Eu não sei amar - Amf escrita por Débora Silva


Capítulo 24
24


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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— A morte dele é unicamente culpa tua!! - sorriu adorando aquela tortura. - Seu pai foi somente uma vitima nessa historia toda e ele também iria para o buraco, mas Débora realmente o amava e por isso foi primeiro que ele. - olhou o corpo dele no chão. - Mas agora ele também seguiu para o caminho da luz e a única culpada disso tudo é você!!! - soltou o rosto dela e caminhou para a porta.

— Me solta!! - pediu em desespero. - Ele não pode morrer!!! - as lágrimas gritavam em seu rosto e ele sorriu.

— Aproveite o ultimo respirar de seu pai!!! - e dali se foi sem dar ouvidos aos gritos e suplicas dela para que ele a soltasse.

Cristina olhou seu pai ali jogado no chão e com todo custo ela tentou se soltar, mas em um movimento falso de seu corpo a cadeira virou e tudo ficou escuro quando ela bateu a cabeça... Era o fim anunciado de Severiano que sentia a vida fugir de seu corpo, sentia o corpo sangrar, mas não conseguia se mover ou abrir seus olhos e ali definhando por fim se viu em um completo escuro e uma paz que tomava seu corpo o fazendo seguir um único caminho...

(...)

DIAS DEPOIS...

Quando nos sentimos no vazio os dias parecem mais longos e sem fim, Cristina tinha sido encontrada assim como seu pai e a cena em que eles foram encontrados não tinha sido as melhores. Frederico tinha movido céus e terra para encontrá-la e assim os tinha achado, fizeram de um tudo para salvá-lo e Cristina com a batida na cabeça estava desacordada desde então. Eram dias negros para quem estava ali acordado e vivendo aqueles momentos. 

Ela em cima daquela cama sem acordar por cinco dias dava a Frederico a sensação de que a tinha perdido e que ela nunca voltaria, o medico tinha explicado que ela poderia acordar a qualquer momento ou não acordaria nunca mais, todas as funções dela estavam normais, mas parecia que Cristina estava vivendo em um mundo paralelo longe daquela loucura toda e deixando a todos ao seu redor preocupados. Frederico não saia de seu lado um dia se quer e lhe rogava para que despertasse, mas nada acontecia naqueles cinco dias. 

Naquela tarde em questão Frederico entrou no quarto e percebeu que tinha algo distinto com Cristina, seus batimentos estavam acelerado e ela respirava pesado, se aproximou da cama e tocou seu cabelos a chamando ou tentando que ela se acalmasse, mas parecia que não era possível e ela começou a se debater. Frederico rapidamente apertou o botão para chamar o medico e ela num salto sentou gritando. 

— Papaiiiiiiiiiii... - era um grito de desespero que rasgou sua garganta. - Aaaaahhh... 

— Cristina... Calma!!! - a segurou para que ela o olhasse e ela o olhou com o rosto transbordando de lágrimas e o medico entrou no mesmo momento. 

— O que aconteceu?! - se aproximou para examiná-la. 

Cristina o segurou com toda força que tinha e o encarou gritando. 

— Cadê meu pai? Onde ele está? - respirou pesado quase não conseguindo pelas lágrimas. - Me diz que o salvou me diz que ele está vivo!!! - era tanta dor em seus olhos e o único que se passava em sua cabeça era o pai baleado no chão e tudo negro.

— Você precisa se acalmar!!! - ele segurou as mãos dela que esta em seu jaleco. 

— Eu quero saber do meu pai!!! - gritou o puxando mais. - Me diz cadê ele? 

Frederico sabia perfeitamente como ela era e que não desistiria de saber do pai e se aproximando dos dois disse segurando as mãos dela para que o soltasse e ela o olhou. 

— Seu pai está aqui!!!! - disse com calma a fazendo afrouxar sua mão. - Está a uns quantos quartos daqui!!!

— Eu quero vê-lo!!! - disse com desespero o segurando. - Agora!!! 

— Você precisa se acalmar primeiro!!! 

— Como me acalmar se ele levou um tiro por minha culpa!!! - gritou com ele novamente. - Eu quero saber como ele está!!!

Frederico olhou para o médico que assentiu permitindo a visita para que ela não se alterasse mais e com calma a tirou da cama e a colocou na cadeira e foram para o quarto de Severiano, ao entrarem ela o olhou em cima daquela cama e seus olhos pesaram ainda mais com as lágrimas, ele respirava com a ajuda de aparelhos e ela temeu o pior. 

— Ele resistiu bravamente, mas quase não conseguimos salvá-lo. - medico disse. - Ele perdeu muito sangue e por isso está em um coma induzido para que não sinta tanta dor!!!

Ela o olhou. 

— Ele vai ficar bom? - tinha mais culpa que qualquer outro sentimento naquele momento.

— Ainda é cedo para que possamos afirmar isso!! - foi verdadeiro e ela soluçou. - Estamos fazendo tudo que está em nossas mãos e ele resistiu bravamente esses cinco dias... 

Ela o olhou com os olhos arregalados. 

— Cinco dias?!

— Cristina, você bateu a cabeça e ficou desacordada todos esses dias!!! - Frederico falou segurando em seu ombro. 

— Me leva daqui, Frederico!!! - estava confusa e olhou o pai mais uma vez antes de ser tirada do quarto. 

Ele a levou para o quarto e a deitou na cama e ela virou o rosto para o outro lado. 

— Você está sentindo alguma dor? - perguntou atencioso. 

— Eu só preciso ficar um pouco sozinha!!! - falou sem olhá-lo. 

Frederico nada disse e apenas a deixou ali e se retirou, Cristina se encolheu na cama e as imagens do sequestro rodavam sua cabeça e ela chorou sentida por tudo que se passava em sua vida há meses e o choro era pelo que ainda nem tinha vindo também...


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