4 anos depois...

1 dia após a chegada de Rachel, uma nova integrante daquela grande família havia nascido. Lua.

1 ano após a chegada de Rachel, ela já havia criado laços familiares muito fortes com todos os moradores da mansão. Menos com Cecília, é nítido.

2 anos após a chegada de Rachel, Senhor Phillipe infelizmente... Veio a falecer, devido ter adquirido câncer de fígado.

Por incrível que pareça, Rachel foi a que mais sofreu pela sua morte, ela e Frederico, que era o filho mais velho, ficaram desolados.

O mais difícil para Rachel, era ter que aguentar o próprio sofrimento enquanto tinha que lidar também com o das crianças. Tinha que consolá-las. Mesmo não sendo obrigação dela, Rachel fazia de tudo por aquelas crianças. Ela podia considerar até que eles eram seus próprios irmãos!

3 anos após a chegada de Rachel, chegaram três novos integrantes naquela mansão. Lea Jones, a cozinheira, Vanessa Jackson, a faxineira e Michael Bolton, o motorista.

A situação de Rachel e Cecília somente piorava. Cada dia que se passava, as duas se odiavam mais! As duas pareciam fogo e álcool, mesmo insistindo, não conseguiam se dar bem de jeito nenhum!

4 anos após a chegada de Rachel, que é o dia de hoje, Frederico havia viajado a negócios para New York.

Rachel agora, com 20 anos de idade, havia pintado seu cabelo de ruivo e estava mais bonita do que nunca! Rachel sempre fora linda, mas após essa mudança, havia se superado...

— Rachel, quando o Fred irá voltar? Eu estou preocupada!— Nervosa, exclama Blair enquanto andava de um lado para o outro.

Blair era a irmã mais velha após Frederico. Ela tinha 19 anos. Era somente 1 ano e alguns meses mais nova que Rachel.
Tinha cabelos castanhos e ondulados, e olhos dourados cor de mel. Seu tom de pele era rosada como um pêssego.

— Blair, ele saiu hoje de manhã! Não deve nem ter chegado na metade do caminho para New York!

— Ai... É que eu estou com um mal pressentimento...

— Agora que você falou... Eu também estou com uma sensação estranha... Como se algo de ruim fosse acontecer...

— Ai meu Deus, Rachel! Você acha que...— Ela mesma não conseguiu terminar a frase.

— Não!— Ela olhou para a garota e como a conhecia muito bem, sabia que queria dizer que Frederico iria morrer. - Não, Blair! Não pense assim! Quantas vezes seu irmão já viajou a negócios e terminou tudo muito bem?

— Muitas vezes, Rachel... Mas desta vez é diferente... Eu não estou com uma sensação nada boa...

— Você só está muito estressada. Vai lá no quarto de Vanessa. — A babá mandou. - Ela sabe algumas técnicas de relaxamento e pode te ajudar a se desestressar.

— Você deve ter razão... Eu vou lá... - Blair saiu do recinto.

— Ai... — Respirou fundo. - E agora? E se Blair estiver certa? — Rachel se assustava. - Eu também estou com a sensação de que algo muito ruim vai acontecer... Como vou consolar estas crianças se algo acontecer com o irmão mais velho? — Perguntava a si mesma. - Como... Como eu vou consolar a mim mesma se algo de ruim acontecer com Fred? - Balançou a cabeça negativamente.— Não, Rachel! Cale a boca! — Ela brigava consigo mesma. - Nada vai acontecer!

— Dindinha!!! — Uma garotinha corria em direção a Rachel.

— Lua! Meu amor! — Rachel acolheu a garotinha em seus braços e depositou um beijo em sua testa. — Acordou tarde hoje, hein? São 2 horas da tarde!

Lua era a única filha de Frederico e Cecília, e também a afilhada de Rachel.
A pequenina tinha apenas 4 anos de idade e era o "xodó" de sua madrinha/babá. Possuia cabelos ondulados e loiros, assim como os de sua mãe. Já seus olhos eram verdes como os de seu pai. Sua pele era beeem clarinha. No mesmo tom da pele de Rachel.

— Desculpa dindinha, eu prometo que amanhã vou acordar cedinho! — A criança exclama. - Tipo umas 11 horas!

— E em que mundo 11 horas da manhã é cedinho?— Rachel riu.

