Naquela tarde Cristina adentrou o hospital de Miami por sentir uma dor de estomago infernal, tinha vomitado várias vezes desde o dia anterior e se sentia horrível desde então, mas o que Cristina não sabia era que seu destino estava preste a mudar completamente. A médica pediu um exame de sangue detalhado e deu a ela uma medicação apenas para cortar o vômito e ela ficou ali por longas duas horas esperando os resultados enquanto tomava sua medicação e se hidratava com soro.

A médica adentrou o quarto e sorriu para ela com os resultados em mãos.

— Eu já posso ir para casa? - suspirou cansada de estar ali.

— há quanto tempo não menstrua? - fez uma pergunta simples.

— há uns vinte dias por quê?

— E o seu fluxo tem vindo normalmente?

Cristina estranhou aquelas perguntas, mas não podia deixar de responder.

— Nos últimos três meses tem vindo menos que o normal e sempre mais escuro. - mordeu o lábio. - Tem algo de errado?

— Preciso fazer mais um exame em você para confirmar, mas não tenho dúvidas do que seja!! - se aproximou da cama.

— Você está me assustando. - tinha o olhar aflito.

— Não precisa, seu exame está totalmente alterado e confirma sua gravidez, mas preciso ter certeza com uma ultrassom.

— O que? - a voz saiu aguda. - Repete!!

— Que vamos fazer uma ultra...

— Não, a outra parte!! - respirava pesado.

— Você está grávida!!!

Desespero foi o que ela sentiu naquele momento ao ouvir a médico, grávida... Grávida de Frederico Riveiro, tanto que ela sentia a falta dele e tinha carregado em seu ventre um herdeiro dele e nem sabia, sentiu uma confusão de sentimentos, mas agora não estaria mais sozinha: Disso ela tinha certeza. A médica nada falou e apenas esperou que ela processasse aquelas palavras e quando por fim Cristina segurou em sua mão disse:

— Você está se sentindo bem? - acariciou a mão dela.

— Eu vou ter um filho? - apertou o lençol que cobria seu corpo.

— Precisamos fazer a ultrassom para confirmar, mas eu não tenho duvidas que esteja sim! - sorriu lindamente para ela.

— Então vamos logo doutora! - sorriu largo.

A médica chamou por um enfermeiro e eles foram para a sala de ultrassom, Cristina estava nervosa e nem sabia o que fazer, mas de uma coisa já tinha certeza absoluta: Amaria aquele bebê mais que tudo. Ela deitou na cama e respirou profundo quando sentiu o gelo em sua barriga, se arrepiou e sorriu para a médica que começou a mover o aparelho sobre a barriga dela e olhar a tela. 

— Então? - perguntou ansiosa. 

— Você está muito grávida! - falou brincando e virou a tela para ela. - Aqui está o seu bebê e ele é enorme pra quem está com três meses de gestação!  - ela já tinha medido o bebê e ele estava saudável.

Cristina encheu os olhos de lágrimas e sorriu com a imagem de seu bebê ali na tela, nunca foi uma mulher de planejar família, mas ali estava o destino lhe pregando uma peça, tanto que tinha fugido de Frederico e agora ela tinha um pedacinho dele dentro de seu ventre, sorriu boba e a médica foi apontando cada pedacinho do pequeno corpinho até chegar o som do coração. Cristina não conseguiu controlar as lágrimas e seu corpo todo arrepiou com aquela sensação que passava por todo seu corpo, não conseguia distinguir o que sentia, mas era tão maravilhoso que ela só fez chorar enquanto sorria. 

— Você pode tirar uma foto pra mim? - falou secando o rosto.

— Claro que sim! - colocou para imprimir e deu o papel para que ela limpasse a barriga. - Eu irei te passar algumas vitaminas e provavelmente não sinta mais enjoo já que está no terceiro mês completo.

— Graças a Deus porque eu quero comer muito e vomitando não dá! - sorriu e sentou na cama. - Eu já posso ir pra casa?

— Sim, enquanto você se troca eu vou fazer a sua receita e marcar seu pré-natal. - falou toda atenciosa e entregou a foto para ela.

Cristina acariciou a foto e sorriu pensando em como seria a reação de Frederico porque ela não podia deixá-lo fora daquela gestação e muito menos de sua vida. Agora eles tinham um laço que os unia para sempre e decidida a voltar para contar a ele, ela foi para seu quarto e se vestiu, esperou a médica que logo veio com sua alta e as receitas e a liberou para ir.

(...)

DEPOIS...

 Cristina não conseguiu um voo para o mesmo dia e somente conseguiu dois dias depois, estava ansiosa e não sabia como ele poderia recebê-la depois de tanto fugir, quando chegou a cidade percebeu os olhos para ela, mas não ligou, não queria mais saber de guerra ou nada do tipo. Ela apenas queria encontrar Frederico e contar a ele a novidade mesmo que ele não quisesse ficar com ela, ela entenderia e não forçaria nada já que tinha sido ela a fugir como uma bandida. 

Ela alugou um carro e foi direto para a fazenda dele, mas ele não estava ali e ela foi avisada que ele estava no escritório no meio da plantação, Cristina agradeceu e seguiu até o lugar indicado, tudo já começava a mudar por ali e quando chegou, desceu e caminhou até a porta, mas para a surpresa de Cristina. Ela se deparou com gemidos vindos de dentro da sala e seu coração disparou sabendo perfeitamente o que estava acontecendo ali e ela abriu a porta. A imagem que se desenhou em seus olhos era de um Frederico metendo com força em uma mulher e ela ficou de boa aberta. 

Ele se arremetia com força para dentro dela enquanto urrava de prazer e nenhum dos dois percebeu a presença dela ali de tão concentrados em saciar aquele desejo que tinham e ela ficou ali admirando aquela cena com um sorriso no rosto o homem era mesmo uma maquina de fazer sexo. Quando a mulher abriu os olhos e a viu ali iria falar, mas Cristina fez sinal com a mão para que ela ficasse em silencio e apenas ficou ali observando os dois que não demoraram nada a gozar juntos. 

Ela arrumou a roupa rapidamente para não ficar exposta na frente dele e com um sinal de cabeça apontou para a porta e ele virou a encontrando encostada no batente da porta.

— Cristina...