Hey, Noona! Eu te Amo Jungkook - BTS escrita por haayn


Capítulo 3
Angustiado




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S/N 

 

— O que vocês... -

 

Eu não vi a hora em que desferi o tapa forte no rosto de Jungkook. O garoto deu dois passos pra trás assustado.

 

— Você não ouse tocar em mim nunca mais, Jeon Jungkook. Eu exijo respeito e espero que você não repita o que fez hoje. - o encarei séria impedindo com que as lágrimas descessem sobre meu rosto. 

 

Me encontrava confusa, mas com certeza muito nervosa e com raiva da audácia que o garoto teve ao me beijar. E eu a burra ainda correspondi... Meu Deus! Onde eu estava com a cabeça?

 

— S/N! Por que bateu nele? - Seunghee se aproximou e nos olhou indignada.

 

 Jungkook levantou o olhar e percebi que ele se segurava pra não chorar. Sua bochecha esquerda já estava bem vermelha por conta do tapa que lhe dei. Por um momento tive pena dele, mas logo passou quando lembrei-me do beijo.

 

— Desculpe, noona. Isso não irá se repetir. - Jeon se inclinou e rapidamente se retirou de meu quarto.

 

Fui atrás dele e Fechei a porta a trancando e permitindo com que eu enfim liberasse os sentimentos presos dentro de mim em forma de lágrimas grossas que banhavam meu rosto. 

 

Prendi com firmeza a toalha em meu corpo e me joguei em minha cama de bruços soluçando forte e sentindo uma grande angústia e medo em meu peito.

 

Por que ele fez isso? Por que me pegar desprevinida desse jeito?

 

 - S/N? O que aconteceu? - 

 

Senti Seunghee sentar-se na beirada da cama. Eu nada disse, chorei por minutos ainda apreensiva.               

 

                Jeon Jungkook

 

Droga, Jungkook! Ainda sentia o local que fui atingido pelo tapa arder. Desci os degraus da escada com pressa e entrei na sala de cabeça abaixada. Cheguei no sofá e peguei minha mochila.

 

— Já vai? - Namjoon hyung perguntou e eu concordei com um aceno de cabeça tentando ao máximo evitar com que eles vissem a marca que deveria estar em meu rosto.

 

— Estou indo. Nos vemos amanhã. - murmurei engolindo a bola que se formava em minha garganta.

 

Virei-me e andei até a porta os ouvindo se despedirem de mim. Respirei fundo impedindo com que lagrimas saissem de meus olhos. Eu não iria chorar! Não agora.

 

— Jungkook! - passei pela porta e escutei Jimin exclamar atrás de mim.

 

Não o dei atenção e segui caminho até minha casa de cabeça baixa ainda. 

 

— Hey! O que aconteceu, cara? - 

 

O senti puxar-me pelo ombro. Me esquivei dele rapidamente e chutei o ar gritando com raiva.

 

— Argh! Que raiva! - gritei e dessa vez soquei minha mochila a tacando no chão em seguida.

 

Chutei-a incontáveis vezes xingando-me. Quem passasse por aquela rua provavelmente me acharia um completo louco, mas eu não ligava.

 

— Eu fui um burro, um idiota. Otário! - gritei e taquei a mochila do outro lado da rua.

 

Antes ela do que a cara de um inocente.

 

— Calma, Jungkook! Tenta se acalmar. - vi o garoto vir até mim me puxando pelo braço até sentarmos no meio fio da calçada ao lado de minha mochila já imunda de sujeira.

 

Respirei fundo e enterrei meu rosto entre minhas mãos pousadas nos joelhos.

 

Senti meus olhos arderem juntamente com o bolo que se formava em minha garganta novamente. Mas não me permiti cair no choro, novamente.

 

— Me conta o que aconteceu. -

 

— Eu a beijei. - falei num fio de voz.

 

— O que? -

 

—EU BEIJEI A NOONA, TA LEGAL?! - 

 

Levantei a cabeça e vi Jimin olhando-me surpreso.                   

 

  S/N

 

— Ele te beijou? - 

 

Concordei com a cabeça e vi a garota prender um sorriso com as mãos.

 

— Ele me escreveu uma carta se declarando. 

 

Me levantei e andei até o guarda-roupa abrindo a segunda gaveta pegando o envelope que ainda continha o cheiro dele.Entreguei o papel a Seunghee que rapidamente o abriu e leu. 

 

Enquanto isso eu me vestia no banheiro. Me encontrava atordoada demais. 

 

Como ele teve coragem de me beijar? E como eu fui burra o suficiente pra o retribuir? Onde eu estava com a cabeça, afinal? 

 

No momento quando ele se aproximou e me beijou eu só pensei no quão aliviada eu havia ficado, em como aquilo me proporcionava prazer, no quão bom era poder sentir suas mãos firmes em mim... 

 

Eu só pensei em minhas necessidades sexuais e não no quão errado toda situação era. Eu nunca usaria Jungkook dessa forma, até porque ele era apenas um garoto. Não nutria nenhum tipo de sentimento por ele, a não ser a afeição que eu sentia por todos os amigos de Namjoon, e não posso esquecer da atração, claro. 

