Aquele pedido (Revisada) escrita por Gabriela


Capítulo 15
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Notas iniciais do capítulo

Sim.. um capitulo inédito!!!! E sim estou escrevendo outro kkk



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Seu pai olhava para o horizonte com receio no olhar. –Quanto tempo vai ficar fora dessa vez? –Seu eu criança perguntou enquanto tentava encontrar o que ele tanto olhava naquele mundo.

—Alguns meses. –Respondeu antes de olhar para ela e dar aquele sorriso que dizia que tudo ficaria bem. –É importante essa viagem. Por isso, sua mãe vai comigo dessa vez.

Mas, não ficaria tudo bem. Não havia espaço para ela no que ele planejava. –E eu?

A pergunta puxou um longo suspiro dele, e trouxe um olhar quase culpado. –Você... vai para uma escola. Uma das melhores. Não é isso o que queria?

Não dessa forma. –Eu vou para um internato?

—Sim. Ele é um dos melhores, está aceitando algumas garotas nos últimos anos. E a sua tia estará lá. –Sorriu tentando aliviar toda aquela situação. –E só será por pouco tempo.

Pouco tempo que durou quase oito anos. Foi a último mês que viu seu pais juntos, e foi a última vez que aquele lugar foi uma casa. Agora, ali, era só um lugar onde um homem disse a uma garotinha que estaria sozinha. E essa foi a melhor decisão que ele fez. Hoje, não seria quem era sem aqueles miseráveis anos naquela escola.

Seu doce amigo de quatro patas relinchou enquanto corria pela cerca. Estava com saudades dela, de suas caminhadas, de suas loucuras. Sentiria falta dele. Sentiria falta desses pequenos momentos passageiros que a fizeram quase feliz. Só o beijo não sabia onde colocar, como uma memória boa ou ruim. Mas, antes de descobrir, a grama molhada afundou, alertando-a de uma aproximação. E quando se virou na direção do som, encontrou Kate e seu olhar determinação.

—Me disseram que estava aqui. –A mulher respondeu rapidamente enquanto se aproximava mais dela, enquanto olhava para suas vestimentas.

Pela primeira vez, não estava usando um vestido e sim uma camiseta e uma calça. –O que quer, Kate? –Seu olhar pegou o do dela, e antes de ficar estranho, respondeu o que ela não perguntaria. –E não. Não estou assim porque disse que odeia meus vestidos. –Se tivesse que colocar mais um vestido em uma mala, iria queimar todos.

A brisa gelada passou por elas, marcando a pausa que parecia durar anos. – Eu realmente não sei o porquê estou aqui. Eu só... -Sentia que precisava colocar um ponto final nessa história. -Eu irei embora se você quiser.

Queria? Suspirou alto enquanto negava com a cabeça, dando abertura para Kate se sentar ao seu lado. – Por que me beijou?

Essa era uma boa pergunta. – Honestamente... nem eu sei. Eu acho que te beijei porque era a única coisa que eu podia fazer. – E desde então, não conseguia tirar isso da mente. – Porque seu olhar me chama para o desafio... e eu cansei de não ouvir ele. – Seus olhares se chocaram, no entanto dessa vez, não viu fogo, mas água.

—Não deveria. Eu estou indo embora, Kate, e... – Alguns pontos são imutáveis. Puxou um leve sorriso, mantendo as lágrimas contidas. -Seu lugar é aqui. Sua luta é aqui. E podemos sair disso sem se machucar ainda mais. -Soltou entre um longo suspiro.

Queria? -E se a sua luta fosse aqui também?

Não era. -Eu não me encaixo nesse lugar. Eu sou uma loba solitário. Nasci tarde ou cedo demais. – Sua mão se ergueu e lentamente tocou a pele suave do rosto da outra mulher. -Eu não tenho um lar... o mais próximo disso seria meu primo. -Mas, não era algo de longo prazo. -Eu preciso procurar meu lugar. -Seus dedos deslizaram pela pele enquanto a mão dela se aproximava de seu rosto.

