Eu não sei amar - Amf escrita por Débora Silva


Capítulo 16
16


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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Frederico a levou até a Fazenda Álvarez e o silêncio foi mútuo no carro por longos trinta minutos que ele demorou a chegar lá, ela ficou todo o tempo em silêncio apenas pensando o que fazer quando estivesse cara a cara com seu pai, ele tinha medo por ela, mas não sabia nem como mudar os planos de sua cabeça já que ela nada falava e apenas seguiu o caminho em completo silêncio.

Quando chegaram a porta da Fazenda, ela desceu rapidamente quase que com o carro em movimento e ele o parou rápido descendo atrás dela que pulou os cinco degraus da entrada pulando basicamente para dentro de casa. Cristina queria gritar na cara dele todo seu ódio e sua indignação pela morte da mãe, mas o que encontrou foi tão apavorante que ela parou congelada diante da imagem do pai e o corpo de Débora no chão envolta a uma poça de sangue...

Ela o olhou e depois olhou o corpo, era a cena mais difícil de ver, era o cenário mais horroroso de se presenciar e para Severiano parecia algo normal, ela ofegou assim apavorada e Frederico a segurou pelos ombros estava nervoso pela cena também, mas precisava se manter firme para apoiá-la.

— Você a matou!!! - berrou horrorizada. - A matou como matou a minha mãe!!!! - deixou que as lágrimas descessem por seu rosto.

Severiano parecia estar em transe ali sentado naquela poltrona na frente do corpo dela, sentia tanta dor em seu coração por amá-la que não conseguia reagir. Débora poderia ter o pior passado mais era a sua mulher, a mãe de seu filho e agora ela estava ali morta em sua frente.

— Chame a polícia, Frederico. - suplicou sentindo o ar faltar e virou ficando de costa para aquela cena.

Ele a abraçou e pegou o celular discando os números e esperou ser atendido, declarou a cena que via e pediu urgência assim que foi atendido e desligou. Cristina estava agarrada a ele e chorava por tudo que tinha se passado naquele maldito dia.

— Fique calma!!! - ele falou todo carinhoso.

— Ele a matou como matou a minha mãe!!! - falou desesperada.

Severiano então naquele momento saiu do transe com suas palavras e a encarou levantando, respirou pesado por olhar sua mulher no chão novamente e foi até Cristina a puxando para ele. Seus corpos bateram e ela arregalou os olhos temerosa pela primeira vez diante dele, não conseguia decifrar os olhos do pai e apenas congelou novamente em sua presença.

— Eu amava a sua mãe. - apertou os braços dela. - Amava e você não vai mais duvidar disso! - apertou ainda mais a fazendo gritar.

Frederico tomou a frente no mesmo momento e o empurrou de perto dela e ele revidou socando Frederico na cara. Era a pior cena para se ter ali no momento e Frederico o encarou sem pensar duas vezes e o socou duas vezes na cara arrancando sangue, Cristina gritou e o puxou para longe ouvindo a sirene da polícia.

— Nunca mais encoste em mim!!! - Frederico rosnou para ele.

— Você vai morrer!!! - ameaçou.

A polícia entrou na casa sem dar a chance de Frederico responder e Cristina acusou o pai sem pena alguma e ainda gritou na cara dele que ele tinha matado sua mãe e ele quis novamente avançar nela, mas os policiais o seguraram e o retirou dali como principal suspeito daquele assassinato. Era tudo tão horroroso que ela saiu de dentro da casa e não aguentando mais vomitou sendo apoiada por Frederico que buscava ainda de ódio.

— A justiça será feita!!! - acariciou as costas dela.

Cristina o olhou com os olhos cheios de lágrimas e um policial veio falar com ela, ela contou tudo que tinha visto assim como Frederico que também era testemunha e o homem agradeceu se retirando para falar com alguns dos empregados para saber o que de fato tinha acontecido ali. Ela estava tão exausta mentalmente que sentou no banco que ali tinha e passou as mãos no cabelo, não podia ir embora ainda e esperou.

— Você acha mesmo que ele seria capaz? - Frederico sentou ao lado dela.

Cristina suspirou e deitou sua cabeça no ombro dele como um carinho natural de casal que se apóia e a mão dele foi a seu rosto para fazer carinho.

— Eu acho sim, ele é capaz de tudo!!! - se alinhou melhor nos braços dele. - Ele deve ter matado a cúmplice dele!!! - respirou pesado.

— Ele parecia amar mesmo ela... - falou o que via e ouvia das pessoas. - Todo mundo via e ouvia nessa cidade como ele era louco por ela. - contou.

— Quem vê cara não vê coração. - tinha tanta mágoa que não conseguia esquecer ou se quer acreditar na inocência de seu pai.

Ela ficou em silêncio assim como ele e logo a policial veio com o bebê no colo que chorava chupando os dedos. Cristina no mesmo momento congelou e a olhou.

— A senhora quem vai ficar com o bebê? - era uma pergunta que não se tinha resposta naquele momento. - É a irmã dele, certo? Se não ficar com ele vamos levá-lo para um abrigo!!! - falou com calma tentando acalmá-lo. - Vamos prioridade a família nesses casos.

Cristina olhou para o bebê e depois olhou para Frederico como se pedisse a ajuda dele para decidir o destino daquele bebê...


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