Um dia depois...

Neste meio tempo, Rachel havia dado a trágica notícia as crianças e adolescentes. E como já era de se esperar, fora um "chororô" para lá e outro para cá.
O pior é que, Rachel não conseguia se conter, ao invés de não chorar e dar total apoio a eles, Rachel chorava junto a eles que nem um bebê.
Neste momento ela estava com o mais afetado, Collin, já que ele era o irmão mais "agarrado" a Frederico.
Ambos estavam sentados na cama de Collin conversando.

— Rachel... Já perdemos nosso pai, agora perdemos nosso irmão... — O pequeno abaixou a cabeça.— Já pensou se... — Engoliu a seco. — Se... Se perdermos você? — Uma lágrima caiu de seus olhos. — Eu acho que não teremos mais motivo para viver...

Collin era o menino caçula da família. Tinha apenas 10 anos de idade.
O pequeno possuia cabelos rebeldes e espetados, nem com gel eles abaixavam. Seus olhos possuiam a mesmíssima cor de seus cabelos. Sua pele era rosada e era BEM bonito para sua idade.

Apesar de ter somente 10 anos de idade, ele era o gênio da casa. Adorava atividades como informática e robótica.

— Meu gênio,— Rachel acariciou a cabeça do garoto.— não fale assim...— O abraçou.— Eu prometo que nunca vou deixar vocês, não irei permitir que Cecília nos separe!— Beijou a testa de Collin.

— Promete? — O garoto limpa suas lágrimas.

— Prometo! — A babá responde. - Ela pode realizar maldade QUE QUISER, mas nunca, NUNCA vou me afastar de vocês!— Beijou a testa de Collin novamente e o soltou.

— Mas ela é muito malvada! — Exclama, o garoto. - E agora que ela possui nossa guarda...

— Isto não importa! - Dizia ela. - Antes vou para a cadeia! Mas ainda sim vou lutar por vocês cinco!

— Presa? Você seria presa por nós? — O garoto se assusta. A atitude de Rachel seria muito drástica!

— Eu preferia ser morta do que perder vocês Collin... — A babá realmente os amava como sua própria família...

— Eu te amo! - O pequeno abraça rapidamente sua babá. - Você é A MELHOR babá que alguém poderia desejar!

— Eu te amo mais ainda! — Ela aproveita o abraço do garoto e o acolhe em seu colo. - Vocês são a minha vida!

Eles ouviram a campainha tocar. Com isso, Rachel e Collin se separam para a babá atender.

— Vou atender... — A babá se levanta da cama de Collin. - Não saia daí, ainda temos o que conversar! Quero saber como vai a escola, os amigos, os cursos de informática e robótica...

— Não demore!— O garoto pede.

— Tudo bem, meu gênio... — O chamando pelo apelido que o deu, a babá sorriu para o mesmo e foi embora.

Rachel caminhava lentamente pelos corredores a caminho da sala, onde se localizava a porta de entrada, quando esbarra em duas pessoas.

— Matt? Mel? — Após a notícia da morte de Frederico, ambos haviam ido dormir. Achavam que toda aquela situação poderia ser um pesadelo. — Pensei que ainda estavam descansando...

Mathew era o garoto mais velho dos irmãos agora que Frederico morreu. Ele tinha 17 anos de idade.
Sinceramente, era o mais bonito de todos os irmãos.
O jovem "Matt", tinha cabelos loiros claros como os de sua falecida mãe, mas não como os de Lua. Os cabelos de Lua eram mais puxados para o tom dourado.
Seus olhos eram azuis como os também de sua falecida mãe. Seu sorriso era muito branco e invejável para a maioria. Assim como o de seu falecido pai.
Para resumir, "Matt" era o típico adolescente que deixava as garotas totalmente atraídas ou apaixonadas.

Melannie era a irmã do meio. Tinha 15 anos de idade.
A jovem tinha cabelos castanhos e olhos cor de mel. O tom de seus olhos, coincidentemente é o mesmo que seu apelido. "Mel".
"Mel" era também belíssima e a própria simpatia em pessoa. Sua aparência e jeito de ser conquistavam TODOS os garotos a seu redor.

Ambos nem responderam a babá, simplesmente a abraçaram e caíram em prantos.

— Não chorem... Se vocês chorarem, eu também choro. — Uma lágrima escorreu dos olhos da babá. - Vai passar... — Chorando, ela os abraça fortemente. - Tudo vai passar... — Ela tentava os consolar. Mas como consolá-los se ela também estava desolada?

— Rachel, o Fred... O meu irmão... — Melannie chorava sem parar.

Eles ouviram a campainha tocar novamente.

— Já vou! Estou ocupada! Só um minuto!— Rachel gritou para a pessoa que estava atrás da porta.— Fiquem calmos. Eu estou aqui com vocês. Sempre estarei!

— Mas precisamos de nosso irmão...—Matthew limpa suas lágrimas. O mesmo não gostava de chorar. Dizia que era coisa de criança. — Ele que era nosso responsável, nosso exemplo.

— Eu sei, Matt... — Rachel dizia. - Mas infelizmente não podemos reverter isto! Deus sabe o que faz! Mesmo que essa coisa nos deixe arrasados...

Eles ouviram a campainha tocar novamente.

— Já vou! — Rachel gritou para a pessoa que estava esperando atrás da porta. - Eu sempre, SEMPRE vou estar com vocês! Não importa o que aconteça!

Eles ouviram a campainha tocar novamente.

— JÁ VOU! — Rachel gritou para quem estava lá fora. - Sujeitinho chato! —Sussurrou para si mesma.

— Rachel, melhor você atender. — Melannie secava suas lágrimas. - Pode ser uma emergência...

— Mas eu não posso deixar vocês neste estado! — A babá exclama. - Pelo menos vão até a cozinha e peguem um copo de água com açúcar.

— Você que manda. Vem Mel.— Mathew chama e ambos vão até a cozinha.

Ela ouviu a campainha tocando novamente.

— JÁ VOU, CARAMBA! — Gritou para quem estava lá fora.— Que coisa desagradável!— Ela caminha até a porta morrendo de raiva.

A babá encaixa a chave na fechadura da porta e a destranca. Ela põe a mão sob a maçaneta de prata e gira, abrindo a porta.
Quando abriu, viu que era um ser segurando um ENORME buquê de rosas azuis. Coincidentemente, suas flores PREFERIDAS!
Mas o buquê de flores era TÃO GRANDE que cobria a vista de Rachel para a tal pessoa. Ela só distinguia que era um homem por suas vestes.

— Hã... Quem deseja?