Inteiramente amados escrita por ChattBug


Capítulo 5
Capítulo 5 - A lembrança


Notas iniciais do capítulo

Olá! Trouxe o quinto capítulo, espero que gostem. Boa leitura!



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Chat Noir se aproximava da casa de Marinette, imaginando as perguntas que faria para a menina, mas não conseguiu pensar em nenhuma que não deixasse claro que ele sabia a identidade secreta da azulada. O loiro parou cinco telhados antes da padaria dos Dupain-Chengs e suspirou.

— Oi, Marinette, sentiu minha falta? — Falou em voz alta, ensaiando. — Nossa, que horrível. Ok, e… o que eu falo depois? Onde você estava… na hora do ataque do akuma hoje? — Suspirou e olhou para a casa da menina — O que estou fazendo? — Disse para si mesmo e saltou sobre os telhados, mas, desta vez, foi na direção de sua própria casa. O loiro, antes de entrar no quarto, certificou que ninguém o veria e desfez a transformação, deu um pedaço de queijo para Plagg e jogou-se na cama logo em seguida.

— Adrien, está tudo bem? — O kwami perguntou.

— Me desculpe, sei que não deveria ter me transformado se não ia salvar ninguém, mas… precisava sair um pouco depois da discussão com meu pai. — O modelo respondeu, sem encarar o amigo.

— Tudo bem. — Disse Plagg e se afastou, sentiu que o menino precisava ficar sozinho e sabia que não era tão bom com sentimentos quanto Tikki.

Adrien olhava para o teto do quarto e pensava no que quase tinha feito e, embora estivesse agradecido por ter evitado aquilo, não conseguia fugir do "e se…". "E se eu tivesse mesmo ter ido falar com ela, será que conseguiria descobrir algo?", o loiro pensava. "Qual é, Adrien, você conhece a Ladybug! É óbvio que não ela deixaria nenhuma pista para descobrirem sua identidade secreta", concluiu. "Mas, pelo menos, se eu tivesse ido, qualquer coisa que ela dissesse, por mais simples que fosse, me deixaria aqui inventando teorias e exercitando minha mente ao invés de só ficar imaginando o que poderia ter acontecido", parou de encarar o teto e sentou-se na cama, tentando mentalmente se convencer de que tinha feito a coisa certa. "Eu não saberia perguntar discretamente, acabaria revelando que sei quem ela é, ou melhor, que acho que sei quem ela é." 

*** 

— Adrien? — Ele escutou a voz de Nathalie o chamar e, logo em seguida, algumas batidas na porta.

— Já estou indo. — Respondeu com uma voz sonolenta enquanto levantava-se e foi abrir a porta, encontrando o olhar surpreso da assistente de Gabriel.

— Ainda não está pronto para ir à escola? — Ela perguntou e o modelo a encarou com uma expressão confusa.

— Como assim "ainda"? São que horas?

— Faz quinze minutos que o seu motorista está esperando e…

— O quê? — Ele disse, atônito, e logo em seguida foi conferir o horário no celular, mas este não ligou. — Não acredito! Eu esqueci de colocar para carregar. Avisa para o Gorila que já estou indo. — Nathalie assentiu e fechou a porta do quarto. Adrien, ainda sonolento, tentou se arrumar o mais rápido que conseguia, logo em seguida, desceu as escadas, indo tomar café da manhã, estava com muita fome e não conseguiria aguentar até o intervalo da escola para se alimentar. Comeu o mais depressa possível e resolveu beber o café enquanto caminhava até o carro, mas acabou derrubando a bebida na camisa e teve que voltar no quarto para buscar outra. Quando finalmente estava saindo de casa, lembrou que deixara a mochila no local que tomou o café da manhã, e entrou novamente para buscá-la. Pediu desculpas ao motorista por tê-lo feito esperar tanto e, assim que chegou ao colégio, subiu as escadas correndo.

Teria sido mais uma manhã monótona de aulas se o loiro não estivesse com tanto azar. Além de acordar atrasado, derrubar o café na sua camisa e quase ter caído da escada duas vezes, ele ainda derrubou todo o material no chão no meio da aula, o que interrompeu a explicação da professora de Física, quase causou um acidente quando misturou as substâncias erradas na experiência de Química e, quando estava voltando do intervalo, bateu a testa na parede da sala, o que com certeza deixaria um galo. "Hoje eu estou com mais azar do que o normal", pensou e logo lembrou-se do amuleto de Marinette, aquele que lhe dava sorte, colocou as mãos no bolso da camisa, que era onde o colocava e sentiu-se desesperado quando notou que o talismã não estava ali. O modelo procurou nos outros bolsos e tirou todo o material de sua mochila, mas não encontrou o objeto em lugar algum, concluiu que deveria ter deixado em casa, resolvendo procurá-lo assim que chegasse da escola. "Talvez seja por isso que eu esteja com tanto azar hoje", ele pensou. 

*** 

Adrien estava impaciente, tinha revirado o quarto e não encontrou o talismã que Marinette lhe deu. Para ele, era um presente muito importante, ainda mais agora que tinha percebido que realmente dava sorte. Começou a guardar toda a bagunça que tinha feito e resolveu olhar em outro cômodo da casa. O loiro ficou a tarde inteira procurando o amuleto, mas não o encontrou. Pensou em olhar a caixa de achados e perdidos da escola no dia seguinte, porém, enquanto estava tocando piano, lembrou-se da última vez que viu o talismã: a noite que foi até a varanda de Marinette e ela quase o viu. A memória começou a ficar mais nítida, ele tinha acabado de se transformar para ir embora e iria pegar o amuleto, que tinha caído no chão, mas ouviu a voz da azulada o chamando e, imediatamente, procurou um lugar para se esconder, com o susto, havia esquecido que tinha deixado o objeto que lhe dava sorte no chão da varanda do quarto de Marinette. "Droga! Não acredito que deixei lá! E agora? E se ela tiver achado? Eu disse que sempre estava com o talismã e, de repente, ela o encontra na varanda, o que ela vai pensar agora? Com certeza vai perceber que eu realmente estive lá naquela noite…", pensou e parou de tocar o instrumento. "Calma, talvez ela não tenha achado ainda, talvez ele ainda esteja lá! Eu posso ir discretamente, buscar o amuleto e ela nunca vai saber de nada!", ele concluiu feliz e voltou a tocar. "Ou… talvez a mãe ou o pai da Marinette tenha encontrado o talismã e pensado que era da filha, colocando no quarto dela, o que dificulta meu trabalho.", a animação do menino diminuiu. "Ou talvez a própria Marinette tenha encontrado e esteja, nesse momento, tentando entender como o talismã foi parar ali", ele errou uma nota e parou de tocar novamente. "Só vou saber o que realmente aconteceu se eu for até lá…", olhou para o kwami e para a janela do quarto. "Ótimo! Lá vou eu de novo!", ironizou.

— Plagg, mostrar as garras! — Transformado em Chat Noir, ele chegaria ao local mais rápido e, se o amuleto ainda estivesse lá, conseguiria pegá-lo sem que a azulada o visse. Assim que chegou na padaria dos Dupain Chengs, o menino se certificou que ninguém o veria e, quando pousou na varanda, procurou em todos os lugares, mas não encontrou o objeto. "Ótimo, não está aqui! Agora resta saber quem o encontrou e se esse alguém realmente me viu naquela noite ou se acredita que foi um sonho, de qualquer forma, minha discrição já era." O modelo colocou as mãos sobre o rosto e, com a preocupação, não ouviu os passos que se aproximavam.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? O próximo capítulo será postado na quarta-feira. Obrigada por ler!



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