 

Infelizmente havia isso e foi por esse motivo que me deixei ser levada pelo momento. Mas isso não iria se repetir, de modo algum eu poderia permitir isso. Nem que eu precise evitá-lo de todos os modos.

 

— Uau, isso é uma declaração de amor, S/N. - 

 

Sentei-me ao lado da garota e peguei a carta de suas mãos. 

 

Seunghee sorria parecendo encantada.

 

— É isso mesmo. Mas, vou jogar isso fora e fazer o possível pra não dar nenhuma brecha que faça Jungkook tomar esse tipo de atitude novamente. - 

 

— O que? Coitado do garoto. Todo apaixonado e você se fazendo de difícil. - vi ela revirar os olhos.

 

— Seunghee acho que você não percebeu a realidade, não é mesmo? - lhe olhei. 

 

— Eu sou mais velha que ele, Jungkook não deveria me ver assim. Deveria agir como os outros garotos e me tratar apenas como a noona dele. - A garota resmungou algo qualquer e se levantou.

 

— Você é muita chata. Deveria é aproveitar isso sim. Ta ai na seca há séculos e quando um boy gato aparece tu fica falando baboseiras de gente velha. Ah, me polpe! - fez um gesto afetado com a mão, o que me fez rir. 

 

— Se eu fosse você, dava uns pegas no Jungkook. Ninguém nem precisaria saber. - ela piscou o olho sorrindo maliciosa e saiu do cômodo cantarolando alguma música da atualidade.

 

" Ninguém precisa saber."

 

 Foi o que o garoto disse me olhando apreensivo esperando algum tipo de resposta.

 

Suspirei e deixei a carta de lado logo me deitando novamente. Eu precisava esquecer isso! Com toda certeza.         

 

    . Jeon Jungkook

 

— Ela me odeia. -

 

 - Mas pensa pelo lado bom, pelo menos você beijou ela. - Rimos. 

 

Eu, amargamente, claro. Se eu soubesse que isso aconteceria nem ao menos teria a beijado. Mas eu não pensei nas consequências. Eu só queria a ter pra mim o quanto antes. E foi incrível, não devo negar.

 

— Nos vemos amanhã no colégio. - Jimin disse e entrou em sua casa.

 

Andei mais uns dois minutos e cheguei no meu inferno particular, vulgo casa.

 

Entrei e segui a passos largos até meu quarto. Estava tudo silencioso demais então deduzi que meu pai deveria estar no escritório trabalhando e minha mãe ainda haveria de chegar do serviço.

 

Entrei em meu quarto e deixei a mochila preta, toda esfarrapada, em cima da poltrona no canto do quarto. Tirei minha roupa e fui direto pro banho e lá vai eu mais uma vez pensar e repassar o que deveria fazer essa semana.

 

Estudar pra atividade avaliativa de biologia, tomara que dê tudo certo, mas tenho medo de acontecer algo errado e a professora pensar que estarei colando, ai ja era, vou direto pra diretoria, meus pais vão ser chamados e vou receber uma bronca em triplo do que já recebo porque tenho que estudar. Falando em estudar, ainda tenho que terminar o trabalho de física que o professor passou essa manhã, também não posso esquecer de conversar com a coordenadora Sunhee sobre as aulas extras que valem nota e será bom para o meu currículo pra faculdade. Ah! Faculdade... Será que vai ser legal? Ou será a mesma correria do colégio? Não sei.

 

 Isso também me fez lembrar de S/N. Ela cursava relações publicas até um tempo atrás, mas já concluiu e iniciou administração. Ela também não para. Será que ela realmente me odeia? Será que ela vai contar algo pro Namjoon hyung? Eu estava ferrado. Literalmente, até porque na sexta haveria um jogo de basquete e eu participava do time; por ordem do meu pai, claro. Não posso me esquecer de treinar amanhã após as aulas. Mas então eu lembro que devo passar na biblioteca pra estudar história. É melhor parar de pensar agora, Jungkook. Daqui um pouco você surta!

 

Acabei rindo sozinho.

 

Terminei o banho e me vesti. Olhei-me no espelho e vi que havia uma marca rosada em meu rosto. Era o tapa que a noona havia me dado.

 

Lembrar disso me entristeceu profundamente.

 

 Dessa vez eu senti as lágrimas virem com vontade e as deixei sair. Não iria as segurar mais. Aquilo estava me torturando. 

 

...

 

— Jungkook! Acorda... - Senti minha garganta se fechar em um nó e meu coração acelerar.

 

— Anda garoto! Já estou te chamando ha horas. Você tem que estudar se quiser ser alguém na vida. - Minha mãe me cutucou e eu me mexi mostrando que estava acordado. 

 

Ouvi ela bufar e se retirar do quarto as pressas. 

 

Olhei o horário do relógio do celular e vi que marcava 23:15 horas da noite. Ela chegou relativamente cedo hoje.

