Forbidden escrita por Marimachan


Capítulo 4
Capítulo 4 - Pelos Jardins do Passado


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeey, people!! Olha quem apareceu com capítulo fresquinho, saído do forno? Eu mesma, sim senhores e senhoras! E trago a vocês um capítulo com vários sentimentos envolvidos ahsuahsuahsua' Pra rir, sentir o kokoro doer e tmb pra satisfazer nossas necessidades de shippadores de plantão - porque somos filhos de Deus, e a Kusanagi nos nega isso.
Espero que gostem! ♥
Boa leitura! ;)



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Demorou um bom tempo até que os dragões conseguissem libertar Hak de Yona e então Mundok também o fizesse. E mais bons minutos até que ele ficasse satisfeito com todo o sermão despejado contra o neto mais velho e, finalmente, as coisas se acalmarem — ou nem tanto assim.

Ficou decidido — obviamente por Mundok, sem questionamentos — que a cerimônia de casamento aconteceria dali a 10 dias. De acordo com ele, era tempo o suficiente para completarem suas missões, voltarem para Fuuga e para preparar a festa (um mensageiro fora enviado naquela tarde para avisar aos moradores da tribo sobre o acontecimento). Claramente a notícia havia impactado o grupo de diferentes maneiras.

Hak não tivera folga o dia todo, já que seu avô fazia questão de mantê-lo bem longe da princesa, e ocupado o bastante para não conseguir responder aos diversos e repetidos sermões que precisava ouvir desse.

Yoon tentava consolar Yona, enquanto essa ainda se recusava a aceitar tal situação, até que sua atitude mudou completamente ao Zeno tentar também consolá-la. “A senhorita deveria estar feliz. A senhorita e o senhor irão se casar em breve!”, o dragão amarelo declarava com um sorriso radiante, ao que a jovem passou a ter pequenos surtos pelo resto da tarde. Parecia que só naquele momento ela havia parado pra pensar que em dez dias estaria casada.

Já Jae-ha tentava consolar Kija, que insistia em pedir para Yoon examiná-lo, porque uma dor excruciante pairava sobre seu peito — “Eu não tenho como curar isso, Hakuryuu!!” —, enquanto ele próprio tentava lidar com o que sentia. Por mais que já estivesse acostumado com a ideia de Yona pertencer a Hak, parece que não era o caso de seu coração.

Shin-ah apenas assistia a tudo, ora tentando consolar Yona, ora Kija, mas decididamente sem entender muita coisa da confusão. Os demais espectadores apreciavam as coisas de longe; alguns bastante irritados,
“Não é hora pra estarmos metidos nessa confusão!!”; outros com expressa diversão, “As coisas estão apenas animadas, esquentadinho! Está se doendo por ainda não ter casado?”; e outros ainda que se tornaram vítimas das implicações, “Cale a boca, maldito! E você pare de rir, Majestade! Quando é que  o senhor irá casar?!”. O fato era que por mais que todos estivessem envolvidos com os preparativos para a operação da Kuro Nadai, o impacto da confusão causada pelo casamento surpresa não tinha como ser facilmente ignorado.

(...)

Andar por aqueles jardins com certeza não era mais uma ação tão simples quanto naquela época. A cada passo que dava sob a luz do luar, Yona observava os detalhes do imenso lugar, colhendo mais lembranças do que ela podia contar ou lidar. Ainda assim, mesmo que o coração dela apertasse à medida que elas vinham, não conseguia deixar de sentir um calor afável quando lembrava-se de tudo o que vivera ali, fosse com seu pai, fosse com Hak e Soo-won. Isso tudo também a trazia uma indagação involuntária. Indagação essa que provavelmente nunca descobriria a resposta...

Como será que seria viver ali todos os dias, com todas aquelas lembranças? Como será que ele lidava com aquilo?

Àquela altura, Yona já compreendia muito mais as coisas, os sentimentos de todas as partes envolvidas e também muitas das perguntas que ela se fez por muito tempo.

Tinha a consciência de que o que ela vivera naquela época nunca fora uma mentira e que, embora tenha seguido por aquele caminho, Soo-won também havia sacrificado muitas coisas para isso: ele também perdera tudo o que mais amava, por mais que tivesse sido ele mesmo a fazer essa escolha.

