Feliz dia da morte escrita por Neko Kastner


Capítulo 5
Nomes




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CAP 5: Nomes

 

Então o primeiro nome da lista era: Karin

Segui ela o dia todo.

Pelo campus da faculdade.

Pelo shopping.

No salão de beleza.

E até ela voltar para a casa dela.

A vida dela era muito chata.

A vi escolhendo roupa e olhei no meu relógio, já tinha passado das 9 da noite. Karin devia estar se arrumando para a minha festa surpresa.

Ela abriu o sapateiro dela, mas em vez de ter sapatos como uma pessoa normal lá dentro, ela tinha um altar com uma foto minha.

— Mas que porra é essa?

Ela olhou na direção da janela que eu estava e rapidamente me escondi. Aquela maluca estava envolvida com magia negra.

Karin fechou a janela e as cortinas. Um pedaço do tecido ficou preso no abajur e pude ver o que ela fazia dentro do quarto.

Vi ela pegando uma vela e a acendendo, colocando ao lado da minha foto.

Mas olhando bem, não havia só a minha foto. Tinha uma blusa que eu achava que tinha perdido, uma meia que era justamente o pé que estava faltando e uma cueca. Como ela conseguiu a minha cueca?

Ouvi folhas secar serem pisadas e ao olhar para trás. Tomei uma facada do palhaço de máscara.

Então quer dizer que não podia ser Karin.

—-

O segundo nome da lista seria: Gaara

Lembrei que Gaara não estava no almoço que Neji marcou com todos da INDRA. Perguntei ao tapado do Naruto e ele disse que tinha ido ao hospital.

Mas Gaara nunca vai ao hospital? Suspeito.

Fico por horas esperando ele sair, até que já anoitecendo, o carro dele passa por mim e o sigo de bicicleta.

Ele para o carro em frente a um prédio pequeno. Gaara dá a volta até a outra porta e Ino sai com os olhos vendados. Esse deve ser o lugar que os dois vão morar, pensei

Eles entram e eu continuei no encalço dele, redobrando os cuidados para não ser pego.

Eles pegam o elevador sozinhos e vejo que parou no 4º andar, corro pelas escadas até lá. A porta já está aberta e me espreito para ver o que os dois estejam fazendo.

Estico a cabeça e vejo Gaara sentando no chão, abrindo uma caixa enorme e Ino, entusiasmada, sentada em um banquinho dentro do apartamento quase sem mobília. Até que de dentro da caixa Gaara tira um carrinho de bebê.

Um carrinho de bebê?

Ino o abraça e ele beija a sua barriga.

Por essa eu não esperava.

Ino e Gaara vão pais! De um bebê! Humano!

Voltei para casa atordoado, pensando no que eu havia visto essa tarde.

Freei a bicicleta quando, em frente a república, vi o mascarado, dei meia volta e pedalei o mais rápido que eu pude.

Mas um carro me pegou e me jogou para longe. Bati minha cabeça no asfalto.

Antes de morrer, mostrei o dedo do meio para ele.

Acordei na cama da Sakura com uma enorme dor no corpo.

— Maldito carro. – resmunguei, puto da vida.

— Espero não ter te acordado. – olhei para o lado e vi Sakura.

Olhei para ela com más intenções. Ainda era cedo.

Ela se levantou, se certificando que a porta estava fechada e pulou em cima de mim para fazer amor.

—-

O terceiro nome da lista era: Neji

Voltei com Neji de volta para casa depois da nossa reunião. Passamos no mercado para comprar cerveja e papel higiênico.

Eu estava carregando 4 packs de cerveja e Neji o saco com papel higiênico. Ele era um babaca.

— A ideia do Kiba é tão imbecil. - Neji comentava toda a reunião. Ele não calava a boca nem por um minuto. - Quem vai querer fazer um campeonato de cachorro. É capaz dele ser expulso...

Meu ouvido desligou depois dos primeiros cinco minutos de reclamação.

— Oi, Neji. – Tenten passou por nos correndo.

