Once Upon a Time - New Adventures escrita por Melshmellow


Capítulo 8
Confissões na Floresta Encantada


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii criaturinhas incríveis da minha vida!
Sei q demorei mais do que deveria, mas esse capitulo eu tive que escrever e reescrever tantas vezes porque nunca ficava do jeito que eu queria, mas acabei achando um jeito que gostei e dai eu só precisava revisar.
enfim... enjoy.
OBS: na foto aí é o Luke ♥



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     Merda. Merda. Merda. O que acabou de acontecer? Eu nunca me descontrolei desta forma. Fora a noite sem dormir? Talvez tenha trazido meu outro eu para cá. Era o que se passava na mente de Gideon enquanto ele andava pela floresta a passos rápidos, tentado se afastar do que havia acabado de fazer.

     Ele sentiu algumas lágrimas querendo cair, mas não as deixou, não até estar longe o suficiente.

     Ele encontrou um lago, provavelmente onde Melody e Lylla haviam pegado água, e se sentou na beirada, sentindo suas pernas cansadas relaxarem ao se sentar. Ele tirou os tênis e jogou longe, puxando a barra da calça para cima e molhando seus pés na água fria do lago. Gideon suspirou, passando a mão pelo cabelo em um gesto nervoso, bagunçando os fios.

     Ele tentou relaxar sua mente, mas não pode. Não depois do que havia acabado de fazer, e logo deixou lágrimas caírem. Incontáveis lágrimas. Deixando-se ser fraco novamente. Droga. Eu quase matei Lylla, e teria o feito, se não fosse por Lukas.

     O garoto ainda sentia dores no rosto pelos socos que havia levado, mas sabia que merecia. Aquilo havia o acordado para a vida novamente.

     Ele não estava bravo com Luke. Nem com Neal ou nenhum deles, se alguém tentasse matar uma das pessoas que ele se importava ele faria o mesmo. Gideon estava bravo consigo mesmo.

***

     Luke não tinha certeza do que esperar se encontrasse Gideon, não havia pensado sobre aquilo, mas a cena que encontrou o fez se sentir… culpado.

     Como ele poderia achar que aquele garoto, que estava ali, sentado na beira do rio com as barras das calças arregaçadas, roupas amassadas, e cabelo bagunçado, deixando lágrimas escorrerem de seus olhos infinitamente, era um assassino.

     Luke suspirou. Era óbvio que havia algo errado com Gideon. Lembrava-se de quando estavam em Camelot e a Jabberwocky disse que ele estava preso entre dois mundos. O que aquilo significava? Luke precisava descobrir agora.

     O moreno andou lentamente até o castanho sentado na beira do lago, e se sentou ao seu lado. O mais velho não teve nenhuma reação, apesar de perceber a presença do outro ali, apenas enxugou as lágrimas rapidamente.

     — Me desculpe. — Gideon pronunciou, sem encarar o outro.

     — Não foi sua culpa. — Luke respondeu, também sem encará-lo.

     — O que quer dizer?

     Luke suspirou.

     — O que houve lá, Gideon? Não era você.

     — Você não me conhece. Nenhum de vocês conhece. Devem parar de achar que o fazem. — o mais velho respondeu frio.

     — Talvez. Mas não muda o fato de que eu sei que não era você lá. Diga-me o que está acontecendo. — o mais novo insistiu.

     Gideon suspirou. Ele nunca havia contado aquilo para ninguém. Sempre quis, mas nunca conseguiu. Nunca teve coragem. Não que não confiassem em seus amigos, apenas preferiu manter aquilo para si mesmo, não havia motivos para preocupá-los, já que, de qualquer forma, eles nunca achariam uma solução, pois Gideon já não acreditava mais que existia uma. Talvez aquela fosse a hora de finalmente contar a alguém.

     Ele suspirou.

     — Eu… tenho tido pesadelos desde criança. Não pesadelos normais. São… lembranças da minha outra vida. De quando a Black Fairy me criou. Todo dia, eu caio no sono às 22 horas, e acordo às 7 da manhã. Nessas nove horas em que fico inconsciente é como se eu passasse um dia inteiro na minha outra vida. É como se cada dia que eu vivo aqui, a noite eu vejo o que houve comigo nesse mesmo dia, na minha antiga vida. Como no meu aniversário de 15 anos aqui, lá foi meu aniversário de 15 anos também. Não houve alguma comemoração, é apenas um exemplo. Mas eu as únicas coisas que eu lembro são as que eu já sonhei com. O que quer dizer…

     — Que não se lembra da Batalha Final. — Luke completou, entendendo perfeitamente o que o garoto havia dito. — Mas… você me disse que se lembrava, que o motivo de ter tentado matar minha mãe fora por causa do que a Black Fairy lhe disse. Mas como pode saber se não se lembra? — O mais novo perguntou confuso, mas no fundo ele já sabia a resposta.

