A Babá escrita por Manu Ferreira
— Não saia daquela mansão por enquanto...— Pediu Eddy. - Pelo menos até você contar para eles...
— Ah não, Eddy! - Rachel resmunga.— Eu saio com meus irmãos e minha afilhada daquela mansão amanhã! E isso só porque já está tarde!
— Ruiva, espere... — Pede novamente.— Você não pode mudar sua vida INTEIRA por causa de homem nenhum!
— Eu só quero ficar longe de quem me faz mal!— Exclama.— Para esquecer ele, eu tenho que ficar longe dele.
— E acha mesmo que isto vai resolver?— Ele se senta na cadeira ao lado de Rachel.— Acha mesmo, Rachel? - Ele olha duvidoso para ela já sabendo da resposta.
— Bom... Não custa tentar...
— E falhar.
— EDUARDO!
— Já falei para não me chamar assim porque meu nome não é mais este há anos!
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— O que sentiu logo que viu Rachel pela primeira vez?— James pergunta com o celular na mão.
— Cara, é complicado... — Eric dizia. - Foi tão mágico quando tudo aconteceu... Posso lhe dizer que foi amor a primeira vista. Bom... Pelo menos, vindo de mim.
— Prossiga... — Ele digitava.— Prossiga...
— Eu senti que... Que em todas as vezes que eu olho para ela, estou com ela ou toco nela, sinto que é ela que vai estar a meu lado para todo o sempre.
— E? - James solicita que continue.
— E... Sinto que podemos fazer tudo. Juntos, podemos conquistar o mundo afora.
— Podem?
— Podemos... - Eric tem uma idéia e estala os dedos.— É isso! Podemos!
— Que? — James pergunta confuso.
— Me dê este celular.— Eric pede.
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[...]
— E estes serão meus planos de lua de mel com Cloe. - Eddy contava.
— Ela vai AMAR ir para Veneza! - Rachel exclama. — Ainda mais ao lado de quem ama!
— Tomara! — Eddy olha seu relógio de pulso. — Rachel, está ficando tarde para você. São 23:00. A esta hora, seus irmãos e Lua já estão até dormindo.
— Já são 23:00?
— É né... Quando o papo está bom, o tempo voa! - Riu. - Vou pedir para o motorista te levar para a mansão.
— Tudo bem.
[...]
— O que é isto?— Cecília leva um susto com o barulho todo que Rachel fez.— DESDE QUANDO EU TE DEI ESTAS LIBERDADES?— Gritou.
— Olá, Cecília... - Rachel sorri falsamente.— Precisamos conversar. - Ela fecha a porta.
— E desde quando eu converso com empregados? - Saiu da cama. — E ainda mais... - Caminhou até Rachel. — VOCÊ! — Ficou cara a cara com a cunhada. — Uma babázinha de quinta!
— Você sabe que eu não sou só uma babá...— Desafiou Cecília.
— Uma médica? — Cecília riu. — Querida, você ainda está estudando.
— Para a sua informação, eu larguei a medicina semana passada. - Ela dizia. — Conciliar a música, as crianças e a medicina é muito complicado...
— Largou? - Cecília riu. — Sabia que você não iria querer ter trabalho na sua vida. Sempre vai ser uma babá pobretona.
— Não, eu sou cantora. Já ganho melhor que uma médica. — Ela dizia. - E além disto... Você sabe que eu não sou NEM um pouco pobre por outros motivos...
— Como assim?— A "vilã" se fazia de desentendida. - Do que você está falando, babá?
— EU NÃO SOU UMA BABÁ! - Gritou. - Só fui tratada a vida TODA como uma! E até acreditei ser uma!
— Dá para prosseguir? - Ela revira os olhos. - Eu não tenho o dia todo, imbecil.
— Me chamou de que?
— IM-BE-CIL! - Cecília a desafia.
— Você é mesmo uma megera, Cecília...— Rachel dizia e Cecília revirou os olhos. - Lembra que você tinha um segredo? Pois é, eu já sei de TUDO!
— C-Como disse? — A vilã pergunta nervosa. — O-o que você descobriu?
— Eu sei quem eu sou, Cecília. - Rachel dizia.— Sei que meu nome é Rachel Blanco Drumond. Sei que sou filha de Philipe Drumond.
— O QUE? - A vilã se surpreende. — M-m-as como?
