um guerreiro de Deus.

Reencarnação.

—A sua mãe diz que você tem problemas pra dormir. Eu posso te fazer uma poção...

—Não tenho problema pra dormir exatamente.

—E qual é o problema?

—É o pesadelo.

—Pesadelos?

—Pesadelo. No singular. É sempre o mesmo.

—E dai?

—As pessoas não tem sonhos diferentes?

—Imagino que sim. E qual é o pesadelo?

—Tem uma mesa de pedra com um buraco. Ai tem aquela mulher... ela é diabólica! Eu sinto o meu peito queimar e ai... eu corto a minha garganta e as coisas explodem. Eu ainda estou viva, me afogando no sangue e caindo do prédio.

—Não me parece muito agradável.

—É por isso que chamam de pesadelo Magnus. Pouco antes de atingir o chão e me estabacar, eu acordo.

Foi exatamente o jeito que a Clary morreu. Mas, ela já estava morta quando o corpo caiu ou pelo menos foi o que a perícia disse.

—Posso tocar?

—Claro. Não sabia que tocava piano.

—Eu aprendo rápido.

Ela tocou o piano lindamente e a voz dela era suave.

—Você toca muito bem. Tem certeza de que tem um dia de idade?

Ela respondeu a pergunta de Alec rindo.

—Tenho.

Perguntei:

—Quem te ensinou a tocar?

—Meu avô. Edward.

—Pai do seu pai ou da sua...

—Da minha mãe. Nunca conheci o meu avô paterno. Ele era pirado e violento.

—E qual era o nome dele?

—Sério? 

—É.

—Mikael. Faz parte do nosso sobrenome. Filho de Mikael.

—Mikaelson. Oh! Eu não tinha notado.

—Eu sei. Ninguém nota.

Ela solta o cabelo que havia prendido com um elástico para tocar o piano.

—Porque eu to aqui Magnus?

—O que?

—Você me chamou aqui. Porque?

—Pra poder ver você. Uma criança de um dia que parece ser uma adolescente.

—Bom, você me viu. Obrigado, por me deixar tocar.

—Como você nos viu aquele dia na boate?

—Eu não sou cega, eu tenho olhos.

—Estávamos encantados. Não era para ninguém nos ver.

—Eu que vou saber como eu vi vocês? Eu sou uma bruxa Mikaelson. Vai ver foi por isso.

—Não foi por isso.

—E foi porque então? Magnus.

—O que?

—Eu te ouvi. Ouvi você dizer que eu não os vi porque sou uma bruxa. Foi porque então?

—Pergunte pra sua mãe.

—Minha mãe? O que a minha mãe tem a ver com isso?

—Realmente não sabe?

—Se eu soubesse não perguntaria.

O feiticeiro respirou fundo e se sentou.

—A sua mãe é especialista em encontrar brechas em feitiços.

—E dai?

—Ela sabia que quando você nascesse, os inimigos do seu pai, da família do seu pai viriam por você. Então, ela cobrou um favor de um ser sobrenatural que ela ajudou.

—E o que isso tem a ver comigo?

—Tudo. A sua mãe encontrou uma brecha na maldição que impedia que o arcanjo Daniel ficasse com a sua amada, então quando ela descobriu que finalmente tinha conseguido engravidar e que o bebê seria filho do Elijah Mikaelson, ficou desesperada para te proteger, para não te perder como perdeu todos os outros bebês. E pediu o sangue do anjo. Ela bebeu o sangue do arcanjo Daniel durante toda a gestação, assim você seria mais poderosa do que qualquer um poderia se quer imaginar.

—Puta merda. Minha mãe se alimentou de um anjo? Puta... merda.

Ela começou a andar nervosamente pela sala, enfiando os dedos na raiz dos cabelos. Ora ela mexia no cabelo, ora ela se abanava.

—Meu Jesus! Eu acho que eu vou vomitar ou desmaiar, ou desmaiar e vomitar.

—Fica calma. Surtar não vai ajudar.

—Não acredito que ela fez isso. A minha mãe? Minha mãe? Ela nem se alimenta de um ser humano vivo!

—Ela não matou o anjo Clary.

—Não sou Clary!

Ela gritou e fez o Magnus voar longe.

—Desculpe.

Ela saiu pela porta completamente transtornada, chorando. Enquanto Alec ajudava o Magnus a se levantar.

—Espero que Renesmee Mikaelson não me mate por isso. 

—E porque ela te mataria?

—Tá brincando? Ela é uma pessoa estranha, todo mundo sabe, mas ela adora essa filha dela. Se ela encasquetar que eu coloquei a filha dela contra ela, estou perdido. Os Mikaelson são encrenca. É confusão, não, de novo não!


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