     — Eu não sei. Acho que queria apenas acreditar que eu era bom nessa outra vida. Que tinha um motivo para ter feito tudo o que fiz. — Gideon disse olhando para o lago cristalino a sua frente. — Sua mãe não lhe disse nada sobre a batalha final? — ele perguntou esperançoso, mas Luke negou com a cabeça.

     O Jones sabia que, por algum motivo, Rumple havia feito o acordo com todos os pais de não contarem da batalha para seus filhos, para que seu filho não fosse tratado diferente. Mas o que havia acontecido fora que, eventualmente, todos descobriram o que aconteceu e fizeram exatamente o que Rumple tentava evitar, rejeitaram Gideon. Mas como os adultos não sabiam que a fofoca havia se espalhado, não havia como Rumple explicar o real motivo de seu filho ter feito aquelas coisas. Deixando-os apenas com a impressão de que ele era um assassino.

     — Por que nunca perguntou isso ao seu pai? — Luke perguntou, e depois mordeu o lábio inferior, percebendo que, fora de sua mente, aquilo parecia um pouco ofensivo, como se o chamasse de burro.

     Gideon não pareceu incomodado.

     — Acho que… talvez… Eu tenha medo da resposta. — o castanho abaixou o olhar para a água corrente do rio.

     — Mas e sobre o sonho? Por que não conta a eles? Talvez possam te ajudar.

     — Eu li todos os livros de magia que há em minha casa, que há na biblioteca, que eu achei online. Tudo. Não há nada, eles não saberiam como me ajudar e só iria preocupá-los e fazê-los pesquisar e pesquisar por anos. Não quero que percam suas vidas por estarem preocupados comigo para no final não acharem nada. — Gideon respondeu suspirando.

     Luke não sabia o que poderia dizer. Queria confortá-lo. Mas não sabia como, não entendia como ele se sentia, mas sabia que deveria ser uma sensação terrível.

     — Eu sinto muito. Não posso imaginar a sensação. — Luke murmurou, observando o lago também, até Gideon desviar seu olhar para ele.  

     — É como se toda vez que eu durmo, eu entro em um inferno. E quando estou lá… nem esperança eu tenho, pois esqueço quem sou aqui fora. No mundo real. — Gideon continuou, suspirando e afundando seu rosto em suas mãos, segurando as lágrimas em seus olhos.  — Eu… desculpe-me. Nunca perdi o controle como perdi com Lylla hoje. Não sei o que houve. — ele desenterrou seu rosto e encarou suas próprias mãos. — Talvez seja pela noite sem dormir.

     — Consegue ficar uma noite sem dormir?

     — Sim. Se eu conseguir passar das 22 horas às 22:01, sem dormir, o que eu faço com muito esforço, funciona. Mas no dia seguinte tenho que lidar com dois dias, ao invés de um nos meus sonhos. — o Gold explicou, então suspirou e esfregou as mãos no rosto e bagunçou seu cabelo, cansado.

     — Gideon. — Luke o chamou. — Vai ficar tudo bem. Vamos encontrar alguém para reverter isso. Alguém para acabar com esses pesadelos. Quer dizer, iremos passar por muitos lugares ao longo de nossas aventuras, alguém deve saber o que fazer para te ajudar. — Luke disse observando o garoto a sua frente. — Confia em mim? Claro que não. De qualquer forma, eu te prometo que tudo ficará bem. Eu te prometo que vamos ficar todos bem.

     Luke havia usado uma frase parecida com a que Gideon usou ao o tranquilizar em Camelot, quando estavam a caminho do julgamento.

     Gideon o olhou surpreso por ainda se lembrar, e nem percebeu quando sua mão foi se arrastando lentamente para perto da do mais novo. Apenas encostando ali.  

     — Eu confio em você. — ele murmurou, e Luke sentiu seu coração se acelerando por motivo nenhum, apenas com o toque da mão do Gold na sua, e com sua voz soando tão sincera a sua frente.

