Charlotte a Herdeira da Trapaça escrita por MJ Triluna


Capítulo 12
Capítulo XI - Statera Spiritualis


Notas iniciais do capítulo

Capítulo quentinho :3



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Mais um emprego tinha ido pelos ares graças a seu “outro emprego”, toda a cidade adorava falar sobre a vida alheia e a dele tendo alguns bônus era alvo constante. As fofocas sobre ele fechavam diversas portas bem na sua cara, era frustrante, mas precisava manter tanto ele quanto a irmã vivos. O “outro emprego” mantinha Sarah segura e viva, ele precisava de mais um para se sustentar, caso contrário acabaria morto de fome.

Numa cidade pequena é fácil alguns boatos e famas arruinarem qualquer chance de conseguir um dos poucos empregos disponíveis; Essa infelizmente era sua situação, depois de perder o último emprego por não ter aparecido ou sequer explicado a falta, não tinha esperança de conseguir um emprego decente.

A Raposa de Cachecol era uma lanchonete local popular, funcionários não duravam muito por ali, o dono não pagava bem, era arisco, grosso e ainda por cima só contratava “pau para toda obra”.

O único lugar que, talvez, ele tivesse uma chance e por isso tinha ido a última e pior opção de sua lista. Falar com Noah, o dono do estabelecimento que tinha uma carranca permanente no rosto.

Depois de insistir e insistir, de largar metade do salário e alguns direitos mínimos como trabalhador, o homem assustador tinha concordado em lhe empregar contanto que ele começasse aquela noite mesmo. Tinha pego o período tarde e noite em dias de semana e, aos finais de semana apenas noite.

Com um salário horrível, era quase trabalho escravo. Porém, era tudo que ele poderia conseguir, ninguém além do velho Noah poderia lhe dar uma chance sequer, a cidade inteira o achava um irresponsável por mais que trabalhasse desde criança.

No instante que ouviu o “sim” não se conteve, pulou comemorando. Apesar da cara estranha que o chefe fez, não pareceu se incomodar com a vibração do novo funcionário que saiu fazendo promessas mescladas a agradecimentos incessantes, só parou quando atendeu o telefone e ficou sério num instante, sumindo das vistas num instante.

— Vou ficar de olho nele por você, Sarah — comentou cruzando os braços sobre o balcão.

     ***

Sentada na grama junto a um desconhecido que reclamava constantemente de ela ter sido tão descuidada — com razão —, devia estar totalmente arisca com a presença de alguém que era um completo estranho do mesmo jeito que parecia um velho conhecido, era bom de alguma forma.

Em algumas das memórias por ele despertas podia ser algo parecido, mas agora a história era outra, se sentia envolta por uma atmosfera familiar, por mais que tivesse sua família, nenhum instante entre eles se aproximava àquela sensação.

Estava ouvindo ofensas enquanto ele cuidava cautelosamente da ferida em sua testa. "Que sensação é essa?" Perguntou-se, soltando um riso nasal logo em seguida. "Só quero continuar sentindo ela o quanto puder."

— O que é engraçado, prepotente?! — Cutucou, de propósito, a ferida já envolta em faixas.

— Não é da sua conta, isso doeu, droga!

Continuaram resmungando como duas velhas rabugentas, no final, quando o curativo estava pronto eles pararam por um instante e começaram a rir sem parar, parecendo duas crianças que riam de uma piada ruim.

Era raro ver qualquer um dos dois rindo tão despreocupadamente, um riso tão leve.

“Esse sentimento… preciso de mais disso”, concluiu.

Quando suas costelas já doíam de tanto rir, ela parou e sua expressão ficou serena, fitando o homem ao seu lado, seus olhos levaram sua mente numa aventura por aqueles fios de cabelo, cada traço do rosto, cada mínimo defeito da pele, a largura dos ombros. Queria gravar tudo aquilo em sua memória eternamente, perdeu-se em devaneios guardando aquele momento.

— Então… — Sua voz estava doce como não ficava há anos —, como devo te chamar?

