Feliz dia da morte escrita por Neko Kastner


Capítulo 4
Direção




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/766772/chapter/4

Capítulo 4: Direção

— Ahhh!!

— Ahhhh! – Sakura deu um pulo e olhou para mim, assustada. – O que houve?

"It started out as the worst day,

but now you got me feeling like its my birthday..."

Corri para fora da cama e pegando o meu celular, tacando-o na parede.

— Eu não aguento mais! – gritei e senti uma dor dilacerante no meu peito.

— Você está com dor? – Sakura perguntava preocupada.

— Eu só quero que pare. Por favor, faça parar.

Aquilo era o inferno!

Coloquei as minhas roupas de qualquer jeito. Não sabia o que fazer.

— Senta, por favor. – Sakura tentava me acalmar.

— Não toca em mim! – gritei.

Sai correndo dali o mais rápido possível.

Passei por Ino no corredor.

Eu tinha que ir embora. Urgente!

Mas tudo estava igual. TUDO!

As pessoas, as líderes de torcida, Akamaru, Tenten gritando.

Eu estava perdido.

Tudo parecia girar.

Então alguém esbarra em mim e, pelo estado que estou, me assusto.

— Você esqueceu seu tênis.

Era Sakura.

Eu a abracei apertado e comecei a chorar. Ela me abraçou de volta. Eu sei que ela achava que eu era doido.

Sakura me levou a cantina da faculdade e pedi um suco extragrande de tomate com muito gelo.

Eu devia estar com a aparecia péssima, porque Sakura me olhava espantada.

— Para de me olhar como se eu tivesse mijado na sua cama.

Ela desfez aquele olhar.

— Desculpa, eu não queria te irritar. – falou. – Eu só estou tentando entender tudo o que você falou de um jeito racional.

— Eu já tentei fazer. – resmunguei. O meu suco havia acabado.

— Sasuke, vamos dizer que eu acredite em tudo isso que você me falou, deve haver uma razão que te fez ficar preso nesse dia. De todos esses dias, o que torna hoje esse dia especial?

— Eu não sei. – Abaixei a cabeça e esfreguei as minhas têmporas.

"It started out as the worst day,

but now you got me feeling like its my birthday..."

Meu celular começou a tocar na mesma hora.

— É seu aniversário? - ela me perguntou.

— Huhum. – confirmei.

Sakura se jogou na cadeira.

— Então é isso!

Eu neguei.

— Aniversário só servem para comer e ganhar presentes. Não há nada de especial. – falei. – Por favor outro suco. – pedi a garçonete que passava ao lado.

— Mesmo que você não goste, é uma data simbólica e quem está matando você sabe que hoje é dia do seu aniversário.

Olhei para ela não muito satisfeito.

— Escuta Sasuke. – Ela pegou um lápis de olho de sua nécessaire de maquiagem e um guardanapo de da mesa. -  Me fala quem são as pessoas que sabem que hoje é seu aniversário e as que podem quer você morto.

Por mais que achasse o meu aniversário não tinha nada a ver com o que estava acontecendo comigo, comecei a falar.

— Bem, graças ao Naruto, todos da INDRA sabem que é o meu aniversário hoje. – suspirei ao lembrar de outro fato. – E hoje eles vão dar uma festa surpresa.

— Como você sabe disso? – Sakura perguntou.

— Eu te disse que já vivi esse dia. – respondi. – Então pode ser qualquer pessoa.

— Mas então quem tem motivos para te matar?

Comecei a pensar.

— Pode ser o Suigetsu.

— Bom começo. – Sakura começou a anotar. – Espera. Suigetsu? Ele não trabalha no hospital?

— Sim, ele estuda medicina. É um dos veteranos da INDRA. Porque? – inquiri.

— Não. Nada. Continua.

— Bem, eu fui para cama com a namorada dele. Algumas vezes. – falei. – Espera, não pode ser ele. Da segunda vez o mascaro matou ele também.

Sakura olhou para mim e riscou o nome do Suigetsu.

— Mas se isso não tivesse acontecido, ele seria o principal suspeito. Eu beijei a Karin na frente dele, na festa do Naruto.

— Então isso foi antes de você ter ido falar comigo. – disse Sakura.

— Hum? – ironizei. – E você deve ter me chapado e se aproveitado de mim, então nem vez.

— O que? – Ela arregalou aqueles olhões verdes. Como eles eram lindos. – Foi você que me ofereceu bebida e quando eu vi, você estava pelado em cima de mim, enfiando o seu pênis na minha vagina.

— A gente transou mesmo? – a questionei.

— Nós acordamos nus. O que você acha? – declarou.

— Ah.. Bem, eu espero não ter te machucado. – não queria ser babaca com ela.

— Você não foi o meu primeiro. – inquiriu. – Embora já fazia bastante tempo que não transava daquele jeito.

Seu rosto começou a ruborizar. Tudo nela era lindo. Eu queria poder lembrar mais daquela noite.

— Vamos voltar aos suspeitos. – Sakura falou.

— Ah, sim. – acordei. – Bem, tira o nome do Suigetsu e põe da namorada dele, a Karin. Acho que ela viu a gente ontem.

— Tomara que não seja ela. Por que ela também deve estar atrás de mim.

— Vamos torcer. – e continuei pensando. – Tem o Neji, que eu pego as coisas dele e devolvo quebradas; o Choji, eu já comi os doces que ele esconde no quarto dele; o Orochimaru, que eu já bati no carro dele; o Gaara, que eu bati no carro do Orochimaru com o carro dele; o Kiba, eu já enchi a cama dele de cocô; o atendente do Subway, que sempre erra o meu pedido de proposito e que eu joguei refrigerante na cara dele...

Sakura olhou para minha cara.

—  A professora Kurenai, que irritei tanto ela para adiar a prova de Design de dados que ela entrou em trabalho de parto prematuro; o marido dela... Não olha com essa cara pra mim. Adolescente faz merda mesmo.

— E você não é fácil, né. – Sakura falou.

— Isso não vai levar a lugar nenhum. – bufei. – Eu tô perdido.

— Escuta, não precisa ficar assim. – Ela pôs a sua mão em cima da minha. Sua pele era tão macia. – Pelo o que parece, você tem inúmeras vidas, então você vai ter inúmeras chances de descobrir quem é o seu assassino.

— Você está falando que eu vou ter que ficar morrendo, até desvendar isso? Esse é seu plano?

— Tem alguma ideia melhor?

Fiz um muxoxo. Ela estava certa. Olhei para o relógio. Ainda era 10:30 da manhã.

— Para achar o meu assassino, não. Mas eu tenho um plano para nós dois até o horário do almoço.

Sakura olhou para mim e vi que ela entendeu exatamente o meu plano naquele momento.

Eu e Sakura voltamos correndo para o quarto dela e aproveitamos o restante da manhã juntos, trancados no quarto.

Depois voltei para INDRA e comecei a fazer a minha lista. Não era só a chance de encontrar o meu assassino, mas também de fazer as coisas que eu nunca tive coragem de fazer antes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Feliz dia da morte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.