     Gideon não pode resistir a se aproximar apenas alguns centímetros, e então paralisou. Não tinha certeza se Luke iria ficar bravo por tal coisa ou se iria retribuir, então se manteve ali por um tempo. Deixando Luke tomar sua decisão.

     A cabeça do Jones estava confusa. Ele não sabia o que deveria fazer ou o que realmente estava acontecendo ali. Luke gostaria que Gideon só o beijasse. Não que ele apenas ficasse parado ali, intercalando seu olhar entre a boca do menor e os olhos claros do mesmo. Se pelo menos Gideon simplesmente o beijasse, Luke poderia dizer a si mesmo que ele havia apenas seguido o fluxo. Mas ele estava ali, parado, esperando. Esperando que Luke tomasse uma decisão que o faria assumir coisas que não queria.

     O moreno estava ainda mais confuso ao parar para pensar sobre aquilo, quer dizer, era o século XXI. Deveria ser mais fácil, não é? Mas Luke não concordava. Ele tinha medo; medo de ser rejeitado, tanto pelas pessoas ao seu redor quanto pela sua família, e o que Luke mais prezava em sua vida era a família.

     Gideon o observou. Vendo suas mínimas reações e tentando lê-las. Quando percebeu que poderia estar deixando o Jones incomodado, se afastou, voltando a encarar a água, constrangido.

     Luke sentiu uma dor no peito. Não queria que Gideon se afastasse. Não agora. Naquele momento o moreno deu um foda-se para todos os seus pensamentos, para todos os seus medos, e para um de seus princípios éticos mais importantes; Nunca diga ou pense palavrões, e apenas segurou o rosto do Gold, o puxando para encará-lo novamente, e então se aproximou.

     Gideon não pode evitar ficar surpreso com a reação de Luke, e com a sua própria.

     No momento em que seus lábios se encostaram, Gideon sentiu uma sensação diferente do que sempre sentia em beijos aleatórios.

     Era óbvio que ele conhecia a sensação. Nunca havia sentido antes, mas sua mãe mencionava aquilo o tempo todo.

     Seu coração bateu mais forte do que nunca, e agora ele sabia que as borboletas no estômago eram reais. Gideon sentiu um arrepio quando as mãos de Luke passaram de seu rosto para seu pescoço. Apenas o toque do mais novo era como uma sensação inebriante. Assim como o beijo.

     Gideon não resistiu a tocar o garoto. Segurou sua cintura delicadamente e passou suas mãos por ali com movimentos leves e delicados. Experimentando a sensação de tocar a pele do moreno por cima do tecido da camiseta, com medo de que ele saísse correndo.

     O beijo era lento, o que não havia ocorrido muitas vezes na vida do Gold. Geralmente as coisas aconteciam rápido com ele. Um beijo logo se tornava violento, então lá se vão as roupas e fim. Eles são chutados na manhã seguinte.

     Poucos arriscaram voltar com chocolates e flores, mas alguns o fizeram e, dependendo do dia, foram jogados na cama do Gold mais uma vez, ou foram chutados novamente.

     Mas aquilo era diferente de tudo que ele já sentiu. Não era sobre prazer carnal ou qualquer coisa assim. Era sobre… Luke. Era sobre Gideon precisar do Jones mais do que precisava de qualquer um. Como se precisasse dele para respirar, para conseguir viver.

     E aquele sentimento o preocupava.

     Com Luke não era tão diferente. Em seus 16 anos de vida, ele havia beijado duas meninas, e com nenhuma delas sentiu as sensações que sentia com Gideon.

     Ele intensificou o beijo, deixando a língua do mais velho explorar sua boca, e fez o mesmo.

     Luke não tinha certeza se seu coração havia parado de bater no início do beijo ou só estava batendo rápido demais. Assim como o Gold, sentiu seu estômago se revirar de uma forma gostosa, como se um pequeno ser sambasse ali. Provavelmente um mini Gideon, o moreno sorriu com o pensamento, mas interrompeu o beijo.

     Porém, o Jones queria mais, o que não estava funcionando já que sua respiração não estava colaborando.

     Eles se separaram ofegantes, mas não mexeram um músculo para se afastar mais do que deveriam, mantendo as mãos onde estavam durante o beijo. Luke encostou a testa na do mais velho, e tentou recuperar o fôlego.