Não tinha intuito de magoar ou machucar com aquelas palavras, mas o olhar à ela dirigido mostrou que o tinha feito mesmo que sem querer.

— Como você preferir, raposinha. — Se levantou batendo a poeira de suas roupas. — Atrasado como sempre.

Titubeou olhando para cima, afiando a curiosidade de Charlotte que se perguntava quem estava atrasado, com cuidado levantou-se e começou a olhar para cima. Estalou a língua e semicerrou os olhos vendo a ave de rapina pousar com calma.

Apesar de a expressão amarrada transparecer irritação, estava mais incomodada, não gostava de ter recebido ajuda dele e só a lembrança de ter estado naquele armário com ele era suficiente para lhe dar nos nervos, sua vontade era de ralar a cara dele no asfalto.

O rapaz ainda estava com muitos curativos e um tanto pálido, ela até pensou em tocar nesse assunto, todavia, não achou apropriado. Estranhou quando Arthur começou uma briga do nada, reclamando, enquanto recebia respostas monossilábicas, claramente o outro não estava se importando com as reclamações dele.

Totalmente ignorado, Arthur acabou bufando e desistindo.

Algumas das coisas sem noção que Arthur tinha falado agora faziam sentido. Afinal estava “trabalhando” para alguém que desejava mantê-la segura. Porém, isso não tornou sua presença menos incômoda, mesmo assim, até onde sabia não estava naquele lugar para sentir-se confortável, estava para aprender e, nem sempre aprender é confortável.

— É bem simples — o homem começou —, aqui temos esse esplêndido canivete recém-furtado — Charlotte passou a mão nos bolsos, se perguntado quando ele tinha pego aquilo sem ela notar — E, bem, alguém vai ter um canivete e o outro não, ênfase que ele corta, o objetivo é tomar o canivete e/ou imobilizar o outro. Fácil né?

— Quantos meses vou perder aqui até ela conseguir sequer derrubar isso da minha mão? — desdenhou, coçando a nuca.

— Acho que, sendo otimista, três são suficiente — disse cruzando os braços e balançando a cabeça em afirmação.

— Estão falando como se eu não estivesse aqui — Seu olho direito tremulava em espasmos de raiva —, e falou o convencido que só não morreu porque eu saí arrastando pela floresta e ainda tive que cuidar dos machucados, falar é fácil né?! — ralhou. — E me devolva meu canivete, inferno!

A arma branca foi lançada na direção dela, com o intuito que ela pegasse, no entanto, ela desviou com medo da própria arma e a pegou do chão depois, fingindo que nada tinha acontecido e tentando não se irritar com os olhares de deboche. É, estava patética.

— Arty, não se segure. — Arthur detestava o apelido de infância, mas poder dar tudo de si o fez deixar isso quieto.

Um mano-a-mano sem segurar, chegava a ser nostálgico aquele treino, sorriu lembrando da tormenta que foram suas lutas de aprendizado com Kai, dessa vez não era ele quem ia ter uma saga de romance com o chão. Essa era com toda certeza a melhor parte, fechou os olhos por um instante, se concentrou e quando tornou a abri-los assustou Charlotte.

Parecia outra pessoa, o canivete em sua mão sendo segurado em punho-martelo vacilou e caiu de novo no chão. Ela internamente gargalhava da própria cara, começou sem pé nenhum, não era nem o esquerdo para ter tanto azar.

Pela primeira vez desde que tinha conhecido Arthur, ele não parecia um imbecil que fala mais do que faz, nem sequer parecia imbecil como é, seus olhos cortavam muito mais que a lâmina nas mãos dela, sua destreza e concentração poderiam amedrontar um exército inteiro.

"Que diabos tinha acontecido com ele ao correr dos anos?" Se perguntou lembrando das cicatrizes que cobriam o tórax dele, era egocêntrico seu pensamento de que só ela tinha tido uma vida difícil.

Quem tem uma arma tem uma vantagem óbvia, então ela fez o primeiro movimento.

E num instante, uma pancada no braço a fez largar o canivete, outra a fez perder o equilíbrio e lá estava ela. Comendo grama e com um braço nas costas sendo puxado obviamente para mantê-la imobilizada, enquanto isso um dos pés de Arthur deu conta de pisar no outro braço dela.