Mesmo que jamais fosse perdoá-lo por tirar a vida de seu pai, não conseguia carregar qualquer ódio em seu coração — e não o queria. Por esse motivo também não tinha qualquer intenção de vingança. Afinal de contas, na opinião dela, viver naquele castelo, encarando eternamente tudo o que havia jogado fora para chegar ali, já parecia uma punição suficiente, embora isso não a trouxesse satisfação, pelo contrário, trazia uma profunda tristeza.

Por mais alguns minutos a jovem caminhou, para no final encontrar alguém que ela não esperava encontrar por ali. Hak se encontrava sentado em uma das pedras à beira do lago e parecia encarar a lua refletida nas águas mansas com um olhar longínquo.

Sorriu num misto de tristeza e compreensão. Provavelmente ele era tomado naquele momento pelos mesmos sentimentos que ela, pelas mesmas lembranças. E pensar nisso fez com que seu coração apertasse ainda mais. ela já havia superado aquele sentimento, por mais que existisse resquícios de tristeza latente, conseguia encarar tudo de frente, de cabeça erguida. Ele, porém — ela sabia —, ainda estava percorrendo aquele doloroso e longo caminho de aceitação, de superação.

Com esse pensamento em mente, naquele momento quis abraçá-lo, conversar mais sobre tais sentimentos, quem sabe fazê-lo se abrir um pouco mais para ela.

Aproximou-se com essa intenção, mas antes de chegar perto o suficiente, lembrou-se da proibição de Mundok, o que a deixou em uma luta interior caótica.

Sua vontade de chegar mais perto era ainda maior ao lembrar-se que não o pôde fazer o dia todo, mas a lembrança das ameaças que o ancião fizera a Hak caso desobedecessem fazia suas costelas tremerem.

— Se irá ficar aí a noite toda, me avise que trago um cobertor, Hime. — A voz propositalmente entediada, mas alta, ecoou no silêncio enquanto ela disputava consigo mesmo.

A ruivinha abaixou a cabeça, mexendo com os dedos.

— Não posso passar daqui — respondeu claramente amuada.

“Ela fica realmente muito fofa assim” — pensou admirado, ao mesmo tempo que divertido. — Então realmente pretende ficar aí a noite toda, admirando seu sonho inalcançável, que nesse caso sou eu? — debochou, fazendo-a levantar os olhos e encher as bochechas, emburrada (fosse pela situação, fosse pela sugestão implícita). — Se sim, tome cuidado que eu posso te atacar. — Sorriu de lado, sacana.

— Eu realmente gostaria disso — sussurrou abaixando a cabeça novamente, enquanto corava com o próprio atrevimento, com a intenção de que aquilo fosse dito apenas para ela mesma.

O resulto, é claro, foi totalmente diferente do esperado.

Antes mesmo de prever, a garota sentiu o braço forte a puxando contra o corpo firme, e em seguida a voz baixa contra seu ouvido.

— Não brinque comigo, Hime. Esse é um pedido que eu não consigo negar. — Concluiu ao inspirar o cheiro da ruivinha profundamente, divertindo-se com o arrepio causado nela.

— H-Hak. É m-melhor nos afastarmos, — empurrou de leve o moreno. — “pra segurança da minha própria sanidade”. Se o Mundok-san nos encontrar aqui...

— Não me diga uma coisa dessas pra depois pedir que eu me afaste, Hime — contrariou, não largando-a. — Nesse momento, — encarou os lábios femininos. — eu não estou interessado no jijii — declarou sem perder mais tempo e tomando sua boca.

Num primeiro momento, a surpresa foi levemente maior que os outros sentimentos por parte da princesa, mas não demorou mais que alguns milésimos de segundo para que ela esquecesse qualquer coisa que não fosse concentrar-se naquele beijo.

Fora um único dia sem poder se aproximar do ex-general, mas mais parecia uma eternidade, e isso estava começando a preocupá-la seriamente.

Como diabos iria suportar mais de uma semana?!


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro ou crítica a serem feitas, mandem nos comentários! Espero que tenham gostado tanto quanto eu gostei de escrever. ^^
Um beijão e até o próximo! :3



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