 

Sorte a minha não ter recebido uma bronca por estar dormindo.Deveria ter pego no sono enquanto chorava.

 

Respirei fundo e sentei-me olhando para os três livros grossos de direito que me aguardavam em minha mesa de estudos.Toda noite era isso. E eu ia até as duas da manhã, as vezes mais.

 

Senti uma dor repentina no peito que me incomodava. Dei de ombros e levantei-me pra iniciar meu estudo particular pra faculdade do ano que vem.                    

 

                 S/N

 

— Seus amigos vão vir na sexta? - Olhei Namjoon sentado no banco do passageiro observando o lado de fora pela janela aberta.

 

— Não, S/N. Nós vamos pra casa do Youngjae. Você se importa? - 

 

— Não, tudo bem. Acho até melhor... - suspirei.

 

 - Tenho alguns trabalhos da faculdade pra fazer. - falei meia verdade.

 

Claro que eu achava melhor o fato deles irem pra casa de Youngjae, assim eu não teria que encarar Jungkook depois do que nos aconteceu na terça.

 

— Se precisar de ajuda... - havia até me esquecido de Jin no banco de trás. O garoto estava tão quieto que pensei estar somente eu e meu irmão no carro.

 

— Obrigada, Seokjin. - agradeci dando um sorriso minimo á ele pelo retrovisor.

 

Não tardou muito pra estar estacionando em frente á faculdade dos garotos. Eles se despediram de mim e rapidamente foram se encontrar com seus amigos no campus.Segui caminho para a empresa. 

 

Trabalhava atualmente na Daewoo de GM, exportação de automóveis. Uma das maiores da Coréia do Sul. Recentemente me trocaram de cargo, não mais em relações públicas mas sim cuidando da administração da empresa juntamente de Jackson e Mark. 

 

Im Jaebum era o CEO da empresa e tudo que eu fazia tinha que passar por suas mãos. Obviamente era impossível não manter contato com ele. Infelizmente ainda sentia algo por ele, pelo homem 10 anos mais velho ao qual fui apaixonada em minha adolescência. Era burrice continuar com isso, mas era como Jungkook havia escrito em sua carta, não escolhemos por quem vamos nos apaixonar.

 

— Nem pense em ir pra sua sala nesse momento. - Mark Tuan parou-me no meio do corredor.

 

Vi que o homem suava e procurava por fôlego.Franzi o cenho.

 

— O que houve? -

 

— Jaebum te espera na sala dele. Hoje o dia vai ser tenso. Muito trabalho a fazer. - Ele se distanciou e eu segui pra sala do chefe um pouco apreensiva. 

 

Logo lembrei-me que estávamos abrindo um acordo com uma empresa do México. Droga! Agora que iriamos ficar enfiados mesmo nessa sala o dia inteiro.

 

 Pesadelo! Pra piorar, avisto a noiva de Jaebum adentrar sua sala.          

 

          Jeon Jungkook

 

— Não se esqueçam de entregar o trabalho de filosofia no final do mês. Espero que caprichem, não vou aceitar qualquer documento colado do Google. - O professor disse e voltou a atenção para o quadro negro passando as informações que precisaríamos para o trabalho de semana que vem.

 

— Ele é muito insuportável. - ouvi Taehyung murmurar ao meu lado.

 

— Insuportável é pouco. - Jimin disse e eles riram.

 

Eu tentei sorrir e em seguida copiar as informações em meu caderno, no entanto a dor no peito que senti ontem a noite insistia em desviar minha atenção. 

 

Fechei os olhos e tentei prestar atenção ao que estava sentindo. Meu peito do lado esquerdo doía, meus batimentos cardíacos estavam acelerados, minhas mãos gélidas e suadas, minha respiração falha. Uma angústia, um sentimento ruim aumentava e eu comecei a me sentir tonto. Entrei em desespero!

 

— Jungkook? O que foi? - Vi Jimin me olhando preocupado.

 

— Você está pálido. - Taehyung comentou.

 

Senti meu maxilar travar e meus olhos marejarem. Eu estava ansiando por algo, um frio na barriga me incomodava também. O que era isso tudo que eu estava sentindo?

 

— Professor! O Jungkook está passando mal. - 

 

Minha garganta travou e eu senti que a qualquer momento eu iria morrer. Era terrível. Vários pensamentos rondavam minha cabeça incluindo as coisas que eu ainda deveria fazer mês que vem. Mas e se eu morrer? Será que eu vou morrer? Aaah, noona... Será que ela me odeia?

 

Eu não posso morrer. Tenho que estudar essa tarde na biblioteca e minha mãe me espera essa noite pra repassar o conteúdo que eu vi ontem.

 

Espera! Respira, Jungkook. Vai ficar tudo bem.

 

— Vem! - Jimin e Tae me ajudaram a levantar e fomos até a enfermaria. Mas eu estava bem... Não é? 

 

Parei no meio do caminho me sentindo fraco e vendo tudo ficar embaçado. 

 

Logo eu perdi a consciência....

 


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