— É, falar é fácil… — concordou, seu olhar deixava clara a barreira de força, experiência e poder entre eles. Era um abismo.

Ali sem poder mover o corpo, com o rosto no chão e vendo de soslaio a expressão de Arthur, se sentiu uma pequena raposa encurralada nas garras de um falcão.

— Está tudo fora do lugar, isso é perda de tempo — afirmou soltando-a sem cerimônia.

— É, nunca achei que encontraria alguém pior que você nisso — Deu risada. — Mesmo assim, tem uma variante na equação que você não viu, Arty…

— Pare de me cham…

— Mais uma vez — A garota se erguia engolindo as lágrimas que a frustração lhe trazia. — Vamos mais uma vez!

Ela pegou o canivete no chão e mesmo com toda a dor que estava sentindo se colocou na melhor posição que conseguiu. Nos olhos marejados da loira, duas chamas dançavam em suas íris como se mostrassem toda a vida exalando dela, os dentes cerrados e a tensão do corpo transpareciam a frustração.

Mais uma vez, de novo e de novo. Ela não estava contando, porém, não importava quantas vezes se erguesse e tentasse novamente, tornava a cair por terra em instantes, tinha certeza que não conseguia nem durar mais tempo em pé, estava estagnada. Era como se no primeiro nível de um jogo tivesse que enfrentar um miniboss.

Perda de tempo…

Suor pingava de seu rosto e seu corpo todo tremulava de exaustão, mal ficava em pé, a luz do sol condenava aquele corpo exaurido, os lábios secos rachavam-se, a respiração ficava cada vez mais ofegantes e não importava a medida tomada, o resultado era ela no chão sem conseguir fazer nada. Patético. Há quanto tempo estava ali? Lhe pareciam horas, mesmo assim Arthur não estava cansado, nem sequer tinha demonstrado esforço.

Os comentários dele começavam a ficar insuportáveis. Mas seus sentidos estavam embaralhados demais para ela formular respostas, o que estava acontecendo? Toda vez que dava um passo contra ele era como lutar com os punhos, de peito aberto, contra uma metralhadora.

Como uma barreira tão grande podia existir entre duas pessoas de idades tão próximas? Não encontrava uma resposta lógica para aquilo e isso só a irritava mais.

— É o bastante por hoje — As palavras do homem a irritaram.

— Não, eu ainda…

— Ainda quer comer terra? — Arthur perguntou sério, seus olhar a atravessava como uma lança — Se poupe, gracinha, dar murro em ponta de faca não vai mudar nada. Apenas aceite, aceite que sua teimosia e motivação nunca vão poder superar anos de treino e experiência, você não está lutando contra alguém que pegaria leve por você ser a princesinha do papai. Se ponha no seu lugar e facilite o trabalho dos outros!

Antes que ela começasse a xingá-lo, ele já ia longe montado em seu falcão. Ódio tinha subido até sua cabeça, fazendo ela murmurar incontáveis ameaças e meios de matar Arthur.

— Se conseguiu te irritar tanto é porque é verdade — comentou cruzando os braços. — Você está cansada, vá para casa, ninguém aprende nada em um dia só.

— Como é? — rosnou. — Eu vou aceitar quando eu conseguir enfiar esse canivete no rabo dele, aceitar. Se eu me conformar com qualquer porcaria já estaria comendo grama pela raiz.

Montou num só pulo em sua égua, pronta para voltar para casa. Mas não era com o rabo entre as pernas.

— Pare e pense um pouco. O Arthur é um imbecil em tempo integral, não espere que ele saiba resolver nem mesmo uma conta básica, mas o tipo de inteligência dele não é para isso mesmo. Ele é um gênio quando o assunto é combate, ainda mais no mano-a-mano, essa é a área dele, melhor, é o reino dele. Através dos anos ele comeu bem mais terra do que você pode imaginar, correu risco de vida, se vira em três para conciliar tudo. Tem que cuidar de outras pessoas além dele, nunca teve nada fácil no caminho dele, você teve uma vida difícil e ninguém negaria, mas o Arthur teve uma vida infernal, ele conhece a fome de perto, ele viu a morte bater na porta dele, diferente de você não pode levantar um dedo quando separaram a irmã dele. Qual sua motivação? Proteger os outros, sobreviver? — Ela estava ficando mais e mais irritada a cada palavra.