     Gideon suspirou e sorriu, mas quanto mais ele pensava, menor ficava o seu sorriso. Gideon não conseguiu evitar pensar em Melody. Sua amiga possuía sentimentos pelo Jones. E ela nunca havia gostado de ninguém. É errado ficar com a única pessoa que sua melhor amiga havia gostado em sua vida inteira? Mesmo que também seja a única pessoa que você tenha realmente gostado a sua vida inteira? Gideon se perguntou, se sentindo levemente culpado. Mas ele escolheu você, não ela. É você que ele estava beijando segundos atrás, não ela. O que você pode fazer se ele lhe escolheu? Apenas aproveite. Ele ouviu uma voz dizer em sua mente. O Gold tinha quase certeza de que estava tendo uma batalha interna entre o seu eu de agora; que se importava com seus amigos, e seu antigo eu; que foi ensinado pela Black Fairy a ser frio e egoísta.

     Mas ele não podia seguir o Gideon da Black Fairy. Sabia disso, não era certo. Então, quando Luke tentou se aproximar novamente para um novo beijo, ele se afastou, fazendo o mais novo o encarar confuso.

     — É melhor voltarmos, Lukas. — o Gold disse, se levantando e deixando um moreno desnorteado na beira do lago.

     Gideon se arrumou, desamassando a camiseta, arrumando a barra da calça sem se importar com os pés molhados e pegou os tênis.

     Luke sentiu como se fosse uma garota que havia acabado de dormir com um cara, e após acabarem, ele se levanta, se veste e sai como se nada de mais houvesse ocorrido. O que o Jones não sabia, era que aquilo acontecia diariamente na vida de Gideon.

     Luke não demorou a fazer o mesmo que o mais velho, se sentindo um pouco enganado e magoado, mas não disse nada.

     Eles caminharam em silêncio até onde o resto do grupo se encontrava.

     — Alguém mais sabe sobre… você sabe… os sonhos? — Luke perguntou inseguro.

     — Não.

     Foi a única resposta do Gold.

     O Jones não pode evitar se sentir com raiva. O que havia acontecido para que Gideon o tratasse assim?

     Ao chegarem ao acampamento, Luke apenas perguntou onde estava sua irmã, e eles responderam que ela estava na barraca, descansando, e o moreno foi até lá.

     O gêmeo entrou ali, e fechou a barraca em seguida.

     Lylla estava sentada, olhando para o nada, até o irmão entrar. Seu olhar se direcionou a ele, e ela exclamou.

     — Luke!

     — Lylla! — ele chamou de volta, como de costume. — Como está?

     — Eu estou ótima. Nem ao menos sei porquê me colocaram aqui como se eu estivesse machucada. Meu Deus, eu fui enforcada por dez segundos, não esfaqueada. — a morena comentou, revirando os olhos e Luke sorriu ou pouco. — O que foi?

     — O que quer dizer? — o garoto perguntou, tentando parecer confuso, mas na verdade estava surpreso com a astúcia da irmã em ver que ele não estava bem.

     — Conheço você desde que nasceu seu idiota. — ela disse o observando. — O que houve?

     Luke suspirou.

     — Lylla. Tudo está tão complicado agora. — ele murmurou fechando os olhos com força, e a outra apenas esperou que ele finalmente começasse a explicar. — É o Gideon.

     Luke explicou exatamente o que havia ocorrido desde a primeira conversa deles, pouco antes de saírem de Storybrook, até o beijo de minutos atrás. Sobre os pesadelos de Gideon ele apenas disse que era algo pessoal que o mais velho havia contado a ele, e que não era seu segredo para contar, e a gêmea apenas concordou; se Luke confiava nele ela também o fazia.

     Quando Luke finalizou a história, Lylla o encarou concentrada, mas não disse uma palavra.

     — Lylla?

     A garota continuou calada, o encarando com o cenho franzido.

     — Lylla você está me assustando.

     A garota piscou como se voltasse à realidade.

     — Me desculpe. Eu estava analisando as coisas que me disse. — a morena disse rápido. — Quer dizer. Você não pegava ninguém até vir pra cá! — seu irmão fez uma careta. — A verdade dói. E, além disso, achei que estivesse gostando da Melody.

     — Melody? — Luke perguntou confuso.

     — Sim. Acha que não vi aquela troca de olhares que vocês tiveram no treinamento? — ela sorriu maliciosamente e o irmão corou. — Mas se você vai ficar feliz com Gideon, fico feliz por você.