— E isto importa? - Ela pergunta. — O que importa é que eu sei. Sei que esta mansão é minha, sei que as empresas que Cedric - Cedric era o primo dos Drumond. - está cuidando são minhas, - A família Drumond era dona de uma grande e importante empresa de moda. O primo da família, Cedric Drumond, era quem cuidava da parte financeira da empresa. Nenhum morador da mansão o conhecia pois o mesmo sempre permaneceu em Veneza. Onde se localizava a sede das empresas.— sei que eu divido a herança com Blair, e com os outros irei dividir quando fizerem 18 anos. Sei que Blair, Melannie, Mathew e Collin são meus irmãos. Sei que Lua é minha sobrinha, e o mais importante: sei que a guarda deles é minha.
— Então você descobriu... — Bufou. - QUE ÓDIO!— Ela gritou furiosa. — Mais um ano sem saber e o dinheiro seria PERMANENTEMENTE meu!
— Cecília, eu não me importo com o dinheiro... Mas porque você nunca me contou? Podia ter me contado quando Frederico morreu! Eu não queria o dinheiro, eu só queria as crianças aqui comigo... Porque você me odeia?
— Não é óbvio?
— Se estou perguntando, não. Não é.
— Porque você nasceu.
A situação estava tensa. Rachel estava chateada DEMAIS com Cecília por ter escondido aquilo por tanto tempo dela. A odiava a MUITO tempo, e era TOTALMENTE contra a violência. Mas depois do que ela ouviu, aquilo havia ido longe demais! Sem pensar duas vezes, ela deu um tapa em Cecília. O som estalado na face da outra fez com que Rachel se arrependesse pelo o que fez. Sabia que Cecília merecia, mas ela não batia em ninguém.
— Você não fez isto... - Cecília põe sua mão direita sobre as marcas de dedos em seu rosto. Rachel batia muito forte, suas marcas de dedos queimavam no rosto da vilã.— VOCÊ NÃO FEZ ISTO! - Ela grita furiosa.
— É... - Respirou fundo. — Eu fiz. — Mesmo se sentindo culpada, no fundo existia orgulho pelo o que acabou de fazer. — E devia ter feito antes...
— EU VOU TE PROCESSAR POR LESÃO CORPORAL! — Cecília grita já vermelha de tanta fúria.
— Por um tapa?— Rachel ri sarcástica. - Me processe, o juíz VAI RIR da sua cara! Ainda mais pela gravidade do que você fez! Ficou dando uma de responsável de 4 menores de idade sendo que nem é a responsável legal deles! Porque... Né? Nem a sua própria filha é responsabilidade sua. Frederico fez QUESTÃO de deixar a guarda de Lua para mim. Porque será?
— Eu não quero saber das crianças, sua idiota! - Cecília dizia.— Eu só quero a grana! Eu só estava usando elas como parte do meu disfarce... Ano que vem eu te dava a guarda daquelas pestes.
— Dava? - Rachel ri. — Ela é minha desde que Frederico morreu por direito! Olha... Eu até abriria a mão do dinheiro se você tivesse me contado. Mas só pelo o que você fez, agora eu faço QUESTÃO de ficar com ele.
— E o que mais? Vai me expulsar desta casa?
— Deveria! Mas... Não.
— Não? — A vilã se surpreende.
— Não. Te expulsar daqui seria muita maldade. Você não tem onde ficar... E eu não sou como você. Boa noite. — A cantora caminha até a porta do quarto de Cecília e a abre. — Passar bem! — Ela saiu do quarto da vilã.
— Garota, você não sabe o quanto te odeio... - Bufava de fúria. — ESTORVO! - Gritou e todos os moradores que permaneciam acordados ouviram.
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Rachel caminhava pelos corredores da mansão para ir para seu quarto. Quando esbarra com Paloma no meio do caminho.
— Ai!— Paloma reclama. — Olhe por onde anda! Sua mentecapta!
— Olha quem ainda está aqui... — Rachel revirou os olhos.— Você não está agonizando?
— O que? — A apresentadora pergunta confusa.
— Porque piranhas precisam de água para respirar! - Sorriu. - Ainda está aqui porque? Não tem casa não?
— Eu estou indo juntar minhas coisas para ir embora agora. — Ela dizia. - E além disto, eu não te devo satisfação! É só uma empregada!
— Pois é... Acho que você devia falar com Cecília... - Piscou um olho. — Agora eu preciso do meu sono de beleza. Boa noite, fofa. - Ela mandou um beijo e foi embora rindo.
— Falar com Cecília?— Paloma franziu a sobrancelha.
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