Sua palma posou no pescoço e lentamente subir, puxando um longo arrepio. -Beijar você foi um ato egoísta. Estar aqui é um ato completamente egoísta. -Enquanto se aproximava. -E eu vejo você se contento... aceitando... - Se aproximava até suas respirações se misturarem, até poder ver o mais profundo verde. – Porque você tem medo.

Sua sobrancelha se ergueu. -Está questionando minha coragem?

Estava provocando. -Você luta por tudo. E não luta quando só depende de você. -Apontou, e quase imediatamente, viu uma fagulha aparecer no olhar dela. – Você tem medo. Você tem medo do que sente por mim. – O desafio brilhou nos olhos verdes.... brilhou. - Você quer fugir!

Ela queria! Queria correr e nunca mais olhar para trás. – Eu tenho medo porque você tem um noivo... porque você só precisa voltar a sua vida e esquecer. -Sussurrou com raiva, deixando seus lábios ainda mais próximos do dela. – Eu tenho medo porque eu não quero sofrer... -Atacou com raiva antes de acabar com aquela dança, e sem esperar mais, quebrou o resquício da distância, e a beijou.

Seus lábios se movimentaram enquanto suas mãos se perdiam em seus fios... enquanto se perdia por completo. As mãos de Kate desceram, puxando a camiseta, tentando um contato que parecia não ser o suficiente. Puxaram até encontrar uma brecha, e inserir por dentro dela, puxando um longo arrepio enquanto se distanciava por ar. Enquanto seu coração batia em alta velocidade, e antes de realmente se recuperar, Kate a beijou. -Kate. -Surrou ao sentir a leve mordida em seus lábios, que incendiou ainda mais seu corpo. Precisava... seus lábios se distanciaram bruscamente.

A respiração era pesada, densa e seus olhos profundos. – O que?

—Aceita uma taça de vinho? – Perguntou, se aproximando mais uma vez. Deixando seu nariz tocar levemente o dela. – Ou precisava voltar?

Não havia como voltar. -Eu vou aceitar... o vinho. -Comentou antes de fechar os olhos, e beijá-la mais uma vez. O desejo consumindo sua essência.  -Vamos? -Perguntou em um curto afastamento.

Por um segundo, ela se perguntou para onde, mas logo a realidade retornou. -Vamos. – Afirmou, se levantou rapidamente antes de estender a mão para Kate.

—Muito gentil. – Brincou antes de agarrar sua mão e se deixar ser erguida. – Não te reconheço mais.

Sorriu antes de agarrar a cela do seu cavalo. – Sou uma mulher de surpresas. – Brincou enquanto começava a caminhada para a mansão, dando o espaço necessário para repensar suas próximas decisões. Mas, Kate logo a seguiu.

Assim, entraram na sala vazia, deixando seus passos ecoarem pela madeira. -Você tem alguma preferência... -Começou, mas sua voz foi cortada pelos lábios dela, quebrando sua postura. Era tão quente e convidativo, que deixou-se ser guiada até a escada, e somente quando quase caiu, recuou. – Sem preferências então... -Sussurrou.

A brincadeira puxou um sorriso em seus lábios. - Só uma. -Aproximou mais uma vez, deixando seus lábios se tocarem lentamente. Um toque que incendiou ainda mais seu corpo e acelerou seu coração. - Sem acidentes na escada. -Falou antes de puxá-la em direção ao primeiro andar, que esteve uma única vez, mas lembrava bem o caminho.

A porta bateu na brusca entrada delas enquanto seus lábios voltavam a se conectar, enquanto suas mãos quebraram as travas e se permitiam buscar além do rosto. Rapidamente, a camiseta de Kate foi erguida, e sem hesitar, ela deixou Beatrice jogá-la para longe. - Péssimo dia para escolher não usar seus vestidos.

