Olho de Odin escrita por Eduarda Gomes


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Esse é o prólogo, então me desculpem se está meio fraco.



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A batalha estava ganha, Voldemort estava morto. O mundo bruxo estava seguro. Eles estavam felizes, não estavam?

Hermione não se sentia feliz, estava contente com a vitória, claro. Eles mereciam aquilo, mereciam paz... Como toda guerra, houve mortes. Ela arriscaria dizer que o lado deles houve mais. Caminhou pelo Salão Principal – ou no que restara dele – observou cada rosto durante o trajeto. Uns comemoravam a vitória, outros choravam ainda abraçados aos corpos de quem perdera. Viu a família Weasley unida, parou seus passos travando no mesmo instante, não havia sorrisos em seus rostos, como era costume. A Sra. Weasley chorava abraçada ao corpo de seus dois filhos, enquanto Percy estava consolando George. Hermione sentiu seus olhos lacrimejarem novamente, um nó se formando em sua garganta fazendo-a sentir incomodo até para respirar. Fred e Rony Weasley estavam mortos. Mortos. Rony, seu melhor amigo, o garoto que sempre a irritava, o garoto pelo qual ela era apaixonada desde sempre. Rony merecia mais, ele merecia viver. Merecia ter a paz que aguardava ele e sua família em um mundo bruxo onde não fossem insultados por quem se achava superior. Tentou imaginar A Toca sem os dois, sem Fred e George completando as frases um do outro, sem Rony sendo inconveniente na maioria das vezes. A família Weasley nunca mais seria a mesma. Voltou a andar, dessa vez em passos apertados, saindo rapidamente dali.

Se sentia sufocada, sentia que desabaria a qualquer momento. Ainda não teve coragem de encarar Harry, o bruxo estava ainda pior que ela. Harry se sentia culpado, mesmo com seus amigos o tranquilizando a cada minuto. Não suportava mais ter gente indo cumprimenta-lo e agradecer por ele ter derrotado o Lorde das Trevas, por ter trazido paz ao mundo bruxo. Paz. Harry não se sentia em paz. Não sentia que havia ganhado. Não teve coragem de encarar a família Weasley, a família que sempre o acolhera...sua família. Harry estava sentindo dor, e mais uma vez, se sentia mais sozinho do que antes.

Hermione caminhava pelo jardim de Hogwarts, dando uma golfada de ar tentando tirar aquela sensação que estava a corroendo por dentro. Queria se sentir bem, como a maioria estava, mas não se sentia assim. Se perguntava se ela realmente havia feito tudo que estava ao seu alcance. Harry é um excelente bruxo, ela sabe disso, mas ela se perguntava se havia deixado passar alguma coisa, tenha errado em algo. Não tenha ajudado o suficiente. Passou a mão em seu braço, sentindo o local onde a Lestrange havia deixado sua marca. Soltou uma risada fraca. Quando estava sendo torturada, pensou que aquela era a pior dor que já sentira. Estava enganada. Era dor que ela estava sentindo. Dor pela perda de seus amigos; dor por saber que não iria encontrar seus pais ao chegar em casa, ela não tinha mais uma casa. Seus pais não a conhecem. Um Crucio doeria menos.

A bruxa foi em direção a Floresta Proibida, na verdade, só deixou seus pés a guiarem, não sentia que estava no controle de seu próprio corpo. Estava tão imersa em seus pensamentos que não percebeu que estava sendo seguida. Gina viu quando Hermione saiu do Salão Principal, resolveu ir atrás da amiga, não estava mais sentindo forças para encarar sua família, ou seus irmãos mortos. Também não estava com coragem de conversar com Harry...não agora. Conhecia o bruxo o suficiente para saber como ele estava se sentindo. Sabia que era egoísmo de sua parte, mas não se sentia no melhor momento para lidar com ele.

Hermione sentiu seus pés cederem ao cansaço, parando no meio da Floresta, sem se preocupar em olhar a quanto de distância estava do Castelo. Apertou sua varinha entre seus dedos, ela cedeu ao choro. Sentia que estava entalado em sua garganta. Chorou pela morte de Rony; chorou por seus amigos; por seus pais; por si mesma. Sempre imaginou que depois da guerra, teria um futuro ao lado de Rony, ambos felizes e em paz. Chorou por um futuro que não teria. Se sentia idiota. Não se sentia no direito de reclamar. Eles ganharam! Se sentia patética e pequena. Parou de chorar quando percebeu uma luz poucos metros a sua frente, enxugou os olhos com as costas da mão para enxergar melhor. Apertou a varinha em sua mão com um feitiço na ponta da língua esperando um ataque. Mas não veio. Andou cautelosamente em direção a luz, curiosa com aquilo. Se aproximou com o cenho franzido, estranhando o objeto de onde vinha a luz branca. Mesmo sabendo que podia ser perigoso, a bruxa espantou sua racionalidade, se inclinando para tocar o objeto. Sentiu um formigamento em sua mão quando o tocou, era uma energia boa. Se sentiu em paz. Até ouvir uma voz.

— HERMIONE! –

Gina gritou, Hermione a viu correr em sua direção, de repente não sentiu mais a paz de antes. Sentiu uma queimação em sua mão, indo para seu corpo. Soltou um grito de dor, jurando que estaria levando um crucio. Talvez o objeto estivesse com Magia Negra. Viu Gina se aproximar ainda correndo, e esticou a mão para a ruiva, que rapidamente a pegou.

— GINA!

Gritou, antes de sentir seu corpo ser sugado. Não sentia mais dor, não sentia mais nada. Tudo ficou escuro.


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