A Babá escrita por Manu Ferreira
— Cloe, eu não...— A ruiva tentava se explicar.
— Eu não quero explicações, Rachel.— Lágrimas desciam dos olhos de Cloe.— E quanto a sua festa, pode deixar que eu vou ficar BEM longe... O respeito é virtude das almas elegantes.
— Você acha que eu vim aqui pela festa? Vim pela minha amiga!
— Amizade é baseada em confiança... E não existe mais isto entre nós.
— O que eu tenho que fazer para que você acredite que tudo aquilo foi uma armação?
— Nada. — Respirou fundo. — Porque o que eu vi, é o que aconteceu.— Cloe já estava chorando descontroladamente. - Adeus, Rachel.
A porta se fechou bem na frente de Rachel. Aquele ultimato já dizia que este era o fim de uma amizade de anos. Aquela amizade sincera, aquela amizade divertida. Tudo por causa de uma foto.
Uma foto!
E somente uma pessoa poderia ter tido a maligna idéia de mandar alguém para fotografar ela e Eddy em um momento de fragilidade para a prejudicar.
— Cecília...— Rachel cerrou os dentes.
Em um ato desesperado, Rachel rapidamente entrou em seu carro e dirigiu caminho a mansão Drumond. Em dois minutos, ela chegou. Mas para a mesma, parecia uma eternidade.
Quando chegou, rapidamente saiu de seu carro e caminhou até a porta da mansão. Quando abriu:
— Olá, maninha.— Mathew cumprimentou. — Anciosa para a sua festa?
— Desculpe, Matt. - Rachel se desculpa.— Mas eu tenho um compromisso com alguém.
— Quem? - Ele pergunta curioso.
— Sua ex cunhada.— Raivosa, ela foi rapidamente em direção ao quarto da vilã.
— O que deu nela?— Mathew pergunta após ver a irmã furiosa.
— RACHEL!— Cecília leva um susto ao ver a cantora adentrar em seu quarto daquela maneira. — O que você... — Sua fala é interrompida.
Rachel estava cansada daquelas intrigas, maldades e mentiras, neste momento, ela não queria ouvir nada que viesse da boca de Cecília. O sangue corria tão rápido nas veias de Rachel que ela conseguia ouví-lo em seu cérebro enquanto suas orelhas ficavam quentes. Ela nem pensou duas vezes, logo a atingiu com um tapa.
— Como ousa fazer isto novamente? - Cecília levou sua mão até a marca vermelha da mão de Rachel em seu rosto. - QUEM PENSA QUE É? — Ela gritou furiosa.
— "Ser ou não ser. E eu sou."— Ela recitou seu bordão. - Me vejo lhe dando mais uns mil tapas nessa tua cara de piranha! Você só faz maldade atrás de maldade! Não tem vergonha, Cecília?
— Do que você está falando, garota maluca?
— EU ESTOU FALANDO DA FOTO!
— Que foto?
— A MINHA E DE EDDY! NÃO SE FAÇA DE DESETENDIDA!
— Ahhh!— Fingiu lembrar.— Esta foto... - Sorriu maleficamente.
— Você tem noção que tirou uma das minhas melhores amigas de mim?
— Sim! - Comemorou. - Te fazer mal é o meu hobbie preferido!
— Cecília, olha nos meus olhos! - Rachel segurou as mãos de Cecília e a encarou.— Porque me odeia tanto?
— Me solta, garota! - Cecília soltou rapidamente suas mãos das mãos de Rachel. - Vai que a cachorra tem raiva?
— OLHA SÓ! — Rachel levantou o som da voz.— CACHORRA É A TUA AVÓ! Sua certidão de nascimento é um pedido de desculpas da fábrica de preservativos! Se liga em quem você é, Cecília! Você é... - A loira a interrompeu.
— Todos sabem quem eu sou. Eu sou uma mulher FINÉRRIMA, que dá inveja em todos as outras! Sou linda e... — A ruiva interrompe.
— Desprezível! É essa a definição PERFEITA!— Concluiu.
— Ah é? E você é uma valdevina!
— Como é que é? Ainda estamos falando no meu idioma?
— Além de tudo, é uma burra! - Cecília revira os olhos.— Valdevina é uma vagabunda que vive as custas dos outros.
— Ah... Eu que sou val... Val... Val... Enfim, essa Val aí? Cecília, eu sou uma Drumond, sou irmã do seu ex marido! Por tanto, essa casa e tudo o que tem dentro dela é meu e das crianças! Você que vive aqui as custas dos outros!
— Eu não vivo aqui as custas de ninguém! Esta é MINHA casa! E ninguém me tira isso! Eu casei com um imbecil pra conseguir tudo isso!
— Tu quer morrer, sua vadia? — Rachel pergunta e Cecília, assustada, nega com a cabeça. — Então dobre a sua língua EM MIL PEDACINHOS antes de falar sobre qualquer um da minha família!
— Toda essa raivinha por causa de uma amiga, neném? - Cecília riu.— Este é só o começo! Mandar Paloma te seguir foi uma jogada de mestre! Foi só a segunda facada.
— Segunda?
— Sim! A primeira foi quando mandei Paloma beijar Eric para te fazer sofrer e... - Ela percebeu que falou demais.— Ih...
— COMO É QUE É? - Se surpreendeu.— SUA CASCAVEL!
— Paloma gosta de verdade dele, e quer ele de volta. Eu quero te ver sofrer. Então fizemos uma bela dupla!
Dava para ver as veias do pescoço de Rachel pulsando, o suor escorrendo e a vontade insaciável de desfigurar o rosto daquela infeliz. Ela não conseguiu segurar por muito tempo, sua mão se tornou um imã de vadia e mirou logo no rosto daquelazinha. O som do soco ecoou para o resto da casa como um trovão após o raio, sua mão ardia devido a força, e quando percebeu que lhe cortou com sua unha, evidenciou o seu melhor sorriso de deboche.
— Você é uma pessoa horrível, Cecília... Merece todos os socos do mundo. - Continuou perto de Cecília. — E agora, pela primeira e merecida vez, vai levar uma surra!
— RACHEL! — Zac abre a porta do quarto de Cecília rapidamente. Provavelmente foi averiguar aquele estrondo todo. — O QUE DEU EM VOCÊ?— Zac a segurou, levantando os pés da mesma do chão e afastou de Cecília.
— TIRA ESSA MALUCA DAQUI!— Gritou Cecília com medo de Rachel.
— ME SOLTA, ZAC! - Rachel gritou enquanto tentava escapar dos braços do empresário. — ME SOLTA AGORA! EU VOU DAR O QUE ESSA MULHER MERECE!
— TIRA ELA DAQUI! - Cecília gritou. — ELA QUERIA ME MATAR!
— QUERIA MESMO! - Rachel exclama. - E AINDA QUERO! ME SOLTA, ZAC!
— Vamos sair daqui...— Zac caminha em direção a porta com Rachel no colo.— Você está muito tensa.
— LEVA ELA LOGO! - Cecília grita.
— CALA A BOCA, SUA VADIA! — Rachel grita.
Zac a levou para a sala. A mesma se sentou no sofá e ele foi buscar um calmante para Rachel.
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