Quando Neji se virou, quase dando um nó no pescoço, só para ver Tenten correndo com um short curto, ele trombou na caixa de correios e caiu no chão com as compras.

Comecei a ajuda-lo a catar, até que vejo um envelope azul igual ao que eu achei dendro da minha mochila antes de morrer pela segunda vez. Eu abri e vi o mesmo cartão de aniversário. Eu havia pensado que tinha sido a Karin.

— Sasuke, não. – disse Neji me viu com o envelope nas minhas mãos.

Eu o abri e vi o desenho da máscara e a frase: “Aproveite como se fosse o seu último dia.” Olhei furioso para ele.

— Filho da puta. Eu sabia que era você. – Eu pulei em cima dele e fomos parar no meio da rua.

Mas não havia percebido que vinha um ônibus na nossa direção.

Acordei com mais dor no corpo que da vez anterior.

— Não era Neji. - Olhei para Sakura. Ela não havia entendo nada.

As vezes eu me esquecia que só eu lembrava das coisas.

—-

Quarto nome: Choji.

Ele passou o dia inteiro comento.

Churrasco no café da manhã.

Dois lanches completos como almoço da nossa reunião.

Rodício de doces como sobremesas.

Festival de Food-truck como lanches da tarde e depois, um chazinho para não dá azia.

No fim do dia eu já estava enjoado com tanta comida.

Até agora não havia nada suspeito com ele. Mas alguma coisa ainda me incomodava. A alguns dias, Choji estava com uma mania estranha de olhar as estrelas na beira da piscina depois do jantar.

Então de noite, quando todo muito foi embora para a casa da mãe do Kiba, Choji voltou como eu esperava. Eu me escondi no arbusto.

Ele olhava de um lado para o outro até que apareceu um cara estranho com um pacote. Choji abriu o embrulho, conferindo que estava dentro. Depois ele entregou uma quantia em dinheiro e foi embora.

Choji esperou o cara se afastar bastante e sentou no meio fio da calçada.

Eu fiquei muito curioso com aquilo.

Mas então ele começou a colocar na boca o que havia ali dentro e seu rosto ficou todo branco.

Aquilo não passava de doces?

As luzes da rua piscaram e eu me virei. O mascarado saltou em cima de mim e me jogou na piscina, afundando a minha cabeça até eu perder a consciência.

Também não era o Choji.

Acordei vomitando.

Olhei para Sakura e ela estava pasma.

— Na próxima, eu fico mais tempo. –  comecei a me vesti e comecei logo a minha investigação.

—-

O próximo nome seria: Kiba.

O trouxa do Inuzuka sempre caminha com o cachorro dele de noite, mas naquele dia Kiba havia deixado o Akamaru com a mãe. Deu a desculpa que tinha que levá-lo para dar banho e tosar.

Mas quem dá banho no cachorro de noite?

Era ele. Eu tinha certeza. Tudo por causa de uma brincadeira que nem foi minha ideia. Naruto havia dado a ideia de enchermos a cama dele de cocô para darmos uma lição em Kiba, já que ele não limpava a sujeira do próprio cachorro. Nem preciso fazer que ele ficou puto da vida com nós dois.

Eu o vi caminhanhando, e me escondi atrás do muro com um bastão de beisebol.

Quando eu vi sua sombra bem próxima, acertei com toda a força que eu tinha bem na cabeça dele.

Olhei para o chão e Naruto estava caído.

— Sasuke o que você fez? – Kiba gritava.

— Não acredito. – me desesperei.

Ajoelhei e tentei acordá-lo. Rezava para que eu não tivesse o matado.

— Me desculpa, Naruto. – e olhei para o Kiba. – Eu queria acertar você.

— Porque você queria me acertar, seu pirado?

Uma sombra apareceu ao meu lado e quando olhei o mascarado acertou o taco de basebol em mim.

Não era o Kiba, e se mas para frente eu tivesse alguma dúvida, também não era o Naruto.


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