Welcome to the New Age escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 2
Coming Home




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Fazia bastante tempo que eu não via o exterior do apartamento. A luz do sol que não penetrava por um vidro de janela parecia até diferente, mais quente. Natasha dirigiu pelo curto caminho até a Torre, e fomos em silêncio.

Chegando lá, fomos calorosamente recebidos por Thor, Bruce e Rhodes. Os três eram pessoas que eu admirava e apreciava, eram amigos. Mas parecia, ali, que apenas Natasha realmente conhecia quem eu realmente era. Talvez só ela me aceitasse. O sorriso reconfortante que ela me lançou era quase como se ela pudesse ler minha mente. Como se soubesse que eu me sentia deslocado ali, mesmo que na presença de pessoas que eu amava.

— Temos grandes notícias... — Bruce declarou, pousando a mão no ombro de Natasha. E talvez eu tenha encarado demais o gesto, porque ele logo a retirou, coçando a nuca em sinal de acanhamento.

Natasha arqueou as sobrancelhas, fitando-me. Dei de ombros e voltei minha atenção para Banner novamente.

— O sistema de emergência do traje de Stark foi ativado ontem à noite. Não há o menor vestígio de adulteração do mesmo. Isso significa que, alguém, em algum lugar, acionou o traje. E esse alguém sabia exatamente o código de segurança, ou então possuía os dados biométricos de Stark.

— Isso significa que...? — Natasha não terminou a frase, deixando as ansiosas reticências no ar.

— Há uma grande chance de ele estar vivo. — Bruce completou, causando um suspiro de apreensão e esperança ao mesmo tempo.

— Tentamos rastrear o código, mas parece que se encontra fora dos limites terrestres. — Thor acrescentou.

— Stark está vivo. — balbuciei. Eles sorriram em resposta. — Temos... Temos que ajudá-lo.

— Estamos fazendo tudo que podemos para encontrá-lo, Capitão.

— E como nós podemos ajudar? — Natasha prontificou-se.

— Vocês podem buscar alguma forma de contar a ele que Pepper não está mais aqui. Fora isso, seria de grande ajuda se você conseguisse decodificar o rastreador. Hack não é muito minha especialidade. — ele entregou a ela um chip, ou um pequeno pen drive.

Ela assentiu, e deixou a sala. Desconfortável, segui-a.

— Não podemos fazer isso no apartamento? — indaguei, visto que Natasha se acomodara no escritório que antes trabalhava.

Não me parecia correto ficar ali, na propriedade de Stark, depois de tanto decepciona-lo. E parecia ainda pior visto que ele estava ausente. Era como se eu não pertencesse mais aquele lugar.

— Não temos os recursos necessários lá. E dá pra parar de andar de um lado para o outro? Está me desconcentrando.

Puxei uma cadeira e sentei-me ao lado dela, mas estava inquieto, aflito. Ela me censurou com o olhar na vigésima sexta vez impulsionei a cadeira de rodinhas para trás com os pés na parede e voltei.

— Por que não vai ficar com o Thor? Aposto que ele está ansioso pra conversar com você. — ela sugeriu, quase como se tratasse de uma criança.

— Vou ficar quieto. — prometi, espionando por cima de seu ombro a tela do computador e não entendendo nada das letras e números que ali estavam.

— Às vezes acho que devíamos ter ficado em Wakanda. — ela declarou, de repente.

— E por que acha isso?

— Bom, porque não somos exatamente queridinhos do governo, e... Não sei, talvez Shuri já tivesse achado um jeito de encontrar Stark.

— Precisávamos voltar, as pessoas aqui precisam de nós. — mas quando as palavras escaparam por meus lábios, não pareciam mais tão críveis. — Quando conseguimos achar Tony e ajudar Thor e Bruce, podemos voltar.

— Acho que não. Não temos mais lugar lá.

— Não temos mais lugar em lugar algum. — insisti, fazendo-a finalmente desviar os olhos da tela para me fitar.

— Não diga isso.

— Por que não? Saímos de lá porque não tínhamos lugar, e queremos sair daqui porque não temos lugar. Quer dizer, falo por mim. Você tem a eles e...

— E você também. São seus amigos, também. E mais importante, você tem a mim. E eu não vou abandoná-lo.

Ela apertou minhas mãos nas suas, os olhos magnéticos pregados nos meus. Ela parecia mais pálida, seus olhos mais cinzentos, os cabelos mais platinados. Parecia mais taciturna, mas era como se houvesse uma película protetora, como se ela tentasse esconder tudo aquilo. E isso me chateava, afinal, já passávamos da fase dos segredos.

Pov Natasha

Retornamos ao apartamento na metade da madrugada, entre bocejos, mas Steve não se acomodaria de forma alguma na Torre, e eu não quis deixa-lo sozinho.

— Boa noite, Tasha. — Steve beijou minha testa carinhosamente, e em seguida entrou em seu quarto e apagou as luzes.

Fiquei acordada por mais um tempo, enquanto preparava um chá, e pensava em como seria quando Tony retornasse. Ao decodificar o chip, descobri o verdadeiro paradeiro do homem, e ele era uma partícula em movimento. E movimentava-se em direção à Terra. Tony estava na nave, e talvez tenha feito uma viagem a outro planeta, mas estava vivo, e fazia seu caminho de volta para casa.

Um rangido estranho me sobressaltou, e preparei-me para um cenário de ataque, mas quando me virei, não havia nada, apenas a janela aberta da sala que permitia a entrada de um vento cortante, e as cortinas em movimento deviam ter sido o que me assustara.

Mas então, outro som me chamou atenção, e vi um pedaço de papel sendo atirado por baixo da porta de entrada, deslizando pelo piso. Corri até lá, arma em punho, mas quando a porta se abriu, não havia ninguém ali. Nem uma sombra, ou qualquer vestígio de que alguém havia passado por ali. Corri pelos corredores escuros, mas o indivíduo já havia escapado.

— O que está fazendo? — Steve estava de pé quando voltei ao apartamento, esfregando os olhos sonolentos. — E o que é isso? — nas mãos, ele segurava a carta misteriosa.

Tomei-a de suas mãos e tranquei a porta antes de ler. E logo quando li o endereçamento, minhas mãos começaram a suar e tremer.

Para: Natasha Alianova Romanov.

De: Yelena Belova.

— Ei, você está bem? — Steve segurou-me pelos cotovelos quando meu corpo ameaçou desabar depois de terminar o conteúdo do papel.

— Tranque as janelas, não estamos seguros. — sussurrei, desesperada.

— O que está escrito? O que aconnteceu? — ele me cercava de perguntas, as quais eu não respondi. Ele tirou a carta de minhas mãos, e não fiz nada para impedi-lo. — Quem é Yelena Belova? E por que ela enviou coordenadas geográficas sem a menor explicação?


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?? Vocês sabem quem é Yelena? Já ouvi várias coisas sobre ela, e decidi fazer minha própria versão.
Beijinhos da Bia



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