“O Arthur luta sabendo que pode morrer por um mínimo erro, não sei de muitas pessoas com reflexos melhores que os dele. Um instinto de batalha que apesar dele negar o tempo inteiro, ele herdou do pai assim como a estupidez. Aquele garoto está muito além do que você pode imaginar, ou sequer conheça, enquanto seu problema era esconder garrafas vazias de bebida do conselho tutelar, o dele era fugir de assistentes sociais e conseguir empregos desde criança ou ele teria morrido de fome e matado a irmã junto, afinal ele é quem paga a conta dela por assim dizer. Um dia nunca seria suficiente para chegar no nível dele, então agir como se apenas se irritar fosse derrubar ele, é ser bem mais estúpido do que ele”

     ***

O vento batia contra seu rosto, refrescante e revigorante. Entre pedaladas continuas prestava atenção na paisagem ao seu redor, ao mesmo tempo que ficava refletindo sobre o passado, como sempre uma âncora em sua existência a prendia a seu passado. Tão forte e pesada que ela não conseguia se desvencilhar da mesma para voltar a navegar pelos oceanos da vida.

Freou bruscamente a bicicleta quando ouviu o som irritante da buzina de um carro, tinha perdido atenção a tudo e quase tinha sido atropelada. Ouviu os xingamentos do motorista sem se importar, ainda estava absorta e um simples som a tinha salvo de um atropelamento. Bufou, se estava andando de bicicleta tinha que prestar atenção naquilo, um erro em meio a carros, motos e caminhões causam a morte.

Se deixou atenta apenas a realidade do agora e logo tinha chego na cidade. Depois de chegar em casa com a cabeça enfaixada e roxos nos braços, dando a desculpa que caíra do cavalo, estava um inferno. Mesmo que ainda negasse, Phelipe realmente estava contra ela e, ver tanta falsidade embrulhava-lhe o estômago.

Não queria ficar em casa, não tinha nem sequer vontade de voltar para lá após pegar a bicicleta e sair pedalando em busca de ficar só. Como sempre não haviam muitas pessoas nas ruas da cidade e, as poucas que havia, pouco se importavam com mais alguém passando de bicicleta por ali.

Um buraco na pista a surpreendeu, dando trabalho para se manter em cima da bicicleta e por pouco não caiu, quando conseguiu frear e apoiar-se xingou a qualidade das estradas, ou a falta de qualidade, e resolveu continuar a pé empurrando a bicicleta ao seu lado.

Apesar de pequena, a cidade era um tanto barulhenta fazendo com que ela se sentisse menos deslocada. Tinha crescido com o ronco de motores, buzinas incessantes e sons de construções para todo lado, silêncio demais chegava a ser assombroso. Uma dose pequena de barulho que um amontoado de pessoas vivendo numa mesma área gera a fazia se sentir bem.

— Vá pentear macaco! — A voz de Arthur soou irritada.

Ela olhou para direção de onde a voz vinha, logo a sua frente e viu ele passar por ela tão irritado que chegava a ser assustador. Ela deu risada, não sabia o que estava acontecendo, todavia, achou graça no quão transtornado ele estava. Voltou a andar de cara pra cima, contemplando as nuvens que corriam pelo céu.

— Você! — disse uma voz rouca e forte, pegando-a de surpresa. — É você! — Ela estava pronta para sacar seu canivete quando ele agarrou o braço dela.

O homem tinha tanta barba que mais parecia um urso, os cabelos longos também incomuns e até uma trança grande. Aos olhos dela era um morador de rua ensandecido, ainda mais com aquelas roupas maltrapilhas.

— Não estou com dinheiro. — Foi a resposta, tinha certeza que era alguém pedindo esmola.