     — Esse é o problema! Não sei o que ele quer de mim! Primeiro ele parece interessado, e então não, então sim novamente. Argh. — Luke exclamou frustrado. — E Melody… Eu não sei. Ela é legal e bonita, mas… O que eu senti com Gideon é…

     — Mágico? — Lylla perguntou com um pouco de deboche em seu tom de voz.

     O gêmeo revirou os olhos e sorriu.

     — Então Lylla. Não tínhamos um navio para tomar de volta?

     Eles sorriram cúmplices.

***

     Alguns momentos depois, o grupo já estava armado, treinado e preparado para tomar o Jolly Rogers, e andavam em direção a praia, todos com suas mochilas nas costas.

     Lylla segurou o braço de Gideon e deixou que os outros fossem na frente, sem nem perceberem, para dar privacidade aos dois.

     — Lylla, eu sinto muito pelo que eu fiz, eu não quis… — Gideon foi interrompido.

     — Eu sei. Luke me contou tudo. — O Gold arregalou os olhos, começando a ficar desesperado. — Quer dizer. Não tudo. Ele disse que era seu segredo para contar. — o mais velho soltou um suspiro de alívio. — Eu estava falando sobre as outras partes. Ele me contou do beijo e, etc.

     Gideon não soube o que dizer.

     — Ele está confuso, Gideon. Ele não tem certeza se você gosta dele ou não. E eu sei que não é da minha conta, mas eu não quero ver ele assim de novo por sua causa. Então se você gosta dele, diga. E se não gosta, se afaste. — Lylla disse séria.

     — É mais complicado do que isso.

     — O que quer dizer?

     — Melody.

     Lylla parou no mesmo momento, montando o quebra cabeças em sua mente, não demorando a chegar a uma conclusão.

     — Ela gosta dele?

     Gideon assentiu, e Lylla não gostou muito da confirmação, mas ignorou seus próprios sentimentos, focando em Luke e Gideon.

     — Ele me disse que tem uma pequena queda por ela. — Lylla comentou, tentando ver a reação do Gold, que apenas abaixou o olhar. — Mas o que ele está sentindo por você parece ser muito mais intenso do que uma simples queda. E tenho a leve impressão que você sente o mesmo por ele. — A Jones disse, sorrindo para o filho do Dark One.

     — Lylla, eu só não quero magoá-la. É a minha melhor amiga, e ela nunca gostou de ninguém na vida.

     A morena o encarou, surpresa.

     — Entendo. Mas ela vai superar. Quer dizer, se ela nunca tinha gostado de ninguém então significa que ele é o primeiro dela. Você se lembra do seu primeiro? — ela perguntou, sabendo a resposta.

     — Seu primeiro amor ninguém nunca esquece.

     — Mas quase nunca acaba com eles no final. — ela sorri, sabendo que tinha razão.

     Desde Rumple, o mais velho de todos os moradores de Storybrook, até Emma, a última que chegou, todos amaram alguém antes de estarem com quem estavam atualmente. Snow teve Hercules, Hook teve Milah, etc.

     Após aquilo, ambos compartilharam um mínimo sorriso e voltaram a sua caminhada, mas Lylla não viu quando o sorriso de Gideon vacilou, pensando no que ela disse. Não demoraram a chegarem ao navio após aquilo.

     — É isso. — Neal disse se preparando para entrar no navio junto com seus amigos.

     — Vocês têm certeza que planejamos isso bem? Quer dizer, como vamos entrar? — perguntou Melody, um pouco confusa.

     — Simples. — Lylla respondeu, segurando a mão de Robin e fazendo as duas sumirem em uma névoa branca.

     Todos assentiram e fizeram o mesmo. Gideon não antes de segurar a mão de sua amiga para trazê-la junto, já que Melody não possuía magia.

     Eles não sabiam naquela hora. Mas aquela missão não acabaria muito bem para nenhum deles, uns mais do que outros.


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Notas finais do capítulo

Entaaao, por hj é só meus amores. eu n sei o que acabou de rolar aqui, nem era pra eles se beijarem nesse capitulo mas eles praticamente se beijaram sozinhos, eu n fiz nada. E, mesmo que eles tenham se beijado, nao achem que eles tenham acabado por ai, esses dois ainda tem muita treta no caminho, assim como todos os outros.
ah, e como vcs acham que vai acabar essa invasão ao Jolly Rogers? Claramente nada bem, certo?
entao...
xoxo vejo vcs no próximo, comentem o q estão achando.



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