Ergueu a sobrancelha. –Não era você que os odiava? – A pergunta nunca foi respondida. Não precisava. Ela a beijou mais uma vez enquanto mergulhava as mãos no interior de sua camiseta. A palma fria subiu, arranhando sua pele, antes de acomodar em seus seios. -Kate... -O nome dela saiu em supro de suspiro enquanto tudo a sua volta se tornava um borrão.

Entre os movimentos acelerados, suas roupas foram descartadas enquanto caiam na cama, deixando uma risada ecoar. Era uma mistura de euforia com excitação, e não tinha como fugir. Seus beijos se tornaram frenéticos antes se deixar descer. Seus lábios beijaram a pele do pescoço, beijaram o ombro, seus seios.

A boca dela mergulhou em seu seio, e tudo o que pode fazer era gemer, e segurar os fios vermelhos. -B.

Isso era tudo o que precisava ouvir para ir mais a fundo. Seus dedos desceram, mergulhando por completo em seu centro, fazendo-a gemer mais alto.  -Tudo... -Sua perguntar foi cortado por duas mãos que puxaram sua cabeça para cima, e antes de notar, seus lábios foram tomados por outros ainda mais suave. Dando ainda mais incentivo para sua movimentação.

Kate quebrou o beijo enquanto seus olhos se fechavam com força, e suas mãos se cravam nas costas da outra mulher. E antes de estar preparada, a onda a levou, tirando sua mente do seu corpo. Fazendo borbulhar em sua visão estrelas.

Beatrice assistiu de perto a mulher se perder com um sorriso quase bobo, e foi ele que recepcionou ela quando retornou ao seu plano. – Eu faço coisas maravilhosas quando ajo por instinto.

A brincadeira puxou uma risada roca dela. – Eu só não bato no seu braço porque minhas mãos estão tremulas, e seu sorriso é lindo. – O comentário puxou um tom rosado para o rosto de Beatrice, e isso quase a fez em êxtase novamente.  – Estamos nuas e você fica corada por um comentário.

—E eu achei que eu era a insensível. – Comentou antes de esconder o rosto ainda mais vermelho entre o pescoço dela. A risada dela vibrou em sua pele enquanto sua mão puxava seus fios para longe, deixando seu ombro a amostra.

Seus lábios tocaram a pele quente e levemente suada. – Você é insensível, irritante... -Beijou seu pescoço, sentindo a pele arrepiar. – Petulante.

—Você me odeia tanto assim? – Brincou, focando seu olhar no dela.

Os olhos verdes queimavam. – Eu tentei... mas não consigo. – Seus lábios pegaram os dela mais uma vez antes de virá-las. Instintivamente, as pernas longas de Beatrice abriram ainda mais, e sem esperar se acomodo naquele lugar. – Eu quero tirar você dá minha mente... mas é como se houvesse uma força que me puxava para você. - Falou entre um longo suspiro, deixando sentindo o coração da outra mulher acelerar ainda mais.

Sua mão abaixou e mesmo não sabendo o que fazer, tocou onde gostaria de tocar. Seus dedos deslizaram pelos seus seios antes de brincar com eles. E quando Beatrice gemeu, soltou um longo suspiro. De todos os sentimentos que ela a fez sentir, esse era o mais forte. Era como mergulhar em um oceano fervendo, e mesmo que o ar quase não existia, não se importava. Tudo o que importava era fazer aquela mulher gritar seu nome alto. Por isso, continuou seguindo o mesmo caminho que ela fez, e quando se tornou fogo, ouviu seu nome soar alto, ocultando o som do seu movimento.

Beatrice fechou os olhos antes de ocultar seu rosto no ombro da outra mulher, deixando seu grito suave ser abafado pela pele suada. Tudo era demais e ainda pouco, e quando alcançou o ponto de equilíbrio dos dois, sentiu o som se dissipar, e o mundo se calar.

Um sorriso se formou em seu rosto enquanto se distanciava do ombro, e ainda distante, levantou as pálpebras. Seus olhos verdes escuros brilharam como o marrom enquanto a noite caia.


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Notas finais do capítulo

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