Tentava, sem sucesso, fugir. A força daquele homem era sobre-humana, novamente o fazendo parecer um urso, era tão impossível se soltar de um abraço de urso quando salvar seu braço que ele segurava sem esforço algum.

Apesar de tantos pelos na cara ela notou traços de confusão, com toda certeza ele não estava entendo nada. Ela também não estava entendendo nada, só queria sair de perto daquele sujeito amedrontador e burro, não o conhecia, mas a cara de idiota era quase a mesma de Arthur, então ela depois de alguns segundo o rotulou como burro.

— Não me importo com seu dinheiro — murmurou ainda sem entender.

— Está bem, você está a meio centímetro de eu chamar a polícia e você ser preso por assédio então chega pra lá, brutamontes! — ameaçou irritada, além de tudo a cena começava a chamar atenção das pessoas que passavam por ali.

Ele largou o braço dela, que suspirou aliviada por um instante. Mas voltou a se preocupar quando ele começou a gargalhar como um vilão de desenho animado, agora ela estava incrédula e expressando tudo isso em palavras que fizeram os pais taparem os ouvidos de seus filhos.

— É realmente você. — Ele chorava de rir, a assustando mais ainda. — Desculpe. — Aparentemente, ele tentou sorrir para acalmá-la, mas ela esbugalhou os olhos e pensou seriamente em acertar os países baixos do homem para fugir. — É só que você é a cara do seu pai.

Ele voltou a andar para onde quer que estivesse indo, a deixando mais confusa ainda. Quem era aquele homem estúpido e do que ele estava falando? Ninguém que conhecesse Phelipe diria que ela tem sequer um traço dele, todos diziam que “só tinha puxado o lado da mãe” e ela realmente parecia muito com sua tia em aparência.

Obviamente ele não estava falando de Phelipe, era burro o suficiente para ela saber que não era mentiroso. Então quem era ele para saber sobre aquilo?

Até tentou segui-lo, mas quando ele dobrou uma esquina ela não conseguiu mais encontrá-lo. Tinha chego questão de segundos depois dele ali, aquilo só a deixou mais intrigada.

Depois daquilo desistiu de ir atrás do sujeito cujo Arthur tinha mandado ir pentear macacos, comprou energético e se sentou na calçada mesmo apenas olhando o vai e vem das pessoas enquanto descansava um pouco as pernas. Sua mente queria muito as respostas para todas as suas perguntas, mas já tinha se acostumado a não tê-las.

Havia mais pessoas que o comum na rua, aparentemente aquele era o horário do rush da cidade. Se sentia bem passando despercebida ali, sentada na calçada apenas observando os outros. Quando entre as muitas pessoas notou algo incomum, de primeira achou que se tratasse de um cão de rua, mas aquele pelo e aqueles olhos a deixaram inerte.

— Raposa? — murmurou incrédula, se assustando com o animal que andava exatamente na direção dela.

Seu cérebro desistiu de raciocinar, fazendo algo como o “blue-screen” de um computador quando o animal falou:

— Você está pronta. — Portando um sorriso melancólico.


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Notas finais do capítulo

Nesse capítulo vemos que o parquinho vai pegar fogo! Wonderfull, sim, Charlotte passou longe do poder do protagonismo, coitada vai beijar muito chão ainda! Como o Arty disse, apenas perseverança nunca supera anos de treino e xp, é física e humanamente impossivel virar mestre do kung fu do nada.

Eu sinceramente não sei o que é mais louco, o Kai ou o povo que brota do além falando pra Charlie que ela é a cara do pai KKKK! Quem é o mendigo brutamontes? Por que Arthur mandou ele pentear macaco? E afinal, PARA O QUE DIABOS CHARLOTTE ESTÁ PRONTA DONA SENHORA RAPOSA FALANTE?! Sexta, no globo repórter.

Curiosidade sobre o cap: O velho Noah, é baseado numa pessoa que existe, Sr.Noé, que é um homem no mínimo medonho e de hábitos estranhos. Salve, salve meu vizinho! Ele também é um personagem mais importante do que aparenta ser, beijo e até a próxima terráqueos :*



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