Cretino Irresistível escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 7
Feliz aniversário Izzi


Notas iniciais do capítulo

A pedra no pescoço da Clary, aquela que é um pedaço de portal na série. Na fic é o Cristal M'Kraan.



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P.O.V. Clary.

Hoje é a festa de aniversário da Izzi. E ela se convenceu que queria me arrumar. Ela encasquetou com isso.

—Eu vou te deixar linda.

—Eu sou linda.

—Ai que metida.

—Não. Eu prefiro confiante.

—Adorei.

O cabelo ficou a minha cara. Um penteado clássico, medieval duas tranças interligadas por um elástico e uma fivela preta pra enfeitar. Mas, quando eu vi aquele vestido...

—Nem vem.

—Sim.

—Não.

—Ah, vai Clary você tem um corpão e fica escondendo ele embaixo de Jeans e moletom.

—Eu uso jeans skinny.

—Veste logo.

—Não.

Nós ficamos nesse sim e não por um bom tempo até que eu finalmente desisti.

—Nossa! Eu sabia que tinha uma Deusa em você, mas cara... olha só esses peitos!

Eu coloquei os braços para esconder.

—Clary você é uma delícia, para de se esconder.

A Izzi voltou para a casa dela, já estava quase na hora da festa começar.

Eu fiquei no meu quarto considerando se usava o vestido ou não. Então, decidi um meio termo. Eu coloquei um sobretudo encima.

Fiquei no meu carro por mais algum tempo ouvindo a batida da música que tocava dentro da casa dos Lightwood. Estava calor e eu decidi tentar a sorte. Qualquer coisa, eu saio correndo.

O salto do meu sapato fazia barulho, mas de repente, começou a fazer barulho demais.

P.O.V. Jace.

Eu estava circulando pela festa, a casa estava lotada de gente. Mas, quem eu queria encontrar, não estava lá. Então, todos olharam na mesma direção. E lá estava ela. Aquele vestido era... nossa!

Todos pararam para olhar. Eu ouvi o barulho ensurdecedor dos saltos.

Quando ela finalmente parou de olhar para os sapatos prateados estava claramente nervosa e desconfortável.

Ela entrou na festa e passou direto por mim.

Senti a mão do Charlie sob o meu ombro.

—Cara, ela é uma Deusa! Aquela é a sua mina?

O Charlie era o capitão do time de futebol. Ele é de outra escola, da minha antiga escola, ficou no meu lugar depois que eu sai.

—Não. Infelizmente não. Ainda.

P.O.V. Aline.

Nossa!

—Adorei o vestido, mas odeio ela.

—Você viu a cara de apavorada que ela fez? Parecia que iria fugir correndo.

Comentou a Nicole. E então, a Carmel falou:

—Viu o jeito que o Jace olhou pra ela? Foi mal amiga, mas ele ficou babando.

—Todos os caras ficaram Carmel. Eu queria ter peitos como os dela e ela que tem fica escondendo. Vai entender.

—Calem a boca!

P.O.V. Clary.

Eu quero matar a Izzi e quero que abra um buraco e me engula. Todo mundo fica me encarando. É esquisito. E os pensamentos deles... nunca nem mesmo um cara teve pensamentos desse tipo sobre mim e agora... são milhares de mentes pensando coisas inapropriadas para crianças sobre mim!

Fui até a mesa onde tinha ponche de frutas. Servi um pouco no copo e quando eu tentei beber, eu me afoguei. Estava cheio de álcool.

—Credo.

Disse deixando o copo encima da mesa.

—E ai gatinha, quer dançar?

—Ahm, eu acho que tudo bem.

O rapaz me levou para o meio da pista de dança. Ele era britânico. Eu adoro sotaque britânico, acho tão chique.

—Eu sou o Charlie.

—Clary.

Estávamos dançando quando de repente, eu sinto a mão dele na minha bunda.

—Como assim?

Eu dei uma bofetada na cara dele.

—Gosta de jogar duro? Tudo bem. Adoro um desafio.

—Fique longe de mim, seu tarado!

P.O.V. Jace.

Vi a Clary dançando com o Charlie! Eu estava a ponto de descer a porrada nele quando, eu vi e ouvi o tapa estalado que a Clary deu na cara dele.

—Fique longe de mim, seu tarado!

A Izzi veio.

—O que aconteceu?

—Ele, me desrespeitou. Feliz aniversário. Tchau.

—O que?!

A Clary saiu correndo pelo meio da multidão.

P.O.V. Clary.

Ele colocou a mão na minha bunda. Ele colocou a mão na minha bunda!

—Vestido idiota!

—Eu não vejo nada de errado com o vestido.

—É porque não pode ouvir as coisas nojentas e repulsivas que eles estão pensando.

—Bateu na cara do Charlie porque ele pensou algo nojento e repulsivo?

—Não. Bati na cara dele porque aquele britânico duma figa colocou a mão... onde não devia colocar a mão.

—Onde ele não deveria ter colocado a mão Clary?

Ela não respondeu.

—Responde Clary.

—No meu... bumbum.

—Eu vou matar ele!

—Porque? 

—Porque... porque ele não devia ter feito isso.

O que ela falou a seguir me quebrou no meio.

—Mas, você é igual a ele.

—O que? Eu não sou igual a ele.

—Não é? Você trata as garotas como se fossem troféus. Vive se gabando de com quem você dormiu, do quão alto ela gritou. O que? Eu escuto mais do que você imagina. E quer saber, não vou deixar um idiota estragar a minha noite.

Ela voltou para a festa.

Nossa! É assim que ela me vê? Ela pensa que é só mais uma?

Quando eu voltei pra dentro, ela estava dançando. Com o Simon Lewis, o maior nerd da escola.

—Clary?

—O que?

—Podemos conversar?

—Eu acho que tudo bem.

Peguei a mão dela e levei-a até o quarto da Izzi.

—O que é que você quer? Meu Deus! Eu não vou ser mais uma na sua listinha idiota nem agora e nem nunca!

—Tem razão. Você não é como elas, é diferente.

Ela me olhou com desconfiança.

—Pode ler pensamentos não é?

Clary fez que sim com a cabeça.

—Então leia os meus. E me diga se estou mentindo. Você está sempre na minha mente. Penso em você o tempo todo, de um jeito que eu nunca pensei em nenhuma outra garota antes. Desde o primeiro momento em que coloquei os meus olhos em você, você é a primeira coisa na qual eu penso quando abro os meus olhos e a última quando eu os fecho. Mesmo quando estou dormindo sonho com você.

—Mas, porque eu?

—Eu não sei. Você é diferente.

—É, eu tenho uma outra personalidade que mata pessoas.

Deus me perdoe.

—Eu estou completamente, irrevogavelmente e incondicionalmente apaixonado por você.

Puxei-a para mim e eu a beijei. Foi um beijo quente, cheio de desejo de ambas as partes, nossas línguas se enroscando, o gosto de menta que ela tinha. Senti o corpo dela amolecer nos meus braços, a entrega total. Ela era minha.

Quando o beijo acabou, eu dei o meu melhor sorriso sacana.

—Eu sabia que você me queria.

—Você... mentiu?

Ai eu percebi que foi um erro.

—Não.

—Desgraçado!

O abajur voou longe e se estilhaçou contra a parede. Ela abriu a porta e saiu.

—Não Clary! Espera Clary!

A multidão dificultava o transito, portanto cheguei á porta bem á tempo de vê-la entrar no carro e sair dirigindo.

—Que droga!


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