— Para mim é! — A pequena exclama risonha. - Desde que o horário é seguido pela palavra "manhã", ainda é cedo!

— Não, senhora! Amanhã é segunda-feira, dia de aula! Eu vou te acordar as 9 horas da manhã, tudo bem?— A madrinha "pergunta".

— Está bom... - Fez uma careta.

— Não faça careta não! - Riu.- Agora me de um beijo. - Apontou para a sua bochecha.

— Claro! - A pequena depositou um beijo na bochecha da madrinha. — Te amo, dindinha!

— Também te amo, minha linda! - A mulher soltou a garotinha.

— Eu vou jogar vídeo game com Collin, OK?

— Sabe que não gosto que você jogue estes jogos violentos! Você ainda é muito pequena! Eu ainda tenho que ter uma conversinha séria com aquele seu tio de 10 anos...

— Mas Collin comprou um jogo de criança só para mim. É pac-man. — Lua explica.

— Ah, se for assim tudo bem, - A babá permite. - pode ir...

— Obrigado, dindinha! - A pequena fora correndo em direção ao quarto de seu irmão e sumiu da vista da madrinha.

— Essas crianças...— Riu. - Vou assistir TV.— Ela se sentou no sofá e ligou a televisão através do controle remoto.

A mesma colocou em um canal cujo passava a sua novela favorita, quando alguma propaganda interrompe a programação.

— Mas o que é isto? Não se pode nem assistir novela em paz agora?

"Desculpem interrompermos a programação, mas temos um recado urgente"

— Espero que seja urgente mesmo! Hoje é o dia em que irá passar o último capítulo da novela!

"Empresário famoso morre em queda de helicóptero em New York"

— Empresário famoso? New York? Mal pressentimento?— Nervosa, ela juntava os fatos. — Ai, meu Deus! Tomara que seja somente uma simples coincidência!— Rapidamente, ela pega o controle e aumenta o volume da televisão.

— O que foi, fedelha? - Cecília chega a sala e se senta ao lado de Rachel.

— Cecília, vê se não torra a minha paciência por 1 minuto sequer e me deixa escutar! Isto é muito importante!

"O nome do empresário era Frederico Drumond. Encaminhamos o corpo para o hospital assim que o achamos jogado em uma reserva florestal localizada em Sullivan County, no norte do estado de New York, mas o mesmo não aguentou e faleceu. Meus pêsames a família da vítima e aos amigos mais íntimos também.
Bom, por hoje é só, podem retornar a ver sua novela."

— Não! Não pode ser!— Rachel começara a chorar.— O Fred não! Ele era como meu próprio irmão! E como eu vou contar as crianças?

— Sim! - Cecília comemorou. - Sim!

— Que papo é este, Cecília? — Limpava suas lágrimas. - Como você pode dizer isto? Seu marido faleceu!

— Eu nunca amei aquele idiota, só casei com ele para roubar sua fortuna! E agora, eu tenho toda ela para mim!— Sorriu.

— O QUE? - Rachel se surpreendeu. - Como? Como você pode fazer isto, Cecília? Você é tão baixa deste jeito?— Rachel estava perplexa como tinha tanta maldade no coração de Cecília.

— E você ainda não sabe do melhor!— Cecília comemorava. - Já que Frederico morreu, eu vou poder me livrar de você e daquelas crianças nojentas!

— Epa epa! Pode até se livrar de mim, mas das crianças não! O que pensa em fazer? Matá-los? — Perguntou irônica. - Saiba que eu trocaria a minha vida pela a delas!

— Matá-los?— Riu. - Ai ai, Rachel... Como você é burrinha, hein? Acha que eu mataria alguém? Podendo correr o risco de ser presa? Ou quebrar a unha? Eu vou mandá-los para o internato militar, isto sim! Menos a pentelha da minha filha, que é muito nova ainda para entrar. E a Blair, já que ela é maior de idade e pode tomar as próprias decisões, ela é livre. — Cecília revirou os olhos.

— O QUE? De jeito nenhum! Isso eu não vou permitir!

— Como não vai permitir? Eu sou a esposa do falecido irmão deles, por tanto, a guarda é toda minha!— Cecília riu maléficamente e saiu da sala.

— Fred, porque você tinha que me deixar logo agora?— Começou a chorar. - E com ela?