James Potter e Lílian Evans – Aprendendo a Amar escrita por Emma Salvatore


Capítulo 28
Epílogo parte IV - Severo Snape


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente!!! Dessa vez, a voz do cap é de Snape e, mesmo tendo ficado relativamente curto, acredito que Snape tenha conseguido se expressar quanto à morte de Lílian.
Espero q gostem!!!



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— Severo – Dumbledore cumprimentou solenemente assim que chegou ao seu gabinete. – Obrigado por vir.

Snape levantou-se imediatamente e acorreu ao diretor, extremamente agitado.

— O que houve, Dumbledore? Você disse que era urgente! Quais notícias você tem para mim?

Dumbledore suspirou pesadamente e sentou-se em sua cadeira, apontando para a cadeira da frente, num convite silencioso para que Snape voltasse a se sentar. O homem obedeceu, encarando o diretor com o rosto pálido.

— Dumbledore?

— Severo, receio ter que te dar a notícia de que Lílian...

— NÃO! – Snape gritou desesperadamente, levantando-se logo em seguida. – NÃO! NÃO! Você ia protegê-la! Você jurou!

— E eu tentei, Severo – Dumbledore respondeu com uma controlada calma. – Tentei protegê-la, mas ela e James depositaram sua fé na pessoa errada... Os dois estão, infelizmente, mortos.

Snape deu um giro violento e socou o ar com força. Ele jogou-se novamente na cadeira e enterrou o rosto nas mãos, tremendo violentamente.

— C-como? – conseguiu perguntar, sem encarar Dumbledore.

— Você sabe que eles fugiram para se esconder desde que você me avisou sobre a caça de Lorde Voldemort – Dumbledore começou, calmamente. – E você sabe que eles sempre foram encontrados, onde quer que fossem. Então, sugeri-lhes o Feitiço Fidelius e eles escolheram Sirius como o Fiel do Segredo...

— BLACK! – Snape cuspiu esse nome, sentindo mais raiva do jamais sentira em todos seus anos de Hogwarts. – Black traiu Lílian?! Ele contou ao Lorde das Trevas?!

Dumbledore apenas assentiu e Snape levantou-se rondando a sala com uma fúria que nunca sentira na vida. Parecia uma cobra preparando-se para o ataque.

— Onde ele está? – perguntou abruptamente a Dumbledore, segurando, instintivamente, o punho da varinha.

— No momento, sendo assistido pelos dementadores de Azkaban – o diretor respondeu com solenidade. – Sente-se, Severo. Não há nada que você possa fazer quanto a Sirius. Em compensação, quanto a Lílian...

— ELA MORREU, NÃO FOI?! – Snape gritou, sentindo seu corpo se contorcer ao pronunciar a infeliz realidade. – ELA SE FOI, DUMBLEDORE! SE FOI... E a culpa... A culpa...

Snape se entregou às lágrimas e caiu novamente na cadeira. Seu corpo tremia e ele sentia uma dor que jamais achou que seria possível sentir. Lílian se fora... Perdera a pessoa mais importante de sua vida... Não conseguia acreditar que jamais veria a intensidade dos olhos verdes vivos ao encará-lo... Jamais veria novamente seu sorriso cintilante ou as ondas que seus lindos cabelos acaju formavam quando ela andava...

Lílian Evans se fora... Snape sentia como se a vida tivesse deixado seu corpo. Afinal, por que valeria viver em um mundo onde Lílian Evans já não habitava?

— Me mate, Dumbledore! – ele pediu em tom de súplica.

— Não – Dumbledore respondeu simplesmente, encarando o bruxo à sua frente por debaixo dos óclinhos de meia-lua. – Como eu disse, você ainda pode fazer algo por Lílian.

Snape encarou o diretor, o rosto inchado pelas lágrimas derramadas e esperou que o homem explicasse.

— O filho dela sobreviveu – Dumbledore contou e Snape soltou uma risada sem alegria. – Ela teve a chance de viver, Severo, mas escolheu morrer para salvar o filho.

Snape soltou uma nova risada sem alegria. Era claro que Lílian faria isso. Sempre se importara com os outros acima de si mesma. Não seria diferente com seu filho. Contudo, Snape não pôde deixar de sentir raiva do menino. A vida dele custara a vida de Lílian... Lílian morrera para que ele sobrevivesse...

— Me ajude a protegê-lo – Dumbledore pediu e Snape voltou sua atenção a ele. – O Lorde das Trevas retornará, Severo, e Harry correrá grande perigo. Me ajude a protegê-lo. Honre o último sacrifício de Lílian. Não deixe que a morte dela seja em vão.

Snape levantou-se e tornou a andar pela sala, pensando. Evidentemente, queria honrar a memória de Lílian, queria poder fazer algo por ela. Evitar que o filho morresse parecia ser a única alternativa viável para isso. Afinal, ela morrera para que ele sobrevivesse...

Todavia, Snape não conseguia deixar para trás o pensamento de que Harry era também filho do homem que o atormentara durante toda sua adolescência e, pelo que diziam, o menino era a cópia fiel do pai...

Além disso, a raiva de Snape pelo fato de Lílian ter morrido no lugar de Harry ainda não cessara... Como poderia sequer olhar para o menino e não lembrar o que ele fez?

— Ele tem os olhos dela – Dumbledore contou de repente, encarando Snape com intensidade.

Os olhos de Lílian Evans... Os maravilhosos olhos de Lílian Evans... Os olhos que ele achou que nunca mais veria... Contudo, não eram os olhos dela, precisava lembrar-se disso, mas mesmo assim...

— Muito bem – Snape concordou, finalmente. – Mas isso ficará entre nós, Dumbledore! Jamais ele poderá saber! Você entendeu?

O diretor apenas assentiu e sentindo que estava dispensado, Snape saiu do escritório de Dumbledore e correu até chegar aos limites de Hogwarts para poder, enfim, desaparatar.

Ele precisava sentir mais uma vez o perfume de Lílian Evans e só conseguiria encontrar isso na casa destruída em Godric's Hollow.


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Notas finais do capítulo

E aí???
Faltam mais três partes



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